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Trauma Toracico e Avaliacao Radiologica Introducao: Aproximadamente 25% das mortes no politrauma são decorrentes de lesões na região torácica. Por mais que pareça paradoxal, a maioria dos pacientes necessita de assistência médica, mas poucos casos requerem abordagem em centro cirúrgico. Medidas como drenagem pleural e suporte clínico serão responsáveis pela resolução de cerca de 85% dos traumas do tórax. Uma vez garantida a permeabilidade das vias aéreas (sem esquecermos da proteção cervical), devemos nos certificar de que o paciente apresente trocas gasosas adequadas. Para isso, é necessário o bom funcionamento dos pulmões e a integridade da caixa torácica e do diafragma. Excluindo-se os problemas pertinentes às vias aéreas, as principais condições que podem impedir uma ventilação adequada estão associadas ao trauma torácico. Fisiopatologia: Quanto ao mecanismo, sabe-se que as lesões penetrantes acometem, na maior parte das vezes, estruturas na periferia dos pulmões, o que proporciona o surgimento de hemotórax e também pneumtórax. As lesões transfixantes que atingem o mediastino podem afetar grandes vasos, coração, pericárdio e esôfago. De forma geral, todo paciente com instabilidade hemodinâmica que possui esse tipo de comprometimento deve ser portador, até segunda ordem, de uma lesão torácica exsanguinantes, sendo indicada a toracotomia. As consequências das lesões torácicas incluem hipoxemia decorrente das alterações na relação ventilação-perfusão ou de desequilíbrios pressóricos intratorácica; hipovolemia e choque hemorrágico; e insuficiência cardíaca. O processo fisiopatológico do trauma está comumente ligado à: • Hipoxia (problema pleural ou parenquimatoso): diminuição na oferta de oxigênio • Hipercapnia: ventilação inadequada causa acúmulo de CO2 • Acidose metabólica (um dos componentes da tríade letal): hipoperfusão tecidual Avaliacao Primaria: O atendimento ao trauma torácico ocorre como em qualquer outro tipo de trauma, começando sempre pelo ABCDE. Na vida e na prova, iremos realizar o atendimento primário buscando identificar e tratar as lesões conforme a ordem de letalidade. Podemos organizar o pensamento para encaixar todas as possíveis lesões torácicas da seguinte forma: • Lesões de mortalidade imediata (geralmente na cena). Exemplos: lesões não tamponadas de grandes vasos, lesões cardíacas graves. • Lesões que identificamos na avaliação primária relacionadas à ventilação (lembrar das 4 lesões que matam e que temos que identificar no B): - Pneumotórax aberto - Pneumotórax hipertensivo - Hemotórax maciço - Lesão de traqueia ou brônquio proximal • Lesões que identificamos na avaliação primária relacionadas ao choque (entram na letra C - apesar de alguns já terem aparecido no B): - Tamponamento cardíaco - choque obstrutivo - Hemotórax maciço - choque hemorrágico - Pneumotórax hipertensivo - choque obstrutivo • Lesões que identificamos na avaliação secundária: não representam ameaça iminente à vida, mas podem evoluir mal se não identificadas e tratadas. Identificamos as seguintes patologias por meio de exame físico completo na avaliação secundária, exames de imagem, endoscopia, broncoscopia, ecocardiografia, etc. Na avaliação primária temos como ferramentas o exame físico do paciente e as medidas auxiliares à avaliação primária, que são RX tórax na sala do trauma e e-FAST. RX de Torax: Lembrando que, para fazer parte da avaliação primária, o RX tem que ser feito na sala de trauma e que não devemos aguardar o RX para identificar as lesões que matam no B. O RX ajudará no diagnóstico de pneumotórax, hemotórax maciço, hérnia diafragmática, dentre outros. E-FAST: No tórax, faremos a janela pericárdica, que avalia presença de líquido no pericárdio e possibilidade de tamponamento cardíaco. O objetivo do FAST será identificar líquido no saco pericárdico (aparece preto) e presença de tamponamento cardíaco. Além do tamponamento, podemos avaliar a presença de pneumotórax ou hemotórax por meio do USG. Lesao