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ENCONTRE A COMUNIDADE QUILOMBOLA

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FICHA DE ATIVIDADE ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 
 
 
Nome da Atividade 
Encontre a comunidade quilombola 
 
Canto da brinquedoteca utilizado 
 
( X ) Leitura 
( ) Camarim/Teatro 
( ) Artes/Artesanato 
( X ) Jogos 
( ) Faz-de-conta 
 
 
( ) Construção 
( ) Movimento e sensações 
( ) Sucata 
( ) Digital/Game 
( ) Espaço externo 
 
Público-Alvo 
( ) 1° ano ( ) 2° ano ( ) 3° ano ( X ) 4° ano ( ) 5° ano 
 
Número de participantes 
Todos alunos da sala, divididos em trios. 
 
Base Nacional Comum Curricular 
Competência Geral da Educação Básica 
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar 
de práticas diversificadas da produção artístico-cultural (BRASIL, 2017, p. 10). 
 
Área de Conhecimento Competência Específica de Área 
( ) Linguagens 
( ) Matemática 
( ) Ciências da Natureza 
( X ) Ciências Humanas 
( ) Ensino Religioso 
 
Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos 
e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, 
políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes 
espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo 
(BRASIL, 2017, p.402). 
 
 
Justificativa 
 
Traçar um perfil do papel das culturas africanas e do negro brasileiro na formação do Brasil ainda continua 
merecendo e necessitando de investigação e conhecimento. Nesse sentido, estabelecer e reconhecer novas 
perspectivas educacionais para uma compreensão do tráfico, da escravidão e da diáspora africana como 
elementos formadores da configuração do mundo contemporâneo constituem pressupostos básicos para 
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traçar um contexto mais adequado do papel das culturas negras na formação do território e do povo brasileiro. 
Não podemos perder de vista que entre os principais entraves ao desempenho do negro na nossa sociedade 
se destaca a inferiorização deste na escola [...]. Primeiro, são os livros didáticos que ainda ignoram o negro 
brasileiro e o povo-africano como agentes ativos da formação geográfica e histórica do Brasil. Em seguida, a 
escola tem funcionado como uma espécie de segregadora informal. A ideologia subjacente a essa prática de 
ocultação e distorção das comunidades afrodescendentes e seus valores têm como objetivo não oferecer 
modelos relevantes que ajudem a construir uma autoimagem positiva, nem dar referência a sua verdadeira 
territorialidade e sua história aqui, sobretudo, na África (ANJOS, 2005). 
O reconhecimento legal dos quilombos no Brasil representa um marco histórico na visibilidade das diferenças 
étnicas e culturais da sociedade. O mito da democracia racial escondeu as dores da escravidão causando 
lesões nas identidades afrodescendentes. Analisando a luta pelo reconhecimento, percebe-se a necessidade 
de ampliação dos direitos, como é o da educação quilombola. Os desafios são grandes, sendo necessário 
modificar a cultura escolar, que exclui a diversidade. Na representação quilombola, não é o passado que 
retorna. É o presente que faz aflorar a história e a ancestralidade dentro das experiências que levam à 
organização social. Propostas educacionais que partam da etnicidade e da cultura podem abarcar o contexto 
e o texto territorial. Os quilombolas trazem o território que fala, por meio da história oral, possibilitando uma 
escuta desses significados (CARRIL, 2017). 
 
 
Tempo previsto para realização da atividade 
2 aulas de 50 minutos 
 
Materiais utilizados 
 Folhas com o mapa do Brasil impresso, sem indicação dos quilombos (ao menos uma por dupla) – 
Anexo 1. 
 Folha com a história dos quilombos impressa – Anexo 2. 
 Folha com o mapa do Brasil impresso, com indicação dos quilombos (ao menos uma por dupla) – 
Anexo 3. 
 
Descrição da atividade (passo a passo) 
 
Passo 1: Leitura da história dos quilombos (Anexo 2) para toda a sala; 
 
Passo 2: Discussão da história lida anteriormente; 
 
Passo 3: Distribuição, para as duplas, do mapa do Brasil, sem a indicação da localização dos quilombos. 
 
Passo 4: Solicitação para sinalizarem as áreas dos quilombos no mapa, conforme Anexo 3. Pode-se adotar 
estratégias diferentes para esta ação. Uma delas é: uma das crianças informar em qual estado se localiza o 
quilombo e pedir para a criança indicar a região (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste). Assim, 
possibilita-se o estudo das diferentes regiões do Brasil e a decodificação das siglas dos estados que estão 
no mapa. 
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Passo 5: Discussão de como a população brasileira se constituiu ao longo da história, nas diversas regiões 
do Brasil. 
 
 
Referências 
 
ANJOS, Rafael Sanzio dos. Coleção África-Brasil: cartografia para o ensino-aprendizagem. 2. ed. 
Brasília: Mapas Editora & Consultoria, 2005. v. 1. 8 mapas temáticos com escalas variadas. Disponível em: 
http://repositorio.unb.br/handle/10482/30506. Acesso em: 19 de jun da 2020. 
 
BRASIL, MEC. Base Nacional Comum Curricular. 2017. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 19 fev. 
2019. 
 
CARRIL, Lourdes de Fátima Bezerra. Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como 
contexto e texto. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v.22, n.69, p. 539-564, Jul. 2017. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782017000200539&lng=en&nrm=iso>. 
Acesso em: 19 de jun da 2020. 
 
História dos quilombos. Disponível em: https://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p2.php. Acesso em: 
19 de jun da 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://repositorio.unb.br/handle/10482/30506
https://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p2.php
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ANEXO 1 – Mapa do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 2 – História dos quilombos 
 
 
No período de escravidão, no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam 
fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos no meio das 
matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de 
acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. 
Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, 
principalmente nos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais 
e Alagoas. Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos 
senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de 
grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos 
Palmares, localizado em Alagoas. 
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este 
já abrigava em torno de 50 mil escravos, também conhecidos como quilombolas. 
Os quilombolas eram caçados tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) 
quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os serviços do 
bandeirante Domingos Jorge Velho. A luta contra os negros de Palmares durou por volta de 
cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por 
Zumbi, eles, por fim, foram derrotados. 
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. 
Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, 
resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação 
da cultura afro-brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 3 – Mapa dos quilombos 
 
 
 
 
*Palmares se localiza em Pernambuco.

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