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COMO INICIAR, REGISTRAR E CAPITALIZAR SUA STARTUP

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COMO INICIAR, REGISTRAR E 
CAPITALIZAR SUA STARTUP
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EMPREENDEDORISMO
COMO INICIAR, REGISTRAR E 
CAPITALIZAR SUA STARTUP
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Gerente Adjunto
Leandro de Oliveira Barreto
Analista
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Analista
André Gustavo de Araújo Barbosa
Projeto Gráfi co, editoração e revisão ortográfi ca
Yayá Comunicação Integrada
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SUMÁRIO
Tenho uma ideia de Startup. Por onde devo começar? 4
As fases iniciais para criação de uma startup 7
Saiba mais sobre o processo de abertura de startups 9
Quais documentos são exigidos por lei para abrir uma startup? 11
Como buscar investimentos para manter a empresa ativa 12
Dicas indispensáveis para criação de uma startup 21
Conclusão 22
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TENHO UMA IDEIA DE STARTUP. 
POR ONDE DEVO COMEÇAR?
 
Startups são empresas em fase inicial, geralmente formadas por uma equipe 
multidisciplinar em busca do desenvolvimento de um produto ou serviço 
inovador, de base tecnológica. O termo nasceu nos Estados Unidos há algumas 
décadas, mas só se popularizou no meio empreendedor brasileiro a partir da bolha 
ponto-com, entre os anos de 1996 e 2001.
Uma das características mais importantes de uma startup está em sua capacidade 
de ganhar escala rapidamente, ou seja, ter seus produtos utilizados por um número 
grande de pessoas em pouco tempo. Estar em um ambiente de incerteza também 
é característica comum às startups, pelo fato de que em sua fase inicial, muitos 
elementos que compõem seu modelo de negócio estão ainda incertos e pouco 
definidos. O Modelo de Negócio é a descrição dos principais elementos que explicam 
o funcionamento de uma empresa, apresentando informações como clientes, 
custos, fontes de receita, atividades principais, entre outros.
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Assim, entre as principais características que diferenciam e definem uma startup, 
destacam-se:
Inovação: 
a startup apresenta um produto ou serviço novo – ou com aspectos novos em 
seu modelo de negócio – para o mercado a que se destina, como elementos de 
diferenciação.
Escalabilidade: 
o modelo de negócio de uma startup precisa ser escalável, isto é, poder atingir 
rapidamente um grande número de usuários a custos relativamente baixos.
Repetibilidade:
o modelo de negócios de uma startup deve ser repetível, ou seja, deve ser 
possível replicar ou reproduzir a experiência de consumo de seu produto ou 
serviço de forma relativamente simples, sem exigir o crescimento na mesma 
proporção de recursos humanos ou financeiros.
Flexibilidade e rapidez:
em função de sua característica inovadora, do ambiente incerto e altamente 
competitivo, a startup deve ser capaz de atender e se adaptar rapidamente 
demandas do mercado. Geralmente, têm estruturas enxutas, com equipes 
formadas por poucas pessoas, com flexibilidade e autonomia
Uma startup também costuma apresentar baixo esforço de replicação de seus 
produtos, isto é, custos de operação que cresçam proporcionalmente a taxas 
menores que sua receita, na medida em que a empresa ganha escala. Quando 
uma empresa busca por um modelo que seja repetível e escalável quer dizer que 
também está buscando por uma espécie de automação do seu modelo. Ou seja, 
independentemente do número de clientes que ela conquiste, o custo da operação 
não se eleva na mesma proporção.
Esses empreendimentos de base inovadora, com gestão focada no crescimento 
rápido, ganham cada vez mais adeptos e despertam o interesse do mercado. 
Mas afinal, ter um startup é muito mais do que apenas “sonho”. É preciso ter 
foco, planejamento, organização e principalmente inovação para não arcar com o 
“fracasso” financeiro e jurídico, como veremos adiante. 
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Antes de decidir empreender, a primeira coisa que você deve pensar é se você está 
realmente pronto para começar. A fase inicial é basicamente sustentada por suas 
próprias finanças, e muito provavelmente você passará alguns meses sem ganhar 
dinheiro, o que transcende a questão da empresa e cruza a linha entre sua vida 
profissional e pessoal.
