Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Olericultura
Aula 4 – Implantação de cultivos 
de olerícolas
Prof. Dra. Cristina Célia Krawulski
Contextualização
• Planejamento de cultivos de plantas olerícolas.
• Tipos de cultivo: convencional; orgânico; hidroponia.
• Boas práticas agrícolas na olericultura.
• Colheita e qualidade das olerícolas.
Planejando o cultivo
de olerícolas
• A olericultura inicia no planejamento de implantação e segue até as
fases de colheita, armazenamento, transporte e comercialização da
produção.
• Meio de cultivo.
• Desenvolver o sistema radicular; realizar o processo de respiração e
absorção da luz solar e de água (fotossíntese e produção de energia;
aporte nutricional).
• Cultivos: convencional, orgânico, hidropônico.
Exigências climáticas 
• Conhecer as exigências das plantas que pretende cultivar e as 
características climáticas da região (harmonizar ambas).
• Temperatura; luminosidade; fotoperíodo; água.
• Temperatura: principal fator limitante.
• Faixa termoclimática mais propícia.
• Evitar abaixo e acima do nível ótimo exigido: prolongar o ciclo; 
florescimento prematuro; prejudicar o desenvolvimento da 
parte comerciável; perda de qualidade do produto.
• Temperatura do solo (*).
• Hortaliças de clima quente: intolerantes ao frio, que prejudica ou 
inibe sua produção. Exigem temperaturas elevadas, diurnas e 
noturnas; intolerantes às geadas. Algumas suportam temperaturas 
amenas (batata-doce).
• Hortaliças de clima ameno: produzem melhor entre 15 a 25 °C. 
Toleram temperaturas baixas, próximas e acima de 0 °C, e podem 
até suportar geadas leves (batata).
• Hortaliças de clima frio: produzem melhor em
baixas temperaturas, tolerando < 0 °C e geadas
pesadas (vários tipos de couve).
• Influência da luz: intensidade luminosa e duração do fotoperíodo.
• Elevada intensidade luminosa: estimula a produtividade.
• Baixa luminosidade: formação de mudas estioladas e plantas 
adultas frágeis, menor produtividade.
• Duração do período luminoso (fotoperíodo): varia conforme a 
latitude e estação do ano. Interfere no crescimento
vegetativo, floração, frutificação, produção de
sementes.
• Água: 90% do peso da parte utilizável das hortaliças.
• Umidade do solo (absorção de água e nutrientes): pode ser alterada 
pela irrigação.
• Umidade do ar (transpiração): só pode ser manejada pela época de 
plantio (ar mais seco no outono e inverno).
• Elevado teor umidade no ar afeta o estado fitossanitário da cultura 
(fungos e bactérias). Chuvas.
• Baixo teor: favorece ácaros e insetos. 
• Preparo do solo.
• Correção do solo (calagem; gessagem; fosfatagem; matéria orgânica).
• Adubação (química, orgânica (estercos ou composto), verde).
• Manejo de solos e água (terraços; cobertura; etc.)
• Modo de plantio: relacionado ao preparo do solo e tipo do terreno.
• Declividade: erosão/remoção adubação.
• Plantios no sentido transversal.
• Plantio em covas, sulcos, canteiros; leiras; camalhões.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: Arquivo do autor.
Necessidades de nutrientes para produzir 1,0 t
Fonte: HAMERSCHMIDT, Iniberto
et al. Manual técnico de 
olericultura. Curitiba: Emater, 
2013. p. 39.
Tipos de cultivo e
boas práticas de 
produção
Cultivo convencional 
• Mais utilizado no mundo.
• Realizado diretamente no solo, a céu aberto ou em estufas.
• Análise do solo (identificar os nutrientes – suficiência/deficiência).
• Plano de adubação (semeadura à colheita).
• Adubos de qualquer origem (mineral/orgânica).
• Práticas fitossanitárias: aplicação de defensivos
agrícolas (químicos, orgânicos ou biológicos). 
Cultivo hidropônico
• “Cultivo sem solo”: plantas se desenvolvem na água.
