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Ebook 2 Avaliação da Educação

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Janice Natera
AVALIAÇÃO 
EDUCACIONAL
E-book 2
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA PARA O ENSINO-
APRENDIZAGEM ������������������������������������������������������4
AVALIAÇÃO COMO MEDIAÇÃO ��������������������������11
AVALIAÇÃO FORMATIVA �������������������������������������13
AVALIAÇÃO: QUANTIDADE OU 
QUALIDADE? �����������������������������������������������������������15
AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA – TEORIA E PRÁTICA ����������17
PRÁTICAS AVALIATIVAS ��������������������������������������19
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������27
SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������29
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo você conhecerá a importância que a 
avaliação de aprendizagem tem para o processo de 
construção de conhecimento do estudante, e não só 
para medir, mas para diagnosticar o aprendizado do 
estudante.
Estudará também como a relação professor-estu-
dante é de grande valia para uma boa aprendizagem. 
Com o diálogo, torna-se bem mais fácil este rela-
cionamento, pois a construção de conhecimentos 
torna-se mais atrativa para o desenvolvimento do 
estudante.
A avalição de aprendizagem pode ser realizada em 
várias situações, desde que o professor ao ensinar 
leve informações, tenha habilidades e competências. 
A avaliação de aprendizagem pode:
Ser diagnóstica, para tomada de decisão tanto do 
estudante como para o professor;
Ser feita da forma que nós conhecemos, com provas 
realizadas ao final de cada ciclo de aprendizagem;
Portanto, ao longo deste módulo, você estudará so-
bre os instrumentos avaliativos em sala de aula.
3
AVALIAÇÃO NUMA 
PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA PARA O 
ENSINO-APRENDIZAGEM
No aprendizado tradicional, que vem seguindo um 
modelo, diz-se que os estudantes que aprendem 
são aqueles que participam das aulas e os que não 
aprendem são aqueles que faltam, que são agitados, 
desatentos, ou então diz-se que é o professor que 
não sabe transmitir o conteúdo ao estudante. Existe 
sempre um culpado para o não aprendizado; se não 
é o estudante, é o professor, ou mesmo o passado 
do estudante (as séries e os professores anteriores).
Para que o estudante possa ter interesse pelo apren-
dizado, é preciso buscar novas técnicas de motiva-
ção, mas ainda existe resistência entre professores, 
estudantes e família, ou seja, a própria sociedade é 
conservadora, não reflete, não há diálogo.
A aprendizagem de cada estudante pode ser enten-
dida diferentemente conforme sua vivência, ou mes-
mo conforme a vivência do professor. Diante deste 
contexto, os professores precisam tomar cuidado ao 
avaliar o estudante. É necessário observar e refletir.
O processo de construção da avaliação inicia-se a 
partir do planejamento, quando professores, coor-
denadores e direção têm que estar unidos cada vez 
mais para estudo e reflexão de como serão direciona-
4
das essas avaliações, respeitando a individualidade 
de cada disciplina, sala e estudante, para que ele 
possa ter uma aprendizagem significativa e contí-
nua. “Planejamento e avaliação são atos que estão 
a serviço da construção de resultados satisfatórios” 
(LUCKESI, 2014, p.165).
Deve haver muita união nas relações professor-estu-
dante e estudante-estudante, mas não só entre eles, 
como também entre a equipe pedagógica e toda a 
comunidade escolar. Com todo este envolvimento, 
a construção pedagógica envolve todos, e essa é a 
proposta da LDB 9394/96.
A avaliação diagnóstica deve ser feita desde o iní-
cio do ano letivo para servir como um norte para o 
professor começar a seguir o currículo. Se houver 
necessidade, ele pode ser mudado, o currículo é fle-
xível, isso dependerá de como está sendo o anda-
mento da aula.
O professor deve estar munido de instrumentos pe-
dagógicos para que o estudante tenha um desenvol-
vimento construtivo, também preparado com vários 
tipos de metodologias, pois, se precisar, ele estará 
pronto para trabalhar com o estudante da melhor 
forma, afinal durante as aulas o professor além de 
ensiná-lo estará a avaliá-lo.
