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4-endodontia-i-ii-e-iii----66-90

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Licenciado para - Rogério Macedo Araújo - Protegido por Eduzz.com
Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Obturação do Canal Radicular - 
@Resumodontologia Página 1 
 
Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) - 5º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 - Obturação do Canal Radicular 
 Obturação: 
 É o preenchimento, tridimensional (preencher todo o sistema de canais 
radiculares) e hermético (o mais selado possível), do sistema de canais 
radiculares de canais radiculares por um material inerte (que não cause 
irritação, que não seja agressivo aos tecidos periapicais) ou material que 
estimule a reparação (quando se tem destruição por conta de uma lesão 
periapical, essa região periapical vai ser reparada). 
 
 Em alguns casos serão utilizados uma medicação intracanal radicular antes de 
obturar esse canal. Por exemplo, um paciente que chega com uma fístula, 
com um edema, é sabido que esse canal está todo contaminado, está com 
necrose pulpar, está cheio de bactérias dentro desse canal, então deverá ser 
feita a instrumentação, vai lavar com a solução irrigadora que vai eliminar 
grande parte das bactérias, só que esses dois procedimentos citados 
anteriormente não conseguem eliminar todas as bactérias, então entra-se 
com uma medicação intracanal, não elimina tudo, mas consegue diminuir 
muito a quantidade de bactérias. Após todos os procedimentos, marca-se o retorno do paciente para analisar 
se o quadro está melhor para ser obturado ou não. Então basicamente precisa-se alegar o paciente para 
saber se o mesmo tem sinais e sintomas, para saber se vai realizar a obturação ou não. 
 
 
 
 Momento ideal da obturação: 
 Preparo biomecânico/químicomecânico completo  é a instrumentação e a irrigação; 
 O paciente deve apresentar ausência de sintomatologia dolorosa  Se o paciente apresentar dor a 
apalpação, dor a percussão, ou quando mastiga dói, isso pode indicar que ainda há presença de infecção 
dentro do canal radicular, então o ideal é limpar novamente, colocar uma nova medicação, até melhorar 
o quadro. 
 Ausência de exsudato (canal seco); 
 Sem um canal seco, o material obturador não vai aderir; 
 Ausência de edema; 
 Ausência de odor. 
 
 
 
 
 Limite apical da obturação: 
 Limite CDC; 
 Na mesma medida do CRT; 
 1,0 mm aquém do forame apical; 
 
 
 
 
 
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 Materiais Obturadores: 
 
 
 
 
 
 
 
 Basicamente o que será utilizado para obturar o canal radicular vão ser os cones de Gutta-Percha e o 
cimento obturador; 
 Utiliza-se Cones de Gutta-Percha e precisa-se selar o canal de maneira tridimensional com o cimento 
endodôntico 
 Cones de GP + Cimento Obturador = obturação do canal ;
 Precisa-se utilizar o máximo de cones de Gutta-Percha que se conseguir, e o espaço que não for 
preenchido pelos cones o cimento tem que escoar e preencher; 
 Requisitos de um material obturador ideal: 
 Propriedades físico-químicas: 
1. O material deve ser plástico no momento de inserção, tornando-se sólido posteriormente; 
2. Propiciar bom tempo de trabalho e de presa  LENTO, logo a presa não deve ser rápida. Se for 
fazer uma prótese para o dente, precisa-se esperar o cimento endurecer, e deve-se esperar no 
mínimo 24 horas; 
3. Ser radiopaco e de fácil remoção  Tanto a Gutta-Percha e o cimento têm radiopacidade. Em 
relação à fácil remoção, está relacionado com o sucesso ou não do tratamento, caso o 
tratamento tenha um insucesso, o material de fácil remoção é melhor. Logo, nesses casos de 
insucesso precisa-se refazer todo o tratamento, precisa-se tirar todo o material, para limpar 
novamente, colocar uma medicação, e obturar novamente. 
4. Possuir bom escoamento e aderência  O cimento deve possuir esse bom escoamento e essa 
boa aderência. A Gutta-Percha não tem nenhuma dessas duas características; 
5. Não deve ser solubilizado no interior do canal radicular  O cimento é solubilizado no interior do 
canal, com uma infiltração, e geralmente tem uma infiltração mínima. 
OBS.: A quantidade de cimento deve ser mínima, a quantidade maior deve ser com os cones de Gutta-Percha 
 Propriedades biológicas: 
1. Boa tolerância tecidual  Não deve ser irritante, deve ter uma biocompatibilidade; 
2. Ser reabsorvido no periápice quando extravasado  O ideal é que o cimento seja reabsorvido 
quando extravasado. Vai-se fazer a obturação no limite CDC, e o batente apical é feito justamente 
para tentar limitar esse material obturador, só que às vezes, aquele paciente tem um forame 
muito amplo, aí foi lá, limpou, fez a patência foraminal, e sem querer o cimento escoa, então vai 
acompanhar o paciente para ver se o cimento vai ser reabsorvido. Nessa situação, passa-se uma 
medicação anti-inflamatória, pois provavelmente o paciente vai sentir um pouco de dor. 
3. Estimular ou permitir a deposição do tecido mineralizado a nível foraminal; 
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4. Ter ação antimicrobiana  Essa ação é um pouco controvérsia, pois toda substância que tem a 
capacidade de matar bactérias, também vai ter capacidade de atingir as células vivas do 
ligamento periodontal, logo vai ser irritante. Logo, se o cimento endodôntico tiver uma 
capacidade antimicrobiana, ele também vai ser irritante. 
OBS.: Deve-se evitar extravasar cimento endodôntico para região periapical, se não vai ocorrer um processo 
inflamatório, transitório para aquela região, logo as células de defesa vão tentar reagir à situação. 
OBS.: Se extravasar cimento endodôntico, deve-se fazer um acompanhamento, pois o próprio organismo consegue 
reabsorver aquele cimento com o passar dos anos. 
OBS.: O material obturador precisa ser inerte ou estimular a deposição de tecido mineralizado, se possível. A Gutta-
Percha é inerte, como se fosse uma borracha, ela não vai ser irritante nem vai estimular a devolução de tecido 
mineralizado para reparação. Entretanto alguns cimentos endodônticos tem a capacidade de estimular a deposição 
de tecido mineralizado, como por exemplo, cimentos que tem hidróxido de cálcio. O hidróxido de cálcio quando está 
em contato com algumas células, como por exemplo, odontoblastos, osteoblasto, cementoblastos, o hidróxido de 
cálcio vai ter a capacidade de chegar nessas células e estimular aquelas células a formar tecido mineralizado. Logo, 
por exemplo, o cimento de hidróxido de cálcio está por exemplo no nível do limite CDC, e ele estimula o osso que 
teve reabsorção óssea e lesão periapical a ser novamente formado. O maior estímulo não é do cimento, o maior 
estímulo é retirar as bactérias e o próprio organismo com o processo de remodelação óssea, vai formar um novo 
osso. Só que o cimento a base de hidróxido de cálcio vai “pegar” os cementoblastos que estão no ligamento 
periodontal e estimular eles a formarem cemento, que vai vedar o forame, então é o que se chama de SELAMENTO 
BIOLÓGICO, então o próprio cimento a base de hidróxido de cálcio, vai estimular esses cementoblastos que vão 
vedar esse forame, e isso é bom, pois vai isolar o próprio canal radicular de fluidos que pode vir pelo forame apical, 
então se o cemento tiver essa capacidade de estimular a deposição de tecido mineralizado, isso é uma boa 
característica. 
 
