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Vascularização de Membros Superiores e Membros Inferiores Contextualização → Artérias são vasos que partem do coração e conduzem o sangue do centro para periferia, levam o sangue geralmente oxigenado para o interior dos tecidos, onde vão ficando cada vez mais reduzidas e fazem conexão direta com os capilares, que permitem trocas gasosas, troca de outras substâncias com o meio do interstício. → A partir dessa comunicação, tem a formação das vênulas que são veias bem pequenas que vão se juntando e formando vasos de calibres cada vez maiores, que conduzem o sangue da periferia para o centro, para ter a possibilidade de reoxigenação através da pequena circulação que vai envolver uma circulação entre coração em pulmão. → Em geral, as artérias mais profundas, e veias podem ser superficiais ou profundas → Há muito mais veias do que artérias → Grandes artérias, como aorta e subclávia, são acompanhadas por 1 veia geralmente, mas outras artérias geralmente são acompanhadas por 2 veias, que costumam ser chamadas de veias satélites ou acompanhantes, e vão estar envoltas por um tecido formando uma bainha vascular, que em geral também é acompanhada por nervo para constituir o feixe neurovascular → Ventrículo esquerdo → formação da parte ascendente da aorta → se curva posteriormente formando o arco da aorta - Do lado direito: formação do tronco braquiocefálico (origem comum da artéria carótida comum direita e da artéria subclávia direita) - Do lado esquerdo: artéria carótida comum esquerda e a subclávia esquerda, formadas de forma independente no arco da aorta. → A artéria subclávia se direciona para a região axilar, dá origem a artéria axilar, e começa de fato a irrigação do membro inferior. → Depois o arco da aorta se continua em um trajeto descendente, a parte descendente da aorta, onde tem uma parte torácica e uma abdominal. → Aproximadamente em nível de L4, a aorta faz a bifurcação formando os seus ramos terminais, as duas artérias ilíacas comuns que também se bifurcam dando origem internamente a artéria ilíaca interna, e artéria ilíaca externa que quando passa profundamente ao ligamento inguinal vai dar origem a artéria femoral, que vai trazer a vascularização para membro inferior → As veias podem estar distribuídas em um compartimento mais superficial ou profundo → Em sua maior parte vamos ter válvulas no seu interior, do tipo semilunar, importantes para manter fluxo unidirecional nesse vaso → Outra coisa que vai contribuir com esse fluxo é a ação muscular, a contração dos músculos que estão adjacentes aos vasos, principalmente na panturrilha – quando esses músculos contraem, eles acabam comprimindo as veias e ajudando nesse fluxo em sentido proximal, para que o sangue retorne para o nosso coração através das veias cavas: superior e inferior → Como as veias, principalmente as profundas, são acompanhantes das artérias, elas vão fazer o mesmo trajeto, geralmente leva o mesmo nome e drena o sangue a partir do mesmo território que uma artéria vai irrigar Membros Superiores Artérias Axilar: formada a partir do final da artéria subclávia Braquial: principal artéria do braço Radial e Ulnar: no antebraço, uma artéria lateral e medial respectivamente Arcos palmares superficial e profundo: irrigação da região das mãos e dedos Artéria Axilar → Artéria subclávia: do lado direito vem do tronco braquiocefálico e do esquerdo diretamente do arco da aorta. → Há duas artérias da anastomose da escápula, importante para a vascularização do membro superior, que são as artérias dorsal da escápula e supraescapular (em geral são ramos indiretos da artéria subclávia mas podem ser originadas diretamente dela) → A artéria axilar se dispõe entre a margem lateral da 1ª costela até a margem inferior do músculo redondo maior. Nesse trajeto ela passa profundamente ao músculo peitoral menor, e a partir daí divide-se em três partes: 1. Artéria torácica superior: único ramo dessa parte. Se distribui em território amplo para irrigar os dois primeiros espaços intercostais (parte medial do músculo subclávio, músculo peitoral menor e músculo peitoral maior) 2. a) Artéria toracoacromial: tronco curto pois se ramifica em 4 ramos: Ramo superomedial, (ramo clavicular, auxiliando na irrigação do músculo subclávio), Ramo acromial, Ramo deltoideo (relação com a veia cefálica) e Ramo peitoral (faz a irrigação dos primeiros espaços intercostais, das primeiras digitações do músculo serrátil anterior e