A avaliação é feita constantemente, podendo ser, 
inclusive, a cada aula. Portanto, o professor precisa 
sempre estar preparando suas aulas, com muita re-
flexão, pois, afinal, o currículo é flexível, cada sala de 
5
aula e cada estudante tem a sua individualidade e, 
sendo ele transmissor de conhecimentos, o profes-
sor tem que estar envolvido com seus estudantes, 
sempre com muito respeito e carinho, explicando 
quantas vezes for necessário.
O professor deve preparar sua aula baseada na rea-
lidade do estudante, porém se durante a aula surgir 
algum assunto com os estudantes, ou acontecimento 
do dia a dia, isso pode ser tema daquela aula. Dessa 
forma, quando ele construir uma avaliação, o seu 
contexto terá mais significado ao estudante, facili-
tando a ele uma melhor interpretação. Isso mostra a 
importância de o professor estar aberto a mudanças 
e sempre se preparando para dar o melhor para o 
estudante.
Com esse novo modelo de avaliação, deixa-se de 
excluir e se passa a incluir; o professor consegue ver 
e rever as dificuldades dos estudantes, desvencilhan-
do-se daquele modo tradicional onde o estudante 
tinha medo do professor, passando a estabelecer 
laços, tornando a aprendizagem muito mais signifi-
cativa para o estudante.
O processo de construção do conhecimento do estu-
dante tem que ser permanente e sucessivo, e deve ter 
uma relação dialógica, de troca, com discussões que 
possibilitarão o entendimento progressivo estudante-
-professor e estudante-estudante.
De acordo com a LDB 9.394/96, a avaliação deve ser: 
“contínua e cumulativa do desempenho do estudante, 
6
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os 
quantitativos e dos resultados ao longo do período 
sobre os de eventuais provas finais”.
As avaliações realizadas pelo professor durante o 
ano letivo são para se conhecer o nível de aprendi-
zado do estudante sobre os assuntos estudados, 
porém, nessas avaliações, tem que haver algum sig-
nificado, tanto para o professor quanto para o estu-
dante, não bastando saber se o estudante está apto 
ou inapto de acordo com o conteúdo transmitido.
O professor tem sim que verificar se o conhecimento 
do estudante está adequado, avaliar o que realmente 
o estudante aprendeu e saber o que ele não apren-
deu, ou seja, fazer um diagnóstico da aprendizagem 
do estudante, para saber de onde ele deve começar 
ou recomeçar.
REFLITA
Cuidado com esse “verificar” e “avaliar” que foi 
citado, não são para classificar os estudantes, mas 
sim para diagnosticar a absorção do conteúdo.
A partir do momento que se diagnostica o que o 
estudante não aprendeu, o professor deve retomar 
o conteúdo, utilizando métodos diferentes até o es-
tudante atingir os objetivos propostos, ajudando o 
estudante no seu ensino-aprendizagem.
O que precisa priorizar sempre é o estudante, princi-
palmente sua individualidade, que muitas vezes não 
7
é respeitada. Cada estudante tem suas dificuldades, 
com desempenhos diferentes. Para isso, a necessi-
dade do professor é conhecer bem seus estudantes.
Os professores devem evitar a comparação dos estu-
dantes entre si, porque isso pode ser uma avaliação 
classificatória, já que no ponto de vista atual isto é 
um método avaliativo.
Muitas vezes ouvimos esta frase de alguns professo-
res: “Não irei voltar conteúdo, tenho um planejamen-
to a seguir”. Percebe-se que esse professor parou 
no tempo e não aceita novos paradigmas, não está 
preparado para trabalhar com ensino, para ser um 
professor eficiente é necessário que ele esteja em 
constante aperfeiçoamento.
