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ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL AULA 6 Profª Carla Andréia Alves da Silva Marcelino 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, vamos finalizar o estudo do código de ética profissional do/a assistente social, abrindo com um assunto muito importante: o sigilo profissional. Como veremos, o sigilo está abrangido no código como um direito do assistente social, que não poderá ser obrigado a revelá-lo por qualquer pessoa que seja, assim como não poderá quebrar o segredo sobre qualquer coisa de que tenha conhecimento em decorrência de seu trabalho pela sua vontade deliberada, sendo, portanto, um dever profissional. Há condições específicas para a quebra de sigilo, as quais abordaremos no Tema 1. Seguiremos para a última parte do código, a qual estabelece as formas de responsabilização do profissional que violá-lo. Essa parte da norma é complementada por um documento que não compõe o código, que é a Política Nacional de Fiscalização do Conjunto CRESS/CFESS, a qual trabalharemos no Tema 3, além de outras normativas dos conselhos da categoria. O código, como já abordado nesta disciplina, foi aprovado em 1993 e alterado apenas uma vez. É sabido que a realidade social é dinâmica, requerendo atualizações e complementações, e tem sido uma opção do conjunto CFESS/CRESS fazê-lo por meio de resoluções que possuem valor de norma complementar. Nos Temas 4 e 5, refletiremos sobre alguns dilemas éticos no trabalho do assistente social, muitos deles envolvendo a questão da relativa autonomia na profissão. Diz-se relativa autonomia porque, apesar de sermos profissionais liberais e termos autonomia para a escolha de nossos instrumentais de trabalho, somos massivamente trabalhadores assalariados. É comum que as regras e normas dos ambientes de trabalho conflitem com os princípios éticos ou prerrogativas do código de ética dos assistentes sociais. Isso muitas vezes exige posicionamentos ético-políticos do profissional que poderão gerar represálias, assédios e mesmo demissões, no caso dos que estão na iniciativa privada. Se nos pautarmos pela teoria social de Marx, compreenderemos que a sociedade está em constante contradição, e que o conflito é inerente às relações sociais. E assim também o é o trabalho do assistente social, permeado pelas forças políticas, relações de poder e expressões da questão social que afetam a classe trabalhadora, tais como a precarização do mundo do trabalho. Assim, convida-se para encerrar esta disciplina com as reflexões sobre esses temas tão fundamentais para o cotidiano e para as relações de trabalho. 3 TEMA 1 – CÓDIGO DE ÉTICA PROFISISONAL DO/A ASSISTENTE SOCIAL: A QUESTÃO DO SIGILO PROFISSIONAL Iniciaremos esta aula abordando os arts. 15 a 18 do código de ética, que versam especificamente sobre as questões do sigilo profissional. O art. 15 impõe que é direito do assistente social guardar o sigilo. Segundo Barroco e Terra (2012), o objeto jurídico deste artigo está na preservação da intimidade das pessoas que usam os serviços prestados pelo assistente social, o que implica dizer que o usuário tem o direito a não ter a sua intimidade revelada pelo assistente social, e, por consequência, ao profissional precisa ser assegurado o direito de guardar tal sigilo. As autoras explicitam que: Nesta dimensão do direito, consequentemente, o sigilo deverá ser respeitado por todos os ouros que se relacionam como o assistente social na sus atividade profissional, seja qualquer superior hierárquico, empregador, patrão, enfim qualquer um que nas relações de poder possa ou pretenda interferir na atividade profissional do assistente social, ou impor regras de conduta incompatíveis com o sigilo profissional. (Barroco; Terra, 2012, p. 206) Nesse sentido, o assistente social poderá usar o código de ética como argumento para não violar sigilo, mesmo quando lhe for solicitado por seu superior que o faça. Para que o profissional possa guardar sigilo, é necessário que seja assegurado a ele condições de trabalho que propiciem isso, tais como salas individuais com vedação acústica, local de guarda de materiais de trabalho e de prontuários de usuários. O art. 16 do código traz mensagem similar ao 15, porém, enquanto no anterior o sigilo era trazido como direito e prerrogativa profissional, agora ele aparece como dever do assistente social, no sentido da obrigação de que, por meio do sigilo, o profissional proteja toda e qualquer informação que tome conhecimento no decorrer do seu trabalho. Tal proteção, alertam Barroco e Terra (2012), deve se dar sobre qualquer informação prestada pelo usuário, seja ela falada ou escrita, assim como aquelas obtidas por meio da observação e da interpretação da realidade. Em grande parte dos espaços sócio-ocupacionais, o profissional trabalha atendendo pessoas a fim de assegurar-lhes seus direitos sociais. O vínculo com o usuário atendido quase sempre será a chave para um trabalho efetivo, uma vez que, ao estabelecer uma relação de confiança com o outro, o assistente social terá maior possibilidade de afetá-lo, de proporcionar