Outro passo essencial é verificar se a sua ideia tem mercado. Faça uma 
pesquisa em sua rede de contatos e busque pessoas que estejam ligadas direta 
ou indiretamente a empresas de tecnologia. Troque ideias e entenda a trajetória 
de cada uma delas e, se possível, consiga com que um ou mais deles se torne seu 
mentor formal. E lembre-se de que a trajetória é sempre de aprendizado, afinal, 
empreender é uma corrida de resistência, e não de velocidade. 
Aqui você vai conhecer quais os primeiros passos necessários para montar sua 
startup, como registrá-la e como seguir adiante de forma planejada e com maiores 
chances de sucesso.
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AS FASES INICIAIS PARA CRIAÇÃO 
DE UMA STARTUP 
Iniciar uma startup requer, previamente, um perfil empreendedor, uma ideia 
viável e vontade de busca contínua por conhecimento para desenvolver a capacidade 
de inovação.
O caminho a ser seguido para criação de uma startup, em linhas gerais, engloba 
algumas fases típicas. Logo de início, o empreendedor passará por um período de 
12 a 18 meses sem possíveis ganhos financeiros. Essa fase ultrapassa a questão da 
empresa e alterna entre a vida profissional e pessoal.
A rede de contatos deve receber a atenção que merece. Cuidar da rede de 
relacionamento, estreitando laços com pessoas do segmento de tecnologia 
é indispensável para quem deseja abrir uma startup. Propor convites para as 
pessoas estratégicas da sua rede é um rumo para que consiga um mentor formal, 
por exemplo, afinal, a aprendizagem é uma parte essencial do processo. Por meio 
da vasta literatura disponível como livros, blogs e treinamentos presenciais e à 
distância, é possível ampliar o conhecimento, principalmente, nos conteúdos que 
o empreendedor tiver deficiência, o que dará uma vantagem competitiva. 
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Outra etapa significativa desse processo é encontrar sócios. Avalie qual a função 
que você exercerá e procure sócios que assumam outras funções para o equilíbrio 
da sociedade. Normalmente, a empresa deve ter na sua composição: o especialista 
em TI, o vendedor e o designer de produto.
Percorrido o trajeto acima, chega o momento de decidir em qual segmento você vai 
trabalhar. Você pode optar pela arbitragem de ideias, que consiste na busca de um 
segmento que já teve crescimento disruptivo em outro país e tenta implementar a 
ideia na sua região. Já a segunda opção é examinar a sua vida profissional e detectar 
o que é que você tem domínio técnico para empreender. É nesta fase que convém 
validar as oportunidades e se questionar se há mercado suficiente que justifique a 
abertura de uma startup. 
Você deve identificar um problema crítico que alguém remunere para solucioná-lo. 
Por meio de testes e respostas, desenvolva protótipos de modo a obter um produto 
minimamente viável. Nesse estágio, o método Design Thinking pode ser aplicado, 
de forma inovadora e colaborativa, para criar solução centrada no usuário. Além 
de ser uma solução bem concebida, tem que ser útil para o mercado.
O empreendedordeve procurar usar nuvem, software de código aberto - 
opensource, software como serviço – SaaS e controlar o caixa por meio de 
planilhas. É recomendável conhecer quais são as variáveis financeiras do modelo 
de negócio. Sendo varejo, por exemplo, essa variável consiste na relação entre 
sua margem líquida e o custo de aquisição. A startup deve ter controle sobre o 
dinheiro usado mensalmente, uma vez que o processo de prospecção de uma 
rodada de financiamento não dura menos que seis meses e se a verba for acabar 
deve prever um plano de fechamento.
Vale frisar que a trajetória é sempre um aprendizado. Empreender requer resiliência 
e gosto pelo risco calculado em direção ao sucesso. Nesse sentido, as chances de 
êxito aumentam substancialmente a cada tentativa não sucedida.
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SAIBA MAIS SOBRE O PROCESSO DE 
ABERTURA DE STARTUPS
 
Criar uma startup é muito mais que um “sonho”, demanda foco, planejamento, 
organização e essencialmente inovação para não ter dano financeiro e jurídico. Logo 
de início, a criação de um modelo e/ou plano de negócio por meio de ferramentas 
de planejamento estratégico que possibilitam o esboço da empresa desejada é o 
caminho mais indicado. 
