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Classificação da Taquicardia de Acordo com a Faixa Etária nas Infecções Respiratórias Agudas (IRA) Idade Taquipnéia Menor de 2 meses Maior ou igual a 60 irpm 2 a 11 meses Maior ou igual a 50 irpm 1 a 4 anos Maior ou igual a 40 irpm Pressão Arterial (PA): A pressão arterial da criança em condições normais eleva-se progressivamente com a idade, porém mantém-se mais baixa que a do adulto. Tamanho Médio do Manguito RN (prematuro) 2,5 a 3,5 cm RN (a termo) 4,0 a 5,0 cm Até 1 ano 5,0 cm 1 a 5 anos 7,0 cm 5 a 8 anos 7,0 cm 8 a 14 anos 9,5 cm Acima de 14 anos 12,0 cm Índices Normais da Pressão Arterial de Acordo com a Faixa Etária (em mmHg) Idade Pressão Sistólica Pressão Distólica Até 3 anos 80 55 4 a 5 anos 85 55 6 a 8 anos 90 60 9 a 11 anos 100 60 12 a 14 anos 110 65 * Admite-se como variações normais para a pressão sistólica +/- 5, e para a diastólica +/- 10. Fonte: Perneta (1979). BRINCANDO COM A CRIANÇA HOSPITALIZADA Os profissionais que cuidam de crianças devem se lembrar de que, quando estão hospitalizadas, elas precisam brincar. O brinquedo, além de ajudar a criança na adaptação hospitalar, ajuda-a esteriorizar seus medos e ansiedades e a lidar com situações de estresse. O planejamento das ações de enfermagem, na maioria das vezes, está voltado para os cuidados físicos, sem valorizar devidamente os aspectos psicológicos e emocionais. Na verdade, o maior objetivo de uma instituição hospitalar é melhorar o estado físico e curar. Porém, a hospitalização não deve constituir-se em uma experiência traumática ou uma interrupção no desenvolvimento. Por isso, é necessário a utilização de recursos de ajuda para a criança, que permitam de alguma forma minimizar os efeitos da hospitalização. Sabe-se que uma criança segura e confiante terá mais condições de enfrentar situações difíceis (Chiattoni, 1988); quando uma criança é auxiliada a superar momentos de crise, seu desenvolvimento e sua futura saúde mental estarão sendo favorecidos (Lamosa, 1990). Pelo fato de o enfermeiro e a equipe de enfermagem permanecerem 24 horas em contato com a criança, tornam-se os profissionais de saúde mais indicados não só para observar, mais também para interagir com ela, encorajando-a a expressar seus sentimentos mais abertamente. ATENÇÃO No ambiente hospitalar, o brinquedo ajudará a criança no processo de desenvolvimento, no seu relacionamento com a realidade externa e na superação das experiências traumáticas, entre outras funções. Não se deve entender o brincar com um instrumento do recreador, mas como uma ação terapêutica e social em que a criança faz o elo entre seu mundo interior e o exterior através de atividades lúdicas. As brincadeiras solitárias ou em grupo permitem a observação das reações da criança. Por exemplo, uma criança que rejeita a alimentação pode, forçar sua boneca a comer. Essa pista dará subsídios para o profissional replanejar o seu cuidado. Na ludoterapia, a criança é colocada para brincar sob a observação do psicológico, que tenta compreender os conflitos e as frustrações quase sempre inconscientes. Teles pergunta: “se brincar é tão importante, por que não ajudá-lo a ser um adulto feliz?” (1999: 14). Na enfermagem, a brincadeira é terapêutica e tem o objetivo de recuperar a criança e manter seus elos com o sonho e a realidade. Ela garante as possibilidades de amenizar o sofrimento e a dor através do ato de brincar, Tem a função de juntar as crianças com os outros, de possibilitar sua liberdade, mesmo quando internada. No ambiente hospitalar, pode-se criar brinquedos para as crianças a partir de materiais utilizados em seu tratamento, como frascos de soro vazios, equipos de soro, seringas, caixas dentro de outras. Esses materiais permitem, por exemplo, criar: - carrinhos; - casinhas; - jogos de dama; -quebra-cabeças. Lembre-se de que os brinquedos devem sempre se adequados à fase do desenvolvimento da criança. As sucatas hospitalares deverão ser lavadas com água e sabão, atentando para peças pequenas (protetores de agulha, scalp, equipo de soro etc.). A possibilidade de fazer a conexão entre a racionalidade, cientifica do cuidar e a criação subjetiva contida dentro de cada um