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Pensamento econômico

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Introdução à teoria econômica
O estudo introdutório da economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações.
A economia é dividida em duas principais áreas de estudo: microeconomia e macroeconomia. Embora interligadas, cada uma examina aspectos distintos do mundo econômico. Vamos conhecê-las!
Microeconomia
É o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do comportamento das unidades econômicas na formação dos preços em mercados específicos, tais como:
· Consumidores
· Famílias
· Empresas
Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem individuais nesses mercados.
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Afinal, o que é mercado?
Resposta
Trata-se de um grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) com potencial para negociar uns com os outros. Essa definição reflete a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender determinados produtos, e a demanda (procura), que constitui um grupo de pessoas ou empresas interessadas em adquirir bens e serviços. É importante destacar que as empresas também podem ser demandantes, uma vez que necessitam adquirir materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo.
Mercado, em um conceito mais amplo, pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou informais), em que são emitidos diversos sinais, como os preços, que influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudar o funcionamento de um mercado, você deve compreender algumas questões:
· Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?
· Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles?
· Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e negociando?
· Como os consumidores tomam decisões sobre o que comprar com base em seus orçamentos e suas preferências?
· De que maneira as empresas decidem o preço de seus produtos e a quantidade a ser produzida?
· Como os mercados de diferentes bens e serviços funcionam e se ajustam?
· Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?
Macroeconomia
É o ramo da ciência econômica que estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como:
· Renda e produtos nacionais
· Nível geral de preços
· Emprego e desemprego
· Estoque de moeda e taxas de juros
· Balança de pagamentos e taxa de câmbio
Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto prazo, como desemprego e inflação, e de longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico.
Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos, você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações:
· O PIB brasileiro caiu X% no trimestre.
· A inflação subiu X%.
· A balança comercial apresentou déficit de 2%.
Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da macroeconomia: PIB, inflação e balança comercial.
Diferenças entre macroeconomia e microeconomia
Entenda as distinções entre essas duas áreas da economia!
Macroeconomia
O tipo dessa análise é agregado. O foco está no desempenho da economia como um todo.
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Microeconomia
O tipo dessa análise é específico. O foco está nas interações entre empresas/consumidores e produção/preço em setores específicos.
Enquanto a macroeconomia oferece uma visão geral do sistema econômico, a microeconomia se concentra nos elementos individuais da economia. Ambas são vitais para entender os diversos aspectos do mundo econômico e são complementares em muitos aspectos. À medida que você prosseguir em seus estudos, descobrirá como essas duas áreas se entrelaçam e contribuem para uma compreensão mais profunda da economia e de suas implicações no mundo real.
Demanda e oferta
É um conceito-chave na microeconomia, que explica como o preço e a quantidade de bens e serviços são determinados no mercado. Para entendermos a formação de preços de bens específicos, dividiremos o mercado em lado da demanda e lado da oferta.
Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando ao conceito de equilíbrio de mercado.
A demanda de determinado bem ou produto, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte forma:
Quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a comprar por um preço específico e em determinado momento. Portanto, a demanda de um bem varia com o seu preço.
Considere o mercado de pães franceses de um lugarejo. Quanto menor o preço do pão, mais atraente o produto será para o consumidor e mais pessoas desejarão adquiri-lo em quantidades maiores. Se o preço do pão é 50 centavos, a quantidade demandada é de 20 pães. Se o preço sobe para 1 real, a quantidade demandada desce para 16, e assim por diante:
	Demanda
	Preço (R$)
	2
	2,75
	4
	2,5
	6
	2,25
	8
	2
	10
	1,75
	12
	1,5
	14
	1,25
	16
	1
	18
	0,75
	20
	0,5
	22
	0,25
À medida que o preço sobe, a demanda por pães diminui, conforme o gráfico seguinte, que retrata a curva de demanda. Confira!
Gráfico: Curva de demanda.
A curva de demanda representa a relação entre preços alternativos e quantidades demandadas do produto, por unidade de tempo, ceteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem constantes.
Podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a sua quantidade demandada, e isso resume a Lei da Demanda.
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Preço
Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se mantêm inalteradas (ceteris paribus).
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Demanda
A quantidade demandada desse bem diminui.
Da mesma forma:
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Preço
Quando o preço de um produto diminui (ceteris paribus).
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trending_up
Demanda
A quantidade demandada desse bem aumenta.
Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada do produto no mercado não é influenciada somente pelo preço. A curva de demanda é estática como no gráfico quando uma série de outras variáveis está constante. Segundo Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que também afetam a demanda dos consumidores independentemente do preço. Vamos entender melhor!
1. monetization_on
Preço dos produtos substitutos
São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que o aumento de preços da manteiga reduziria sua quantidade demandada de manteiga e levaria o consumidor a buscar mais a margarina. Ou seja, há uma relação positiva entre a demanda de um produto A e preço de um outro bem substituto B.
