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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS - EST DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO - STA CÁSSIA VALÉRIA SILVA COELHO RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E A INOVAÇÃO VERDE: UMA VANTAGEM COMPETITIVA NITERÓI 2022 n CÁSSIA VALÉRIA SILVA COELHO RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E A INOVAÇÃO VERDE: UMA VANTAGEM COMPETITIVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Área de Concentração: Administração. Orientador: Prof. Dr. Maurício de Souza Leão Niterói, RJ 2022 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. FICHA CATALOGRÁFICA GERADA EM: https://bibliotecas.uff.br/bac/fichacatalografica CÁSSIA VALÉRIA SILVA COELHO RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E A INOVAÇÃO VERDE: UMA VANTAGEM COMPETITIVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Área de Concentração: Administração. Aprovado em __ de ________ de 2022, com nota ______, pela banca examinadora. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Dr. Maurício de Souza Leão (orientador) UFF – Universidade Federal Fluminense ________________________________________________ Prof. Dr. Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez UFF – Universidade Federal Fluminense ________________________________________________ Prof. Dr. Sergio de Sousa Montalvão UFF – Universidade Federal Fluminense Niterói 2022 Dedicatória: Ao meu querido esposo e aos meus pais. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a Deus primeiramente, pois foi Ele que esteve comigo ao longo de toda a minha vida, em todos os momentos e sem Ele não chegaria até aqui. Sou extremamente grata ao meu orientador Prof. Dr. Maurício de Souza Leão, por aceitar conduzir o meu trabalho de pesquisa. Agradeço sua confiança e dedicação inabalável. Você nunca perdeu a confiança no meu trabalho e me apoiou durante os momentos mais desafiadores, sem o seu auxílio, este trabalho não poderia ter sido concluído. Agradeço à Universidade Federal Fluminense e a todos os seus mestres que sempre proporcionaram um ensino de alta qualidade. Gostaria de deixar registrado também, o meu reconhecimento à minha família, pois em meio a um momento desafiador, o apoio deles foi crucial para vencer esse desafio. Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização desta pesquisa, minha gratidão. “É a responsabilidade social do valor compartilhado, em que se cria valor tanto para a sociedade quanto para os negócios” Michael Porter RESUMO A difusão dos conceitos e modelos de sustentabilidade gerou grandes mudanças nas empresas, nas Organizações Não Governamentais (ONGs), nos governos e nas comunidades. As empresas começaram a privilegiar projetos e empreendimentos sustentáveis, as ONGs se esforçaram em adotar práticas autossustentáveis, os governos assumiram a prática da gestão pública sustentável e as comunidades tornaram-se agentes promotores do desenvolvimento local sustentável em parceria com empresas, ONGs e demais entidades e governos locais. Torna-se, portanto, fundamental que iniciativas adotadas, os efeitos causados por tais iniciativas, bem como os atores envolvidos nesses processos, sejam devidamente estudados para que se possa usufruir de todos os benefícios relacionados e se precaver de todos os perigos decorrentes de tais iniciativas. Nesse contexto, este estudo visa analisar a evolução das principais correntes teóricas empenhadas em justificar o conceito de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), discutir sobre a inovação verde como um fator estratégico para as empresas nos dias atuais além de analisar a teoria da responsabilidade social corporativa como vantagem competitiva, de forma que seja apresentada os estágios de evolução da atuação social de uma empresa. As evidências deste estudo demonstram que as empresas que investem em inovação verde tem novas oportunidades de mercado, aumento da sua produtividade e vantagem competitiva. Palavras-Chave: Responsabilidade Social Corporativa. Sustentabilidade. Inovação Verde. Empreendedorismo Social. Negócios Sociais Sustentáveis. ABSTRACT The diffusion of sustainability concepts and models has generated major changes in companies, Non-Governmental Organizations (NGOs), governments and communities. Companies began to focus on sustainable projects and enterprises, NGOs made an effort to adopt self-sustainable practices, governments took on the practice of sustainable public management and communities became agents that promote sustainable local development in partnership with companies, NGOs