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OFTALMO - CATARATA AULA 3 2

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Oftalmologia 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 
 
Catarata
introdução 
Para entender a catarata é preciso 
conhecer a estrutura acometida, que é o 
cristalino. 
O cristalino é uma lente biconvexa, 
transparente, que possui um poder de 
20 dioptrias (1/3 da capacidade do olho). 
Dioptria fala sobre o poder de refração, 
é o poder de conversão – o quanto dos 
raios que chegam à estrutura consegue 
converter. 
Localiza-se atrás da íris e à frente do 
humor vítreo e possui o corpo ciliar em 
sua volta. 
 
catarata 
Catarata é uma patologia progressiva 
que tende a ter uma piora da opacidade 
do cristalino com o tempo. 
É uma patologia comum, bilateral e 
assimétrica. 
A catarata unilateral geralmente é 
congênita ou traumática. 
É a causa mais comum de cegueira 
reversível. 
 
Quadro clínico: 
 BAV progressiva; 
 Perda da definição do contraste; 
 Pode haver melhora da visão de 
perto (nuclear) – miopização. Ou 
seja, se o paciente tinha 
hipermetropia ele terá redução 
do grau e se ele era míope terá 
um aumento do grau. 
A catarata com aspecto mais rubro 
geralmente é mais antiga e a catarata 
branca se caracteriza por não ser 
possível distinguir as estruturas oculares. 
Subtipos de Catarata: 
Cortical: 
Mais comum e mais 
branda, pois a opacidade 
é inicialmente periférica. 
Posteriormente essas 
opacidades periféricas se 
expandem e envolvem o cristalino. 
Geralmente é assintomática até que se 
tenha o acometimento nuclear. 
 Oftalmologia 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 
 
Nuclear 
Subtipo comum, com progressão lenta. 
Geralmente associada à miopia por 
hiper-hidratação e à perda de 
diferenciação de cores (perda de 
contraste. 
 
Subcapsular posterior 
Tem associação com doença sistêmica e 
medicamentosa e causa uma baixa de 
visão desde o início, pois atinge o centro 
do olho, sendo pior na miose. 
É um subtipo de rápida progressão e 
mais comum em pacientes abaixo de 50 
anos, com associada a diabetes, trauma 
ocular, uso de esteroides ou exposição à 
radiação. 
Ocorre geralmente abaixo dos 50 anos e 
além da BAV o paciente pode se queixar 
de ofuscamento luminoso ou 
sensibilidade à luz. 
Fatores de risco: 
 Exposição solar sem proteção 
UV; 
 Idade; 
 Tabagismo; 
 DM; 
 Uso de corticoides; 
 Trauma; 
 Uveítes 
 Procedimentos oculares: 
vitrectomia em pacientes que 
tiveram descolamento de retina, 
por exemplo. 
Complicações: 
A catarata pode causar alguns tipos de 
glaucoma, chamados de glaucoma 
facogênico: 
Facolítico: ângulo aberto, associado à 
catarata hipermadura. Nesse tipo as 
proteínas do cristalino bloqueiam a 
drenagem do humor aquoso. 
Faconaflático: ângulo aberto, ocorre 
por reação imunológica contra as 
proteínas do cristalino após rotura da 
cápsula anterior. 
Facomórfico: ângulo fechado, nesse 
tipo a intumescência da catarata 
bloqueia a pupila e fecha o ângulo de 
drenagem. Se comporta como um 
glaucoma agudo. 
 
Tratamento: 
O tratamento da catarata é cirúrgico e 
deve ser realizado quando o paciente 
julgar que a doença está limitando as 
atividades diárias. 
Exames pré-operatórios: 
 Biometria Ultrassônica: calcular o 
grau da lente que será colocado 
na cirurgia. 
 Topografia de córnea: para saber 
qual será o eixo de implantação 
da lente. 
 Microscopia especular: realiza a 
contagem de células endoteliais, 
uma vez que a cirurgia mata 
 Oftalmologia 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 
 
essas células. É necessário 
identificar os pacientes com 
baixa contagem, pois esses 
provavelmente precisarão de 
transplante de córnea. 
 USG: avaliação da retina. 
 PAM: estimar o potencial da 
acuidade visual, a fim de 
ponderar que a cirurgia resolverá 
a BAV. 
Complicações Cirúrgicas 
 Opacificação da cápsula 
posterior (20-50%) - mais 
comum. 
 Astigmatismo iatrogênico; 
 ECM - Edema Macular Cistóide: 
inflamação que pode gerar um 
edema de retina e 
hiperfluorescência do nervo 
óptico. 
 Deslocamento da LIO - 
Deslocamento da lente 
intraocular; 
 DR - Descolamento de Retina; 
 Ceratopatia bolhosa; 
 Endoftalmite: infecção. 
 Opacificação de Cápsula anterior. 
 Deslocamento da LIO
 Ceratopatia Bolhosa 
 
 
Endoftalmite com hipópio, 
infecção grave. 
 