reflexões, assim 4 como de compreender as reais demandas – expressões da questão social – que trazem o usuário aos seus serviços, permitindo uma intervenção que possa realmente assegurar direitos. Neste sentido, o usuário precisa ter a certeza e ser conhecedor de que é direito seu não ter a sua intimidade revelada pelo assistente social para que possa estabelecer uma relação de confiança com ele. Ainda no art. 16, há um parágrafo único que define que, quando o assistente social estiver inserido em equipe multiprofissional, as informações sigilosas sobre o usuário devem ser prestadas dentro do limite do estritamente necessário. Sobre tal ponto, Barroco e Terra (2012, p. 206) afirmam que, neste caso, “as regras deverão ser pactuadas por todos os profissionais, de acordo com as especificidades de cada atividade”, o que implica dizer que todos os envolvidos naquela equipe precisão acordar os limites do que será tratado e revelado, assim como firmar compromisso coletivo de sigilo. Vale lembrar que a atuação em equipe multi ou interprofissional é estimulada, pois por meio dela é possível compreender e intervir sobre os sujeitos em sua integralidade. Os limites para o que poderá ser revelado são postos pela obrigação de preservar toda e qualquer informação que possa ferir a dignidade do usuário, lesar sua imagem, causar perigo ou constrangimento (ibidem). O art. 17 veda de forma mais clara e objetiva a revelação do sigilo profissional, vindo a reforçar os artigos anteriores. Barroco e Terra (2012) voltam a afirmar que o objeto jurídico de tal norma é a confiança na relação entre o profissional e o usuário. O direito à preservação da intimidade não é apenas prerrogativa do código de ética, mas também direito fundamental constitucional, previsto no art. 5º, inciso X, da Constituição Federal de 1988, sendo a violação ao sigilo, portanto, passível de responsabilização pelo conjunto CFESS/CRESS e na esfera judicial, caso a pessoa lesada ingresse com ação no Judiciário. O art. 18, o último referente à questão do sigilo, prevê que a quebra deste só poderá acontecer diante de situação gravosa que possa apresentar risco ao próprio usuário, a terceiros ou à coletividade. Barroco e Terra (2012) alertam que tal quebra somente deve ocorrer quando um outro princípio ou valor do código de ética se sobrepuser à garantia do sigilo, como a defesa da vida e dos direitos humanos. “Ora, a quebra de sigilo deve ser adotada somente quando puder contribuir ou evitar a ocorrência de uma situação configurada como de gravidade, perigosa, danosa para a integridade física, psíquica, orgânica dos usuários ou de terceiros” (Barroco; Terra, 2012, p. 211). 5 Ainda assim, alerta-se para o fato de que, sempreque possível, o usuário deverá ser informado de que aquela informação precisará ser repassada para outrem, para sua própria proteção, de terceiros ou de um grupo. Dessa forma, tenta-se preservar a relação de confiança entre o profissional e o sujeito. Importa também destacar que tal prerrogativa do código não se refere, por exemplo, a atos criminosos ou contravenções cometidas pelo usuário e que este revele durante atendimentos com o assistente social, pois não compete ao profissional “ser o acusador” ou delator dos usuários (Barroco; Terra, 2012, p. 211). O mesmo art. 18 se encerra com um parágrafo único que adverte que, quando necessária a quebra do sigilo, esta deverá ser feita somente para as pessoas que realmente estiverem ligadas ao assunto e possam tomar as devidas providências quanto a ele, não sendo autorizada a quebra a esmo, para qualquer pessoa não envolvida nos fatos. Ademais, o grau de informações prestadas deverá se restringir apenas e tão somente ao objeto que avaliou-se ofertar risco ou perigo ao usuário ou a outrem, não sendo facultado revelar questões que não tenham interligação direta com estas. Por fim, vale ressaltar que, em alguns espaços sócio-ocupacionais, especialmente naqueles em que o assistente social atuará como perito ou realizando avaliação social para fins de acesso a serviços, não se poderá guardar sigilo de todos os fatos trazidos pelos usuários, pois muitos terão que compor relatórios encaminhados para subsidiar decisão de alguma autoridade, tal como o juiz, promotor de justiça ou um gestor. Diante dessa situação, o assistente social deverá, de início, desde o primeiro contato, informar ao usuário que tudo o que for por ele exposto poderá ser reduzido a termo em relatório que será enviado à autoridade competente, facultando ao usuário expor ou não situações que lhe possam ser vexatórias, constrangedoras ou que deturpem sua própria imagem. TEMA 2 – CÓDIGO DE ÉTICA PROFISISONAL DO/A ASSISTENTE SOCIAL: PENALIDADES E DISPOSIÇÕES FINAIS Chegamos à última parte do código ética, inscrita no Título IV, chamado “Da Observância, Penalidades, Aplicação e Cumprimento deste Código”. Essa seção é aberta com o art. 21, que traz os três deveres do assistente social: • cumprir e fazer cumprir as normas previstas no código; 6 • denunciar ao conjunto CFESS/CRESS o exercício irregular da profissão ou o cometimento de infrações éticas por profissionais da