and other entities. and local governments. It is, therefore, essential that adopted initiatives, the effects caused by such initiatives, as well as the actors involved in these processes, are duly studied so that all the related benefits can be enjoyed and to guard against all the dangers arising from such initiatives. . In this context, this study aims to analyze the evolution of the main theoretical currents committed to justify the concept of Corporate Social Responsibility (CSR), discuss green innovation as a strategic factor for companies today, in addition to analyzing the theory of corporate social responsibility. as a competitive advantage, so that the stages of evolution of a company's social performance are presented. The evidence from this study shows that companies that invest in green innovation have new market opportunities, increased productivity and competitive advantage. Keywords: Corporate Social Responsibility. Sustainability. Green Innovation. Social Entrepreneurship. Sustainable Social Business. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FNQ MEG NGO NSS ONG PNQ RSC Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade Modelo de Excelência em Gestão Non-Governmental Organization Negócios Sociais Sustentáveis Organização Não Governamental Prêmio Nacional da Qualidade Responsabilidade Social Corporativa RSE Responsabilidade Social Empresarial LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Tripé da Sustentabilidade (Triple Bottom Line) 17 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - As três abordagens da Responsabilidade Social Corporativa 18 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 14 2. O CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA 17 2.1 AS TRÊS ABORDAGENS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA 18 3. A TEORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA COMO VANTAGEM COMPETITIVA 20 4. OS ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DA ATUAÇÃO SOCIAL DE UMA EMPRESA 22 5. INOVAÇÃO VERDE 25 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 1 INTRODUÇÃO A operação do negócio afeta o ambiente externo, a sociedade e o comportamento do consumidor (MATTEN E MOON, 2020). Nos últimos dias, a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) tornou-se uma estratégia competitiva nas corporações para aumentar os lucros, a satisfação do cliente, a fidelidade do cliente, a reputação corporativa, e atitudes positivas em relação às marcas das empresas (CALABRESE, COSTA e ROSATI, 2016). A responsabilidade social é uma filosofia de ação que considera a organização como um protagonista associado aos stakeholders, cada um desempenhando um papel particular (DAVIS, WHITMAN e ZALD, 2005). Quando uma organização atua com responsabilidade social, ela tem um interesse permanente em aumentar o valor que entrega, tanto social quanto econômico, atendendo às demandas de seus stakeholders. O negócio responsável, sem dúvida, produz vários benefícios, incluindo o aumento da imagem da marca e reputação; maior receita de vendas e fidelização de clientes; maior produtividade; melhor atração e retenção de funcionários; e redução da supervisão regulatória (PANWAR et al., 2016). De acordo com Banco Mundial (2018),10,7% da população mundial, ou seja, 760 milhões de pessoas, vivem com US$ 1,90 por dia, acima dos 9,6% em 2015. Outro dado revelador é que 90% da pobreza mundial é concentrada em países de baixa renda. A poluição e a degradação ambiental levam à morte antecipada de 12,6 milhões de pessoas por ano (UN ENVIRONMENT, 2017). Como as empresas gerenciam o impacto social e ambiental fora de sua cadeia de valor, provavelmente tornar-se um motor essencial da competitividade. Mesmo que o impacto das iniciativas de RSC tenha sido amplamente abordado na literatura, uma visão de desempenho organizacional focada em manufatura e como a RSC pode aumentar a competitividade por meio da inovação verde, permanece amplamente inexplorada (VALMOHAMMADI, 2014). Este trabalho procurou analisar mais de perto as abordagens da Responsabilidade Social Corporativa e seu papel no âmbito de seu uso e de suas abordagens, além de analisar algumas inovações, inclusive a inovação verde, como mediadora na interação de negócios responsáveis, e a competitividade, que é cada vez mais percebida não apenas como uma resposta às demandas ambientais, mas também como um motor do crescimento sustentável (KAM-SING WONG, 2012). O objetivo principal deste estudo é contribuir no preenchimento dessa lacuna, explorando como a responsabilidade social corporativa e a inovação verde influenciam