da Arvore Traqueobronquica: Lesões traqueais, no trauma contuso, ocorrem por mecanismo de desaceleração brusca, podendo haver secção entre um ponto fixo e um segmento móvel da árvore traqueobrônquica. Além disso, ferimentos penetrantes (e até mesmo uma intubação) podem provocar lesão de traquéia ou brônquios proximais (ou piorar uma lesão preexistente). Simplificando a situação, o paciente com lesão de traquéia ou brônquio proximal tem um buraco na árvore traqueobrônquica. Se esse buraco estiver na traqueia ou próximo à carina (ainda dentro do mediastino, e não intrapleural), o paciente terá falha ventilatória, porque vai vazar muito ar pelo buraco, e não haverá ventilação e troca alveolar suficientes. A vítima de lesão traqueobrônquica usualmente apresenta enfisema subcutâneo,hemoptise, hematoma paratraqueal e pneumotórax hipertensivo. Nessas casos, a não expansão do pulmão após a toracocentese, somada ao borbulhamento constante no frasco de drenagem, são fenômenos que devem imediatamente suspeitar da presença de lesão traqueobrônquica. O posicionamento de mais de um dreno é a conduta correta. Para ventilar e oxigenar o paciente de maneira adequada, deve-se fazer o acesso imediato à VA por meio de IOT, devendo o tubo ser posicionado em local distal à lesão traqueobrônquica. O tratamento definitivo da lesão traqueobrônquica é cirúrgico, em pacientes com deterioração clínica, a operação deve ser realizada de imediato. Já em pacientes estáveis, a cirurgia pode ser adiada até que a inflamação aguda e o edema se resolvam. Pneumotorax Hipertensivo: O pneumotórax hipertensivo desenvolve- se quando há escape de ar para o espaço pleural de tal modo que o ar se acumule ali sob pressão. Esse regime de alta pressão produz o colapso do pulmão afetado. Além disso, desloca as estruturas mediastinais, contralateralmente ao pneumotórax. Esse deslocamento provoca distorção dos vasos da base do coração, especialmente as veias cava superior e inferior. Desse modo, há redução do venoso, levando à diminuição da pré-carga e, consequentemente, da pós- carga. As consequências envolvem colapso ipsilateral do pulmão, desvio do mediastino com compressão com compressão do pulmão contralateral, insuficiência respiratória, angulação dos vasos da base (dificulta o retorno venoso e provoca turgência jugular), queda acentuada no débito cardíaco, ocasionando hipotensão e/ou choque. As manifestações clínicas envolvem dispneia importante acompanhada de redução da expansibilidade do hemitórax envolvido, som timpânico à percussão, ausência ou diminuição do MV, enfisema subcutâneo, hipotensão ou turgência jugular. O diagnóstico é clínico, o FAST pode ser usado se disponível, mas não é obrigatório. A conduta inicial é a toracocentese, melhorado imediatamente o desconforto respiratório. Esse procedimento em adultos pode ser realizado no 4º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior, já em crianças no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular. O tratamento definitivo consiste na toracostomia/drenaem em selo d’água. Caso, após drenagem eficaz, o pneumotórax hipertensivo persista, suspeitar imediatamente de lesão de VA de grosso calibre, uma vez que tal situação exige toracotomia em CC. Pneumotorax Aberto: O pneumotórax aberto acontece quando temos uma ferida grande na parede torácica, mais especificamente maior que ⅔ do diâmetro da traqueia, que altera o equilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica. O ar, que sempre tende a ir para local com menor pressão, encontra menor resistência para entrar na cavidade torácica pelo ferimento, resultando em uma ventilação não efetiva. Pensaremos nessa lesão quando o enunciado descrever uma ferida soprante na parede torácica. Quando o ar entra pelo ferimento da parede torácica, até pode haver um desvio do mediastino para o lado contralateral durante a inspiração, mas há retorno na expiração. Não vira umpneumotórax hipertensivo porque tem um “rombo” na parede torácica permitindo a saída de parte desse ar. Os sinais clínicos