Entretanto, na prática, o caminho da formação contínua 
do professor, que teoricamente deveria ser responsá-
vel por minimizar ou mesmo extinguir as deficiências 
conceituais, práticas e epistemológicas da formação 
inicial deste profissional, assim como oferecer novos 
caminhos oriundos dos avanços científicos,tecnológi-
cos e econômicos da sociedade, vem também sendo 
objeto de críticas (GRANVILLE, 2007, p.168).
Você percebe a importância de o professor estar 
sempre em formação continuada, assim ele pode 
estar atualizado, com métodos voltados para o de-
senvolvimento do estudante.
Diante destas necessidades, com essas atualizações, 
o professor tem que estar preparado, com novos 
métodos. Assim, ele precisa voltar com o conteúdo 
8
se o estudante tiver alguma dúvida durante aulas e 
isso gerar dificuldades de aprendizado.
A avaliação inicia-se durante as aulas. É necessá-
rio o diálogo entre professor-estudante, assim eles 
se conhecerão, não tendo somente o professor que 
avaliá-lo com provas ou exames finais.
Acompanhando o estudante, o professor consegue 
diagnosticar e voltar o conteúdo, recomeçando de 
onde o estudante deixou de entender. Assim se inicia 
a prática avaliativa, auxiliando o estudante no seu 
desenvolvimento educacional de aprendizagem.
A avaliação é um diagnóstico do que o estudante 
aprende, pois é preciso ter interesse em que ele 
aprenda, se não houver, deixa de ser avaliação e 
passa a ser uma verificação. “A avaliação é um diag-
nóstico da qualidade dos resultados intermediários 
ou finais; a verificação é uma configuração dos re-
sultados parciais ou finais. A primeira é dinâmica, a 
segunda, estática” (LUCKESI, 2014, p.100). Na relação 
professor-estudante tem que ter cumplicidade.
Comunicação
Participação
Reflexão
Amigo
Respeito
Colaboração
Envolvimento
Construção
Articulação
Diálogo Cumplicidade União
Avaliação: Professor X Aluno
Figura 1: Articulação: Avaliação, Professor e Estudante. 
Fonte: Elaboração própria
9
Com a avaliação sendo contínua, o professor e o 
estudante devem caminhar juntos para que haja uma 
aprendizagem significativa, assim, o papel do profes-
sor é de mediador e dialético.
O professor tem um papel muito importante, ele pas-
sou a ser o mediador do estudante, com o objetivo de 
diagnosticar suas dificuldades e, a partir dos erros, 
retomar o conteúdo.
10
AVALIAÇÃO COMO 
MEDIAÇÃO
O processo corretivo feito na avaliação tradicional era 
classificatório e atribuía média ao estudante, repro-
vando ou aprovando, o que poderia levar o professor 
a cometer injustiças, adotando posturas autoritárias, 
sem deixar o estudante expor suas próprias ideias. 
Na prática tradicional, o estudante sabe se errou ou 
acertou, mas não sabe o porquê. É necessário que 
se faça uma avaliação mediadora, assim o estudante 
saberá o seu erro e aprenderá com ele.
Hoje, o processo de construção do conhecimento do 
estudante se dá através da avaliação mediadora, ou 
seja, na correção de uma avaliação, o professor, ao 
corrigir um exercício respondido incorretamente, dá 
oportunidade ao estudante de expressar suas ideias, 
estabelecendo um diálogo professor-estudante.
O professor valoriza o estudante fazendo com que 
o erro seja um erro construtivo, pois é uma tentati-
va em busca do acerto, onde o professor não deve 
corrigi-lo, mas sim criar condições para descobrir o 
caminho certo e assim ele irá compreender e não 
simplesmente decorar uma resposta.
A avaliação mediadora geralmente acontece no início 
de uma aula ou de um novo conteúdo. Tem como 
propósito verificar habilidades e conhecimentos pré-
vios sem se preocupar com notas e iniciar novas 
aprendizagens.
