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Síndrome do Túnel do Tarso Profa. Ms. Daniela Carrogi Vianna Profa. Dra. Thaisa Rino Introdução ❑ Compressão do nervo tibial posterior dentro do túnel do tarso, neuropatia compressiva com manifestações sensoriais e motoras. ❑ Foi descrita por Keck e Lam em 1962; ❑ Túnel do tarso: formado pelo retináculo dos flexores, por onde passa o nervo tibial posterior, além de artérias, veias e tendões. Introdução Introdução ❑ Os principais ramos do nervo tibial que podem estar envolvidos na síndrome do túnel do tarso são os nervos plantar medial e plantar lateral. Introdução A síndrome do túnel do tarso é a dor nos tornozelos, pés e, algumas vezes, dedos, causada pela compressão ou lesão do nervo que liga o calcanhar e a sola do pé (nervo tibial posterior). Epidemiologia Existem poucos estudos epidemiológicos: ❑ Parece ser pouco frequente; ❑ Mulheres entre 45 e 50 anos. Etiologia ❑ Causas extrínsicas: trauma, fratura, torção; ❑ Causas intrínsecas: tumor, cistos, proeminencias ósseas, lipoma, aneurismas vasculares; ❑ Outras: gravidez, deformidade em valgo do retropé. Fisiopatologia: 2 teorias 1. Dano local no nervo cursa com reparo das células nervosas, porém este local fica mais suscetível a compressão; 2. Ocorre alteração na nutrição da porção distal do nervo por alteração do axoplasma, com isso essa porção é mais suscetível a injúria. Anamnese ❑ História de Diabetes Melitus e Hipotiroidismo: neuropatia periférica; ❑ Uso de medicação: colchicina, metronidazol, fenitoina, cimetidina, Talidomida, ❑ Doenças: HIV, Hanseníase. Quadro clínico: ❑ Dor e parestesia; ❑ Fraqueza dos dedos e região plantar; ❑ Atrofia da musculatura; ❑ Pé em garra; ❑ Piora com o super uso do pé e á noite ou pela manha. Exame físico ❑ Inspeção: atrofia muscular Testes ❑ Sinal de Tinel: percutir a área do tibial posterior, isso leva a parestesia no pé; ❑ Teste do Torniquete: enrolar o manguito em torno do tornozelo e inflá-lo acima da Pressão Arterial Sistêmica, isso acentua o estreitamento do túnel e causa os sintomas. Exame físico Testes ❑ Teste da dorsiflexão-eversão: aumenta a compressão do nervo tibial pelo retináculo dos flexores; ❑ Pulso vascular. ❑ Exames complementares Exames laboratoriais ❑ Raio-X: diferenciar de doença de Charcot; ❑ ENMG: fibrilação no abdutor do hálux; ❑ RNM: diagnóstico diferencial. Diagnóstico diferencial ❑ Fasceite plantar; ❑ Apofisite do calcâneo; ❑ Sindrome de tarsalgia idiopátia; ❑ Sindromes sistêmicas: gota, Espondiloartropatias, Diabetes; ❑ Hérnia de disco; ❑ Neuropatia periférica. Objetivo de Tratamento ❑ Prevenir injúrias futuras. Tratamento ❑ Diminuir o edema: Gelo ❑ Imobilização; ❑ Infiltração local com anestésico e corticóide; ❑ Órteses para flexão plantar e varus; ❑ Palmilhas; Tratamento ❑ Fisioterapia: - Pré-cinético: USG, laser, TENS; - Cinético: inicia com alongamento e exercícios passivos, depois passa para exercícios ativos e fortalecimento e estabilização da articulação. - Cirurgias. Prevenir injúrias futuras. Tratamento Cirúrgico ❑ O tratamento cirúrgico é indicado quando não ocorre o alívio da dor com o tratamento conservador. ❑ A descompressão do túnel do tarso e/ou de seus ramos é o procedimento cirúrgico realizado para liberar o nervo aprisionado ou comprimido dentro do canal por onde passa. ❑ Outras intervenções cirúrgicas, concomitantes à descompressão do nervo, podem ser necessárias para complementar o tratamento e corrigir possíveis deformidades associadas. ❑ Cirurgia: melhora em 73%.