de pneumotórax aberto incluem: • Lesão na parede torácica, de tamanho igual ou superior a 2/3 do diâmetro da traqueia • Redução do murmúrio vesicular e da expansibilidade torácica • Hipertimpanismo • Taquipneia • Hipoxemia e outros sinais de insuficiência respiratória O tratamento imediato deve ser pré-hospitalar, ocluindo-se a ferida com curativo com aspecto quadrangular fixado em apenas 3 pontos. Essa medida permite a saída de ar da cavidade pleural com a expiração e impede a entrada de ar com a inspiração. Posteriormente, já em ambiente hospitalar, a drenagem intercostal em selo d’água é realizada, seguida do fechamento cirúrgico da ferida. Hemotorax Macico: Hemotórax é definido como a presença de sangue na cavidade pleural. Essa condição pode ser classificada como hemotórax maciço, nos casos em que o volume de sangue é superior a 1500ml, ou então quando ocupa 1/3 do volume total do tórax. Já que temos uma perda sanguínea tão importante, faz muito sentido pensar que o paciente pode evoluir com um choque hemorrágico. Nesses casos, o paciente vai apresentar murmúrio v e s i c u l a r a b o l i d o o u m u i t o d i m i n u í d o unilateralmente e som MACIÇO à percussão. Mas a jugular estará COLABADA, já que o paciente está hipovolêmico. Seu tratamento deve ser certeiro e imediato! Devemos realizar uma descompressão imediata da cavidade torácica através da famosa drenagem de tórax em selo d’água, para evacuação do sangue e melhora da ventilação, aliada ao tratamento do choque hipovolêmico (reposição volêmica adequada e controle do foco de sangramento). Os critérios para toracotomia são: Outros critérios incluem: instabilidade hemodinâmica e necessidade contínua de hemotransfusões. Tamponamento Cardiaco: O tamponamento consiste na restrição do enchimento cardíaco secundária ao acúmulo de sangue no saco pericárdico. Como o saco pericárdico é uma estrutura essencialmente fibrosa e pouco distensível, pequenas quantidades de sangue entre ele e o coração são suficientes para restringir o enchimento atrial, levando ao choque por redução da pré-carga. O tamponamento cardíaco é um evento muito mais comum em traumas penetrantes, apesar de também ocorrer em traumatismos fechados. Os ferimentos penetrantes que levantam suspeita para o tamponamento cardíaco são aqueles situados na Zona de Ziedler, cujos limites compreendem: • SUPERIOR: linha horizontal do ângulo de Louis. • INFERIOR: 10a costela. • LATERAL D: linha paraesternal direita. • LATERAL E: linha axilar anterior esquerda. Os sinais clínicos de tamponamento cardíaco são descritos por uma tríade que recebe o epônimo de tríade de Beck. A tríade é composta por: O Pulso paradoxal (queda superior a 10mmHg à inspiração) também pode estar presente nos casos de tamponamento. O pneumotórax hipertensivo pode mimetizar os sintomas do tamponamento cardíaco. Portanto, cuidado na hora da prova! O diagnóstico de tamponamento cardíaco pode ser confirmado com o FAST de janela pericárdica, com uma acurácia de até 95%. O tratamento preconizado ao momento do diagnóstico é toracotomia de emergência ou esternotomia, com a finalidade de reparar o ferimento cardíaco. A reposição volêmica pode melhorar transitoriamente o quadro de choque relacionado ao tamponamento. A pericardiocentese (ou Punção de Marfan) é uma medida terapêutica de exceção nos casos de tamponamento e deve ser aplicada apenas diante da impossibilidade de realização de toracotomia ou esternotomia de urgência. A punção deve ser realizada com cateter plástico sobre agulha (técnica de Seldinger), sob monitorização cardíaca e, se possível, guiada por ultrassom. Torax Instavel: Ocorre quando um segmento da parede torácica perde continuidade com o restante da caixa torácica. Associada por fraturas de ≥ 2 arcos costais consecutivos, sendo que cada arco costal esteja fraturado em pelo menos 2 pontos. A respiração é a consequência imediata do tórax instável. A região torácica “encolhe” durante a inspiração (vítima de pressão intrapleural negativa) e sofre um abaulamento durante