11
A avaliação mediadora está presente justamente entre 
uma tarefa do estudante e a tarefa posterior. Consiste 
na ação educativa decorrente de análise dos seus en-
tendimentos, de modo a favorecer a essa criança o 
alcance de um saber competente e a aproximação com 
a verdade científica (HOFFMANN, 2005, p. 114).
A avaliação serve como orientação para que o pro-
fessor e o estudante tenham um norte para dar 
continuidade à aprendizagem, assim o professor 
saberá os diferentes instrumentos que poderão ser 
utilizados para o desenvolvimento do conhecimento 
do estudante.
O professor precisa avaliar o seu estudante durante 
toda a sua aula, para que possa ter uma avaliação 
contínua e intervir quando necessário, assim ele tor-
na-se um professor mediador. “A avaliação mediado-
ra exige a observação individual de cada estudante, 
atenta ao seu movimento no processo de construção 
do conhecimento” (HOFFMAN, 2005, p. 75).
O professor é mediador e, quando ele começa a partir 
do que o estudante sabe, isto é, quando tem como 
ponto de partida a prática da avaliação diagnóstica, 
auxilia o estudante no seu desenvolvimento pessoal 
a partir do processo ensino-aprendizagem.
12
AVALIAÇÃO FORMATIVA
A avaliação formativa é realizada durante o ano leti-
vo. Sabe-se que em uma sala de aula existem as di-
versidades, cada estudante tem os seus conhecimen-
tos e o seu tempo de aprendizagem. Sendo assim, o 
objetivo da avaliação é a verificação dos estudantes 
nos resultados alcançados e as suas habilidades 
durante os desenvolvimentos das atividades.
O bom da avaliação formativa é que o professor dá 
ao estudante o feedback, e assim permite que ele 
possa identificar as suas dificuldades. Ao mesmo 
tempo, este feedback mostra ao professor outras 
possiblidades de como ensinar e aperfeiçoar suas 
práticas didáticas.
Uma avaliação formativa ajuda o estudante a compre-
ender e a se desenvolver. Colabora para a regulação de 
suas aprendizagens, para o desenvolvimento de suas 
competências e para o aprimoramento de suas habili-
dades em favor de um projeto. Um professor compro-
metido com a aprendizagem de seus estudantes utiliza 
os erros, inevitáveis sobretudo no começo, como uma 
oportunidade de observação e intervenção. Com base 
neles, propõe situações-problema cujo enfrentamento 
requer uma nova e melhor aprendizagem, possível e 
querida para quem a realiza (MACEDO, 2007, p. 118).
A avaliação formativa é aquela em que se observa 
cada momento vivido pelo estudante, dentro ou fora 
da sala de aula. O professor valoriza o estudante e 
ele o avalia como um todo. Avaliar significa muito 
13
mais do que os conteúdos programáticos e sim o 
todo de um ser humano.
O professor precisa recuperar o estudante que ficou 
para trás. Nesse momento, o professor também ava-
liará o seu trabalho, é então que ele saberá o quanto 
foi eficiente ou falho, e o momento de retomar e re-
pensar suas metodologias.
Na avaliação formativa é importante salientar-se 
a necessidade de dar muito mais atenção àqueles 
estudantes que têm mais dificuldades, essa é uma 
face da avaliação formativa, seria uma atenção mais 
específica, mais solidaria para um estudante com 
mais dificuldades, um ritmo de aprendizagem menos 
acelerado.
14
AVALIAÇÃO: QUANTIDADE 
OU QUALIDADE?
Devemos saber que qualidade é diferente de quan-
tidade. Qualidade não é o contrário de quantidade. 
“Na qualidade não vale o maior, mas o melhor; não o 
extenso, mas o intenso; não o violento, mas o envol-
vente; não a pressão, mas a impregnação” (DEMO, 
2008, p. 24).
Na avaliação, quando um estudante se torna um nú-
mero é mais fácil, basta classificá-lo. Precisamos 
estar atentos e temos que entender o que é avaliar. 
Não existem “receitas”, é preciso buscar caminhos.
