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Asma na Infância Epidemiologia → Grave problema de saúde global. → Estudos apontam que ela acomete cerca de 330 milhões de indivíduos no mundo. → Afeta todas as faixas etárias e sua prevalência está aumentando especialmente em crianças. → Doença crônica mais comum na infância. → Estudos apontaram prevalência de asma em 24,3% dentre as crianças no Brasil Fisiopatologia → Doença heterogênea, pode ter várias maneiras de manifestação → Principal característica: inflamação crônica das vias aéreas inferiores → Envolve múltiplas células inflamatórias e mediadores químicos → Hiper-reatividade brônquica e processo inflamatório crônico resultando em um remodelamento das vias aéreas → Alterações estruturais podem ser encontradas, mesmo nos casos mais leves e estáveis → Inicialmente a asma começa como a inflamação aguda que causa edema, aumento de secreção de muco, contração da musculatura lisa, que resulta nos sintomas de crise (tosse, dispneia, sibilância, dor ou aperto torácico). → Com o tempo, vai desencadeando uma inflamação crônica e pela liberação das células inflamatórias, resultando em um dano na integridade do epitélio das células das vias aéreas, e alterações estruturais que pode levar a remodelamento das vias aéreas – hipertrofia da musculatura lisa, espessamento da membrana basal, fibrose dessas células, levando a uma limitação ao fluxo aéreo Características da Asma → Manifesta-se por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com o tratamento. → Tanto os sintomas quanto a limitação do fluxo aéreo variam ao longo do tempo e em intensidade. → Essas variações são muitas vezes desencadeadas por fatores como exercício, exposição a alérgenos ou irritantes, mudança na clima, ou infecções respiratórias virais. Quais são os sintomas? → Dispneia → Tosse (geralmente seca) → Sibilância → Sensação de aperto no peito → Cansaço para realizar as atividades diárias e durante as atividades físicas → Pode ocorrer despertares noturnos Fatores desencadeantes → O tabagismo ativo ou passivo é um dos principais fatores para que o paciente não alcance o controle dos sintomas de asma apesar do tratamento adequado → fator modificável Diagnóstico → Anamnese Idade de início Sintomas Duração das crises Frequência Fatores desencadeantes Resposta ao Beta-2 Sintomas nasais/oculares/ exercícios/noturnos Outras alergias associadas (pele/alimentar) Histórico familiar em parentes de 1º grau → Exame físico Sibilos Sinais de desconforto respiratório Batimento de aleta nasal Sinais de atopia Saturação de oxigênio Índice Preditivo de Asma → Indica a probabilidade de o paciente com sibilância precoce desenvolver asma persistente no futuro (Castro-Rodriguez modificado). GINA - Initiative for Asthma → Probabilidade de diagnóstico de asma nas crianças abaixo de 5 anos Exames Complementares → O diagnóstico da asma é essencialmente clínico, realizado pelo médico através da análise da história detalhada associado ao exame físico do paciente. Existem exames que complementam o diagnóstico da asma, tais como: → Pode ser realizado em qualquer idade, mas em crianças muito pequenas, abaixo de 2 a 3 anos, é muito frequente dar negativo pois elas vão se sensibilizando aos alérgenos com os anos, mas quando vem um resultado já positivo é muito sugestivo da criança realmente evoluir para uma asma → O diagnóstico da asma é essencialmente clínico, realizado pelo médico através da análise da história detalhada associado ao exame físico do paciente. Existem exames que complementam o diagnóstico da asma, tais como: Testes cutâneos alérgicos Dosagem de IgE específica para alérgenos Dosagem de IgE total Espirometria com prova broncodilatadora Exames de imagem: Principalmente para excluir diagnósticos diferenciais Diagnósticos diferenciais Tratamento → Controlar os sintomas → Possibilitar atividades normais na escola e no lazer, com o mínimo de medicamentos → Manter função pulmonar normal ou a melhor possível → Evitar as crises, atendimentos em emergências e hospitalizações → Reduzir a necessidade de uso de broncodilatador para alívio dos sintomas → Minimizar efeitos adversos da medicação → Atender às expectativas do paciente e da família com o tratamento → Evitar a morte → Antes de progredir Steps, 4 perguntas são importantíssimas: 1. Há adesão ao tratamento? 