• Solução nutritiva: circula através de reservatórios, alojados em 
calhas ou tubos, em um meio composto por brita, areia ou outros 
materiais inertes. 
• Pode utilizar outros substratos (cascalho, vermiculita, perlita, lã de 
rocha, serragem, casca de árvore), adicionados de
solução de nutrientes.
• Associado ao cultivo protegido (estufa).
• Exige menos mão de obra.
• Elimina várias operações agrícolas.
• As plantas não competem por nutrientes ou água.
• Precocidade na colheita e maior produtividade.
• Maximização do uso da água e nutrientes.
• Menor incidência de problemas fitossanitários.
• Menor exigência de aplicação de defensivos.
• Produtos de melhor qualidade (limpos).
Vantagens em relação ao cultivo no solo 
• Permite cultivar olerícolas em situações 
em que a utilização do solo é inviável.
• Desertos.
• Locais áridos ou gelados.
• Estações orbitais.
• Áreas muito pequenas (lotes urbanos).
Fo
nt
e:
 R
O
DR
IG
U
ES
, R
en
at
o 
Au
gu
st
o 
So
ar
es
. O
le
ric
ul
tu
ra
. 
Lo
nd
rin
a:
 E
di
to
ra
 e
 D
ist
rib
ui
do
ra
 E
du
ca
ci
on
al
 S
.A
., 
20
19
. p
. 
17
3.
• Alto custo inicial (estrutura e equipamentos).
• Riscos de perda total por falta de energia elétrica.
• Danos severos às plantas: inadequado balanço iônico ou pela 
condutividade elétrica da solução.
• Exige proximidade de um centro consumidor.
• Muitas espécies não se adaptam à hidroponia.
Desvantagens em relação ao cultivo no solo 
Cultivo orgânico
• Solo como sustentáculo para as plantas.
• Princípio: não utilização de compostos químicos, com aplicação dos 
conceitos, metodologia e princípios gerais da agroecologia.
• Cultivo em áreas diversificadas com variação de fauna e flora e 
revolvimento mínimo do solo.
• Aporte nutricional por material orgânico: restos de
vegetais, esterco animal curtido, vegetação seca,
biosinsumos. 
• Manejo de pragas e doenças: métodos alternativos ou biológicos.
• Caldas caseiras e óleos vegetais; produtos comerciais.
• Comercialização: exige o selo de certificação orgânica, emitido por
instituição licenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
• Planejar/definir entrada e saída da área (controle do tráfego e
segurança; não danificar canteiros).
• Controlar a entrada de animais e pessoas (segurança e sanidade).
• Receber irradiação solar ao longo de todo o fotoperíodo.
• Canteiros: maior comprimento sentido Norte-Sul (perpendicular ao
caminhamento do sol).
• Instalação de quebra-vento.
• Espaçamentos adequados (densidade/sanidade).
Fonte: Arquivo do autor.
• Manejo integrado de solos e água (melhor aproveitamento dos
recursos naturais).
• Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas.
• Rotação de culturas (famílias).
• Colheita e comercialização.
• Reduzir o tempo entre a colheita e a chegada do produto ao
consumidor.
• Conhecer o mercado: padrão estacional dos
preços; sazonalidade; cultivares; padrão qualidade.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: https://ceagesp.gov.br/hortiescolha/hortipedia/tomate/. Acesso em: 18 jun. 2023. 
Fonte: https://ceagesp.gov.br/hortiescolha/hortipedia/tomate/. Acesso em: 18 jun. 2023. 
Fonte: https://ceagesp.gov.br/hortiescolha/hortipedia/pimentao/. Acesso em: 18 jun. 2023. 
Colheita e
pós-colheita de 
olerícolas
• Colheita: finaliza o processo de produção.
• Cuidado: não danificar as plantas e seus produtos; preservar a
qualidade conseguida no cultivo.
• Proporcional ao destino/consumo: fresco; in natura;
processamento.
• Ponto de colheita: diferente para cada espécie.
• Idade da planta e desenvolvimento das folhas,
hastes, frutos, raízes.
• Determina: aceitabilidade e conservação.
• Frutos climatéricos: tomate, melancia, alguns tipos de melão.