Alguns professores se apropriam de instrumentos 
– provas – sem saber se o significado desta é re-
almente o correto. Avaliar um estudante é um pro-
cesso lento e de diálogo, é ter capacidade de ava-
liar e se autoavaliar, é ter qualidade de participação. 
Qualidade não se pode pegar, tocar, contar, não é 
material. Qualidade é participação, é ser produtivo, 
é criar, é ter observação profunda.
Avaliação qualitativa supõe, em seu grau mais elevado e 
em si correto, um profundo processo participativo, que 
realiza não somente a necessária envolvência política, 
mas o surgimento de outras formas de conhecimento, 
obtidas da prática, da experiência, da sabedoria, sem 
com isto desprezar, em momento algum, a boa teoria 
(DEMO, 2008, p. 47).
15
É preciso que os professores tomem ciência e deem 
valor à qualidade do aprendizado do estudante. 
Muitos professores ainda se preocupamcom a 
quantidade, achando que assim eles serão “bons” 
professores; até mesmo alguns estudantes ainda 
acham isso. Tem sim que se valorizar a qualidade, 
assim sabe-se que os estudantes terão uma apren-
dizagem de significação, que o conhecimento vai 
além da quantidade de informação.
Muitos professores estão preocupados com a quan-
tidade, não só durante as aulas, inclusive com tarefas 
para os estudantes levarem para casa, pois o “impor-
tante” é a quantidade. Não verificando se realmente 
o estudante aprendeu com qualidade.
O professor é um transmissor de conhecimentos, ele 
deve repetir quantas vezes for necessário o conteúdo 
para que ele seja assimilado, não pode se preocu-
par só com a quantidade e sim com a qualidade do 
aprendizado do estudante.
Acesse o Podcast 1 em Módulos
16
AVALIAÇÃO NUMA 
PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA – TEORIA 
E PRÁTICA
A avaliação não pode ser excludente, o professor tem 
que pensar em vários instrumentos de avaliação, não 
pode usar um único, desde o início do ano letivo ele 
deve fazer um diagnóstico com seus estudantes para 
conhecê-los, pois, para facilitar a aprendizagem do 
estudante, o melhor que se tem a fazer é conhecer 
a realidade dele, assim tornará mais fácil a relação 
professor-estudante.
O avaliar é um processo de ensinar e aprender, deve 
ocorrer numa perspectiva construtiva, ser realizada 
gradativamente. A avaliação já se inicia a partir do 
momento em que professor transmite o conhecimen-
to ao estudante, que começa a adquiri-los.
[...] o objetivo da avaliação é a aprendizagem: avaliação 
deve ser uma orientação para o professor na condução 
de sua prática docente e jamais um instrumento para 
reprovar ou reter estudantes na construção de seus 
esquemas de conhecimento teórico e prático. Reprovar, 
selecionar, classificar e filtrar indivíduos não é missão 
do educador. Outros setores da sociedade devem se 
encarregar dessa missão (D’AMBROSIO, 2001, p.98).
Ouve-se muito “aquele estudante não quer nada”, 
“aquele estudante só bagunça”, porém o profes-
sor, desta maneira, acaba excluindo seu estudante. 
17
Geralmente acaba acontecendo isso com o estudan-
te porque ele não entendeu algum conteúdo, perdeu-
-se no meio do caminho, e alguns professores não 
costumam tirar dúvidas e muito menos voltar o con-
teúdo para que o estudante o entenda.
É necessário que haja parceria entre professor e estu-
dante, que necessita do mínimo de atenção para que 
possa sanar suas dúvidas, assim o estudante cons-
truirá seu conhecimento, vencendo suas dificuldades.
Portanto, os seguintes elementos devem sempre 
andar juntos:
Cumplicidade
Avaliação
ConhecimentoConteúdo
Figura 2: Elementos do processo ensino-aprendizagem. 
Fonte: Elaboração própria.