2. monetization_on
Preço de produtos complementares
São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Exemplo: pão e margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da quantidade demandada e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente consumidos em conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-versa.
3. monetization_on
Renda dos consumidores
Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a sua quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária.
Há alguns casos de produtos cuja quantidade demandada reduz quando há um aumento de renda, chamados bens inferiores. São produtos geralmente consumidos pela população de baixa renda. Quando o rendimento dessa população aumenta, passa-se a consumir outros produtos de melhor qualidade. Por exemplo, quando o salário aumenta, algumas pessoas podemdeixar de consumir ovos para consumir mais carne ou deixar de andar de ônibus para comprar um carro.
A demanda por determinado bem ou produto, conhecida como procura, pode ser definida da seguinte maneira (Sandroni, 2016): é a quantidade de bens ou serviços produzidos e oferecidos no mercado por determinado preço e em determinado período.
Portanto, a oferta varia também em resposta ao preço, porém, no sentido oposto! Vamos considerar o mercado de pães franceses em um mesmo lugarejo. O padeiro encontra incentivos para aumentar a produção à medida que o preço se eleva. O retorno obtido pela venda a um preço mais elevado pode cobrir diversos custos adicionais, como aquisição de um novo forno, possibilitando ao padeiro expandir sua produção.
Porém, caso o preço do pão francês alcance um valor consideravelmente alto, é possível que outra padaria surja no mesmo lugarejo, visando aproveitar as oportunidades de receita neste mercado. Como podemos observar a seguir.
	Demanda
	Preço (R$)
	2
	0,25
	4
	0,5
	6
	0,75
	8
	1
	10
	1,25
	12
	1,5
	14
	1,75
	16
	2
	18
	2,25
	20
	2,5
	22
	2,75
Portanto, à medida que o preço sobe, a oferta de pães aumenta, conforme este gráfico:
Gráfico: Curva de oferta.
A curva acima reflete a variação da oferta quando alteramos o preço e deixamos todo o resto constante (ceteris paribus). Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem e, consequentemente, podem alterar a curva de oferta. Veja!
1. swap_vert
Custo de produção
O aumento dos preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros, pode reduzir a oferta.
2. swap_vert
Nível tecnológico
A melhoria na forma de combinar os fatores de produção pode reduzir custos, aumentar a produtividade e, consequentemente, elevar a oferta.
3. swap_vert
Condições climáticas 
Variações no clima podem aumentar ou reduzir a oferta de alguns bens, como ocorre com as safras de diversos alimentos agrícolas.
Equilíbrio de mercado
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e consumidores (compradores).
O preço de equilíbrio de mercado é aquele em que a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada.
Vamos retomar o nosso mercado de pães franceses em um pequeno lugarejo. Vamos sobrepor agora as curvas de oferta e demanda no mesmo gráfico.
Gráfico: Equilíbrio de mercado.
Observe que as curvas de demanda e oferta se cruzam em um único ponto. Nesse ponto, a quantidade demandada e a quantidade ofertada no mercado de pães é 12 para ambas as curvas. Essa é a quantidade comercializada nesse mercado, sem haver falta (escassez) ou sobra (excesso) de pães.
Isso acontece quando o mercado se encontra no preço de equilíbrio, aquele que iguala oferta e demanda. Em nosso exemplo, quando o preço dos pães franceses é um real e cinquenta centavos (R$ 1,50), a quantidade comprada e a vendida de pães são iguais (12).
A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem muito da sua forma de organização no ambiente econômico.
Aqui estão os três os elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a atuação das firmas. Observe!
Número de empresas
Quantidade de empresas que compõem o mercado.
Tipo de produto
Se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados.
Barreiras ao acesso
Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
E quais são as estruturas de mercado? Vamos conhecê-las!
Concorrência perfeita (pura)
É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica em que todos os participantes têm informação perfeita sobre todas as condições do mercado.
Nesse contexto, os produtores visam sempre maximizar os lucros e os consumidores maximizam a satisfação, ou utilidade, derivada do consumo de bens. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. Confira as principais características dessa forma de organização econômica.
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Número muito grande de empresas e de consumidores (mercado atomizado)
Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado, um “átomo”, de tal forma que nenhum agente econômico, agindo individualmente, consegue alterar o preço de mercado.
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Produtos homogêneos
As empresas oferecem produtos semelhantes, homogêneos. O produto oferecido por uma empresa A é o mesmo produto oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos agrícolas.
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Livre entrada e saída de firmas
Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no mercado (facilidade de entrada e saída de empresas).
Monopólio
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo.
Com isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o produto. Aqui estão as principais características do monopólio, veja!
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Determinado produto é ofertado por uma única firma
Uma única firma oferece o produto em um mercado.
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Não há substitutos próximos para esse produto
O monopolista não enfrenta concorrência.
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Impossibilidade de entrada de novas firmas
Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do segmento.
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um controle estatal.