 
 Gutta-Percha: 
 Toda Gutta-Percha é derivada do Látex; 
 É feita de um isômero da borracha; 
 Vai-se preencher o canal com o máximo de Gutta-
Percha possível, e o cimento vai ser usado em 
conjunto somente para complementar o espaço que a Gutta-Percha não preenche, porque, o 
cimento não tem a estabilidade que a Gutta-Percha tem, ele é solubilizado.O cimento vai ficar o 
mínimo. 
 Vantagens: 
 Não mancha a estrutura dental  A Gutta-Percha não vai ter aderência à parede do canal, 
então ela não vai manchar o dente, só que se deixar a Gutta-Percha na câmara pulpar, o dente 
vai ficar mais escuro, então deve-se deixar a obturação ao nível da embocadura ou abaixo, tira 
todo o material da câmara pulpar, porque se não pode aparecer. Já o cimento endodôntico, se 
ficar grudado na câmara pulpar, ele mancha, e o dente fica meio acinzentado. 
 Apresenta certa plasticidade; 
 Não é solubilizada pelos fluidos orgânicos; 
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 Facilidade de remoção, por tração ou por meio de solventes  Para tirar os cones de Gutta-
Percha utiliza-se limas, brocas de Gates ou existe um solvente que quando coloca no canal 
derrete a Gutta-Percha e vai removendo depois. 
 É estável  Logo a borracha ao longo do tempo não vai deteriorar, solubilizar, é um material 
estável, logo o material pode ser permanente dentro do canal. 
 
 Desvantagens: 
 Não se adapta às irregularidades do canal, necessitando que um cimento obturador seja 
associado; 
 A Gutta-Percha não exibe adesão à estrutura dental e não apresenta bom selamento 
 
 Cones principais: 
 Tem o mesmo calibre da lima memória (instrumento final), 
que vai se encaixar certinho no batente apical; 
 Deve-se colocar apenas 1 cone principal em cada canal, os 
demais espaços vazios preenche-se com cone acessório; 
 1ª Série; 
 
 2ª Série; 
 
 
 
 
 
 
 Cones Acessórios: 
 São mais finos; 
 Coloca-se vários, até preencher os espaços, pois deve-se 
preencher o máximo de espaço possível com os cones de 
Gutta-Percha. 
 
 
 
 
 
 Cimento endodôntico: 
 Ocupar os espaços entre a guta-percha e as paredes do canal; 
 Ocupar os espaços entre os cones de guta-percha; 
 O cimento vai penetrar as ramificações  canais radiculares; 
 Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol; 
 Cimentos à base de resina epóxicas (é um pouco diferente 
das conhecidas, de monômeros); 
 Cimentos contendo hidróxido de cálcio; 
 Cimentos à base de silicona; 
 Cimentos à base de ionômero de vidro (tem ionômero na composição); 
 Cimentos à base de MTA  Material mais avançado. 
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1. Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol 
 Endofill (CIMENTO ENDODÔNTICO CEMENTO ENDODÓNTICO) 
o Pó; (12g) – Óxido de Zinco; 
o Líquido (10 ml) – Eugenol; 
 Obs.: O eugenol tem uma desvantagem, ele é 
tóxico. 
 Apresenta poder antimicrobiano; 
 Não é o cimento de primeira escolha pois ele 
apresenta citotoxidade, ele tem um poder 
antimicrobiano, mas é irritante; 
 Citotoxidade; 
 Sua biocompatibilidade não é favorável, 
induzindo à formação de infiltrado inflamatório 
crônico (eugenol livre); 
 Cimento tipo Grosma  Cimento a base de óxido de zinco e eugenol; 
 Tem o custo mais baixo. 
 
2. Cimentos à base de resina epóxicas: 
 Cimento AH Plus; 
o Excelente radiopacidade; 
o Excelente escoamento; 
o Boa biocompatibilidade; 
o Solubilidade é menor; 
o É mais estável; 
o É caro, mas rende; 
o Padrão Ouro. 
 Cimento Pasta-Pasta; 
o Coloca-se duas tiras de pasta do mesmo tamanho e mistura-se. 
 
3. Cimentos com Hidróxido de Cálcio: 
 Cimento Sealer 26; 
o Cimento Endodôntico com Hidróxido de Cálcio 
o Pó  Contém na sua composição o hidróxido de 
cálcio; 
o Líquido  Contém na sua composição a resina 
epóxicas. 
o Valor intermediário 
o Caraterísticas: 
 Muito bem tolerado pelos tecidos 
periapicais, logo não é irritante; 
 Alto índice de selamentos biológicos. 
OBS.: Quando o cimento endodôntico for oriundo de um pó e líquido, vai-se manipular de uma maneira que fique 
com a consistência de “ponto de fio”. 
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Clínica Odontológica 2 (Endodontia 2) – 6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Diagnóstico em Endodontia - 
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Clínica Odontológica 2 (Endodontia 2) 
6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 - 
Diagnóstico em Endodontia 
 Objetivo: 
 Obter estratégias técnicas para 
estabelecer o correto diagnóstico do 
paciente e através desse diagnóstico a 
instituição do plano de tratamento 
endodôntico, assegurando assim um 
prognóstico* mais previsível para o 
determinado caso; 
* O que vem após o tratamento; 
 Se houver algum erro ao fechar o 
diagnóstico ou houver dúvidas, haverá 
um plano de tratamento errado, 
influenciando diretamente no 
tratamento como um todo. 
 
 
 Nessa radiografia panorâmica é possível 
notar que todos os dentes foram 
tratados endodônticamente; 
 Dor de origem não odontogênica; 
 O paciente tinha histórico de dor 
dentária, mas a causa da dor não eram 
os dentes, o paciente tinha uma 
alteração neurológica, e tinha uma dor 
difusa refletida para dente; 
 
 Diagnose (Diagnóstico): 
 A arte de identificar uma doença a 
partir dos seus sinais e sintomas (Aurélio). 
 Quais sinais característicos que o 
paciente pode apresentar que será 
importante para o fechamento do 
diagnóstico, e o sintomas que será 
observado através da queixa do 
paciente, na anamnese, no 
preenchimento do prontuário; 
 O diagnóstico é mais difícil para ser 
fechado; 
 Em casos onde há duvida sobre o 
diagnóstico, o diagnóstico está 
inconclusivo, logo não pode instituir o 
plano de tratamento; 
 Ao fechar o diagnóstico institui o plano 
de tratamento; 
 Quando o diagnóstico é inconclusivo, 
encaminha o paciente para algum 
colega mais experiente ou especialista 
na área de estudo; 
 O diagnóstico em ENDODONTIA tem 
sido considerado uma verdadeira 
montagem das peças de um jogo de 
“quebra-cabeça”, já que ele não pode 
ser obtido de uma única informação 
isolada; 
 