a competitividade. Neste contexto o problema de pesquisa é: identificar a importância da Responsabilidade Social Corporativa e da inovação verde como uma vantagem competitiva. Baseado nisso, sobrevém a motivação desse trabalho que é propor a discussão acerca do tema Responsabilidade Social Corporativa, fundamentada na metodologia de revisão teórica, buscando mapear, com base na literatura atual, os novos rumos de desenvolvimento da Responsabilidade Social Corporativa. Segundo Gil (1988), a pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Assim, faz-se necessária a análise de pesquisas atuais que possam descrever o panorama de discussão acerca do objeto em discussão. A expansão deste campo de estudo proporcionou um aumento de teorias, abordagens e terminologias usadas para descrever os temas relacionados à Responsabilidade Social Corporativa (GARRIGA e MELÉ, 2004). Assim, esta pesquisa é de suma importância para a academia, pois possibilita uma evolução no que se refere a uma proposta de aumentar e atualizar a ideia de Responsabilidade Social Corporativa. Apresenta também, para o mercado, uma consolidação de práticas já estudadas e aplicadas pela ciência que podem servir de respaldo para as tomadas de decisão no cotidiano da empresa. A pesquisa utilizada foi descritiva qualitativa. Essa classificação está de acordo com Ramalho e Marques (2009), onde afirmam que uma pesquisa descritiva foca em descrever as características de determinado fenômeno, além de poder ser possível estabelecer relação entre variáveis que se manifestam. Em relação ao método, pode ser explicado de acordo com Bauer e Gaskell (2000), onde afirmam que a opção qualitativa é focada na parte de lidar com interpretações, na qual se evita o uso de números e dados estatísticos. Para que se atinjam os objetivos propostos, a estrutura deste trabalho apresenta os temas em forma de capítulos. No Capítulo 1 encontramos a introdução, onde explica, contextualiza e define o problema de pesquisa, descreve a relevância do estudo, explica-se a sua delimitação, a metodologia aplicada, tipo e técnicas de pesquisa utilizadas e como está estruturado o trabalho. O Referencial Teórico se encontra presente nos Capítulos 2, 3, 4 e 5, onde é feita uma revisão bibliográfica: Capítulo 2: A apresentação do conceito de Responsabilidade Social Corporativa; Capítulo 3: Análise da teoria da responsabilidade social corporativa como vantagem competitiva; Capítulo 4: Visualiza-se os estágios de evolução da atuação social de uma empresa; Capítulo 5: Análise da inovação verde como um fator estratégico para as empresas nos dias atuais. Por fim temos as Considerações Finais que permite validar os objetivos procurados no estudo e expõe as conclusões acerca do tema. 2 O CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou Empresarial (RSE) é uma nova atitude empresarial de respeito à sociedade, à natureza, aos clientes como cidadãos, ao governo e aos demais parceiros como atores de um processo conjunto de gestão do social. A literatura tem definido a RSC de várias formas, desde uma obrigação (BOWEN, 2013) até uma expectativa das partes interessadas de inclusão no tripé da sustentabilidade. Figura 1 - Tripé da Sustentabilidade (Triple Bottom Line) A Comissão Europeia definiu a RSC como “um conceito pelo qual as empresas integram preocupações sociais e ambientais em sua operação de negócios e em sua interação com seus interessados voluntariamente” (EU, 2002). A RSC é um importante construtor de discussão nos negócios e estudos de relações sociais. Nas últimas três décadas, os estudiosos conduziram (BERENS, RIEL e BRUGGEN, 2005; IGLESIAS, 2020) muita pesquisa para descobrir os determinantes e consequências da RSC e sua dimensão. Agora, a RSC é um tópico dominante de marketing (SCHIEBEL, 2015; LATIF e PÉREZ, 2020), finanças (SCHULZ e BERGIUS, 2014), gestão estratégia (AVRAM e KÜHNE, 2008) e estudos sociais. De acordo com Jamali e Sidani (2008), a visão moderna de RSC é que: “captura uma perspectiva na qual uma empresa vê valor agregado, atendendo a uma gama mais ampla de necessidades e expectativas da sociedade e percebendo os benefícios da ação socialmente responsável.” 