• Frutos não climatéricos: morango, pepino, pimentão.
• Manutenção da cor: desejável.
• Brotação pós-colheita: extremamente indesejável (tubérculos de
batata, bulbos de cebola e alho; raízes de batata doce e gengibre).
• Germinação das sementes no interior de frutos (melão).
• Horário de colheita.
• Embalagem adequada.
Fonte: Embrapa.
Fonte: Arquivo do autor.
Fo
nt
e:
 R
O
DR
IG
U
ES
, R
en
at
o 
Au
gu
st
o 
So
ar
es
. 
O
le
ric
ul
tu
ra
. L
on
dr
in
a:
 E
di
to
ra
 e
 D
ist
ribui
do
ra
 
Ed
uc
ac
io
na
l S
.A
., 
20
19
. p
. 2
05
.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: Arquivo do autor.
Fonte: 
https://www.infoteca.cnptia.
embrapa.br/bitstream/doc/8
6808/1/00081040.pdf
Acesso em: 18 jun. 2023. 
• Segurança alimentar: um alimento tem qualidade e segurança
quando não apresenta riscos à saúde humana, atendendo aos
aspectos de qualidade (químicos, físicos, biológicos).
• Plantas altamente perecíveis (pouco tempo de armazenamento).
• Práticas para aumentar a vida útil são desejadas.
• Sanitização.
• Temperatura.
Fonte: RODRIGUES, Renato 
Augusto Soares. Olericultura. 
Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2019. p. 209.
Pós-colheita
Olericultura aplicada
SP 1: Grande produtor agrícola - aumentar a renda
• 100 ha tomate.
• Não obteve os resultados esperados.
• Consultoria técnica: vistoria/diagnóstico produtivo (evitar erros futuros).
• Planilha de custos (alto custo adubação química e aquisição de mudas).
• Área para sementeira; ausência de canteiros;
algumas plantas tombadas, sintomas de toxidez,
tom verde escuro, floração atrasada, acelerada
maturação.
• Plantas com sintomas de doenças: murcha total ou parcial; bordas 
dos folíolos queimadas; manchas necróticas (marrom).
• Adotar o cultivo convencional foi a melhor alternativa?
• Como reduzir custos com adubação?
• Qual a causa do tombamento das plantas?
• Opção pelo cultivo orgânico, vegetação seca abundante na área.
• Reduzir custos adubação: análise solo, aplicação correta; 
disponibilidade de material orgânico (dejetos animais; compostagem).
• Tombamento das plantas: não planejou o preparo do solo.
• Práticas de correção do solo antes do plantio: boas condições para o 
crescimento radicular das plantas; manejo de
plantas daninhas; produção das mudas.
Resolvendo a SP 1
SP 2: Planejar as etapas prévias à implantação de lavoura de repolho
• Temperatura adequada ao cultivo.
• 200.000 plantas/ano.
• Manejo de solo e água.
• Cultivares.
• Comercialização.
Resolvendo a SP 2
SP 3: Cultivo de alface em larga escala (centros atacadistas)
• Planejou o plantio; preparou as mudas; transplante para a área de 
produção. 
• 15 dias após plantio: forte vento, mudas tombaram.
• Vistoria técnica, você observou:
- Desenvolvimento inadequado do sistema radicular;
- Solo compactado na camada superficial.
• Não realizou aração e gradagem do solo.
• Análise de solo: argiloso. 
• Qual a influência e consequência da falta de aração e gradagem no 
plantio?
• A textura do solo pode ter influenciado os efeitos causados nas 
plantas?
• O planejamento deixou de considerar aspectos importantes.
• Tipo de solo: preferência por solos de textura franca.
• Práticas de preparo do solo não realizadas.
• Agravado pela presença de camada compactada.
• Vento: conhecer o local antes; instalar quebra-vento.
Resolvendo a SP 3
Recapitulando
• Compreender aspectos ligados ao planejamento da olericultura.
• Conhecer os tipos de cultivos: convencional; orgânico; hidroponia.
• Boas práticas agrícolas na olericultura.
• Colheita e qualidade das olerícolas.

Mais conteúdos dessa disciplina