vai contribuir também com a irrigação dos músculos peitorais menor e maior) b) Artéria torácica lateral: tem um trajeto descendente, contribui com a irrigação dos músculos intercostais nos espaços intercostais (em geral, nas mulheres vai se apresentar maior porque vai contribuir com ramos mamários laterais também) 3. a) Artéria subescapular: ramo mais calibroso da artéria axilar. Tem um trajeto inferior formando os dois ramos terminais: artéria circunflexa da escápula e artéria toracodorsal. b) Duas artérias circunflexas do úmero: uma posterior e uma anterior. Se anastomosam no nível do colo cirúrgico. A circunflexa posterior é acompanhada pelo nervo axilar; e a anterior forma um ramo ascendente que vai em direção ao acrômio e anastomosa com o ramo acromial da artéria toracoacromial, e um ramo descendente, que contribui com a irrigação dos músculos de compartimento anterior do braço. A artéria circunflexa anterior passa profundo ao músculo coracobraquial, bíceps braquial, e emite ramos musculares que fazem a irrigação desse compartimento. A partir da margem inferior do músculo redondo maior, a artéria vai se continua como artéria braquial Anastomose arterial escapular → A partir da artéria subclávia, tem a formação da artéria supraescapular, que passa em direção a escápula na altura sua incisura. → As artérias dorsal da escápula e a supraescapular são ramos da artéria subclávia, mas na parte lateral da escápula, a artéria subescapular, que veio da axilar, forma a artéria circunflexa da escápula → Mais inferiormente, tem a formação da artéria toracodorsal que tem trajeto inferior e vai em direção ao ápice do músculo latíssimo do dorso → Esses vasos se anastomosam na face posterior da escápula, criando uma circulação colateral entre a artéria subclávia e a artéria axilar Artéria Braquial → No seu trajeto mais proximal, é medial ao osso úmero e à medida que vai ficando mais distal, um trajeto mais anterior a esse osso. Na altura do colo do rádio se bifurca formando as 2 artérias do antebraço: radial e ulnar → É possível perceber a pulsação dessa artéria principalmente mais proximalmente. → A artéria braquial tem ramos musculares que irrigam os músculos flexores e extensores do braço, ela forma um ramo para nutrir o próprio úmero, uma artéria nutrícia → A artéria braquial profunda que forma a artéria colateral média (desce na face posterior) e a colateral radial (mais lateral) → A artéria colateral ulnar superior e inferior são ramos direto da artéria braquial. → Além dos 2 ramos colaterais, também há um ramo ascendente chamado de ramo deltoideo da artéria braquial profunda → Medialmente há a formação da artéria colateral ulnar superior e mais inferiormente, a formação da artéria colateral ulnar inferior. → A artéria colateral ulnar superior faz trajeto descendente e passa posterior ao epicôndilo medial do úmero, enquanto a inferior passa anteriormente a esse acidente ósseo. → Essas artérias (colateral ulnar superior, colateral ulnar inferior, colateral radial e a colateral média), fazem a irrigação da articulação do cotovelo, e se anastomosam com ramos que serão formados a partir das artérias do antebraço. Artéria Ulnar e Radial → Quandochega na fossa cubital, profundo a aponeurose de inserção do músculo bíceps, na altura do colo do rádio, a artéria braquial forma as 2 artérias do antebraço: a artéria radial e a artéria ulnar → A artéria radial uma artéria mais superficial em todo seu trajeto (facilita a aferição) → Enquanto a artéria ulnar, que é a artéria medial, fica protegida pelo flexor ulnar do carpo, então, precisa afastar ligeiramente esse músculo para conseguir observar o trajeto mais distal dessa artéria → A artéria radial forma a artéria recorrente radial, que vai em um sentido ascendente e se anastomosa com a artéria colateral radial, bem anteriormente ao epicôndilo lateral do úmero. → A partir da artéria ulnar, há a formação das artérias recorrente ulnar anterior (passa anteriormente ao epicôndilo medial e se anastomosa com a artéria colateral ulnar inferior) e recorrente ulnar posterior (passa posterior ao epicôndilo, e se anastomosa com a artéria colateral ulnar superior) → A artéria ulnar proximalmente forma a artéria interóssea comum (se divide em posterior e anterior em relação a membrana interóssea do antebraço) → A interóssea posterior, forma a artéria recorrente interóssea que vai se anastomosar com a artéria colateral média → Então, na região do cotovelo há anastomoses entre ramos