categoria, desde que de forma fundamentada; e • obrigação de divulgar as regras do código aos estudantes de serviço social, seja na condição de professor ou de supervisor de estágio. Segundo Barroco e Terra (2012, p. 216), o objeto jurídico deste artigo é a defesa do código ética e do projeto ético-político da profissão, não sendo facultado ao assistente social escolher segui-los ou não, “o que significa dizer que todo assistente social, para além de cumprir as normas, deve expressar uma conduta profissional que demonstre zelo com o cumprimento do código de ética”. O art. 22 traz de forma mais clara as infrações disciplinares. Vale destacar que descumprir qualquer princípio ou regramento do código se constitui em infração ética, mas neste artigo há um regramento específico para as chamadas infrações disciplinares. Estas, apesar de não serem necessariamente de natureza ética, são passíveis de responsabilização por desrespeitarem os conselhos da categoria. Barroco e Terra (2012) destacam que as infrações éticas são também disciplinares, mas ambas se diferem porque a infração ética é aquela que ocorre em decorrência do exercício propriamente dito da profissão, enquanto existem outras infrações que não são decorrentes deste exercício, as quais são infrações disciplinares, mas não se caracterizam como éticas. As infrações disciplinares referem-se àquelas cometidas pelo assistente social em relação às suas obrigações com o seu conselho de classe, a saber: • exercer a profissão quando estiver impedido de fazê-lo ou facilitar para que alguém impedido o faça; • não atender no prazo estabelecido determinações emanadas pelas autoridades dos conselhos; • participar de instituição que tenha como objeto matéria de serviço social e que não esteja inscrita regularmente no CRESS; • fazer ou apresentar documento falso ou adulterado perante o conjunto CFESS/CRESS. Destaca-se que, apesar de a infração disciplinar constituída por deixar de pagar a anuidade do CRESS ainda conste no código de ética, a Resolução n. 954/2020 definiu que tal situação não mais poderá ser caracterizada como infração e tampouco ser o profissional penalizado por ela. 7 O art. 23 inicia o bloco acerca das penalidades aplicáveis aos assistentes sociais que cometerem infrações éticas e/ou disciplinares. Vale ressaltar que toda infração cometida e denunciada ao conjunto CFESS/CRESS deverá ser seguida de um processo de apuração, assegurando ao profissional o direito ao contraditório e à defesa, e somente será aplicada penalidade quando ao final deste processo for julgada a procedência da infração cometida. Barroco e Terra (2012) destacam que, apesar de a penalidade ter caráter de responsabilização e sanção ao profissional, seu objetivo sempre deverá será o de proteger a profissão e a categoria como um todo, assim como de reafirmar os princípios do código de ética, não devendo jamais ter caráter punitivo, de vingança, retribuição do feito ou de manchar a imagem do profissional. Isto posto, o art. 23 apresenta as penalidades passíveis de serem aplicadas ao profissional, as quais somente serão levadas a cabo após o final do processo de apuração e, caso o profissional entre com recurso, após serem julgados todos os recursos possíveis. A pena deve sempre ser proporcional à conduta praticada, portanto mais gravosa quanto maior for a gravidade da infração ética e/ou disciplinar cometida pelo assistente social, conforme o art. 27. Outrossim, no momento de dosar a penalidade, a comissão processante deverá levar em conta os antecedentes do profissional, fatores atenuantes e agravantes, afetos à forma como a situação ocorreu, de acordo com o art. 26. Sobre os antecedentes do profissional, o CFESS promulgou a Resolução n. 952/2020, que estabelece que as penalidades cumpridas deverão ser retiradas do cadastro do profissional após cinco anos, não podendo ser computadas para nova penalidade após decorrido esse prazo. Barroco e Terra (2012) apontam também que, por mais que o profissional tenha, de uma só vez, praticado mais de uma conduta antiética, será a ele aplicada apenas uma penalidade, não podendo esta ser cumulada com outra, dentro de um mesmo processo e/ou situação. Ademais, conforme art. 32, a aplicabilidade de penalidade prescreverá em cinco anos, o que implica dizer que somente poderão ser averiguadas por meio de processo denúncias de fatos ocorridos neste período. São penas aplicáveis: a) Multa: valor pago em dinheiro, revertido para o CFESS/CRESS; deverá ser quitada até trinta dias após a publicação em Diário Oficial (art. 33), podendo ser fixada em valores entre uma e dez vezes a anuidade vigente na data da aplicação da pena. 8 b) Advertência reservada: aplicada em caráter sigiloso, em sala das dependências do CRESS, por conselheiro investido no cargo. Apesar de ser uma penalidade, a qual constará nos registros do profissional, tem caráter de orientação e de proporcionar reflexão ao assistente social que tenha cometido tal violação. Esta é a única penalidade que não será publicada em Diário Oficial, por ser sigilosa (art. 29). Segundo o art. 33, caso o assistente social penalizado