 Diagnóstico: 
 
 
 A paciente acima apresenta assimetria 
facial, e ela pode ser causada por 
uma série de fatores, para chegar ao 
diagnóstico deve-se fazer toda uma 
anamnese, avaliação do paciente, 
toda uma investigação, tanto extra-
oral, como intra-oral 
 
 A arte e a ciência do diagnostico: 
 Sintomas (Anamnese); 
 Sinais (Exame clínico) 
 Testes de sensibilidade pulpar/exames 
radiográficos e complementares; 
 Bom senso  Estudar, ter conhecimento, 
segurança, não fazer tratamento sem 
um correto diagnóstico; 
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Clínica Odontológica 2 (Endodontia 2) – 6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Diagnóstico em Endodontia - 
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 Diagnóstico: 
 Avaliação completa do paciente 
 
 História Médica: 
 De fundamental importância para a 
segurança no tratamento endodôntico; 
 Como se sabe o tratamento 
endodôntico é um tratamento cirúrgico, 
vai abrir o dente, entrar com uma lima, 
vai até o final do forame, vai remover 
tecido pulpar inflamado, tecido pulpar 
infectado, necrótico, logo o tratamento 
endodôntico é invasivo, logo precisa-se 
de segurança; 
 A partir da história médica dos 
pacientes que vão se ter as: 
 Contra indicações formais e 
relativas; 
1. Contra Indicação Formal: é 
proibido, está contra 
indicado; 
2. Contra Indicação Relativa: vai 
depender do caso, da 
situação, tem determinadas 
situações que pode-se 
atender aquele paciente, e 
tem outras situações que não 
pode-se atender o paciente. 
 Alguns pacientes necessitam profilaxia 
antibiótica antes da intervenção 
endodôntica os casos que necessitam 
dessa profilaxia antibiótica para evitar 
assima endocardite bacteriana são: 
 Distúrbios cardíacos; 
 Endócrinas (Ex.: Diabetes) 
 Imunológicas como o HIV 
 Prontuário odontológico bem 
preenchido com autorização do 
paciente, antes de iniciar a terapia 
endodôntica; 
 A relação médico x dentista e relatório 
médico quando necessário anexado ao 
prontuário do paciente. 
 
 
 
 
 Técnica de diagnóstico: 
 Anamnese (exame subjetivo); 
 Exame físico (exame objetivo); 
 Exames complementares. 
 
 História Dental: 
 Dados Subjetivos: 
 Exame subjetivo  ANAMNESE: 
 Queixa principal, história médica 
e odontológica; 
 O calor, o frio, o ato de mastigar 
provocam dor? 
 Muitas vezes quando o paciente 
está com dor, ele já chega 
falando sobre a dor; 
 A dor pode ser provocada ou 
espontânea? 
 A dor é aliviada pelo frio? 
 Consegue localizar a dor? 
 Se apresenta contínua ou 
intermitente? 
 Se retirado o estímulo a dor cessa 
ou persiste por algum tempo? 
 A dor é do tipo aguda, pulsátil ou 
lancinante (dor insuportável, 
muito forte)? 
 
 
A: Algógeno  Dente causador da dor; 
B: Sinálgico  Dente que recebe/reflete a 
dor. 
 
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Clínica Odontológica 2 (Endodontia 2) – 6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Diagnóstico em Endodontia - 
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Obs.: Se o dente SINÁLGICO for tratado, o 
paciente continua sentido dor, pois o que 
está causando a dor é o dente ALGÓGENO. 
 
 Dados Objetivos: 
 Exame objetivo  exame clínico do 
paciente endodôntico; 
 
- Elementos de diagnóstico - 
 Inspeção; 
 Palpação; 
 Percussão; 
 Térmico: 
 Frio; 
 Calor; 
 Elétrico; 
 Rastreamento 
 Exame radiográfico; 
 Teste de anestesia; 
 Teste de cavidade; 
 Transiluminação; 
 Mobilidade; 
 Exploração cirúrgica; 
 
 Sondagem Periodontal 
 A sondagem periodontal faz parte do 
diagnóstico em endodontia; 
 Todas as vezes que se for fechar um 
diagnóstico em endodontia vai utilizar 
a sonda periodontal, sondando 3 sítios 
na vestibular e 3 sítios na 
lingual/palatina; 
 
 Mobilidade: 
 Avalia o grau de envolvimento dos 
tecidos de sustentação, logo está 
associado aos tecidos de 
sustentação; 
 Vai analisar qual a origem: 
 Origem endodôntica; 
 Origem periodontal; 
 Pode ser as duas origens, como 
também pode ser apenas uma 
origem. 
 
- ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO – 
1. Teste de vitalidade pulpar: 
 É feito com oxímetro e com o laser 
Doppler 
 
 
TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR 
2. Inspeção: 
 É observar, visualizar; 
 Vai ser feita em dois momentos, 
de duas formas, uma extra-oral 
e outra intra-oral 
2.1 Extra oral: 
 Visualizar a simetria da face do 
paciente; 
Algógeno Sinálgico 
Incisivos superiores Região frontal 
Segundo e terceiro 
molar 
Base da mandíbula 
(abaixo dos molares 
inferiores) 
Molar Inferior e 
Segundo e Terceiro 
Molar 
(eventualmente) 
Ouvido 
Segundo Pré-Molar e 
Primeiro e Segundo 
Molar Inferior 
Ramo da 
Mandíbula 
Terceiro Molar Inferior Ouvido e área 
superior da laringe 
Canino superior Pré-molar superior 
Pré-Molar Inferior e 
Canino Superior 
Molares Superiores 
Canino e Pré-Molar 
Superiores 
Primeiro e Segundo 
Molar Inferior 
Pré-Molar Inferior 
Primeiro Pré-Molar 
inferior 
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 Observar se o paciente tem alguma 
assimetria, algum edema, alguma 
tumefação; 
 Fazer a palpação dos linfonodos; 
2.2 Intra-oral: 
 Exame clínico; 
 Inspeção dentária; 
 Exame físico; 
 Analisar coloração; 
 
3. Palpação: 
 Dedos utilizados: indicador, indicador 
e médio ou também com o auxílio do 
polegar, apalpa-se a região da face 
que será examinada; 
 Deve ser 
realizado 
bilateralmente, 
para que assim 
possa perceber 
se há diferenças 
entre os lados 
direito e 
esquerdo do paciente; 
 Palpação apical: 
 Consiste em tatear a região apical 
do elemento dentário examinado, 
fazendo-o delicadamente com a 
ponta do dedo indicador, 
verificando-se assim, se há alguma 
resposta dolorosa ou, pelo tato, a 
presença de alterações 
patológicas de sua forma; 
 Se der positivo (+) a palpação  
Provavelmente o paciente tem 
alguma alteração periapical. O 
paciente só vai levantar a mão para 
dar sinal positivo de dor, se a dor for 
muito dolorosa; 
3.1. Por Vestibular; 
3.2. Por Palatino ou Lingual; 
 Exemplos de respostas à palpação 
apical de interesse endodôntico: 
 Edema Periapical; 
 Aumento de volume apical 
endurecido; 
 Perda de continuidade na 
integridade do osso 
 