Assim, a avaliação será de construção e de conhe-
cimento significativo para a evolução do estudante, 
dando oportunidade a ele de rever conceitos que não 
conseguiu assimilar.
A avaliação é realizada de forma contínua e cumula-
tiva, e tem o objetivo de diagnosticar a dificuldade de 
cada estudante, sempre de forma construtiva, para 
uma aprendizagem significativa.
18
PRÁTICAS AVALIATIVAS
Como saber se o estudante aprendeu?
Esse é um questionamento que vem sendo muito 
discutido nas escolas, pois geralmente é através da 
avaliação que é diagnosticado se o estudante apren-
deu ou não. Sabe-se que a avaliação é continua, po-
rém também pode ser realizada em forma de prova.
FIQUE ATENTO
A função da avaliação é garantir o sucesso da 
aprendizagem do estudante, seja como for o tipo 
de avaliação, pois é ela que pesquisa a qualida-
de do resultado, tanto do professor quanto do 
estudante.
Outro questionamento para se pensar:
E se o estudante não aprendeu, quem fracassou?
Provavelmente o estudante diz que foi o professor e 
vice-versa, porém a avaliação é um instrumento de 
coleta de dados que revela o desempenho do estu-
dante. Se foi:
 ● Satisfatório – ótimo, o estudante atingiu os 
objetivos;
 ● Insatisfatório – é inclusiva, subsidia a reinvestir 
no estudante, retoma o conteúdo.
19
Com certeza não existe um culpado, ao contrário, 
se houve um fracasso, tem que se ver onde está o 
erro, porque para uma boa aprendizagem tem que 
haver um bom ensinamento. Professor e estudante 
têm que andar juntos, têm que ter uma cumplicidade 
entre eles. Assim, o ensino será produtivo e, sendo 
produtivo, o professor ao avaliar o estudante será 
justo.
Professor Avaliação Aluno
Figura 3: Relação entre os entes do processo avaliativo. 
Fonte: Elaboração própria.
Uma prova, ao ser aplicada, serve como um termô-
metro. Porém o professor, ao formulá-la, tem que 
ter precisão no que pedir, tem que ser incluído o que 
ele ensinou, as informações têm que ser bem claras, 
para que o estudante não se sinta confuso e acabe 
sendo prejudicado.
(Re)construção Continuação
Sistematizar
Avaliação
Correção
Leitura dos Resultados
Aprendizagem do aluno
Figura 4: Processo avaliativo Elaboração própria.
20
Porém, não é só pela prova que o estudante é ava-
liado. Ao ensinar, o professor já está avaliando, não 
há necessidade de aplicar uma única prova, existem 
vários instrumentos avaliativos, até mesmo em um 
olhar do professor, em uma pergunta de um estudan-
te e em um debate, entre outros, o professor já pode 
avaliar, também retomando o conteúdo, se achar 
necessário.
O registro do professor é uma forma de avaliação. 
Deve ser feito a partir de observação e reflexão do 
aprendizado do estudante. Muitos professores regis-
tram a atitude do estudante e não o seu desempenho. 
Os registros precisam ter significados; devem ter 
uma linguagem de entendimento: se for um relato de 
atividades, deve mostrar se está ou não prejudicando 
o aprendizado do estudante.
Quando se fala em relatório de avaliação, está se 
falando em relatório de acompanhamento, de cons-
trução do conhecimento (avaliação mediadora), ob-
servação, reflexão, avanços, conquistas, relatos de 
sua evolução e desenvolvimento.
Acesse o Podcast 2 em Módulos
 A tabela a seguir tem uma função muito interessan-
te. Ela é bem clara para entendermos o propósito 
e a época às quais as modalidades citadas dizem 
respeito.
21
Modalidade Função Propósito Época
Diagnóstica Diagnosticar Verificar a presença 
ou ausência de pré-
-requisitos para novas 
aprendizagens.
Detectar dificuldades 
específicas de aprendi-
zagem, tentando identi-
ficar suas causas.
