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Terapia Nutricional Enteral

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Terapia Nutricional Enteral 
→ Conjunto de procedimentos terapêuticos 
que visam à manutenção ou recuperação 
do estado nutricional por meio da nutrição 
enteral ou parenteral, realizada em 
pacientes incapazes de satisfazer 
adequadamente suas necessidades 
nutricionais e metabólicas 
 
Situações 
→ Ventilação mecânica 
→ Pré e pós operatório de determinadas 
cirurgias, como câncer (cirurgias grandes) 
→ Síndrome do intestino curto 
→ Desnutrição 
→ Outros 
 
Tipos 
→ De acordo com as vias de acesso 
 
→ Via oral funciona como um suplemento, 
enteral é pela sonda nasoenteral ou 
gastrostomia e, por fim, temos a parenteral, 
ou seja, na veia. 
 
→ Histórico: relatos na Grécia 
→ Resolução Regulamentação 2000 
→ Especialidade medica 
→ Um dos ramos da Nutrologia 
→ EMTN* 
→ Nos hospitais 
→ Definição: alimentos para fins especiais, 
com ingestão controlada de nutrientes, na 
forma isolada ou combinada, de 
composição química definida, ou estimada, 
especialmente elaborada por uso por 
sondas ou via oral, industrializadas ou não, 
utilizada exclusiva ou parcialmente, para 
substituir ou complementar a alimentação 
oral em pacientes desnutridos ou não, 
conforme suas necessidades nutricionais, em 
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, 
visando a síntese ou manutenção de 
tecidos, órgãos ou sistemas 
→ A prescrição da alimentação é 
extremamente importante desde a 
prevenção ao tratamento, tanto que 
qualquer prescrição médica, o primeiro item 
é alimentação, até no jejum. 
 
 
Importância da Nutrição 
→ Prevalência: IBRANUTRI → desnutrição em 
quase 50% dos pacientes no momento da 
internação 
→ A importância da nutrição nesse estudo 
mostrou que o tempo da internação no 
paciente desnutrido aumenta 2x mais e o 
estado nutricional piora com a internação. 
→ A mortalidade é 3x maior em pacientes 
desnutridos, e tem pior prognostico 
→ O risco é maior em pacientes maiores de 
60 anos, com infecção, com câncer e com 
internação prolongada. 
 
 
Benefícios 
→ Estimular a função digestiva e absortiva, os 
fatores hormonais tróficos na mucosa 
→ Mantém integridade da mucosa 
gastrointestinal 
→ Reforça a mucosa da barreira intestinal 
(evita translocação bacteriana, sendo 
responsável por 50% da imunidade) 
→ Mantém ou tenta manter (UTI) PH e flora 
bacteriana normais 
→ Diminui crescimento de bactérias 
oportunistas no intestino delgado 
→ Atenua o catabolismo 
→ Menor incidência de infecção (pós 
operatório) 
→ Melhor recuperação, menor mortalidade, 
menor custo 
 
Indicações mais comuns 
→ Ingestão via oral insuficiente (IVO): < 60% 
das NET e PTN 
→ Grau de desnutrição/catabolismo 
→ Perda ponderal importante (>10% 6 meses) 
→ Aumento do requerimento nutricional 
(queimaduras, traumas) 
→ Deficiência neurológica, coma ou delírios 
→ Disfagia 
 
Critérios 
→ Não iniciar se não houver previsão de 
manter 5 a 7 dias 
→ Previsão de jejum superior a 3 dias em 
pacientes críticos 
→ Pacientes desnutridos introduzir 1 a 3 dias 
no máximo 
→ Nutrição enteral pré-operatória 10 dias 
antes de cirurgias grandes (CA) 
→ Iniciar em pacientes de UTI 
hemodinamicamente estáveis em doses 
baixas e aumentando gradualmente 
→ Rastreio ativo dos pacientes 
 
Contra indicações 
→ Instabilidade hemodinâmica (estabiliza o 
paciente e depois entrar com dieta enteral) 
→ Disfunção ou obstrução do TGI 
→ Necessidade de repouso do TGI ou fistula 
com grande debito 
→ Vômito /diarreia intensos 
→ Sangramento do TGI intenso por 
perfuração ou não 
→ Causas metabólicas como Acidose 
importante, DM descompensada 
 
Classificações 
Quanto as fórmulas 
• Poliméricas, Oligoméricas, Monoméricas 
• Carboidratos: Hipo, normo, hipercalóricas 
• Proteínas: Hipo, normo, hiperproteicas 
• Lipídios 
• Módulos 
 