Finalizado o modelo e/ou plano, a empresa estará conceituada, o que permitirá 
uma avaliação do modelo de negócio no mercado bem como constatar se a 
ideia irá gerar valor ao mercado. Ainda com base na avaliação do modelo de 
negócio, é possível também estabelecer os fluxos e os processos necessários, 
encerrando, por fim, a tríade produto x equipe x mercado, indispensável 
para ter uma startup promissora.
O processo de abertura e formalização da startup adota o modelo normal de 
abertura de empresas. Confecção de contrato social com a definição do modelo 
societário que melhor se adequa as atividades a serem executadas, registro na 
Junta Comercial do Estado competente, além do Município, Estado e União, escolha 
de uma sede, divisão de quotas sociais, dentre outras exigências.
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Uma vantagem que pode ser conferida é a possibilidade de se beneficiar de 
programas de incentivo e financiamento por meio de incubadoras – onde as startups 
podem usar do ambiente físico e recursos disponibilizados pelo Poder Público ou 
empresas que estipulam um valor diferenciado para este modelo de negócio ou 
possuem cunho social.
Se o processo de abertura da startups não for feito de maneira correta, as 
consequências serão muitas, não exclusivamente no campo jurídico como também 
na esfera financeira. No Brasil, a aceleradora Startup Farm indicou em 2016 que 74% 
das startups fecham depois de cinco anos de existência, tendo como os motivos 
principais: desavença entre sócios e não oferecimento de propostas que dialoguem 
com o mercado. 
O empreendedor deve empregar seus esforços na proteção de sua ideia e 
modelo de negócio, além de investir em modelos de contratos sustentáveis. Um 
contrato mal elaborado ou ainda a inexistência de um contrato pode provocar danos 
imensuráveis, como a perda do controle da própria ideia ou a divulgação indevida 
de conteúdo privativo, por exemplo. É fundamental que o empresário conheça 
todos os regimes tributários aplicáveis para o seu modelo de negócio, a fim de que 
a carga tributária não comprometa a gestão nem lhe traga prejuízos.
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QUAIS DOCUMENTOS SÃO EXIGIDOS POR 
LEI PARA ABRIR UMA STARTUP?
A documentação básica para abertura de empresa no Brasil, além do contrato social, é:
• Cópia do RG e CPF dos sócios;
• Cópia do comprovante de residência dos sócios e carnê do IPTU do imóvel 
onde a empresa está situada ou contrato de locação.
Em média, a conclusão do processo leva trinta dias. Para o estudo prévio e 
planejamento estratégico, informações serão requeridas sobre produto/serviço x 
equipe x espaço para conferir o custo mínimo do investimento, se haverá incubadora 
inserida ou algum projeto de aceleramento, ponto de equilíbrio, valor para o mercado 
de consumo, informações tributárias etc.
Diante de todo processo apresentado para criação de startups, é importante que 
a estratégia financeira esteja em consonância ao período que a empresa esteja 
atravessando. Startups brasileiras costumam monetizar seus serviços com 
mensalidade por uso, sendo que há outras maneiras de monetização também. 
Portanto, cerque-se de cuidados para com sua empresa de modo que a rentabilidade 
seja garantida.
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COMO BUSCAR INVESTIMENTOS PARA 
MANTER A EMPRESA ATIVA 
Começar uma startup requer investimento inicial para que avance do estágio 
incipiente de desenvolvimento. Para tanto, as startups têm por costume buscar 
uma modalidade de investimento que possibilite as ideias saírem do papel. 
Geralmente há aplicação de recursos próprios nesta iniciativa empreendedora, 
sobretudo para iniciar as atividades. Contudo, o capital usado pode vir de outras 
diferentes fontes, como: 
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Capital semente
O capital semente é uma boa modalidade de investimento na gestão e 
desenvolvimento das startups. É um ganho além do econômico, pois favorece 
a expansão estrutural e comercial da empresa. Na fase inicial das startups o 
capital semente é um dos modelos de capital de risco mais procurados pelos 
empreendedores, uma vez que pode proporcionar estabilidade nos passos iniciais 
das novas empresas.
O capital semente é uma modalidade de financiamento de longo prazo proveniente 
de fundos de investimento. Classificada como uma categoria acima do investimento 
– anjo, o objetivo é subsidiar despesas iniciais, como o desenvolvimento do produto 
ou serviço, execução de pesquisas de mercado, captação de recursos humanos e a 
finalização do plano de negócio, além de contribuir para a estabilidade da empresa 
até que se torne sustentável.