 
 
4. Percussão: 
 Vai ser realizado dois tipos de 
percussão: vertical e horizontal; 
 Teste primário; 
 Utiliza-se o cabo do espelho; 
 Existem situações onde o 
paciente já relata muita dor ao 
tocar o dente, então a 
percussão deve ser feita com o 
dedo; 
 Deixar o dente suspeito por 
último (colocar um * nesse 
dente), fazendo os testes nos 
dentes vizinhos; 
 Se ao der a batida no dente 
com o cabo, o paciente sentir 
dolorido (sentir dor), o mesmo 
deve levantar a mão, dando 
assim um sinal (+) positivo; 
 Deve-se dar 3 batidas; 
 Se a dor for muito intensa 
coloca-se (positivo positivo + +); 
 Em casos de extrema 
sensibilidade utiliza-se o dedo; 
 Normalmente (não é regra) 
quando o paciente relata dor à 
percussão vertical, positiva, o 
paciente apresenta problemas 
periapicais/endodônticos; 
 Normalmente (não é regra) 
quando relata dor à percussão 
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horizontal, positiva, o paciente 
apresenta problemas 
periodontais. 
 
4.1. Percussão Vertical: cabo do 
espelho está paralelo ao longo eixo 
do dente; 
4.2. Percussão Horizontal: cabo do 
espelho está perpendicular ao longo 
eixo do dente. 
 
 
5. Térmico: 
5.1 Frio; 
 Tem-se dois tipos de gases para 
teste térmico frio: Endo-Frost, 
Endo Ice; 
 Coloca-se o isolamento relativo; 
 Seca-se a superfície do dente; 
 Utiliza-se o “contonenete” – haste 
flexível com algodão na ponta, 
ou bolinha de algodão; 
 Vai-se fazer esse teste onde tem-
se estrutura dentária (esmalte e 
dentina); 
 Normalmente feita na face 
central vestibular do dente; 
 Se tiver resina não é ideal fazer o 
teste na resina, pois a resina é um 
isolante térmico; 
 Deixa-se de 5 a 10 segundos o 
teste frio (estímulo) ou até o 
paciente sentir, se for antes de 5 
segundo, tira-se já o teste frio 
(estímulo); 
 O paciente deve ficar com a 
mão levantada até o momento 
que continuar sentindo o estímulo 
físico do frio; 
 
 
5.2 Calor: 
 Fazer o isolamento relativo; 
 Secar o dente; 
 Coloca-se o teste de 15 a 20 segundos, 
pois as terminações nervosas da polpa 
que respondem ao calor estão mais 
profundamente localizada na 
cavidade na pulpar, logo precisa-se 
de um estímulo maior; 
 Se até os 20 segundo o paciente 
levantar a mão, deu positivo, tira-se o 
bastão do dente, se passou dos 20 
segundos tira o bastão do dente, deu 
negativo; 
 Feito com um bastão de guta-percha. 
Coloca-se ele no maçarico (fogo), na 
ponta da chama azul, por 4 segundos; 
 Vai plastificar o bastão de guta-percha 
e coloca-se no dente 
 Passa com o auxilio da sonda a 
vaselina no local onde vai ser feito o 
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teste, antes de colocar o bastão de 
guta-percha, pois depois que a guta-
percha esfria, pode ficar aderida aodente; 
 Só vai fazer o calor se o frio der 
negativo; 
6. Elétrico 
 Isolamento relativo; 
 Seca o dente; 
 Deixa o dente suspeito por último; 
 Fazer onde tem estrutura dentária 
(esmalte e dentina), e não restauração; 
 Utiliza um aparelho (Pulp Tester); 
 Lubrifica a ponta do aparelho com 
creme dental, flúor ou pasta profilática; 
 São aplicadas no dente do paciente 
micro correntes elétricas; 
 O aparelho vai de 0 até 80 a escala 
digital; 
 O profissional está de luva, e o paciente 
sempre deve segurar na caneta, para 
que assim feche o circuito, já que a luva 
é um isolante elétrico, então se só o 
cirurgião-dentista segura, e o paciente 
não segura, a corrente não vai passar 
para o dente, dando um falso-negativo; 
 Respostas dos dentes: 
 Incisivos: +/- 25-35; 
 Pré-Molares: +/- 35-45; 
 Molares: +/- 40-55. 
 
 Quando o paciente sentir uma 
“fisgada” um repuxão, o mesmo deve 
tirar a mão do aparelho. Quando ele 
tira a mão do aparelho a numeração 
do aparelho para, e vai lá e anota-se; 
 O elétrico é feito quando o teste 
térmico (frio e calor) derem negativo; 
 Se chegar até o 80 e o paciente não 
sentir nada, vai ser negativo; 
 
 Limitações dos testes de sensibilidade 
pulpar 
 Dentes recém-traumatizados 
o Se um paciente relata que ele teve 
um traumatismo dentário há uma 
semana, quinze dias ou até 1 mês, 
esse dente tem pouco tempo que 
sofreu um trauma, então não 
confia-se plenamente nos testes de 
sensibilidade pulpar, pois o paciente 
pode não responder e dar tudo 
negativo, sendo um falso negativo. 
Então dentes recém traumatizados, 
podem chegar até 6 meses, 8 meses 
e responder após o trauma; 
 Dentes multirradiculares: 
o Pois pode ser que alguma raiz esteja 
com necrose enquanto outra raiz 
está com vitalidade, sendo do 
mesmo dente, ao fazer o teste de 
sensibilidade tem-se sinal positivo, 
teoricamente positivo está normal, 
porém uma das raízes está com 
necrose, e isso não é normal; 
 Sensação dolorosa por parte do 
paciente: 
o Às vezes o paciente está com medo 
de sentir dor, e qualquer sinal ele 
levanta a mão com medo, tendo 
assim um falso positivo; 
 Pacientes que utilizam drogas, álcool, 
analgésicos e sedativos: 
o Alguns medicamentos mais fortes 
podem mascarar a resposta, então 
pode dar negativo, não sentir nada 
e a polpa está viva, por conta da 
medicação; 
o Em casos como esses onde está 
utilizando esses medicamentos mais 
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fortes, faz-se os testes normais, mas 
tem-se dúvida no diagnóstico, 
então deve-se esperar o paciente 
terminar a medicação e vai repetir 
os testes para saber se vai ter 
alguma diferença ou não; 
 
 Crianças menores de 08 anos: 
o Não se faz teste de sensibilidade, 
pois não tem como precisar a 
informação que aquela criança 
sente; 
 Contra indicado para pacientes 
portadores de marca passo cardíaco 
o Ao se referir ao teste elétrico 
 