não seja localizado para receber a advertência, tal sigilo poderá ser quebrado e a pena, publicizada. c) Advertência pública: penalidade aplicada mediante divulgação dos fatos que ensejaram a violação e pena aplicada. Em razão do constrangimento,Barroco e Terra (2012) asseveram que somente deve ser utilizada quando houver falta ética grave comprovada, pois o nome e o número do CRESS do profissional são divulgados abertamente. Destaca-se também o cuidado na aplicação de tal penalidade, pois caso comprove-se ter sido feita de forma indevida, o profissional poderá pleitear judicialmente danos morais e até materiais contra o conselho de classe. d) Suspensão do exercício profissional: pena gravosa, na qual o assistente social ficará impedido temporariamente de exercer o serviço social, cerceando o profissional da possibilidade de trabalhar na área. Somente deverá ser aplicada quando restar comprovado que a continuidade do exercício poderá acarretar danos para a sociedade (Barroco; Terra, 2012). O art. 25 define que a suspensão poderá ocorrer pelo período de trinta dias a dois anos, sendo que a suspensão pelo não pagamento da anuidade deverá ser imediatamente cessada após a quitação dos débitos. e) Cassação do registro profissional: a mais grave de todas as penalidades, pois implica na impossibilidade de exercício da profissão, por tempo indeterminado ou sem possibilidade de um dia voltar a fazê-lo, sendo prevista no art. 33 a apreensão da carteira e da cédula de identidade profissional. Barroco e Terra (2012) apontam que esta penalidade é permeada por uma série de controvérsias, uma vez que que a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XLVII, proíbe a aplicação de qualquer pena ou penalidade em caráter perpétuo; portanto, tal pena pode ser questionada pelo profissional que a tiver recebido, o qual poderá recorrer a via judicial, dada a sua inconstitucionalidade. Atento a isso, o conjunto CFESS/CRESS previu a realização de processo de “reabilitação” 9 profissional, possibilitando passar por capacitação e processos de reflexão e, assim, requisitar a reativação, mediante solicitação, do seu registro no CFESS/CRESS, após cinco anos. A única hipótese de irreversão desta penalidade é quando restar provado que o profissional fez falsa prova dos requisitos para exercício do serviço social, como apresentar um diploma falso ou obtido por meio de fraude. Outrossim, o Código estabelece que o CRESS da região a qual pertence o profissional será sempre o responsável por receber denúncia de infração e fazer a apuração por meio do devido processo legal, sendo assegurado ao penalizado impetrar recurso ao CFESS, que é considerada a instância superior máxima para julgamento de situações conflituosas, casos omissos ou dos quais ainda restem dúvidas quanto à pertinência da pena aplicada. TEMA 3 – OUTRAS NORMATIVAS DO CONJUNTO CRESS/CFESS Conforme já explicitado, o CFESS possui a prerrogativa de orientar e normatizar o exercício da profissão de assistente social, fazendo-o por meio de normativas, especialmente no formato de resoluções. Vale lembrar que o próprio código de ética foi também promulgado por meio de uma resolução do Conselho Federal. No site do CFESS é possível ter acesso a todas as resoluções que estão em vigência, e é fundamental que os alunos façam tal pesquisa e tomem conhecimento delas, pois neste momento abordaremos apenas aquelas que mais frequentemente são utilizadas ou que são alvos de intensos debates dentro da categoria. A íntegra das resoluções pode ser encontrada no link: <www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/resolucoes-do-cfess>. Destacamos de início a Resolução n. 845/2018, a qual traz parâmetros para atuação do assistente social em relação ao processo transexualizador, impondo ao profissional a obrigatoriedade de prestar apoio e, por meio de sua atuação, viabilizar acesso aos direitos de pessoas transsexuais e transgêneros. O profissional deve agir de forma a promover a reflexão crítica sobre os padrões de gênero vigentes na sociedade, assim como respeitar a autodesignação dos sujeitos em relação ao seu gênero, fazer uso do nome social do usuário quando por ele indicado e emitir opinião técnica, na perspectiva de garantia de direitos, sobre acesso a procedimentos de transformação corporal. Na mesma esteira, a Resolução n. 785/2016 assegura ao assistente social transexual o direito de 10 inclusão e de uso do nome social nos registros profissionais. No mesmo bojo, a Resolução n. 489/2006 proíbe ao assistente social agir de forma discriminatória em qualquer contexto, mas especialmente no que se refere à orientação sexual. A Resolução n. 572/2010 define que os profissionais que exercerem atribuições privativas de assistente social, mas forem contratados por seus empregadores em cargos genéricos, tais como gestor social, analista social, analista judiciário, agente profissional, dentre tantos outros, deverão ter registro regular no CRESS para poder exercer a função. Isto porque, para “fugir” de contratar assistente social com a carga horária de 30 horas semanais ou do pagamento de salários adequados