diretos da artéria braquial, ramos diretos da artéria braquial profunda, e ramos indiretos da braquial, a partir da artéria radial e da artéria ulnar e da própria artéria interóssea posterior → Essas duas artérias (radial e ulnar) vem fazendo irrigação do músculo do antebraço e dão origem a irrigação das mãos, através dos arcos arteriais: palmares, superficial e profundo, e do arco dorsal → A artéria ulnar, na proximidade da epífise distal dos ossos do antebraço, forma um ramo carpal palmar e ramo carpal dorsal → O ramo carpal dorsal da artéria ulnar se distribui mais distalmente no antebraço, e se anastomosa com o ramo carpal dorsal → forma o arco dorsal (superficial) → forma as artérias digitais palmares comuns e digitais palmares próprias, que se distribuem lateralmente em relação as falanges → A artéria radial, mais proximalmente dá origem a artéria recorrente radial, forma um ramo carpal palmar, que faz parte do arco carpal, e segue o seu trajeto no antebraço → A radial forma principalmente arco palmar profundo, que origina artérias metacarpais palmares e ramos que permitem anastomose → Quando a artéria radial passa na região da tabaqueira anatômica, forma um ramo carpal dorsal que origina o arco dorsal, que, permite formação de artérias metacarpais dorsais que permitem a origem das artérias digitais dorsais que se distribuem lateral e medialmente em relação às falanges. → Das artérias metacarpais dorsais, destaca- se a primeira metacarpal que dá origem a artéria dorsal do polegar e do indicador. → Além disso, a artéria radial vai passar pelo primeiro músculo interósseo dorsal para formar o ramo palmar → A artéria radial ainda vai formar na face palmar uma artéria principal do polegar, que em geral, origina artéria radial do indicador → Outro ramo é um ramo superficial que se anastomosa ao arco palmar superficial, que vem principalmente da artéria ulnar para formar as artérias digitais palmares Veias Veias Superficiais → Não tem correspondente arterial, então serão nomes diferentes das artérias. → No dorso das mãos, tem a formação de arcos venosos (drenam o sangue a partir das mãos e se confluem para formar as principais veias: cefálica (lateral) e basílica (medial) → Toda veia superficial vai drenar para uma veia profunda. → Formada a partir da parte lateral do arco venoso dorsal, começa posterior e vai mudando a sua direção até ficar anterior em relação ao membro superior → Na região proximal, passagem entre o músculo deltoide e peitoral maior, onde perfura a fáscia clavipeitoral para desaguar geralmente na veia axilar (veia profunda) → Formada a partir da face medial do arco venoso, inicialmente mais posteriormente, e depois ela se curva para a parte anterior do antebraço e continua ascendendo medialmente em direção ao braço → Diferente da cefálica que só desagua na veia axilar, na parte média do antebraço a veia basílica perfura a fáscia muscular para desaguar em veias profundas, as braquiais, que acompanham a artéria braquial Comunicação → As veias cefálica e basílica se comunicam na região da fossa cubital, formando a veia intermedia do cotovelo que geralmente é utilizada para fazer punção venosa. → Porém, há muita variação anatômica, em algumas situações tem uma diferença de ponto final da veia intermedia do antebraço, que, também se forma lateralmente a partir do dorso do polegar, e se distribui na face medial do antebraço anteriormente. → Em algumas situações, essa veia do antebraço não desagua em uma veia intermedia do cotovelo, mas sim em um ponto médio do cotovelo e forma mais duas veias, formando um padrão em N (veia intermedia basílica e intermedia cefálica) – quando se tem essa disposição nenhuma delas é a veia intermedia do cotovelo Veias Profundas → Das veias profundas, são os mesmos nomes das artérias, em geral tem duas veias para acompanhar cada artéria → No antebraço há em geral duas veias para acompanhar a artéria radial (duas veias radiais) e duas veias para acompanhar a artéria ulnar (duas veias ulnares) → Essas veias têm origem a partir dos arcos venosos palmares que vão se anastomosando para formar essas 4 veias → Na região da fossa cubital, as veias se anastomosam e tem a formação geralmente de duas veias braquiais que acompanham a artéria braquial (são essas veias que recebem, na parte média do braço, a veia basílica a partir do momento que ela se aprofunda) → A veia axilar geralmente recebe a cefálica de forma individual e a veia basílica desagua antes nas veias