Esse tipo de investimento também pode ser aplicado em empreendimentos que 
têm uma oferta de produto/serviço definido, possuindo, no entanto, uma pequena 
carteira de clientes. Nesse caso, os recursos financeiros são destinados para expandir 
a estrutura, a produção e o consumo, bem como consolidar as startups no mercado 
para que despertarem o interesse de fundos com maior poder de investimento.
Normalmente, os investidores de capital semente formam fundos que captam 
recursos de outros investidores a fim de minimizar os riscos de prejuízos. 
Posteriormente, compartilham esses recursos em diversas empresas nascentes.
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Confira duas dicas práticas para captação de recursos dos investidores semente:
Tangibilize seu negócio
A estruturação de um Modelo e/ou plano de negócios são os melhores caminhos 
para que as ideias saiam da esfera do pensamento e obtenham retorno financeiro, 
uma vez que passam a gerar valor para o mercado. Uma parte do plano de negócios, 
contendo um protótipo que abranja o funcionamento da empresa, a proposta de 
valor e a sua aplicabilidade no mercado, deve ser apresentada como documento 
na busca por um investidor semente. 
Circule nas suas redes
A rede de contatos é primordial nesse processo inicial de captação de recursos. No 
ecossistema da inovação há eventos voltados para startups que são oportunidades 
excepcionais para iniciar uma boa relação com investidores dispostos a impulsionar 
empresas iniciantes.
Informe-se sobre o Criatec, Fundo de Investimento de Capital Semente
Mantido pelo BNDES e pelo Banco do Nordeste do Brasil, o Fundo Criatec investe 
até R$5 milhões em empresas iniciantes e inovadoras. Essas startups podem 
estar em um estágio zero de seu desenvolvimento, porém devem apresentar 
projeções com um bom retorno. A Criatec participa diretamente da gestão dessas 
empresas por meio do apoio ao planejamento na estruturação e definição de 
estratégias de mercado.
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COMO INICIAR, REGISTRAR E 
CAPITALIZAR SUA STARTUPInvestimento-Anjo
No início do século 20, o termo foi criado nos 
Estados Unidos para referir aos investidores que 
custeavam a produção das peças da Broadway, 
arcando com os riscos e participando de seu 
retorno financeiro além do apoio à execução. 
A definição passou a ser aplicada para o 
investimento efetuado por pessoas físicas, em 
geral, profissionais ou empresários de sucesso 
que respaldam às empresas nascentes por 
meio da sua experiência, conhecimento, capital 
financeiro e intelectual.
Em contrapartida ao seu investimento, o 
Investidor-Anjo recebe uma participação 
societária minoritária na empresa, além 
de exercer a função de conselheiro, cuja 
responsabilidade implica em orientar os 
empreendedores e participar das tomadas de 
decisões para aumentar as chances de êxito 
e acelerar o desenvolvimento da empresa. É 
muito vantajoso para as startups contarem com 
o suporte de um investidor anjo que emprega 
seu capital e oferece conselhos estratégicos, 
oriundos da experiência de mercado e do 
seu conhecimento. Desse modo, as empresas 
nascentes obtém o impulso necessário para 
elevarem seu crescimento. 
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Incubadoras
Uma vez que trilhar em condições de extrema incerteza é desafiador, as incubadoras 
de empresas surgem como incentivadoras do empreendedorismo, por ofertarem 
um ambiente planejado e protegido que acolhem novos projetos. 
São muitas as possibilidades de parcerias e oportunidades promovidas pelas 
incubadoras. A partir da assistência de uma incubadora o empreendedor tem ao 
seu alcance o serviço de assessoria voltado às áreas de gerência, contabilidade, 
jurídica, gestão financeira, apuração, controle de custo e exportação. Não obstante, 
o empreendedor também tem acesso a treinamentos, cursos e assinaturas de 
revistas e jornais para que esteja bem informado sobre os movimentos do mercado.
As incubadoras exercem uma força significativa no mundo dos negócios sobretudo 
por incentivar as empresas iniciantes a progredir e sobreviver no mercado por meio 
do apoio gerencial e técnico com serviços de recepção, internet, telefone, secretaria, 
salas de reunião, ou seja, toda estrutura capaz de estimular o desenvolvimento 
da empresa. 