para a profissão, muitos órgãos públicos e instituições privadas passaram a realizar contratações com tais nomes, alegando não se tratar da profissão de assistente social, mesmo exigindo diploma de graduação em serviço social no momento da contratação. Outra importante Resolução é a de n. 569/2010, a qual veda ao assistente social realizar terapias associadas ao título ou ao nome do serviço social. Isso se deve ao fato de, atualmente, existirem uma infinidade de terapias que qualquer profissional, tendo realizado um curso específico, pode desenvolver, tais como a hipnose terapêutica, constelação familiar, terapia comunitária e várias outras. Porém, caso o profissional decida por trabalhar com alguma dessas técnicas, não poderá fazê-lo em campo de trabalho do assistente social e tampouco na condição de profissional da área, sendo vedada e passível de responsabilização a intervenção dessa natureza associada ao serviço social. Já a Resolução n. 559/2009 foi fruto de grande debate e de disputas judiciais, tanto que, quando esta aula foi produzida, encontrava-se suspensa por uma decisão judicial. Tal normativa reforça a proibição do assistente social de atuar como testemunha em processos judiciais dos quais tenha conhecimento dos fatos em razão de sua atividade profissional. Ainda, estabelece que o assistente social que atuar como perito ou assistente técnico em um processo judicial somente poderá prestar oitiva sobre assunto de natureza técnica, restrito ao conteúdo do seu relatório já colacionado ao processo judicial. A Resolução n. 557/2009 versa sobre relatórios emitidos em conjunto com outros profissionais de outras categorias, criando o instrumento denominado “Relatório Multiprofissional”. Nesta modalidade de relatório, ambos os profissionais desenvolvem seus processos de trabalho separadamente, sendo que o assistente social realizará o seu estudo social como de hábito, enquanto 11 as outras profissões também realizam seus procedimentos. No momento do registro, as informações descritivas podem ser apresentadas em conjunto (identificação, dinâmica e histórico familiar, condições sociais, econômicas, de saúde, escolares), mas as análises interpretativas e conclusões devem obrigatoriamente ser destacadas em separado, respeitando o que compete a cada uma das profissões envolvidas. A Resolução n. 556/2009 estabelece normas para lacração de documentos e materiais sigilosos. É sabido que toda informação obtida pelo assistente social em decorrência do exercício é sigilosa, mas toda informação que, conforme o art. 2º da referida resolução, caracterizar-se por conteúdo cuja divulgação “comprometa a imagem, a dignidade, a segurança, a proteção de interesses econômicos, sociais, de saúde, de trabalho, de intimidade e outros, das pessoas envolvidas” deverá ser lacrada pelo ou na presença de um fiscal do CRESS, somente podendo ser aberta em condições específicas, também sob a supervisão do Conselho Regional.A Resolução n. 533/2008 regulamenta a supervisão de estágio em serviço social, devendo seu conteúdo ser estudado por todos os alunos antes do ingresso na atividade, seja ela voluntária ou obrigatória. A Resolução n. 512/2007 é de fundamental importância, pois regulamenta e estabelece a Política Nacional de Fiscalização do conjunto CFESS/CRESS, dando poderes, criando comissões e delegando atribuições no que se refere ao trabalho de prevenção e orientação aos profissionais sobre os princípios éticos da profissão, assim como regra a forma de fiscalização do exercício profissional, criando as Comissões de Orientação e Fiscalização – COFIs e definindo suas competências em todo o território nacional. Por fim, delega e impõe regras para exercício das funções de agente fiscal do CFESS/CRESS. A Resolução n. 493/2006 estabelece as condições éticas e técnicas que devem ser asseguradas ao assistente social para que possa exercer seu ofício adequadamente, trazendo regras sobre as condições do espaço físico, condições de salubridade, existência de mobília e materiais de trabalho que assegurem a qualidade das ações, e, principalmente, que deem condições ao assistente social de manter o sigilo de seus atendimentos e a guarda correta de materiais que devem ser mantidos em segredo, especialmente aqueles que contenham informações dos usuários. Por fim, temos a Resolução n. 383/1999, que define que o assistente social é um profissional de saúde, mesmo quando 12 atuando em outras políticas sociais ou áreas de abrangência. Tal resolução encontra respaldo na Resolução n. 218/1997 do Conselho Nacional de Saúde, o qual listou o rol de profissões enquadradas como sendo desta área, figurando o assistente social em tal listagem. TEMA 4 – DILEMAS ÉTICOS CONTEMPORÂNEOS NO SERVIÇO SOCIAL: A RELATIVA AUTONOMIA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO Nesta primeira parte, abordaremos um dilema que não é contemporâneo, mas que atravessa a profissão desde sempre e que, ao longo do tempo, vai tomando novas proporções e novas faces. O serviço social, como citamos na anteriormente, está inscrito na divisão social e técnica do trabalho como profissão