braquiais e aí sim desagua para a veia axilar. → As veias braquiais formam a veia axilar a partir da margem inferior do musculo redondo maior. → A veia toracoepigástrica não tem um correspondente arterial e ela é formada a partir de plexos venosos periumbilicais, vem drenando a parede do abdômen e tórax, e desagua geralmente na veia axilar, isso permite a comunicação colateral entre veia cava inferior e veia cava superior também. Membros Inferiores Artérias → A principal fonte de sangue arterial para os membros inferiores vem da artéria ilíaca externa, que passa profundamente ao ligamento inguinal e a partir desse, é chamada de artéria femoral, que, se distribui pela coxa, inicialmente em um trajeto anterior, depois posterior e na altura da fossa poplítea dá origem a artéria poplítea, essa, na perna origina a artéria tibial anterior e tibial posterior, e após o tornozelo forma a artéria dorsal do pé e das artérias plantares Artéria Femoral → No trígono femoral essa artéria se encontra abaixo da fáscia muscular, por isso é uma região de palpação desse pulso arterial → A artéria femoral dá origem a ramos bem superficiais que vão estar relacionados a irrigação da parede anterior do abdômen mais inferiormente → Na região do trígono femoral é um elemento intermédio: primeiro encontra-se o nervo femoral, daí de forma intermédia encontra-se a artéria femoral e mais lateralmente a veia femoral (NAV) → Continua seu trajeto pela coxa profundamente ao músculo sartório, passando pelo canal subsartorial (na clínica conhecido por canal de Hunter) para que consiga, através de uma abertura no músculo adutor magno, chegar até a região posterior, se tornando a artéria poplítea. Ramificação → Nesse trajeto, há a artéria epigástrica superficial que se distribui na paredeabdominal, mais lateralmente a artéria circunflexa ilíaca superficial, e mais medialmente as artérias pudendas externas → O principal ramo da artéria femoral, que se forma enquanto ela vai em sentido descendente, é a artéria femoral profunda que origina duas artérias circunflexas femorais (uma medial e uma lateral) → Um ramo mais distal da artéria femoral, é a artéria descendente do joelho, que se coloca medialmente, e acompanha o trajeto da veia safena. → A artéria circunflexa lateral forma um ramo ascendente que contribui principalmente com a irrigação da articulação do quadril, um ramo transverso que faz uma irrigação principalmente muscular, e um ramo descendente que está relacionado com anastomose na região do joelho → A artéria circunflexa femoral medial, como se curva para posterior, dá uma volta no tendão de inserção do músculo iliopsoas, e se distribui principalmente pela face posterior do colo do fêmur, formando ramos que vão irrigar essa região do fêmur → A artéria circunflexa femoral lateral, principalmente através do ramo ascendente, também forma ramos que irrigam o colo do fêmur → Os ramos que irrigam o colo do fêmur, na clínica são conhecidas como artéria do retináculo. → Mas, na região da cabeça do fêmur, a principal irrigação vem a partir de um ramo acetabular da artéria obturatória (que vem da artéria ilíaca interna) → A artéria femoral profunda forma artérias perfurantes, que geralmente são quatro, e vão se distribuir a partir de aberturas naturais do músculo adutor magno e passam do compartimento anterior para o compartimento mais lateral e chegam até mesmo ao compartimento posterior da coxa → A primeira artéria perfurante tem um trajeto ascendente, e forma uma importante anastomose que temos na região glútea (anastomose cruciforme). → Além da artéria perfurante, tem a participação no sentido longitudinal de uma anastomose com uma artéria glútea inferior, um ramo da artéria ilíaca interna que se distribui inferiormente na região glútea (é responsável pela vascularização dos músculos rotadores da coxa e do próprio glúteo máximo). → A artéria glútea superior é ramo da divisão posterior da artéria ilíaca interna e forma um ramo superficial que está medial, contribuindo com parte da irrigação do musculo glúteo máximo Artéria Poplítea → A artéria femoral, depois que forma a femoral profunda, continua o seu trajeto na passando pelo canal subsartorial profundo ao musculo sartório, até que encontra uma abertura no músculo adutor magno (hiato dos adutores), passa para o compartimento posterior da coxa, e se distribui na fossa poplítea já com o nome de artéria poplítea → A artéria poplítea passa medialmente na face posterior do joelho e forma ramos