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Critérios como ter um produto ou um serviço inovador, que seja acessível e realizável 
para o mercado e que tenha boa qualificação técnica do grupo envolvido, são algumas 
condições indispensáveis para ingressar nesses centros cuja expansão é recente no 
Brasil. As incubadoras exercem a função prática, por meio dos laboratórios, para 
que as empresas amadureçam o trabalho, o que ainda propicia o surgimento de 
parcerias com universidades e faculdades quando os interesses das instituições de 
ensino coincidem com os das empresas.
Benefícios de ser uma empresa incubada
Desenvolver uma startup inserida no ambiente inovador, como as incubadoras, 
representa altas chances de expansão e crescimento para a empresa iniciante. 
De acordo com a revista de audiência pública do Senado Federal, de 2012, o 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI declara que as incubadoras 
têm se mostrado um instrumento eficaz na formação de empresas. A afirmação 
prende-se às estatísticas norte-americanas e europeias que atestam isso: “a taxa 
de mortalidade de empresas que passam por incubação é de 20%, enquanto 
entre às demais empresas vai a 70%.”
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Aceleradoras
É desejo de todo empreendedor ver sua ideia de negócio crescer e, 
preferencialmente, em pouco tempo. As aceleradoras são entidades jurídicas 
com ou sem fins lucrativos que apoiam a maturação de empresas nascentes que 
atuam no ecossistema da inovação. Essa assistência consiste em um processo 
estruturado, com tempo delimitado, que abrange seleção, capacitação, mentorias, 
oportunidades de acesso a mercados, infraestrutura e serviços de suporte além do 
apoio financeiro. As aceleradoras empregam esses esforços como contrapartida 
de uma possível participação societária futura nas empresas aceleradas.
Para requerer esse investimento, é importante frisar que o suporte das aceleradoras 
é direcionado às startups, caracterizadas como empresas com perfil de rápido 
crescimento e custos baixos de viabilidade. As atividades digitais englobam a área 
de maior interesse das aceleradoras pela celeridade no retorno do investimento, 
bem como pelos gastos mínimos empregados. 
O processo para obter o apoio das aceleradoras é aberto. Geralmente, a preferência é 
dada aos projetos que têm sua concepção atrelada ao trabalho em equipe por conta 
do volume de trabalho significativo para ser executado em curto prazo de tempo.
Habitualmente, o encerramento do programa ocorre com o “dia de demonstração”, 
evento organizado pela aceleradora para apresentar as startups e suas soluções, 
enquanto produto/serviço concebidos, aos possíveis investidores. Nesse estágio, o 
propósito é obter financiamento adicional. Após o “dia de demonstração”, as startups 
passarão a conduzir sua gestão de forma autônoma. Destacando que aquelas que 
obtiverem investimentos, podem permanecer assistidas pelas aceleradoras, o que 
não representa uma disposição geral.
Se seu modelo de negócio tem afinidade com os critérios 
estabelecidos pelas aceleradoras de startups, não hesite 
em pleitear esse apoio.
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Quais as diferenças entre aceleradoras e incubadoras? 
Aceleradoras e incubadoras são meios de desenvolver empresas nascentes. 
Contudo, elas se distinguem em alguns pontos. As incubadoras, por exemplo, 
acolhem empresas tradicionais além das startups. Já as aceleradoras se propõem 
a abrigar as startups desde que tenham potencial de crescimento rápido e não seja 
apenas uma pequena empresa promissora. Veja outras diferenças importantes: 
• Pequenas empresas com base em alguma diretiva governamental ou regional 
são geralmente assistidas pelas incubadoras; 
• A forma de seleção se difere. Enquanto as incubadoras exigem clareza e maior 
formalidade nos projetos avaliados por se tratar de um apoio atrelado às verbas 
públicas, as aceleradoras podem apostar apenas em uma boa ideia; 
• A gestão das aceleradoras é conduzida por empreendedores ou investidores 
experientes. Por outro lado, as incubadoras são geridas por pessoas experientes 
na mediação com o poder público, universidades e empresas.
• Enquanto as aceleradoras são vigorosamente apoiadas com palestras ou 
conversas pessoais entre empreendedor e mentor, as incubadoras são 
fortemente assistidas pelo modelo tradicional de consultores. 
Ou seja: se sua startup está à procura de uma inovação radical ou de um modelo 
de negócio escalável e repetível, procure uma aceleradora. Já se seu modelo de 
negócios é fundamentado na economia tradicional, procure uma incubadora.