liberal, possuindo liberdade e autonomia para escolher os caminhos para a realização de seu trabalho. Todavia, essa liberdade e autonomia são relativas, porque o assistente social não é dono dos recursos com o qual trabalha, assim como, por ser trabalhador assalariado, está sujeito ao mando de seu empregador. É sabido que há uma contradição posta na atuação do assistente social, pois enquanto os princípios ético-políticos que regem a profissão assumem compromisso com a classe trabalhadora e com a construção de um novo projeto societário, estamos também a serviço do capital, inseridos no mundo do trabalho, vendendo nossa força e trabalhando, de forma direta ou indireta, para a reprodução do capital, na medida em que asseguramos direitos de reprodução da vida material da classe trabalhadora. Essa contradição inerente à profissão produz uma autonomia relativa, no sentido de que nos mais diversos espaços sócio-ocupacionais no qual trabalha, o assistente social possui pouca autonomia para escolher o que fazer, cabendo- lhe somente a liberdade de decidir como fazer o seu trabalho. Ou seja, no desenvolvimento do seu trabalho, o assistente social é autônomo para escolher os meios (os instrumentos) para realização da sua ação (Carvalho; Marcelino, 2019). A essa autonomia Iamamoto (2015) dá o nome de “autonomia relativa” no exercício do trabalho. Lagioto (2013, p. 37) concorda e afirma que mesmo estando subordinado ou atrelado a um chefe ou gestor, o assistente social goza de autonomia e liberdade técnico-profissional para desenvolver o seu trabalho: 13 É importante salientar que a “autonomia técnico-profissional” não se restringe ao direito do profissional de exercer com liberdade a sua atividade profissional, apenas em sua dimensão técnico-operativa, mas o termo “técnica” se refere ao conhecimento especializado do assistente social, à sua expertise, que envolve as três dimensões do exercício profissional: a teórico-metodológica, a ético-política e a técnico-operativa, e neste sentido, particulariza a sua intervenção na divisão social e técnica do trabalho. Fávero (2014, p. 40), corrobora com tal afirmação, asseverando que o assistente social “é autônomo no exercício de suas funções, o que se legitima, fundamentalmente, pela competência teórico-metodológica e ético-política por meio da qual executa o seu trabalho”. Assegurar tal autonomia técnica não é processo fácil, e a construção desse espaço depende também da postura do conjunto de profissionais. Isso só se faz mediante conhecimento da realidade social e institucional, domínio técnico dos assuntos relacionados ao serviço social, inclusive das leis e normas que envolvem a área, ganhando estofo e conteúdo para fazer a discussão e a problematização da questão da autonomia no campo em que se está inserido: Orientar o trabalho profissional nos rumos aludidos requisita um profissional culto e atento às possibilidades descortinadas pelo mundo contemporâneo, capaz de formular, avaliar e recriar propostas ao nível das políticas sociais e da organização das forças da sociedade civil. [...]. Mas também um profissional versado no instrumental técnico- operativo, capaz de realizar as ações profissionais, aos níveis de assessoria, planejamento, negociação, pesquisa e ação direta. (Iamamoto, 2015, p. 144) Iamamoto (2015, p. 99) deixa posto o desafio à categoria dos assistentes sociais: “Apropriar-se da dimensão criadora do trabalho e da condição de sujeito que interfere na direção social do seu trabalho é uma luta a ser travada cotidianamente”. Carvalho e Marcelino (2019) refletem que o empoderamento e o reconhecimento da importância da profissão dependem da postura e da competência do coletivo de profissionais e da imagem que estes construirão no e para o mundo do trabalho. Esse empoderamento somente será factível quando toda a categoria conseguir problematizar as contradições e tensões presentes no bojo da própria profissão e dos espaços sócio-ocupacionais. TEMA 5 – DILEMAS ÉTICOS CONTEMPORÂNEOS NO SERVIÇO SOCIAL Com base na questão da autonomia relativa, passemos a refletir sobre alguns dilemas vistos no cotidiano dos assistentes sociais, para os quais a qualificação e o empoderamento dos profissionais são essenciais. Como é 14 sabido, grande parte dos assistentes sociais atuam na esfera pública, em sua maioria atuando em municípios, na política de assistência social. É consenso que um dos maiores trunfos do serviço social é o conhecimento da realidade do ponto de vista de onde ela ocorre, já que atuamos diretamente no território e formamos vínculos com os usuários daquela localidade. Também é sabido que, no Brasil, as práticas clientelistas, paternalistas e assistencialistas são históricas, pois desde a transformação do Brasil em República muitos gestores vêm se apropriando do Estado para benefício próprio, inclusive com fins eleitoreiros. E onde essas coisas se unem? Nas tentativas sucessivas de uso do trabalho do assistente social, especialmente no território, para tais finalidades, submetendo os profissionais a trabalhos assistencialistas, pouco efetivos, com intuito de fazer parecer que a política