a expiração. A dor provocada pelo tórax instável é intensa. O pilar do tratamento é a analgesia com opiáceos que pode ser EV, por meio de bloqueios intercostais ou epidural em casos mais graves. A imobilização com fitas adesivas está CI. Pacientes com FR > 40rpm, hipoxemia, nível de consciência rebaixado, DPOC ou lesões abdominais concomitantes devem ser imediatamente intubados e colocados com VPP. Contusao Pulmonar: É mais frequente após traumas fechados do tórax. A SDRA e a pneumonia podem complicar a CP e estão entre as principais causas de óbito. A CP possui elevada associação com fraturas de arcos costais. Na CP, o líquido e sangue do interior dos vasos rotos tomam os alvéolos, o interstício e os brônquios, produzindo hipoxemia e um quadro radiológico de consolidações localizadas em regiões do parênquima. A lesão ocasiona uma resposta inflamatória intensa, fenômeno que pode comprometer ainda mais a função respiratória e levar à inflamação sistêmica. Os achados radiológicos podem ser identificados nas fases iniciais, mas geralmente se desenvolvem ao longo de horas, evidentes somente após 24 a 48h do trauma. A TC de tórax pode também ser utilizada para a identificação da CP. A atelectasia não ultrapassa a fissuras pulmonares, enquanto a CP não é limitada por segmentos ventilatórios. A conduta inicial em pacientes com SatO2 > 90% é a administração de oxigênio e analgesia para as fraturas costais. Os pacientes devem ser monitorizados com oximetria de pulso, eletrocardiografia contínua e dosagem de gases arteriais. Os pacientes com hipoxemia significativa (PaO2 < 60mmHg e/ou SatO2 < 90%) podem requerer IOT e VM dentro da primeira hora do trauma. Avaliacao Secundaria: Agora que descartamos as lesões que matam rapidamente, temos mais tempo para prosseguir a investigação para que nenhuma lesão potencialmente ameaçadora passe despercebida. Nessa hora, além de um exame físico mais detalhado, podemos realizar exames complementares, como radiografia de tórax fora da sala do trauma, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia com contraste, endoscopia… Tudo de acordo com a necessidade do paciente (mecanismo de trauma e suspeitas diagnósticas). O exame inicial quase sempre será a tomografia de tórax com contraste, lembrando que ela pode não ver lesões de diafragma e não detalha bem lesões de esôfago e árvore traqueobrônquica (só veremos os sinais indiretos, pneumomediastino, enfisema, pneumotórax; mas, em geral, não conseguimos identificar o local da lesão). Toracotomia: A toracotomia de emergência é quando o paciente ainda está com vida e há uma lesão direta intratorácica, ocasionando sangramento. Deve ser feita a abertura da cavidade torácica para se identificar e tratar a lesão sangrante. As indicações de toracotomia de emergência são: - Hemotórax maciço, com drenagem imediata de 1500mL ou mais ou saída de 200mL/h nas primeiras duas horas a quatro horas iniciais; - Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco; - Feridas da caixa torácica de grandes dimensões; - Lesões de vasos nobres no tórax na presença de instabilidade hemodinâmica; - Lesões traqueobrônquicas extensas; - Evidência de perfuração esofagiana. A toracotomia de reanimação é quando o paciente tem uma PCR no trauma, e está indicado realizar a abertura da cavidade torácica para massagem cardíaca e, se possível, também identificar as lesões presentes que ocasionaram essa PCR. As indicações são: - Paciente em PCR, com ferimento torácico; - Principalmente ferimento penetrante; - Em pacientes com sinais de vida previamente à PCR. Drenagem de Torax: A drenagem torácica no trauma é feita no 5° espaço intercostal, entre as linhas axilar anterior e média. Lembrar sempre de drenar,furar, cutucar somente na borda superior da costela, porque o feixe vascular passa embaixo de cada arco costal. Vamos, então, ver bem certinho a respeito das etapas do tratamento em caso de pneumotórax hipertensivo: 1. Descompressão imediata com abocath calibroso ou toracostomia digital, no 5º espaço intercostal (EIC), entre linha axilar anterior e média. PRONTO! Fazendo isso, você tira o paciente de emergência. Porém, ainda há a necessidade de drenagem torácica; 2. Drenagem torácica fechada sob selo d’água. Passo a passo da drenagem de tórax: A. Posicione paciente em decúbito dorsal, com membro superior do lado afetado estendido acima do ombro; B. Identifique o local a ser incisado - 5 ao 6º EIC - entre a linha axilar anterior e média. Dica: use como referência o mamilo, geralmente seguindo uma linha reta até as linhas axilares anterior e média, cai no local bem certinho para a drenagem; C. Realize antissepsia local vigorosa para evitar infecções futuras; D. Coloque os campos estéreis em cima do paciente; E. Faça um botão anestésico na pele no local da incisão. Após, progrida a agulha no rebordo superior da costela, aspirando e injetando anestésico local. (Muitas vezes, já cai no espaço pleural, pois aspira o ar do pneumotórax na seringa.) Recue e anestesie o trajeto; F. Aproveite e arrume seu dreno, para a anestesia fazer efeito, com alguém colocando 500 mL de água purificada estéril no frasco. Prepare os materiais e fio para fixação. Faça medição do dreno - posicione em esterno até o local da incisão - a distância em cm é, em média, o comprimento de dreno a ser alocado dentro da cavidade torácica; G. Faça uma incisão seguindo o rebordo costal, de um tamanho que consiga passar o dreno desejado, apenas na pele até aparecer o subcutâneo; H. Com uma pinça hemostática curva (Kelly), disseque o subcutâneo até acessar a pleura; após isso, mantenha a pinça fechada posicionada a 90º da pele, entre os espaços intercostais dissecados, e faça pressão até ouvir estalo da pleura parietal sendo perfurada e a pinça ser introduzida na cavidade pleural; I. Abra a pinça, recuando com ela aberta, a fim de aumentar o diâmetro do trajeto na parede torácica, permitindo a passagem do dreno selecionado; J. Pegue a ponta do dreno com a Kelly, insira perpendicularmente no local incisado e, depois, o direcione posteriormente e cranialmente. O dreno de tórax é fenestrado, e não pode haver fenestras para fora; K. Acople o dreno em um sistema de drenagem fechado, que deve estar abaixo do nível do paciente. Caso tenha fuga aérea (bolhas de ar borbulhando pelo sistema de água) e oscilação da coluna de água, você está no lugar certo; L. Fixe dreno com fio vicryl (ou Ethibond) 1.0, com ponto em U na pele e, posteriormente, faça uma “bailarina” com o fio restante ao redor do dreno; M. Curativo. Logo após a drenagem imediata, como vamos saber se o dreno está no espaço pleural? Tenham em mente que, ao drenar um pneumotórax hipertensivo, deve sair muito (mas muito) ar do espaço pleural. E isso faz com que haja bastante borbulhamento do nosso sistema fechado em selo d’água (fenômeno também conhecido como ‘’fuga aérea’’). Ciladas: Pneumotórax simples pode virar pneumotórax hipertensivo, principalmente se o paciente for submetido à ventilação com pressão positiva; - HEMOTÓRAX COAGULADO OU RETIDO: não tem indicação de toracotomia; - LESÃO DIAFRAGMÁTICA: diagnóstico muito difícil; muitas vezes o diagnóstico é feito por TC ou é um achado de cirurgia; - LESÃO DE AORTA: paciente chega estável na emergência; se não fizer diagnóstico, paciente vai terminar de romper a aorta em casa; principal suspeita de ruptura de aorta é o alargamento do mediastino no RX; - N U N C A: subestimar as fraturas de costela ou contusão pulmonar; normalmente em até 72 horas a contusão pulmonar triplica de tamanho à comprometimento pleural (parenquimatoso) muito grande e gigantesca probabilidade de hipóxia; - I D O S O : função pulmonar comprometida; ser mais agressivo no tratamento das lesões torácicas. Referencias Bibliograficas: • NAEMT. PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 8a edição • MedCoffee 2022 - Trauma Torácico • EstratégiaMed 2024 - Trauma Torácico • Apostila Cirurgia MedCurso 2024 - Volume 1: Trauma • Resumos da Med • Apostila Semiextensivo SP Medway 2024
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