Testes de Sensibilidade Pulpar 
Dente Palpação Percussão Frio Calor Elétrico 
11 V: 
P 
V: 
H: 
+ 25 
12 V: 
P 
V: 
H: 
- - - (80) 
21 V: 
P: 
V: 
H: 
+ 
 
OBS.: Percussão e palpação quando dá 
negativo, é normal, quando dá positivo está 
alterado, nos outros testes de sensibilidade é 
o contrário. 
Fim dos Testes de Sensibilidade Pulpar 
7. Teste da anestesia: 
 Só faz esse teste quando o paciente 
apresenta dor difusa ou reflexa, mas o 
paciente tem que sentir dor no 
momento da consulta, no momento 
que se for fazer o teste; 
 Quando o paciente fala que sente 
dor e não consegue identificar o 
dente, ou então quando fala que 
sente dor em uma determinada 
região, então vai fazer todos os testes 
e ainda sente dúvida no diagnóstico 
de qual dente está causando a dor, 
se o paciente sentir dor no momento 
em que se está fazendo o teste, pode-
se lançar mão do teste de anestesia; 
 Os autores indicam fazer uma 
anestesia infiltrativa ou anestesia 
intraligamentar na região suspeita 
após os testes subsequentes. 
Lopes E Siqueira Jr. (2010) 
 A intraligamentar é melhor, pois a 
Infiltrativa pode dar erro; 
 Exemplo.: Um paciente sente dor 
difusa na região direita inferior e está 
na dúvida se é no dente 45 ou 44, 
ainda não conseguiu fechar o 
diagnóstico, como está com dúvida, 
por exemplo ao dá uma anestesia 
Infiltrativa, nada garante que o 
anestésico não passe de uma região 
para a outra no caso entres os dentes 
44 e 45, logo, normalmente se dá uma 
anestesia intraligamentar pois ela é 
mais localizada, só que essa 
intraligamentar é mais leve, não é tão 
profunda; 
Vai-se introduzir um pedaço do bisel 
da agulha 1 mm, e vai aplicar 0,1 ml – 
0,2 ml do anestésico, na vestibular e 
na lingual; 
Se o dente que aplicou a anestesia foi 
o dente 45 e fosse nele que estava 
sentindo a dor, naquele momento a 
dor vai passar; 
 
 
8. Teste de cavidade: 
 Último recurso a ser utilizado; 
 Caráter invasivo  Utiliza-se curetas 
dentinárias e/ou brocas esféricas 
novas, sem anestesia, para ver se o 
paciente responde ou não; 
 Vai ser utilizado em casos de 
dúvidas, onde foram feitos todos os 
testes e deram negativo, e se tem 
dúvida; 
 Confirmaçõo em casos de dúvidas 
no levantamento diagnóstico. 
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9. Rastreamento (Fistulografia) 
 Indicado em casos onde há fístula, 
logo, sempre que houver fístula vai 
ser utilizado o rastreamento; 
 Vai utilizar o cone de guta-percha; 
 Geralmente pega-se o cone de 
guta-percha mais calibroso (ex.: 
40/45); 
 O cone de guta-percha indicará 
através do exame radiográfico o 
trajeto fistuloso; 
 Logo vai-se introduzir o cone de 
guta-percha na fístula, até onde 
houver resistência e radiografa, 
vendo na radiografia o correto 
trajeto do cone, para onde ele 
está indo, qual a causa desse 
abcesso; 
 A fístula pode ser de origem 
endodôntico ou de origem 
periodontal; 
 
 
10. Transluminação: 
 Utilização de um feixe de luz (fibra 
óptica); 
 Pode ser feito com o próprio LED que 
se utiliza na dentística, que é a LUZ de 
LED onde vai se utilizar uma fibra 
óptica; 
 Identificação de fissuras, fraturas 
coronárias, perfurações de assoalho 
da câmara pulpar, localização de 
entrada de canais radiculares, cáries. 
 
 
11. Exploração cirúrgica: 
 Se o profissional está com dúvida e o 
paciente tem fístula persistente, já é 
tratado endodônticamente... Hoje 
com o advento da tomografia está-se 
fazendo cada vez menos exploração 
cirúrgica, pois pede-se a tomografia e 
ela é tridimensional e assim consegue 
visualizar o problema. 
 
12. Exame radiográfico: 
 Dentro de endodontia precisa-se do 
exame radiográfico sempre, não tem 
como fazer um canal sem radiografia; 
 Primeiro faz todos os testes clínicos, 
depois que vai para a parte 
radiográfica; 
1.2.1 Radiografia Convencional 
1.2.2 Radiografia Digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Considerações Finais: 
 É de fundamental importância o 
correto diagnóstico, para o tratamento 
e prognóstico seguro e com sucesso; 
 A harmonia constante entre 
conhecimento científico e diagnóstico 
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é condição direta para o sucesso de 
uma terapêutica. 
Referência Bibliográfica: 
1. Hélio Pereira Lopes, José Freitas Siqueira 
Jr. Endodontia, Biologia e Técnica. 15ª 
Edição. 
2. Kenneth M. HARGREAVES eLOUIS H. 
BERMAN Cohen. Caminhos da Polpa, 11ª 
edição, 2017. 
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a Instrumentação - @resumodontologia Página 1 
 
Clínica Integrada III (Endodontia 3) – 7º Semestre – 3ª 
Unidade – Aula 2 – Acidentes e Complicações - 
Durante a Instrumentação 
 Quais fatores podem levar a acidentes e 
complicações? 
 Insucesso Endodôntico: 
 Complexidade anatômica do canal; 
 Desconhecer as propriedades mecânicas 
dos instrumentos endodônticos; 
 Desconhecer a técnica; 
 Pouca habilidade do profissional. 
 
 O que são acidentes? 
 Acidentes: 
 Acontecimentos imprevistos, casuais e 
dos quais resulta dano que dificulta ou 
mesmo impede o tratamento 
endodôntico; 
 Conceito Dicionário Houaiss: 
o Acontecimento casual, fortuito, 
inesperado; ocorrência. Qualquer 
acontecimento, desagradável ou infeliz 
que envolva dano, perda, lesão, 
sofrimento ou morte. 
 
 Quais acidentes mais comuns no preparo químico-
mecânico? 
 Formação de Degraus; 
 Transporte Apical – Canal Curvo; 
 Fratura do Instrumento; 
 Perfurações Endodôntica; 
 
 O que são complicações? 
 Ato ou efeito de dificultar a resolução de um 
tratamento endodôntico; 
 Pode ser consequência de um acidente ou ser 
inerente ao dente: 
 Atresiados; 
 Curvaturas Acentuadas; 
 Rizogênese Incompleta; 
 Anatomia Atípica. 
 
 A partir de agora vão ser analisadas as causas e 
prevenções; 
 Acidentes do preparo químico-mecânico; 
 Soluções aos acidentes; 
 Complicações encontradas. 
 