Início do ano, 
semestre leti-
vo ou unidade 
de ensino.
Formativa Controlar Constatar se os ob-
jetivos estabelecidos 
foram alcançados 
pelos alunos.
Fornecer dados 
para aperfeiço-
ar o processo de 
ensino-aprendizagem.
Durante o ano 
letivo, isto é, 
ao longo do 
processo de 
ensino-apren-
dizagem.
Somativa Classificar Classificar os resulta-
dos de aprendizagem 
alcançados pelos 
alunos, de acordo com 
os níveis de aproveita-
mento estabelecidos.
Ao final de um 
ano ou semes-
tre letivo, ou ao 
final de uma 
unidade de 
ensino.
Quadro 1: Quadro-síntese das Modalidades e Funções da 
Avaliação Escolar. Fonte: Haudt (1997).
Alguns autores definem a avalição com algumas 
denominações antes e pós-LDB 9394/94. É muito 
interessante conhecermos essas denominações, 
que alguns utilizam conforme as seguintes tabelas:
Afonso (2001)
Antes Pós
Regulação Emancipação
Seletiva Diagnóstica
22
Afonso (2001)
Promoção Facilitadora
Controle Validar
Poder Contínua
Dominação
Articular
Quantidades
Tabela 1: Denominações antes e pós-LDB 9394/94 por 
Afonso (2001). Fonte: Elaboração própria.
Hoffman ( 2005)
Antes Pós
Tradicional Mediadora
Classificatória Dialógica
Nota/Conceito Construtivista
Aprovado/Reprovado Desenvolvimento
Erro/Acerto Orientação
Poder Reflexão
Resistência Progresso
Culpa Observar
Autoritarismo Registro
Tabela 2: Denominações antes e pós-LDB 9394/94 por 
Hoffmann (2005). Fonte: Elaboração própria.
23
Demo(2008)
Antes Pós
Quantitativa Qualitativa
Autoritário Participativa
Poder Dialética
Julgar Reflexão
Medir Representatividade
Provas Progressiva
Maior IgualitáriaExtenso Melhor
Violento Intenso
Pressão Envolvente
Tabela 3: Denominações antes e pós-LDB 9394/94 por 
Demo (2008). Fonte: Elaboração própria.
Luckesi (2014)
Antes Pós
Classificatória Diagnóstica
Verificação Aprendizado
Medida/Média Desenvolvimento
Prova Construção
Seletiva Interesse
Nota Planejamento
Poder/Autoritarismo Democrática
Ameaça/Medo Qualidade
Quantidade Defasagem
Conservador Inclusão
24
Luckesi (2014)
Exclusão Mínimo
Erro/Acerto Retomando/Reoriantando
Aprovação/Reprovação Necessário
Tabela 4: Denominações antes e pós-LDB 9394/94 por 
Luckesi (2014). Fonte: Elaboração própria.
Apesar dos autores usarem essas diferentes deno-
minações, você percebeu que o sentido é o mes-
mo? Antes da LDB 9394/96 havia um ensino onde o 
professor falava e o estudante ouvia, hoje a relação 
professor-estudante é de mais diálogo, onde o es-
tudante questiona e o professor dá a liberdade dele 
se expressar.
Portanto, a avaliação já se inicia nesse momento e 
a “prova” por si só é apenas uma forma de realmen-
te o professor analisar o seu estudante de forma a 
ajudá-lo.
REFLITA
O texto “Fábula sobre avaliação” serve como re-
flexão para o tema Avaliação de Aprendizagem.
Acesse neste link: https://edisciplinas.usp.br/plu-
ginfile.php/4170549/mod_resource/content/1/
Fabula%20.pdf, acesso 24 de janeiro de 2020.
O professor tem muito a ensinar, mas o estudante 
também tem muito o que ensinar ao professor; se 
ambos ensinam, ambos aprendem. É necessário que 
25
saibam a hora de ouvir e a hora de falar, portanto, têm 
que entender que o diálogo é o principal instrumento 
da relação professor-estudante. O diálogo é uma das 
melhores formas do professor avaliar seus estudan-
tes; através de conversas podem surgir curiosidades 
e dúvidas e assim o professor poderá esclarecer e 
analisar seu estudante.