que alimentam a articulação e músculos periarticulares → Quando a artéria poplítea passa na face posterior do joelho, ela forma ramos superiores: artéria superior lateral do joelho e superior medial do joelho → Depois, um pouco mais distal, ela forma duas artérias inferiores: artéria inferior lateral do joelho e artéria inferior medial do joelho → Essas 4 artérias se anastomosam formando a anastomose periarticular do joelho. → A artéria medial do joelho é formada a partir da parte medial da poplítea posteriormente para irrigar a capsula da articulação do joelho na sua face posterior, mas também o músculo poplíteo e os ligamentos poplíteos (poplíteo obliquo e poplíteo arqueado). → Há outros vasos vão fazer parte dessa anastomose do joelho e não tem origem da artéria poplítea: o ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral vem em direção a articulação do joelho e se anastomosa com ramos da artéria poplítea (vai se dispor medialmente ainda no compartimento anterior e a artéria descendente do joelho vai formar um ramo articular). Ela emite o ramo safeno da artéria descendente do joelho que está medialmente e superficialmente → Quando ultrapassa a margem inferior do músculo poplíteo, ela se divide em duas artérias: artéria tibial anterior e posterior → A artéria tibial anterior forma um ramo recorrente, e essa artéria recorrente tibial anterior contribui com a anastomose do joelho. Para isso, a artéria poplítea atravessa uma abertura no músculo sóleo (anel tendineo do músculo sóleo), formando a divisão das duas artérias tibiais Artéria Tibial Posterior → A artéria tibial posterior é o maior ramo, o ramo mais calibroso dessa divisão, é praticamente uma continuação da artéria poplítea na face posterior da membrana interóssea da perna. → A artéria tibial posterior forma uma artéria fibular que na face posterior da perna se distribui lateralmente para fazer a irrigação dos músculos mais laterais da perna, os músculos fibulares. → Na parte proximal do compartimento lateral da perna, quem faz a irrigação desses músculos fibulares são ramos perfurantes da artéria tibial anterior, já na parte distal, no compartimento lateral, a irrigação vem de ramos da própria artéria fibular, que em geral é ramo da tibial posterior. → Na região do tornozelo vai haver a formação da rede maleolar, que nada mais é do que várias anastomoses arteriais para fazer a irrigação das articulações → Há uma rede maleolar lateral e uma rede maleolar medial. → Na rede maleolar medial, tem dois ramos principais se anastomosando: uma artéria maleolar medial anterior (ramo da artéria tibial anterior), e uma artéria maleolar medial posterior (ramo da artéria tibial posterior) → Já na parte lateral do tornozelo, nível dos maléolos, tem a rede maleolar lateral que vai ser constituída principalmente por uma artéria maleolar lateral anterior (ramo da artéria tibial anterior) e uma artéria maleolar lateral posterior (ramo da artéria fibular) → Esses ramos se organizam de forma anastomótica ao redor do osso calcâneo, formando uma rede calcânea, também uma rede calcânea medial e lateral • Rede maleolar medial → artéria maleolar medial anterior (artéria tibial anterior) e posterior (artéria tibial posterior) • Rede maleolar lateral → artéria maleolar lateral anterior (artéria tibial anterior) e posterior (artéria fibular) • Rede calcânea → ramos calcâneos mediais (artéria tibial posterior) e laterais (artéria fibular) Artéria Tibial Anterior → A artéria tibial anterior atravessa uma abertura natural na membrana interóssea da perna e se distribui na face anterior dessa membrana interóssea, irrigando os músculos do compartimento anterior da perna. → Continua o em direção ao tornozelo, contribui com ramos que se anastomosam formando importantes anastomoses na região das proximidades do osso calcâneo → A partir do nível dos maléolos, lateral e medial, forma a artéria dorsal do pé que origina ramos que irrigam a face dorsal do pé → No dorso do pé, forma lateralmente uma artéria tarsal lateral e artéria tarsal medial na face mais medial, quando ela ultrapassa o retináculo dos músculos extensores no pé. → A artéria dorsal do pé dá origem a artéria arqueada no dorso do pé, que vai formar as artérias metatarsais dorsais. → A partir das artérias metatarsais dorsais tem a formação das artérias digitais dorsais → Além dessas artérias, um ramo importante da artéria dorsal do pé é a que perfura o 1º músculo interósseo dorsal do pé, a artéria plantar profunda