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Venture Capital
Também chamado de Capital Venture, Capital de Risco, Capital Empreendedor, 
Capital de Investimento ou Capital de Ventura, o Venture Capital caracteriza 
os investimentos de risco de startups e empresas que já estão em fase de 
desenvolvimento. Isto é, os fundos de venture capital têm a função de contribuir 
com o crescimento dessas empresas. É portanto uma modalidade de investimento 
na qual investidores aplicam recursos em empresas com expectativas de rápido 
crescimento e elevada rentabilidade. 
Acontece por meio da aquisição de ações ou direitos de participação. Esta forma 
de operação, diferente de um financiamento, implica, além da entrada de recursos 
financeiros, em um compartilhamento de gestão do investidor com o empreendedor.
O investimento em venture capital pode ser realizado tanto por companhias de 
participações, gestores, por meio de fundos de investimentos estruturados para 
esta finalidade ou, ainda, por investidores individuais que disponham de capital 
para investir nesta atividade. Os investidores,geralmente, reúnem-se em fundos 
(empresas com figura jurídica própria) e são chamados de cotistas. Eles compram 
cotas quando o fundo começa a funcionar. Essas cotas serão resgatadas quando o 
investimento feito em um determinado negócio for retirado.
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DICAS INDISPENSÁVEIS PARA CRIAÇÃO 
DE UMA STARTUP
Para quem deseja enveredar pelo empreendedorismo, munir-se de informações, 
estudar constantemente e buscar assessoria técnica para capacitação e promoção 
do desenvolvimento da empresa são passos fundamentais para a boa gestão 
empresarial. Confira as orientações para que sua startup aumente as chances de 
sucesso: 
• Busque atuar como uma startup enxuta, que significa não ter desperdícios 
de tempo e recursos. Testar e ouvir o cliente são ações inerentes da dinâmica 
das startups.
• Reflita sobre o conceito de motivação e sua aplicação no dia a dia nas equipes.
• Gere valor novo para impressionar o mercado e impulsione seu crescimento.
• Conceba o modelo de negócio com originalidade por meio de páginas criativas 
e de fácil compreensão.
• Nivele duas modalidades de pensamento: o rápido e emocional e o lento e 
ponderado antes de decidir. 
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CONCLUSÃO
As startups exercem um papel muito significativo nos movimentos de 
empreendedorismo no Brasil. Sua essência, tipicamente disruptiva, escalável e 
repetível, torna estas empresas nascentes em instrumentos indispensáveis 
para o avanço da ciência e o desenvolvimento econômico do país. Estimular 
o ecossistema da inovação por meio das iniciativas públicas e privadas, fortalece 
o empreendedorismo como um processo fundamental para o desenvolvimento 
de habilidades e competências relacionadas à criação de propostas de valor 
para o mercado.
Vale salientar que a análise de cenários turbulentos, o conhecimento técnico, a 
validação de hipóteses e a regularidade de capital investido na startup, dentre 
outros fatores, compõem o processo inovativo de uma startup para geração de 
valor novo. A abertura de uma startup requer o cumprimento de todos detalhes que 
compõem a gestão empresarial, a exemplo da regularização jurídica e dos estudos 
de viabilidade financeira para lançamento das soluções inovadoras no mercado. 
O empreendedor deve adotar a inteligência coletiva e a colaboração na 
concepção criativa do negócio a partir da adoção de metodologias de construção de 
soluções inusitadas e aplicação de ferramentas de gestão empresarial de maneira 
a elevar a capacidade de inovação da equipe envolvida. O processo de geração de 
valor é ainda mais enriquecido com as parcerias firmadas com as universidades e 
faculdades nos projetos acolhidos pelas incubadoras.
Se você está disposto a dedicar recursos financeiros, tempo e energia criativa na 
concepção de uma startup, o Sebrae assessora empresas nascentes de modo que 
possam trilhar seus caminhos em direção ao sucesso. Sua força no mercado será 
potencializada, enquanto startup, em razão do suporte que está ao seu alcance 
nos mais diversos instrumentos disponíveis no ecossistema da inovação. Conte 
com o Sebrae.
Quer saber mais? 
Acesse o site do Sebrae e conheça outros conteúdos.
http://www.ba.sebrae.com.br
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