2.1 AS TRÊS ABORDAGENS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA É a partir das visões da alta direção da empresa que as abordagens da RSC são desenvolvidas. Tais visões compartilham diferentes pontos de vista de análise do processo de gestão da RSC (GARRIGA e MELÉ, 2004; CARROLL, 1999). Existem três visões de análise, conforme quadro 1 abaixo: Quadro 1 - As três abordagens da Responsabilidade Social Corporativa Uma outra visão da RSC corresponde à natureza das ações sociais desenvolvidas pela empresa. São elas: a RSC como obrigação social, como responsabilidade social propriamente dita e como exercício da sensibilidade social. As empresas que utilizam a abordagem da obrigação social (VICTOR E STEPHENS, 1994) entendem que o simples fato de a empresa cumprir suas obrigações legais (gerar emprego, pagar salários e impostos, cumprir leis) já garante para si própria a condição de empresa cidadã (empresa socialmente responsável). Na segunda abordagem (KREITLON, 2004), a empresa vai além do cumprimento de suas obrigações sociais. Nesse caso, a empresa investe na melhoria das condições de trabalho de seus empregados, fornecedores e parceiros e desenvolve programas e projetos socioambientais. A terceira e última abordagem é denominada sensibilidade social. Além de cumprir suas obrigações sociais e investir interna e externamente no social e na preservação do meio ambiente, a empresa atua como agente do desenvolvimento local e regional sustentável. Seu foco de atuação não se restringe aos problemas imediatos, mas, sobretudo, às demandas de médio e longo prazo. Sua consciência socioambiental extrapola os limites da sua área física de atuação, pois suas ações priorizam tendências e problemas que estão surgindo, mesmo que afetem a empresa apenas indiretamente (LOGSDON e PALMER, 1988). 3 A TEORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA COMO VANTAGEM COMPETITIVA Do ponto de vista da economia institucional, a competitividade relaciona-se ao sucesso de um sistema de produção, seja local, regional ou nacional, como parte de um contexto (CETINDAMAR e KILITCIOGLU, 2013). A competitividade é representada sob diferentes parâmetros e seu escopo permanece discutível. Vilanova, Lozano e Daniel (2009) definem competitividade como uma função do mercado, ou seja,os fatores que moldam a concorrência. Battaglia e outros autores (2014), argumentam que a competitividade no nível da empresa é moldada pela capacidade de sustentabilidade da empresa, ou seja, sua durabilidade, medida pela participação de mercado, lucratividade e retornos. Essa visão centrada na empresa foi destacada em The Competitive Advantage of Nations, de Porter (PORTER, 1990; KETELS, 2006). A afirmação fundamental que emerge de tal referência, é que a competitividade é um resultado no nível da empresa. Este resultado resulta de ganhos de produtividade alcançados ao reequipar as atividades primárias e de apoio das atividades da empresa (cadeia de valor). No entanto, essa produtividade também depende do ambiente de negócios, pois defendido por Porter (2004) por meio de seu Modelo Diamante, destacando a escolha crítica de localização para desencadear a competitividade (ALCÁCER e CHUNG, 2007). A produtividade está de fato no centro da definição de competitividade de Porter (PORTER, 2004). Para que esses ganhos de eficiência levem a um posicionamento competitivo sustentável ao longo do tempo, o valor criado pela empresa deve, por sua vez, atender às demandas de suas várias partes interessadas (COLLAZZO-YELPO e KUBELKA, 2019). Kramer e Porter (2011) inovaram em sua abordagem da RSC ao demonstrar que têm dois lados em fazer o bem: fazer o bem para a sociedade e fazer o bem para o negócio. A RSC, ao criar vantagem competitiva para a empresa (conquista de novos mercados, melhoria de imagem, melhor posicionamento, agregação de valor a marca, produtos e serviços, fidelização de clientes), faz bem ao negócio e também concebe numa fonte de inovação para a empresa (por exemplo, produtos verdes, uso de tecnologias limpas, uso de tecnologias sociais, novos modelos de gestão, idéias empreendedoras, novos estímulos motivacionais). 4 OS ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DA ATUAÇÃO SOCIAL DE UMA EMPRESA Outra maneira de analisar a gestão da RSC é observar a evolução desse processo na própria empresa por meio de um modelo de gestão que abrange sucessivos estágios. No Brasil, quem tem o papel de agente para esse modelo de gestão é a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FNQ), que difunde em todo território nacional os Fundamentos de Excelência em Gestão da Qualidade e também o Modelo de Excelência em Gestão (MEG). Dessa forma, a FNQ visa dar apoio para empresas que procuram o desenvolvimento e a evolução de sua gestão. Um dos meios é fomentar um calendário de ações anuais, com várias atividades de capacitação, que tem como objetivo principal aprimorar as atividades desenvolvidas na área de gestão. Assim, colaborando para a melhoria do desempenho das organizações