 Observações Importantes: 
 A modelagem tem que ser cônica no sentido 
cérvico apical, com o maior diâmetro na 
porção cervical, e a medida que vai se 
aproximando da região apical ela vai reduzindo 
o seu diâmetro; 
 Desgaste compensatório: 
 Reduz estresse no 1/3 apical; 
 Marwan Abou-Rass “Desgaste 
Anticurvatura”; 
 Instrumentos de NiTi distorcem menos em 
canal radicular curvos do que instrumentos de 
Aço Inoxidável; 
 Por conta da superelasticidade ou 
pseudoelasticidade; 
 Ponta do Instrumento: 
 Vértice (Extremidade): 
o Pontiagudo: não é tão bom, pois serve 
de guia e tem uma capacidade maior 
de perfuração do canal, causando 
acidentes; 
o Truncado: quando não tem a ponta 
guia, diminuindo assim a capacidade 
de penetração. Ter instrumentos com 
esse tipo de ponta é o ideal; 
o Arredondado (Obtuso). 
 Transição da Base para Haste: 
 Ângulo de Transição; 
 Curva de Transição: é o mais ideal, a 
medida que o instrumento vai passando, 
promova uma menor quantidade de 
deformação/alteração na dentina; 
 
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LOGO, o ideal é ter um instrumento de ponta 
truncada e curva de transição; 
 
 Áreas de maior desgaste das 
paredes dentinárias: 
A) Ápice: Parede externa do 
canal (convexa) 
B) 1/3 Médio: Parede INTERNA 
do canal. Está voltada para a 
região de furca (côncava); 
C) 1/3 Cervical: Parede 
EXTERNA do canal 
(convexa). 
 - A e C são faces externas. B é uma face interna; 
 Observação: 
 Quanto maior a resistência em flexão de um 
instrumento endodôntico no regime elástico, 
maior será a força exercida por ele contra a 
parede dentinária de um canal radicular curvo; 
 
 Acidentes e Complicações no Preparo Químico-
Mecânico: 
 Degrau; 
 Transporte Apical; 
 Sobreinstrumentação; 
 Subinstrumentação; 
 Falso Canal; 
 Fraturas de Instrumento; 
 Fratura de Instrumentos (Lima & Gates-
Glidden e Largo); 
 Perfurações Endodônticas. 
 
1. DEGRAU: 
 É irregularidade criada na parede de um canal 
radicular, aquém do comprimento de trabalho 
e sem comunicação com o 
ligamento periodontal; 
 Quando introduz um instrumento 
no canal, esse instrumento não 
acompanha a curvatura do canal, 
formando um pequeno desgaste, 
geralmente no início da curvatura, 
mas pode acontecer no meio 
também, onde não tem 
sangramento, pois não chegou ao ligamento 
apical; 
 O degrau é um desgaste da parede externa do 
canal; 
 Causas: 
 Desconhecer a anatomia dentária; 
 Diâmetro da lima incompatível ao do 
comprimento real; 
 Instrumentos rígidos – Seção Triangular 
(são mais flexíveis); 
 Obstrução do comprimento real – raspas 
de dentina, impedindo transpassar o 
canal; 
 Observações Importantes (Prevenção); 
 Glide Path – Passar um instrumento fino 
(exemplo: Lima 10), e passar por todo o 
leito do canal. Serve para pavimentar 
inicialmente o canal, para que outros 
instrumentos mais calibroso possam ser 
utilizados posteriormente. O Glide Path só 
pode ser utilizado mediante localizadores 
foraminais; 
 Não forçar a entrada, logo se sentir que 
tem uma resistência não deve flambar 
(empurrar o instrumento no sentindo 
longitudinal, e ele dobrar) o instrumento; 
 Obstrução do Canal Radicular – com 
raspas de dentina; 
 Quanto maior o diâmetro e mais para 
apical, mais difícil de resolver o problema; 
 Sempre irrigar para remover as raspas de 
dentina; 
 Como Resolver: 
 Ultrapassar o degrau: 
o Bio| Necro |Cirurgia Paraendodôntica; 
o Deve-se recuar o instrumento; 
o Posteriormente irriga copiosamente; 
o Com movimentos oscilatórios deve-se 
acompanhar a curvatura; 
o Para ultrapassar o degrau, deve pré-
curvar o instrumento, a fim de ele 
ultrapassar aquele degrau, passando 
para o leito natural do canal; 
 
 
 
 
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2. TRANSPORTE APICAL: 
 Tem-se uma mudança do trajeto apenas na 
parede externa de um canal radicular curvo no 
terço apical; 
 Logo é um acidente que acontece único e 
exclusivamente no terço apical, em canais 
curvos, ocorrendo então um desgaste nessa 
região; 
 No transporte apical sempre sangra; 
 A lima está exatamente na foramina apical 
 Sinonímias: 
 Pata de Elefante; 
 Ampulheta; 
 “Zip”: 
o O forame apical original é rasgado; 
o Às vezes acontece o sangramento 
apical, e as vezes não acontece o 
sangramento; 
o O instrumento está mais recuado, 
promovendo um “acidente” com uma 
curvatura; 
 
 Causas (tem relação direta com): 
 Limagem com instrumentos rígidos; 
 Limas retas ou pré-curvadas transportam 
o ápice; 
 Quanto maior a amplitude e frequência de 
movimento (ao realizar mais de 1/4 de 
volta); 
 Diâmetro do instrumento (incompatível 
com o ápice do dente, forçando); 
 Raio de curvatura e dureza da dentina; 
 Quanto menor for o raio de curvatura, 
maior a probabilidade de se ter acidente; 
 Quanto mais rígido o instrumento, maior 
a chance de acontecer acidente; 
 Ponta do instrumento: 
o Instrumentos com curva de transição 
promovem menos acidentes do que 
instrumentos com ângulo de transição; 
 
 Prevenção: 
 Pré-curvar os instrumentos: 
o Imprescindível para canais curvos; 
o Já nos canais retos não é necessário. 
 Não realizar movimento de limagem; 
 Realizar movimento de alargamento; 
 Uso de instrumentos elásticos. 
 