pública é dádiva de um ou outro governante. Essas práticas muitas vezes se dão na forma de distribuição de benefícios usando o nome e até cartas de gestores, em obrigatoriedade de trabalho em campanhas eleitorais, ações de marketing na área social, todas sem qualquer cunho técnico e garantia real de direitos da classe trabalhadora. Nesse sentido, o profissional precisa se empoderar individualmente, mas, principalmente, engajar-se com a categoria e valer-se do código de ética para se negar a realizar tais ações, ou ao menos,fazê-las de forma a assegurar direitos, e não mais opressão aos usuários. Sabe-se que tais negativas muitas vezes trarão consequências, como perseguições políticas, remoções de local de trabalho e animosidades no espaço sócio-ocupacional, cabendo ao profissional denunciar sempre que se sentir coagido a fazer algo que viole os princípios ético- políticos da profissão. Situação similar ocorre nos espaços de trabalho privados, em que o profissional não possui estabilidade no emprego e precisa manejar situações assediosas que possam vir a surgir, sob pressão de demissão. Vale ressaltar que, na área privada, o profissional quase sempre atuará no equilíbrio entre o capital e a classe trabalhadora, administrando políticas internas de compensação aos empregados ou população abrangida pela empresa ou indústria. Mais uma vez, conhecer o código de ética a fundo e as situações em que pode ser aplicado será mister para despessoalizar as relações e sensibilizar empregadores de que não se trata de escolha daquele profissional, mas de preceitos que regulamentam a profissão. 15 Situação mais delicada envolve os assistentes sociais contratados na área pública por funções comissionadas, as quais são de livre nomeação do gestor, comumente do prefeito, governador, secretários municipais ou estaduais. Uma vez contratado por liberalidade de alguém, é comum que seja cobrado e instado a “pagar favores” àquele que lhe deu o emprego, exigindo do profissional a realização de atividades que não são de sua competência ou utilizando seus trabalhos para fins político-partidários, o que é vedado pelo código de ética. Por fim, uma das relações mais difíceis dentro da profissão refere-se ao assistente social com os órgãos que compõem o sistema de justiça e os espaços ocupacionais da área sociojurídica, como Poder Judiciário, Ministério Público, penitenciárias, centros de socioeducação, entre outros. Primeiramente, porque se trata de relações extremamente hierarquizadas, tais como no Poder Judiciário, em que o assistente social contratado está subordinado ao juiz que lhe demanda o trabalho e muitas vezes extrapola em seus pedidos, define quais instrumentos o assistente social deverá usar e cobra que, por meio da perícia social, este apresente verdades absolutas que subsidiarão a decisão do magistrado. Outrossim, a perícia social na área sociojurídica tem implicações na questão do sigilo profissional, uma vez que o assistente social precisará registrar o seu estudo social na forma de relatório, o qual será acessado não apenas pelos usuários interessados, mas também por advogados e funcionários administrativos, sendo essencial que nos relatórios sejam somente colocadas informações absolutamente necessárias ao processo e que justifiquem e fundamentem o parecer conclusivo que será apresentado ao final. O relatório não deve ser elaborado pelo assistente social com o intuito de servir de prova processual, mas precisa ser construído tendo em mente que ele será inevitavelmente usado para tal, motivo pelo qual o cuidado no registro e nas informações prestadas deve ser redobrado. Informações soltas, não colocadas de forma clara e não interpretadas à luz de referencial teórico-metodológico, podem ser usadas por outros profissionais para prejudicar os jurisdicionados ou cercear direitos a eles, especialmente em casos de guarda, destituição de poder familiar, acolhimento de crianças e adolescentes e de adolescentes autores de ato infracional. Ainda dentro da seara sociojurídica, destaca-se a realização do depoimento especial por profissional do serviço social, conforme previsto na Lei n. 13431/2017, a qual traz que toda criança ou adolescente vítima de violência 16 deverá ser inquirida por “profissional qualificado”, sendo consenso na área judicial que tais profissionais sejam psicólogos ou assistentes sociais. A inquirição de pessoas, sejam crianças ou adultos, com fins de produção de prova processual, que servirá exclusivamente para responsabilização do réu e não necessariamente para assegurar direitos das vítimas, não está no escopo das atribuições e competências. Além disso, no formato em que tais depoimentos ocorrem, com transmissão ao vivo da entrevista com a criança para uma sala de audiência na qual estão o réu, juiz, promotor, advogados e familiares, fere brutalmente a questão do sigilo profissional. Destaca-se que o CFESS, por meio da Resolução n. 554/2009, havia normatizado a proibição de assistentes sociais participarem da inquirição de vítimas e testemunhas de crimes, mas tal resolução foi revogada por força de determinação judicial, sob a