2. A técnica de uso de medicação está correta? 3. Há estímulos e agravantes no ambiente (poluição, poeira, mofo, colchas e bichos de pelúcia, tabagismo passivo ou ativo)? 4. Há diagnósticos alternativos? Será que é asma mesmo? Técnica Inalatória GINA - Initiative for Asthma 2023 → Recomenda-se que todo paciente com asma receba corticoide inalatório de alguma maneira. → Terapia MART para crianças entre 6 a 11 anos → Terapia de manutenção e alívio → Doses baixas de Formoterol + Budesonida (LABA) → Reduz exacerbações quando comparado ao SABA como medicação de alívio → Dupilumabe (anti-IL-4R): Passar a ser indicado também para crianças maiores de 6 anos, no tratamento de asma moderada a grave. → STEP 1 (sintomas < de 2 vezes/mês): Dose baixa de corticoide inalatório quando utilizar o SABA Considerar: Dose baixa de CI diária, pois a baixa adesão é altamente provável → STEP 2 (sintomas 2 vezes/mês ou mais, mas não diários): Dose baixa de corticoide inalatório diário + SABA por demanda Considerar: Anti-leucotrieno diário OU baixa dose de CI quando utilizar o SABA → STEP 3 (sintomas na maior partes dos dias ou despertar com crise de asma 1 vez/ semana ou mais: Dose baixa de CI + LABA OU Dose média de CI OU Dose muito baixa de CI + LABA (Formoterol) – MART (controle e resgate) Considerar: Dose baixa de CI + Antileucotrieno → STEP 4 (sintomas na maior parte dos dias ou despertar com crise de asma 1 ou mais vezes/semana e baixa função pulmonar): Dose média de CI + LABA OU Dose baixa de CI + Formoterol (MART - controle e resgate) Encaminhar ao especialista Considerar: Associar Brometo de Tiotrópio (LAMA) OU Anti-leucotrieno → STEP 5: Encaminhar para avaliação fenotípica Dose alta de CI + LABA OU adicionar Anti-IgE (Omalizumabe) ou anti- interleucina 4 (Dupilumabe) ou anti- interleucina 5 (Mepolizumabe) Considerar: Adicionar anti-interleucina 5 (Mepolizumabe) OU Dose baixa de CO (considerar os efeitos colaterais) Imunobiológicos ≤ → STEP 1 (Crianças com sibilância viral ou raros sintomas episódicos): Utilizar SABA quando necessário Considerar: CI intermitente pode ser considerado no início dos quadros respiratórios → STEP 2 (Crianças com sintomas consistentes com asma não bem controlada ou ≥ 3 exacerbações/ano): Dose baixa de corticoide inalatório diário + SABA quando necessário Considerar: Anti-leucotrieno diário OU uso intermitente de CI no início dos quadros respiratórios + SABA quando necessário → STEP 3 (Asma não controlada com dose baixa de CI): Dobrar a dose de CI prescrito no STEP 2 + SABA quando necessário Considerar: Dose baixa de CI + Antileucotrieno/ Considerar encaminhar ao especialista → STEP 4 (Asma não bem controlada com aumento do CI): Manter tratamento e encaminhar ao especialista Considerar: Associar Anti-leucotrieno, aumentar a dose de CI ou adicionar CI intermitente → Antes de intensificar, verifique se há diagnóstico alternativo, verifique se a técnica do uso do inalador está correta, se há aderência ao tratamento e se há exposição constante a fatores alergênicos, como à fumaça do cigarro. Importante → Fazer o diagnóstico correto - investigaros diagnósticos diferenciais quando necessário → Administrar tratamento de manutenção na menor dose possível que estabilize o paciente → Sempre avaliar: Técnica inalatória, fatores desencadeantes, adesão ao tratamento → Saber reconhecer uma crise e manejá-la
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