Uma das formas com que também se pode avaliar 
um estudante é a troca de lugar entre eles. É um 
grande desafio, é uma forma com a qual o profes-
sor eleva a autoestima do estudante e, ao mesmo 
tempo, o estudante aprende e o professor analisa o 
que ele aprendeu, podendo interferir quando achar 
necessário.
O avaliar não é uma punição e sim um meio de 
ensinar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os instrumentos que vêm sendo utilizados, depois 
da nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 20 de 
dezembro de 1996, trouxeram ao Brasil uma nova 
forma de se olhar para a educação.
Por meio dessa lei, foram implantadas algumas 
formas de avaliação, deixando essa de ser apenas 
classificatória, meritória, passando a ser formativa, 
dialógica e mediadora. O professor passou a repen-
sar o seu trabalho.
Essas avaliações vieram para revolucionar a educa-
ção. Muitos professores foram resistentes a essas 
novas mudanças, pois não haviam percebido que 
esses meios de se avaliar os estudantes só vieram 
para melhorar a relação professor-estudante, pois 
passou a existir diálogo entre eles.
Os professores devem adotar maneiras diferentes 
de corrigir os erros dos estudantes, construindo uma 
prática adequada à realidade do estudante da escola, 
analisando suas respostas.
Quando o estudante não chega ao resultado propos-
to, não é necessário que o professor corrija imedia-
tamente, ele deve registrar, refletir, para depois criar 
situações, provocá-lo e não o conduzir à resposta, 
assim ele estará valorizando as tarefas de seus es-
tudantes, construindo seus conhecimentos.
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A avaliação não é um único instrumento, ela é re-
alizada a partir do momento em que o professor 
entra na sala de aula, é contínua, o estudante está 
em constante aprendizado e o professor sempre 
acompanhando o estudante, não o deixando sem 
compreender o conteúdo.
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SÍNTESE
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
CONTEÚDO:
 Neste módulo estão alguns tipos de avaliações pós LDB 9394/96, 
que podem ser aplicadas para uma melhor qualidade de ensino do 
aluno.
Tipos de avaliação:
  Diagnóstica;
  Dialética;
  Mediadora;
  Contínua;
  Construtiva.
 Hoje a forma de se avaliar tornou o ensino mais significativo, tanto 
para o aluno como para o professor. A avaliação é a construção do 
conhecimento, pois avalia-se o aluno não só com um único 
instrumento. A avaliação passou a ser contínua e construtiva.
 A avaliação é realizada a partir do início do ciclo de aprendizagem, 
é dialética e mediadora, o professor está preocupado com a 
aprendizagem do aluno. A relação professor-aluno é de diálogo, se 
o aluno não entendeu, o professor retoma o conteúdo dando ao 
aluno oportunidade de ele entender e dar continuidade aos estudos.
 Desta forma, há a necessidade de o professor tomar cuidado com 
o tipo de instrumento que utilizará. A avaliação é contínua e 
cumulativa. Assim, o aluno deixa de ter a ideia de que a avalição é 
para medir e passa a entender que é para ajudar a construir o seu 
conhecimento.
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
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2008.
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Melo (Org.). 2007.
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duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 2007. [Minha 
Biblioteca]
SANTOS, P. K.; GUIMARÃES, J. Avaliação da apren-
dizagem. Porto Alegre: SAGAH, 2017. [Biblioteca 
Virtual].
	INTRODUÇÃO
	AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM
	AVALIAÇÃO COMO MEDIAÇÃO
	AVALIAÇÃO FORMATIVA
	AVALIAÇÃO: QUANTIDADE OU QUALIDADE?
	AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA – TEORIA E PRÁTICA
	PRÁTICAS AVALIATIVAS
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	SÍNTESE

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