alegação de que uma lei federal (13431/2012) é maior e tem maior peso jurídico do que uma resolução de conselho de classe, que não tem poder de legislar, deixando atualmente os profissionais suscetíveis às relações hierárquicas de poder, sendo que muitos são coagidos a fazer o depoimento especial, sob pena de responder administrativamente por descumprimento de ordem judicial. NA PRÁTICA Uma assistente social que trabalha em uma unidade socioeducativa, na qual são atendidos adolescentes autores de ato infracional em medida de internação, atendia a dois adolescentes semanalmente. Após adquirir vínculo com os jovens, o primeiro acabou por revelar à profissional durante uma entrevista que, além do ato infracional pelo qual respondia cumprindo a medida de internação, teria sido o autor de vários outros, manifestando inclusive sentir culpa e remorso porque em uma dessas situações teria praticado um homicídio, o qual tinha sido investigado pela polícia, sem sucesso em encontrar o autor. Ou seja, o adolescente confessou a prática de um crime contra a vida de uma pessoa durante o atendimento social. O segundo adolescente vinha se apresentando mais calado e entristecido, e, durante uma entrevista, acabou revelando que tinha intenções suicidas, pois se sentia sozinho, abandonado pela família e amigos durante a privação de liberdade, que tinha vergonha do ato cometido e temia o seu retorno à comunidade onde vivia. Esse conteúdo foi recorrente e, a cada atendimento, o 17 adolescente trazia ideias ainda mais elaboradas acerca de suicídio, chegando a verbalizar que pretendia enforcar-se usando sua própria roupa. Diante das duas situações: em quais delas seria justificável a quebra do sigilo? Por quê? De que forma poderia ser feito e a quem poderia ser repassada a informação? FINALIZANDO Nesta aula, finalizamos o estudo do código de ética dos assistentes sociais, trabalhando uma questão fundamental, que é a do sigilo profissional. Vimos que o sigilo aparece no código tanto como direito e prerrogativa do assistente social, quanto como obrigação, destacando que o sigilo, além de proteger a intimidade dos usuários, é peça-chave para assegurar uma relação de confiança com eles, confiança esta tanto no profissional que o atende quanto no coletivo da categoria. No último bloco de estudos sobre o código de ética, vimos acerca das penalidades, abordando que, quando devidamente processada e verificada a procedência de uma falta ética ou disciplinar, poderá ser aplicada ao profissional penalidade que vai desde a multa pecuniária até a cassação de seu registro profissional, sendo que para aplicação da pena dever- se-á levar em consideração os antecedentes do profissional, os atenuantes e os agravantes da situação que ensejou o processo ético. Na sequência, vimos que o CFESS vem ao longo do tempo atualizando as normativas e a regulamentação do exercício profissional, acompanhando as mudanças que ocorrem na sociedade. Ele o faz por meio de resoluções que vão inserindo ou excluindo direitos e deveres, sem, contudo, alterar o código de ética original, aprovado em 1993. Vimos que tais resoluções acompanham questões de gênero e orientação sexual, lacre de documentos, condiçõesadequadas nos locais de trabalho, entre vários outros assuntos apresentados. Vale ressaltar que mesmo não estando no código de ética, os deveres trazidos por estas resoluções são de caráter obrigatório para a categoria. Por fim, apresentamos algumas reflexões acerca de questões éticas do cotidiano profissional, as quais impõem no dia a dia conflitos e confrontos constantes entre o que é exigido do profissional e os princípios postos no projeto ético-político da profissão, apontando que a melhor forma de manejar tais situações é qualificar o trabalho, munir-se de conhecimento teórico-metodológico e ético-político, além de conhecer as normativas e leis que regulam e 18 regulamentam a profissão, para assegurar um trabalho de qualidade e livre de interferências políticas e hierárquicas, tão presentes nas relações de poder postas nos espaços sócio-ocupacionais em que os assistentes sociais estão inseridos. 19 REFERÊNCIAS BARROCO, M. L. S.; TERRA, S. H. Código de ética do/a assistente social comentado. São Paulo: Cortez, 2012. CARVALHO, M. B.; MARCELINO, C. A. A. S. Trabalho e sociabilidade. Curitiba: InterSaberes, 2019. CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Resolução CFESS n. 273, de 13 de março de 1993. Disponível em <www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS- SITE.pdf>. Acesso em: 28 maio 2021. FAVERO, E. T. O estudo social: fundamentos e particularidades de sua construção na área judiciária. In: CFESS (Org.). O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: debates atuais no judiciário, no penitenciário e na previdência social. São Paulo: Cortez, 2014. IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 26. ed. São Paulo: Cortez, 2015. LAGIOTO, N. Autonomia profissional x trabalho assalariado: exercício profissional do assistente social. Revista Conexão Geraes, Belo Horizonte, n. 3, p. 37-42, 2013.
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