3. SOBREINSTRUMENTAÇÃO: 
 Transporte apical, só que, em canal reto 
(canais retilíneos); 
 Também chamado de arrombamento do 
forame apical, é a instrumentação do canal até 
ou além da abertura foraminal; 
 
 Quando ocorre em canais curvos é chamado 
de transporte apical ou “zip”; 
 Causas (tem relação direta com): 
 Radiografia de má qualidade; 
 Determinação incorreta do comprimento 
de patência e de trabalho; 
 Ponto de referênciacoronário deficiente; 
 Cursor mal posicionado; 
 Falta de atenção no controle da medida 
obtida do comprimento de trabalho; 
 Paciente fecha a boca após radiografia de 
odontometria; 
 Consequências: 
 Hemorragia; 
 Dor e/ou desconforto persistente; 
 Dificuldade de travar o cone; 
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 Quando a raiz palatina é reta a 
sobreinstrumentação pode atingir o seio 
maxilar; 
 Solucionando o erro: 
 Um novo batente apical deve ser 
estabelecido dentro dos limites do canal 
radicular, situado aproximadamente de 2 a 
3 mm a partir do ápice radiográfico; 
 Dilatar o canal radicular 2 mm aquém do 
ápice e travar novo cone; 
 Na impossibilidade de criar novo batente – 
tampão apical utilizando MTA; 
 
4. SUBINSTRUMENTAÇÃO: 
 É o preparo do canal radicular aquém do limite 
apical de instrumentação estimado; 
 Causas: 
 Distância excessiva do forame apical; 
 Erros na determinação do comprimento de 
patência e de trabalho; 
 Entulhamento de raspas de dentina; 
 Falta da manutenção da patência foraminal; 
 Movimento de limagem aquém do CT; 
 Obstrução do segmento apical do canal 
radicular por detritos oriundos da 
instrumentação por limagem; 
 Deficiente volume de solução química 
auxiliar presente no interior do canal 
durante a instrumentação; 
 Deficiência quanto à frequência da 
irrigação-aspiração; 
 Agulha de irrigação distante do forame 
apical; 
 Não manutenção da patência do canal 
cementário durante a instrumentação do 
canal radicular; 
 Uso prolongado de instrumentos 
endodônticos com canal helicoidal de 
pequena profundidade: 
o Canal helicoidal é o canal da haste de 
corte helicoidal do instrumento, 
formado pelas superfícies adjacentes 
às arestas laterais de corte (hélices); 
o Serve para transportar resíduos e para 
a entrada da substância química 
auxiliar da instrumentação em sentido 
apical do canal radicular; 
o Quanto menor o núcleo de um 
instrumento, maior a profundidade de 
seu canal helicoidal; 
o O uso de instrumentos com pouca 
profundidade do canal helicoidal pode 
favorecer o bloqueio apical do canal 
radicular por causa da dificuldade de 
remoção de detritos oriundos do 
preparo. 
 Prevenção: 
 Evitar movimentos de limagem; 
 Mantida a patência do canal cementário 
não haverá subinstrumentação; 
 Irrigar copiosamente (no mínimo 2 ml); 
 Retirar a lima frequentemente para 
limpeza. Sempre limpar a lima com gaze 
embebida NaOCl, entre polegar e indicador 
no sentindo anti-horário; 
 Inspeção visual: 
o Descartar o instrumento em caso de 
deformação plástica da haste corte 
helicoidal cônica (parte ativa – lâminas 
de corte). Logo se o instrumento ficar 
torto, deve ser descartado. 
 
5. FALSO CANAL: 
 É a formação de um canal 
dentinário sem comunicação 
com o ligamento periodontal 
em virtude de um erro de 
instrumentação; 
 Geralmente, é criado a partir 
de um degrau, é um degrau 
mais evoluído; 
 Logo, quando não percebe que foi feito um 
degrau, e continua instrumentado o degrau 
aumentando esse degrau; 
 A retomada da trajetória original de um falso 
canal é muito difícil, do que em um degrau; 
 Não há sangramento, pois ainda não houve 
comunicação do instrumento com o ligamento 
periodontal; 
 Causas: 
 Desconhecer a anatomia dentária; 
 Diâmetro da lima incompatível ao do 
canal radicular; 
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 Instrumentos rígidos de secção 
quadrangular ao invés de ser de secção 
triangular (mais flexível); 
 Obturação do canal radicular com raspas 
de dentina. 
 
6. FRATURAS DE INSTRUMENTOS (LIMAS & GATES-
GLIDDEN E LARGO): 
 Fraturas de Limas do tipo  TORCIONAL ou 
CÍCLICA; 
 Fratura Torcional: 
o Quando gira o instrumento uma parte 
dele acaba ficando na mão do 
operador pois passou do 1/4 de volta; 
o Ocorre quando a ponta do instrumento 
para de girar e a parte inicial continua 
girando, causando a fratura; 
 Fratura Cíclica: 
o Ocorre quando a parte externa do 
instrumento sofre tração e a parte 
interna sofre compressão; 
o Para evitar esse tipo de fratura, não se 
deve flambar o instrumento, ou seja, 
não aplicar força axial sobre ele; 
o Normalmente acontece em curvatura 
de raio curto; 
o Raio de Curvatura: 
- Raio Longo; 
- Raio Curto 
 Como reduzir/evitar: 
 Conhecimento profundo da anatomia dos 
sistemas de canais radiculares; 
 Canal sempre encharcado (inundado); 
 Usar Navitip ou similar (agulhas finas 
durante a irrigação para que ela possa 
chegar até o terço apical); 
 Evitar movimentos bruscos; 
 Nunca exceder 1/4 de volta da lima 
dentro do canal; 
 Evitar flambagem (o movimento de 
flambagem pode curvar o instrumento 
quando ele é empurrado); 
 
 
 
 Fratura de Alargadores Gates-Glidden: 
 Raio de Concordância: 
o O intermediário das brocas de Gates 
Glidden não apresenta uma forma 
cilíndrica, mas suavemente cônica, 
com menor diâmetro junto à haste de 
fixação; 
o Os instrumentos são fabricados com 
raio de concordância, porque se o 
instrumento travar na ponta no 
momento da fratura, não vai fraturar 
deixando a ponta do instrumento 
dentro do canal, vai deixar a haste 
toda exposta para poder retirar o 
instrumento com uma pinça ou até 
mesmo com o dedo; 
 Quando o segmento fraturado não puder 
ser removido, não impedindo, contudo, a 
passagem no sentido apical, ele poderá 
ser sepultado junto ao material obturador 
do canal radicular; 
 Causas: 
o Força lateral associada a avanço-
retrocesso: 
- As brocas de Gates não foram criadas 
para movimentos laterais, então elas 
têm uma tendência a fraturar se 
realizar esses movimentos; 
o Desgaste compensatório: 
- Deve-se tomar cuidado, 
principalmente com a Gates 1 que é 
mais sensível à fratura 
o Pincelamento ou escovagem, nunca 
deve ser realizado; 
o Toleram bem cargas axiais: 
- Se fizer em demasia flamba, e se 
flambar fratura; 
o Gates-Glidden 1 e 2 são mais frágeis. 
 