brasileiras (Relatório Anual da FNQ, 2018). Deste modo, segundo a FNQ foram estabelecidos cinco estágios que1 definem a ação social de uma empresa: • Estágio 1: a empresa não realiza ações sociais de qualquer tipo ou natureza e não assume responsabilidades perante a sociedade. • Estágio 2: a empresa admite os impactos causados pelos seus produtos, processos e instalações e cria algumas ações isoladas no sentido de minimizá-las. • Estágio 3: a empresa está começando a sistematização de uma avaliação dos impactos dos seus produtos, processos e instalações e desempenha alguma liderança em questões de interesse da 1Disponível em: < https://fnq.org.br/sobre-a-fnq/>. Acesso em: 03/08/2021. https://fnq.org.br/sobre-a-fnq/%3eacesso comunidade. Há o envolvimento das pessoas nos esforços de desenvolvimento social. • Estágio 4: a avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações está em fase de sistematização. A empresa efetiva sua liderança em questões de interesse da comunidade por meio do desenvolvimento de projetos, investimentos e parcerias. O envolvimento das pessoas nos esforços de desenvolvimento social é frequente. • Estágio 5: a avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações está sistematizada buscando prever as questões públicas. A empresa lidera questões de suma importância para a comunidade e dentro do seu setor de atividades. O estímulo à participação de pessoas e esforços de desenvolvimento social é sistemático. Querendo estimular o uso do modelo de excelência da qualidade, desde os anos 90, a FNQ promove o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), prestigiando as empresas inscritas que mais se destacaram na utilização do MEG (FNQ, 2014), cuja missão é: “Estimular e apoiar as organizações, para o desenvolvimento e a evolução de sua gestão, por meio da disseminação dos fundamentos e critérios de excelência, para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade.” (FNQ, 2011, p.1 ) Os critérios de premiação são construídos em um conjunto de valores e conceitos fundamentais, que são consistentes com os de organizações altamente bem-sucedidas. Esses valores e conceitos fundamentais incluem: conhecimento do cliente e do mercado, cultura de inovação, liderança e constância de propósitos, aprendizagem organizacional, desenvolvimento de parceria, processo e informação orientação, responsabilidade social, pensamento sistêmico, geração de valor, valorização das pessoas, visão do futuro (PNQ, 2008). Em tempos de competitividade é evidente, pelos estudiosos, que o processo administrativo é dinâmico e que deve mudar assim que o sistema organizacional mude (SILVA, 2002). “Os prêmios de gestão têm um papel de motivar a organização a buscar a melhor performance no mercado frente ao concorrente, cliente, fornecedor e se adaptar às mudanças propostas no ambiente.” Assim, o prêmio para a FNQ, traz benefícios para uma melhoria contínua da gestão da empresa, por estar relacionado a um modelo de excelência e contribui para o aumento da competitividade. A fundação cita em seu manual outros aspectos (FNQ, 2014), como conceder um reconhecimento público de referência internacional para a organização e tornar público as boas práticas da instituição que aplicou o modelo de gestão. A FNQ tem cumprido o seu papel de ajudar as organizações na conscientização da sua causa, voltado para o aumento da qualidade, da produtividade, da competitividade e, também, para o desenvolvimento da sociedade. As empresas que caminham nessa estrada em direção ao sucesso têm colhido bons frutos, melhorado a sua gestão e alcançado resultados que se refletem positivamente, inclusive, na sua cadeia de valor (Relatório Anual da FNQ, 2018). 5 INOVAÇÃO VERDE Chen, Lai e Wen (2006) definiram inovação verde como inovação física e virtual, em hardware ou software, por meio do aprimoramento de produtos e processos, considerando tecnologias relacionado à economia de energia, prevenção da poluição, reciclagem de resíduos, design de produto ecologicamente correto, o uso de embalagens ecológicas e a gestão ambiental das empresas. Baseado nisso, há uma diferença entre uma inovação convencional e uma inovação verde, sendo este último impulsionado pela necessidade de cumprir as normas ambientais ou atender às preocupações ecológicas do mercado (BEKK et al., 2016). O estudo da inovação verde é relativamente novo e a literatura tem focado principalmente em sua definição e explicação (HERMUNDSDOTTIR e ASPELUND, 2021). Uma inovação convencional gera valor por meio de eficiência, produtividade ou desempenho e melhorias. Por outro lado, a