Oligopólio
É uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras.
As principais características do oligopólio você pode ver a seguir.
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Reduzido conjunto de empresas de grande porte domina a oferta de um bem ou serviço.
O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam a oferta do produto.
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Produtos homogêneos ou diferenciados
Existem exemplos de oligopólios em que os bens são homogêneos, como o caso da indústria de alumínio e cimento; e de oligopólios em que os produtos são diferenciados, como o setor de cosméticos no Brasil.
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Dificuldade de entrada de novas empresas
O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado por uma série de barreiras como: proteção de patentes, controle de insumo produtivo chave e tradição.
No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% do mercado de crédito e 83,8% dos depósitos totais. São eles:
1. Itaú
2. Bradesco
3. Banco do Brasil
4. Caixa Econômica Federal
5. Santander
Como resultado desse oligopólio, temos:
Consequência negativa
Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final.
Consequência positiva
Poucos bancos vão à falência e o sistema financeiro é mais estável.
Concorrência monopolística
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Veja as característicasdessa estrutura de mercado.
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Existência de grande número de compradores e de vendedores
Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta grande número de firmas, cada qual respondendo por uma fração da produção total de mercado.
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Cada firma produz e vende um produto diferenciado, embora seja substituto próximo
A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único.
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Existência de livre entrada e saída de firmas
Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita não existem barreiras legais ou de qualquer outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de firmas no mercado.
Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando-se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, escritórios de contabilidade e de consultorias.
Instrumentos de política macroeconômica
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política macroeconômica adotada. Acompanhe!
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Política fiscal
Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e o controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012.
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Política monetária
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, entre outros.
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Política cambial e comercial
Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores.
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Política de rendas
Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o congelamento de preços e salários, por exemplo.
Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do país.
Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar os seguintes objetivos. Observe!
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Alto nível de emprego
Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra.
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Estabilidade de preços
Garantir o controle do processo inflacionário. Entende-se por inflação o aumento contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao longo das últimas décadas do século XX, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma inflação tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a preocupação contínua do governo com o controle da inflação.
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Distribuição de renda
Diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos e entre as regiões do país, a partir de políticas macroeconômicas. Entretanto, a equidade, que é a distribuição dos benefícios advindos dos recursos escassos de maneira justa entre os membros da sociedade, pode entrar em conflito com a eficiência, ou seja, a maximização dos benefícios econômicos a partir dos recursos escassos da economia (Mankiw, 2013).
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Crescimento econômico
Estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto é, que seja colocada à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
Economia e mercados
Entender as estruturas de mercado da microeconomia é crucial para compreender a formação e dinâmica dos preços. Essas estruturas – concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística – oferecem uma base fundamental para compreender como os mercados operam e como os preços são formados. Entenda melhor!
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Concorrência perfeita
Número de ofertantes (empresas): Muito grande (mercado atomizado).
Tipo de produto: Homogêneo (não possui diferenciação).
Barreiras à entrada de concorrentes: Não existem barreiras (livre entrada e saída de empresas).
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Monopólio
Número de ofertantes (empresas): Somente uma empresa.
Tipo de produto: Único (sem substitutos próximos).
Barreiras à entrada de concorrentes: Impossibilidade de entrada de concorrentes.
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Oligopólio
Número de ofertantes (empresas): Pequeno.
Tipo de produto: Homogêneo ou diferenciado.
Barreiras à entrada de concorrentes: Dificuldade de entrada de concorrentes.
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Concorrência monopolística
Número de ofertantes (empresas): Grande.
Tipo de produto: Diferenciado.
Barreiras à entrada de concorrentes: Facilidade de entrada de novos concorrentes.
Quando estiver analisando um mercado específico, tente observar qual estrutura descreve melhor o seu funcionamento. Essa análise ajuda a mapear as variáveis que serão mais importantes na formação de preços e na definição da quantidade comercializada. Lembre-se também que há outros fatores, como renda, preços de outros produtos, tecnologia e clima, que também afetam as curvas de demanda e oferta e, consequentemente, o equilíbrio de mercado.
Ademais, não podemos esquecer que as políticas econômicas impactam as decisões de mercado, alterando de formas distintas a renda da população, os preços dos bens e serviços, demanda e oferta dos mercados. Podemos dividir essas políticas nos quatro grandes grupos a seguir. Confira!
Política fiscal
Refere-se às decisões do governo relacionadas à arrecadação de impostos e aos gastos públicos para influenciar a economia.
Política monetária
Envolve a regulação da oferta de dinheiro e controle das taxas de juros pelo banco central para alcançar objetivos econômicos.
Política cambial e comercial
Relaciona-se com as ações do governo para influenciar a taxa de câmbio e promover políticas comerciais, afetando as transações internacionais.
Política de rendas
Engloba medidas para influenciar a distribuição de renda, seja por meio de políticas salariais ou de transferência de renda, buscando equilíbrio econômico.
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