 
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7. PERFURAÇÕES ENDODÔNTICAS: 
 São comunicações acidentais da cavidade 
pulpar (câmara pulpar ou 
canal radicular) de um 
dente com o meio bucal 
e/ou com os tecidos 
perirradiculares, com o 
ligamento periodontal. 
 Pode ocorrer durante a 
abertura coronária e/ou 
durante a instrumentação 
dos canais radiculares 
(preparo químico mecânico); 
 São classificadas em coronárias e radiculares. 
 Perfuração CORONÁRIA: 
 É uma comunicação acidental da câmara 
pulpar de um dente com o meio bucal 
e/ou com os tecidos perirradiculares; 
 Ocorre em um tratamento endodôntico 
durante a abertura coronária; 
 Câmara pulpar atresiada, canais 
atresiados, desconsideração da inclinação 
do dente na arcada dentária, 
desconhecimento da anatomia da câmara 
pulpar, presença de coroas protéticas, uso 
de brocas e instrumentos endodônticos 
inadequados podem induzir às 
perfurações 
SUPRAGENGIVAL 
- É melhor do que uma fratura supraóssea; 
- Está acima da margem da linha gengival; 
- Ocorre através das paredes circundantes da câmara 
pulpar; 
- É tratada pela promoção do selamento via interna 
e/ou externa com materiais habitualmente 
empregados em Dentística Restauradora; 
- Nos casos de perfurações extensas, a reconstrução 
protética pode ser indicada. 
SUBGENGIVAL SUPRAÓSSEA 
- Está abaixo da margem gengivale acima da região da 
crista óssea alveolar; 
- Ocorre através das paredes circundantes da câmara 
pulpar; 
- É tratada pela exposição cirúrgica da perfuração ou 
através da extrusão ortodôntica e seladas com os 
materiais restauradores. 
INTRAÓSSEA 
- Está localizada na região de molares, está na região 
de furca; 
- Comunica acidentalmente a câmara pulpar com o 
tecido ósseo; 
- Para dentes multirradiculares, comunica o assoalho 
da câmara pulpar com o tecido ósseo através da furca 
ou de qualquer outra parede radicular circundante; 
- Nos casos em que a perfuração ocorre e não há 
contaminação da área, o selamento do defeito deve 
ser realizado imediatamente após o acidente; 
- Em casos de perfurações amplas, deve-se evitar o 
extravasamento do material de preenchimento da 
perfuração (MTA) no interior do espaço periodontal. 
Nestes casos podemos recorrer a uma matriz 
(barreira) interna, colocada no fundo da perfuração, 
para controlar a hemorragia e prevenir a 
sobreobturação do material de preenchimento; 
- Outra opção de tratamento é o seu preenchimento 
com pastas à base de hidróxido de cálcio. Elas devem 
ser renovadas até ocorrer o selamento biológico da 
perfuração. 
 
 
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Clínica Integrada III (Endodontia 3) – 7º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Acidentes e Complicações – Durante 
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 Perfuração RADICULAR podendo se localizar 
em um dos terços: 
 Quanto mais para próximo da porção 
coronal estiver, melhor o prognóstico. Em 
algumas outras situações a mais apical se 
torna melhor por conta que às vezes a 
perfuração na cervical é muito grande, 
COMPROMETENDO áreas estéticas em 
anteriores, podendo causar recessão 
gengival. 
 É uma comunicação acidental de um canal 
radicular com o tecido ósseo; 
 A principal manifestação clínica de uma 
perfuração radicular é a hemorragia 
intensa. O diagnóstico pode ser 
confirmado pelo exame radiográfico; 
 O tratamento endodôntico deve ser 
realizado o mais rápido possível com o 
objetivo de evitar a contaminação da área 
radicular perfurada. 
PERFURAÇÃO RADICULAR CERVICAL 
- Está localizada no segmento cervical da raiz dentária; 
- Ocorre através das paredes circundantes da raiz; 
- É frequente em canais curvos de raízes achatadas; 
- O prognóstico dessas perfurações é desfavorável 
quando comparado com o prognóstico das 
perfurações localizadas nos segmentos médios e 
apicais; 
- Recomenda-se que a perfuração radicular cervical 
seja selada durante a obturação do canal radicular. 
PERFURAÇÃO RADICULAR MÉDIA 
- Está localizada no segmento médio da raiz; 
- Ocorre através das paredes circundantes da raiz; 
- Degraus, falsos canais, canais atresiados e curvos, 
canais atresiados e com obstruções do segmento 
médio podem induzir as perfurações radiculares 
médias durante a instrumentação; 
- Nos casos em que for possível a remoção das 
obstruções e a retomada da trajetória original do 
canal, a perfuração radicular média será considerada 
e tratada como sendo um canal lateral; 
- Não havendo contaminação, a obturação do canal 
deverá ser realizada imediatamente após o preparo 
químico-mecânico. 
PERFURAÇÃO RADICULAR APICAL 
- Está localizada no segmento apical da raiz, ocorre 
através das paredes circundantes da raiz; 
- É mais frequente na parede externa do segmento 
apical curvo de um canal radicular; 
- Falsos canais, canais atresiados e com segmentos 
apicais curvos, canais atresiados e com obstruções do 
segmento apical podem induzir as perfurações 
radiculares apicais durante a instrumentação; 
- Deve-se evitar o emprego de instrumentos com 
pontas cônicas piramidais e com vértices pontiagudos; 
- Nas perfurações radiculares apicais, a retomada da 
trajetória do canal original é uma tarefa bastante 
difícil de ser alcançada; 
- Nos casos em que foi possível a remoção das 
obstruções e a retomada da trajetória do canal 
original, a perfuração radicular apical será 
considerada e tratada como sendo um canal 
secundário; 
- Nos casos em que se observa hemorragia intensa, a 
cavidade pulpar e o defeito devem ser preenchidos 
com sulfato de cálcio ou pasta de hidróxido de cálcio 
associada com veículo hidrossolúvel, com o objetivo 
de cessar a hemorragia e cauterizar superficialmente 
o tecido junto à área da perfuração. Três a sete dias 
depois, retira-se o material e realiza-se a obturação do 
canal e da perfuração com uma das opções 
mencionadas. 
 Flare-UP (Endo Iatrogênica): 
 Acidente que acontece por iatrogenia do 
profissional; 
 Emergência entre sessões pós-intervenção 
endodôntica, por conta de agudização do caso; 
 Emergência entre sessões pós-tratamento 
endodôntico de um dente assintomático; 
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 Horas depois/dia seguinte – dor severa e/ou 
tumefação (Periodontite Apical Assintomática 
 Abscesso Apical Agudo); 
 Paciente chegou sem dor e está saindo com 
dor. Complicação secundária à intervenção 
endodôntica; 
 Periodontite Apical Assintomática ou Abscesso 
Apical Agudo secundários a intervenção 
endodôntica. 
 Fatores causais: 
1. Microorganismos e seus produtos (causa 
principal), quando faz irrigação muito forte 
e leva bactérias para o ápice, quando 
empurra o instrumento levando para o 
ápice; 
2. Iatrogenia: 
o Sobreinstrumentação; 
o Instrumentação incompleta do canal; 
o Extravasamento da solução irrigadora; 
o Perfuração. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Endodontia, Biologia e Técnica. 4ª Ed. 2015. Capítulo 
13 – p. 848-1310- Lopes & Siqueira. 
COHEN, S. & HARGREAVES, K. M. Caminhos da Polpa. 
9ª. ed. (Português), Ed. Elsevier Editora Ltda, Rio de 
Janeiro, 2007. 1079p. 
Acidentes e Complicações no Tratamento 
Endodôntico – Soluções Clínica. 2ª Ed. 2004. Clóvis 
Monteiro Bramante, Alceu Berbert. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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