inovação verde cria valor ao abordar questões ambientais, preocupações do mercado, indústria, empresa e/ou consumidores através de produtos e processos (ALBORT-MORANT et al., 2017; CHARMONDUSIT et al., 2016). Há duas dimensões de inovações verdes: inovação de produtos verdes e inovação de processos verdes. Inovação de produtos verdes é a aplicação de ideias inovadoras voltadas para o design, fabricação e comunicação de novos produtos, cuja novidade e design ecológico excedem em muito os convencionais produtos (BHARDWAJ, 2016; KAM-SING WONG, 2012). A inovação de processo verde está relacionada à economia de energia, prevençãoda poluição, reciclagem de resíduos e não toxicidade (CHEN et al., 2006). Segundo Boehe e Barin-Cruz (2010), a atenção ao impacto ambiental permite diferenciação do produto e melhora as oportunidades de internacionalização para mercados onde consumidores verdes são mais ativos, melhorando assim o desempenho do mercado e os negócios rotatividade no longo prazo (LU et al., 2016). É aqui que a variável inovação verde impacta a competitividade (SELLITTO et al., 2020). A inovação deve criar valor, e para isso deve desbloquear ganhos de produtividade, gerando margens mais altas, lucros mais altos, maior valor para as partes interessadas, maior participação de mercado, melhor imagem corporativa, desempenho melhoria em termos ecológicos ou uma combinação dos anteriores, levando a um aumento competitividade (BORNSCHLEGL et al., 2016; CHEN et al., 2012; TU E WU, 2020). É provável que as organizações invistam em inovações verdes porque ajudam a desenvolver oportunidades para novos mercados e criar uma vantagem competitiva ao posicionar-se como empresas ecologicamente corretas (CHEN et al., 2006; KAM-SING WONG, 2012). Uma inovação verde bem-sucedida beneficia a empresa ao alcançar maior eficiência e fortalecendo sua imagem ecologicamente correta, contribuindo para uma maior rentabilidade (CHEN, 2008). As corporações, que são pioneiras em inovação, provavelmente exigirão preços mais altos para produtos verdes, melhorar a imagem corporativa, vender melhor suas tecnologias ambientais ou serviços e, eventualmente, desenvolver novos mercados para obter vantagem competitiva. As empresas com um tipo específico de orientação RSC podem aumentar sua capacidade inovadora (BOCQUET et al., 2013; MARIN et al., 2017). O valor da inovação verde reside, sem dúvida, na oportunidade de aumentar o desempenho da gestão ambiental, ao mesmo tempo em que atende aos requisitos de proteção ambiental. Como tal, a inovação verde é percebida não apenas como uma resposta às demandas ambientais, mas também como uma oportunidade para impulsionar o crescimento corporativo (BEKMEZCI, 2015). No entanto, antes de implementar a inovação verde, as organizações precisam considerar os benefícios que os consumidores podem perceber (CHEN et al., 2006). A inovação verde tem sido apresentada em diversos estudos empíricos principalmente como uma variável exógena, em alguns casos como variável de controle e raramente como variável mediadora (ALBORT-MORANT et al., 2017; BHARDWAJ, 2016; CHEN et al., 2012; KAM-SING WONG, 2012). Uma grande parte da literatura sobre inovação verde é teórica, visando sua conceituação e desenvolvimento, principalmente porque o significado e o escopo da inovação verde ainda estão se desenvolvendo (BEKK et al., 2016; CHEN et al., 2012; DEL BRÍO E JUNQUERA, 2012; LEE E MIN, 2015). CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho teve como objetivo, estabelecer o conceito de Responsabilidade Social Corporativa, através do desenvolvimento teórico e da pesquisa em publicações relativas ao tema. Pode-se destacar as principais ações voltadas à RSC, onde Matten e Moon (2008), defendem que para a implantação e o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à RSC o contexto é um fator determinante. Por meio do referencial teórico apresentado, foi observado que no início da onda da responsabilidade social, era difícil pensar na integração entre o social e o comercial. Ambos eram vistos como universos distintos, realidades incongruentes. As empresas que investem no social o faziam de forma filantrópica e por motivos humanitários. Num segundo momento, admitiu-se o retorno institucional (de imagem) e econômico-financeiro dos investimentos sociais. Foi quando a responsabilidade social adquiriu status de investimento estratégico, ou seja, as empresas começaram a investir no social para obter retornos institucionais e financeiros. Atualmente, com o advento do novo paradigma da sustentabilidade, a situação é outra. O social e o econômico