A catarata pode ser: 
 Adquirida 
 Congênita 
Catarata adquirida 
Dentre as cataratas adquiridas, temos: 
 Catarata relacionada a idade 
 Catarata em doenças sistêmicas 
 Catarata secundária 
 Catarata traumática 
Catarata Adquirida relacionada à 
idade: 
A catarata senil é o tipo mais comum e 
quanto maior a idade, maior o risco de 
desenvolver catarata. 
Estima-se que a incidência mundial seja 
de cerca de 20%, podendo chegar à 
metade dos indivíduos acima de 65 
anos. 
A visão embaçada ou desbotada e 
alteração contínua do grau estão entre 
os principais sintomas. 
Catarata subescapular anterior: 
Encontra-se diretamente sob a cápsula 
do cristalino e está associada à 
metaplasia fibrosa do epitélio do 
cristalino. 
Catarata nuclear esclerótica: 
Se trata de uma exacerbação da 
mudança normal do envelhecimento, 
muitas vezes associada a miopia. 
 
 Oftalmologia 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 
 
Catarata cortical: 
Pode envolver o córtex anterior, 
posterior ou equatorial. As opacidades 
começam com fendas e vacúolos entre 
as fibras do cristalino. 
Catarata em árvore de Natal: 
Subtipo raro, caracterizada pelas 
formações policromáticas no córtex 
profundo e no núcleo. 
Maturidade da catarata 
Imatura: quando o cristalino é 
parcialmente opaco. 
Madura: quando o cristalino está 
completamente opaco 
Hipermadura: possui contração e 
pregueamento da cápsula anterior por 
conta do vazamento de água para fora 
do cristalino 
Morganiana: catarata hipermadura 
onde a liquefação do córtex permitiu o 
afundamento inferior do núcleo. 
Catarata em doenças 
sistêmicas 
Diabetes Mellitus 
Devido a hiperglicemia temos um 
elevado nível de glicose no humor 
aquoso, que se difunde para dentro do 
cristalino. 
No cristalino a glicose é metabolizada 
em sorbitol, que se acumula no local, 
resultando em uma hiperhidratação 
osmótica secundária. 
Em grau moderado pode afetar o grau 
de refração do cristalino, com o grau 
variando conforme o nível de glicose no 
plasma. 
A catarata diabética clássica, que é rara, 
ocorre em diabéticos jovens, e esta pode 
amadurecer em poucos dias ou 
desaparecer espontaneamente. 
A catarata relacionada a idade ocorre de 
modo mais precoce em pacientes com 
DM, com propensão a evoluir 
rapidamente. 
Dermatite atópica 
Cerca de 10% dos pacientes com 
dermatite atópica grave desenvolvem 
catarata entre a 2ª e 4ª década de vida, 
muitas vezes bilateral e podem 
amadurecer rapidamente. 
Catarata Congênita 
É a causa mais comum de cegueira 
tratável na infância. 
➔ 1/3 das congênitas são 
esporádicas; 
➔ 2/3 são associadas a doenças 
infecciosas (rubéola), 
metabólicas e trissomias. 
As cataratas congênitas têm um risco 
grande de ambliopia, que é a BAV uni ou 
bilateral devido a um desenvolvimento 
anormal na infância. 
O diagnóstico é realizado através do 
Teste do Reflexo Vermelho, se o reflexo 
estiver diminuído existe uma opacidade. 
 
Tratamento: Cirúrgico - Lansectomia 
com vitrectomia anterior. 
 Oftalmologia 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 22.1 
 
Curiosidade aleatória: 
Síndrome de Alport 
Doença hereditária progressiva 
caracterizada por um tripé clássico: 
comprometimento auditivo, baixa de 
visão e comprometimento renal.

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