Modo de Administração 
• Em bolus (seringa) 
• Intermitente 3 a 8X/ dia 
• Contínua: Bomba de infusão contínua → UTI
 
Tipos 
• Artesanal: feito em casa e não se usa mais 
• Diluída 
• Industrializada 
 
Sistema 
• Aberto: necessita de manipulação antes 
da administração 
 
• Fechado: não exige manipulação prévia, 
pronta para o uso 
 
 
→ Sonda nasogástrica: entra pelo nariz e 
ponta dela chega no estômago. 
→ Nasoentérica: entra pelo nariz e a ponta 
dela é pós-piloro. 
→ Gastrostomia: colocada por endoscopia 
ou por cirurgia convencional 
→ Jejunostomia: quando não consegue fazer 
um orifício no estômago, como por exemplo 
um pós bariátrico
 
→ Sonda é usada quando precisa de TNE por 
menos de 28 dias 
→ A indicação de gastrostomia é todo 
paciente que vai usar sonda enteral por mais 
de 28 dias 
 
Etapas 
→ 1º: TRIAGEM NUTRICIONAL (enfermagem 
ou nutricionista) → risco nutricional 
→ 2º: Se houver indicação → via oral, enteral 
ou parenteral 
→ 3º: Se enteral → qual é a posição (gástrica, 
pós-piloro ou gastrostomia) 
→ 4º: enfermeira orienta, pega o termo de 
consentimento do paciente e/ou familiar 
→ 5º: introduz a sonda nasoenteral (não 
precisa de sedação), faz um teste com ar na 
seringa e depois um raio-x de abdome 
(obrigatório) 
→ 6º: inicia a dieta enteral após cálculo e 
avaliação da nutricionista e do médico 
responsável 
→ 7º: início dose baixa e vai aumentando 
gradualmente no decorrer dos dias 
 Dose calculada pela nutricionista em 
comum acordo com o médico 
 Cálculo é realizado de acordo com a 
patologia e comorbidades associadas 
(ex: Obesidade, desnutrição, IRA, ICC) 
 Observar: vômito, diarreia, distensão 
abdominal, glicemia, exames 
laboratoriais, dor 
 Manter cabeceira elevada 30- 45º (para 
evitar pneumonia) 
 
 
Complicações (raras) 
→ Perfuração esofágica e gástrica 
→ Drenagem inadvertida nos pulmões 
→ Pneumonia 
→ Diarreia 
→ Distensão abdominal 
→ Vômito 
→ Glicemia elevada 
 
→ Depende da velocidade do esvaziamento 
gástrico, gastroparesia e risco de aspiração 
pulmonar (necessidade de manter 
cabeceira mais baixa, doença neurológica) 
→ Gastrostomia ou Jejunostomia 
→ Tempo maior de permanência 
→ Via endoscópica ou laparotomia (por 
vídeo ou não) 
 
Metas Individuais 
→ Esses dados são utilizados para fazer o 
cálculo de como compor a TNE do paciente 
→ Cada paciente tem uma necessidade 
específica diferente e o nutricionista vai 
avaliar quanto ele precisa de cada tipo de 
nutriente 
→ Proteínas: 1,2 a 2 g/kg/dia 
→ Carboidratos: +/- 30 kcal/kg/dia 
→ Água: 1 ml para 1 kcal 
→ Lipídios 
 
 
→ Desnutrição X Obesidade 
→ Estabilidade X Instabilidade 
Hemodinâmica 
→ Politrauma X Tratamento clinico 
→ Pré-Operatória Câncer Esôfago 
→ Doença renal crônica dialítico ou não 
 
Situações diferentes X 
Tratamento Individualizado 
→ Paciente operado de um câncer: dieta 
pré-operatória com suplemento via oral 
aproximadamente 15 dias antes 
→ Paciente politraumatizado: aguardar a 
estabilidade hemodinâmica para iniciar a 
dieta enteral se o TGI estiver funcionante, se 
tiver uma obstrução ou perfuração não vai 
ser possível. 
→ Anorexia grave: iniciar imediatamente via 
oral e se não for possível, associar ou 
implementar uma dieta enteral via sonda, 
em dose baixa, aumentando gradualmente 
(perigo da síndrome da realimentação: 
causa alterações neurológicas, respiratórias 
e principalmente cardíacas, podendo levar 
até a morte súbita) 
→ Alzheimer avançado: com pneumonia de 
repetição pois não consegue engolir, já 
indica gastrostomia

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