acrescido do ambiental passaram a andar juntos. As empresas inicialmente decidem ser verdes para gerar economia nos custos de curto prazo e, em seguida, elas levam adiante essas iniciativas por considerações estratégicas, conforme visto anteriormente. Por isso, as empresas investem em inovação verde porque “ser mais verde” os ajuda a desenvolver novas oportunidades de mercado, aumentar sua produtividade e vantagem competitiva, além de ativar novas formas de interação departamental, inovar em produtos, serviços, processos e conceder novas oportunidades de trabalho. Inovações de processos e produtos verdes podem levar a uma redução no uso de energia e recursos, aumentando a produtividade e por extensão, a rentabilidade. Ainda, na pesquisa efetuada notou-se que empresas que utilizam modelos de gestão, como da FNQ, os processos passam a ter um diferencial, ficando assim evidente nos resultados e no envolvimento dos seus colaboradores, despertando uma consciência de responsabilidade social. Pôde-se observar também que os modelos de excelência aperfeiçoam a gestão da organização, seus conceitos ajudam a liderança a implementá-los e como consequência, passam a ter as condições competitivas para buscar candidatar-se a premiações de reconhecimento como o PNQ. Outro ponto a ser ressaltado foi que o desempenho da inovação pode ser uma implicação competitiva direta e efetiva que complementa as iniciativas de RSC, devido ao acúmulo de know-how e aumento das capacidades técnicas. Portanto, a teoria sugere que a inovação verde ajuda as empresas a alcançarem maior eficiência, estabelecer e fortalecer suas habilidades, melhorar sua imagem, e todos juntos, contribuem para a lucratividade. Isto também permitiria evoluir como organização e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações. Além disso, esta pesquisa contribui para esclarecer o impacto do processo verde e inovações de produtos no desempenho social e ambiental. A RSC molda uma cultura de inovação que, através do uso de controladores ambientais e de sustentabilidade, podem criar novos modelos de negócios, produtos, serviços ou processos que aumentam a produtividade tanto no nível da empresa quanto na cadeia de suprimentos, benefícios que eventualmente transbordam para a comunidade anfitriã. Projetos inovadores de desenvolvimento sustentável vão surgir, sendo este o aspecto que têm maior relevância nas novas formas do novo capitalismo criativo, baseado na promoção do empreendedorismo local e centrado nos negócios sustentáveis. Logo, com base no que foi exposto neste trabalho, pode-se concluir que a Responsabilidade Social Corporativa, seus usos e aplicações pelas empresas que vinculam suas ações socioambientais às suas estratégias empresariais reforçam suas marcas, posicionam-se melhor em seus mercados, diferenciam-se dos seus concorrentes, motivam seus empregados e parceiros, ganham espaço na mídia, conquistam e fidelizam clientes, conseguem a simpatia do público, obtêm a adesão e o apoio dos seus acionistas e estreitam seus relacionamentos com o governo e a sociedade. Como limitações à pesquisa e para agregar ainda mais valor à ciência, existe a necessidade de aplicação dos pontos aqui abordados na prática, em um setor ou empresa específica. Para pesquisas futuras, é proposto a criação de um modelo que possa ser conferido, fundamentando o conceito consolidado de RSC, às principais atividades, percepção do desenvolvimento e respectivas ferramentas, além das referências normativas utilizadas. Sugere-se também a análise de empresas premiadas pelo PNQ, seus diferenciais em relação ao mercado e que a RSC seja aplicada a projetos específicos envolvendo micro e pequenas empresas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBORT-MORANT, G. et al. Mapping the field: a bibliometric analysis of green innovation. Sustainability, Vol. 9 No. 6, p. 1011. 2017. Disponível em: <https://www.mdpi.com/2071-1050/9/6/1011>. Acesso em: 29 nov. 2021.. ALCACER, J.; CHUNG, W.Location strategies and knowledge spillover. Management Science, Vol. 53 No. 5, p. 760-776, 2007. ASHLEY, P. A.; LIMA, P. R. S.; FERREIRA, R.N. Ética e responsabilidade social nos negócios. Rio de Janeiro: Saraiva, 2005 ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS; MCKINSEY & COMPANY. Negócios sociais sustentáveis: Estratégias inovadoras para o desenvolvimento social. São Paulo: Peirópolis, p. 104, 2001. AVRAM, D.O.; KÜHNE, S. Implementing responsible business behavior from a strategic management perspective: Developing a framework for Austrian SMEs. 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