que faz anastomose com vasos que se originam na face plantar → A irrigação do dorso do pé resulta da tibial anterior a partir da artéria dorsal do pé, enquanto na face plantar essa irrigação virá da artéria tibial posterior. → A artéria tibial posterior passa profundo ao retináculo plantar que se insere do maléolo medial até o osso calcâneo, e se bifurca na planta do pé em uma artéria plantar medial e uma artéria plantar lateral. → A artériaplantar medial faz um trajeto distal e se distribui em um ramo profundo e um superficial, que originam as primeiras artérias digitais plantares na região do halux e do segundo dedo do pé. → A artéria plantar lateral dá origem principalmente ao arco arterial profundo plantar, e esse arco vai formar artérias metatarsais plantares, que através de ramos perfurantes, fazem anastomose com as artérias plantares → Temos ainda a artéria plantar profunda, perfurando o primeiro músculo interósseo dorsal para fazer anastomose com o arco plantar profundo que vem da artéria plantar lateral, que é ramo da artéria tibial posterior. → A partir dessas artérias originadas no arco profundo plantar e de artérias superficiais originadas a partir da artéria plantar medial, tem a formação das artérias digitais plantares que chegam até a extremidade das falanges distais e garantem a irrigação que faltou a partir das artérias dorsais Veias Veias Superficiais → Vão ser originadas a partir de veias dorsais do pé que vão se confluindo e formam duas veias principais: medialmente, a partir da veia dorsal do hálux, a veia safena magna, e lateralmente, a partir da veia dorsal do dedo mínimo, a veia safena parva. → A veia safena magna, se forma no dorso do pé, faz um trajeto ascendente passando logo em frente ao maléolo medial da tíbia, ascende pela face medial da perna, passa posteriormente ao epicôndilo medial do fêmur e continua ascendendo medialmente na região da coxa para desaguar na veia femoral (veia profunda) → No trígono femoral há uma abertura na fáscia muscular que permite a comunicação entre a veia safena magna com a veia femoral, para que esse sangue drene de superficial para profundo. → A veia safena magna na parte proximal, geralmente tem outras veias tributarias dela: veia epigástrica superficial, veia circunflexa ilíaca superficial, e as duas veias pudendas, e essas veias em geral vão desaguar na veia safena magna, mas podem desaguar de forma direta na veia femoral → Na parte lateral do pé, a partir da face lateral dos arcos venosos dorsais do pé, principalmente da veia dorsal do dedo mínimo, tem a formação da veia safena parva que passa posteriormente ao maléolo lateral da fíbula, ascende no compartimento posterior da perna passando entre os ventres do gastrocnêmio, até desaguar na fossa poplítea, para alcançar a veia Comunicação → Em todo o trajeto dessas veias superficiais, há comunicação entre as veias safena magna e parva, e ramos perfurantes em todo o trajeto de ascensão da veia magna, que permitem que o sangue já vá sendo levado de superficial para profundo, e não esperar chegar em cima para desaguar todo o sangue que ela está coletando do membro inferior Veias Profundas → As veias profundas do membro inferior vão se formam a partir de veias perfurantes que se anastomosam Acompanhando a artéria tibial posterior há, geralmente, duas veias tibiais posteriores Acompanhando a artéria tibial anterior há duas veias tibiais anteriores, que vão se confluir para formar uma única veia poplítea profundamente, que vai se continuar como veia femoral (recebe a veia safena magna na sua porção mais proximal) Correlações Clínicas BOMBA DA PANTURRILHA: vai comprimindo as veias no membro inferior, garantindo um refluxo adequado do sangue contra a ação da gravidade. Quando tem algum problema nas válvulas que impedem esse refluxo, evidencia a formação das varizes que é quando o fluxo está invertido, ao invés de drenar das veias superficiais para as veias profundas, por uma inflamação ou por ausência da força muscular ou incompetência dessas válvulas das veias, tem o fluxo da veia profunda para a veia superficial, e essa veia fica dilatada → A veia safena magna pode ser usada no procedimento de by-pass para fazer um desvio da circulação arterial a partir da aorta direto para irrigar o miocárdio por uma estenose de uma artéria coronária, por exemplo, isso é possível graças as comunicações a partir das veias perfurantes no membro inferior.
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