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CATARATA CRISTALINO É a segunda lente do olho, responsável por 1/3 do poder refrativo. Estrutura biconvexa, avascular e transparente. Diâmetro de 9mm. Espessura de 4mm. Ele é suspenso pelas fibras da zônula de Zinn, que o conectam ao corpo ciliar (acomodação visual). Divide o olho em segmento anterior, banhada pelo aquoso e segmento posterior, a cavidade vítrea. As fibras do cristalino formam uma estrutura dividida em núcleo, mais denso e córtex, menos denso. É delimitado pela cápsula anterior e posterior do cristalino, formando o saco capsular. Composto por 65% de água e 35% de proteínas, sendo o maior teor proteico de todas as estruturas do corpo. Não possui vascularização ou inervação. Por isso, é possível realizar cirurgia de catarata com anestesia tópica. A função é focalizar os raios luminosos sobre a retina. ACOMODAÇÃO VISUAL Capacidade de manter o foco de qualquer objeto observado na retina, a medida que se aproxima esse objeto do observador. CATARATA INFANTIL Importante causa de baixa acuidade visual na infância. Etiologia, prognóstico, tratamento cirúrgico e reabilitação visual diferem do adulto. Catarata congênita: mais comum por rubéola congênita. Catarata do desenvolvimento. Obs: o teste do olhinho é para rastreio de retinoblastoma, mas permite avaliar catarata congênita. DEFINIÇÃO/CLASSIFICAÇÃO Qualquer opacidade do cristalino. Pode ser por inteira ou setorial. Classificação: Origem: congênita ou adquirida. Localização: nuclear, cortical e subcapsular. Grau: incipiente, madura ou hipermadura. EPIDEMIOLOGIA Maior causa de cegueira tratável no mundo (reversível). OMS: 45 milhões de cegos no mundo, 40% devido à catarata. A população > 65 anos deve duplicar nos próximos 20 anos. Isso vai aumentar a prevalência da catarata. Impactos socioeconômicos. Começa haver dificuldade para deambular, dirigir, etc. ETIOLOGIA/FATORES DE RISCO Idade, principalmente > 60 anos. Medicamentos: corticóides, fenotiazinas, amiodarona. Tabagismo. Doenças metabólicas: DM, galactosemia, hipocalcemia, hipertireoidismo. Traumas. Radiações. Doença ocular e cirurgias oculares prévias. Infecções durante a gravidez. Desnutrição. QUADRO CLÍNICO Diminuição da acuidade visual variável. Ofuscamento. Miopização. Muda o índice refracional do cristalino. Principalmente na catarata nuclear. A foto acima é de uma catarata nuclear. Pega a parte mais central do cristalino e poupa o córtex. Foto acima é catarata nuclear madura. Foto acima é uma catarata subcapsular posterior. O núcleo nem tanto opacificado, mas com retroiluminação é possível ver os vacúolos na cápsula do cristalino. Causa ofuscamento principalmente à noite. Típico de uso de pacientes com catarata por uso de corticóides. Foto acima é catarta cortical. Córtex com espículas, padrão meio estrelado. Foto acima é catarata cortical madura. O cristalino fica branco e o padrão do córtex fica todo radiado em graus mais avançados de catarata. Foto acima é a catarata hipermadura. O cristalino vira quase que uma pedra. É uma cirurgia mais difícil. Foto acima é catarata morganiana. O núcleo fica duro, denso, porém tem espaço de córtex ainda como o núcleo fica mais pesado, ele afunda no córtex, mergulhando ele fica em padrão de meia lua. Foto acima é catarata traumática. Tem o sinal da roseta. Catarata traumática: anel de Vossius. É imprint na íris do paciente no cristalino devido impacto. Comum em bolada, air bag. INDICAÇÃO CIRÚRGICA E TRATAMENTO Facectomia extracapsular: técnica cirúrgica mais antiga. Facoemulsificação: técnica mais difundida atualmente. Imagem acima é o olho pseudofácico: olho sem cristalino com lente intraocular. É pós-cirurgia. Exemplo de como a lente fica dentro do saco capsular. OBS: Opacidade em região sub capsular posterior – uso de corticoide não necessariamente de uso oral, spray nasal, cosméticos, pomadas também fazem! Após algum tempo, pode ser necessário fazer a limpeza da lente intraocular por YAG laser.
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