permite que o cuidado extrapola os procedimentos técnicos e crie expressões através das invenções dos profissionais da equipe de enfermagem. Os materiais que normalmente causam medo na criança podem, na forma de brinquedo, fazer com que esses pequenos doentes enfrentem nossas ações, muitas vezes invasivas e dolorosas, com uma idéia de que o remédio e a hidratação venosa possam ser uma “grande brincadeira”. Durante a hospitalização, deve-se aproveitar a oportunidade para ensinar à família ou aos cuidadores como criar brinquedos alternativos utilizando, por exemplo, garrafas plásticas, caixas de papelão, tecidos e lutas vazias. Deve-se adequar as orientações de acordo com a condição socioeconômica. Brinquedos e Atividades Adequados ao Processo de Desenvolvimento da Criança Idade Brinquedos e Atividades 3 a 6 anos Podem ser utilizados gravadores para ouvir vozes ou canções; bonecas; carros; televisão; brinquedos de estimulação; livros ilustrativos; jogos fáceis; quebra-cabeças; dramatização. 6 a 10 anos Proporcionar atividades escolares; jogos eletrônicos; livros; jogos de damas; cartas; dominó; pinturas; desenhos; televisão; brinquedos que envolvam coordenação. 10 a 14 anos Proporcionar atividades escolares; jogos eletrônicos; livros; jogos de damas; cartas; dominó; pinturas; desenhos; televisão; brinquedos que envolvam coordenação. DESNUTRIÇÃO Classificação: Peso/ Estatura: Peso Estatur a P/ E Eutrófi ca N N N D. Aguda ↓ N ↓ D. Crônic a ↓ ↓ ↓ Nanis mo ↓↓ ↓↓ N b) Etiologia: Primária ou Secundária c) Intensidade: - Leve – 1° grau – 10 a 25% - Moderada – 2° grau – 25 a 40% - Grave – 3° grau – acima de 40% Marasmo/ Kwashiorkor/ Kwashiorkor – marasmo Marasmo: - lactantes, faces senil, olhar vivo, inquieto, choro forte e contínuo, aspecto faminto, emagrecimento seco ↑, anorexia, prostração; - alterações bioquímicas leves; - sem alterações em pele e cabelos. Kwashiorkor: - pré-escolares; - aspecto geral de extrema miséria; - edema (segmentos distrais); - lesões cutâneas; - cabelos secos, finos, quebradiços, alopecia; Sinal de Bandeira; - Unhas finas, quebradiças, sem brilho, crescimento lento; - língua careca, papilas hipertrofiadas; - retração gengival, lábios rachados e sangrantes; - hepatomegalia; - alterações em conjuntiva e córnea, cegueira, manchas, úlceras, fotofobia; - osteoporose, idade óssea retardada, linhas de parada do crescimento; - apatia, encolhido, na obscuridade, coberto; - retardo neuropsicomotor, timidez, retraimento irritabilidade; - Vômitos, diarréia, anemia, apetite alterado; - Alterações bioquímicas extensas. Tratamento: a) Urgência: Desidratação (TRO) Infecção: antibioticoterapia criteriosa Hipoglicemia: Glicose hipertônica, alimentação em intervalos curtos e à noite b) Dietético: - hipercalórica, baixa digestão, livre demanda - proteína: alto valor biológico, fácil digestão - gorduras (mesmo com diarréia) → Óleo vegetal - gavagem (SNG): se recusar VO - vitaminas A, C e D; Ferro, Potássio. -leite materno ou artificial: ½ ou 7,5% + HC c) Outras condições: Edema (albumina EV); Anemia grave (papa); Verminoses; Lesões de pele. O tipo clínico Kwashiorkor aparece muitas vezes, após quadros diarréicos ou infecciosos, principalmente após desmame, Tratamento: - Dietoterapia (todos os grupos alimentares, reforçando as proteínas). - Correção de distúrbios hidroeletrolíticos (nos casos de quadros de diarréia e vômito) A recuperação total do peso poderá ocorrer a longo prazo, mas a estatura e o déficit mental poderá ser irreversíveis (atraso neuro-psiquico) Assistência de Enfermagem - Atenção individualizada e afetiva; - Controle de peso diário; - Cuidados ao oferecer a alimentação (pequena quantidade e fraccionada), - Reeducação alimentaraos pais; - Atenção à pele da criança (higiene, hidratação e etc.); - Controle dos sinais vitais; - Aquecer a criança (< tecido adiposo > frio); infecciosos, principalmente após desmame, passando a receber alimentação artificial (leite de vaca) com pouco leite e muito engrossante, sem receber outros tipos de alimentos ricos em proteínas. Desidratação Desidratação é o tecido de água e eletrólitos (sódio, potássio, glicose) em grande quantidade pelas fezes e vômitos, acarretando um desequilíbrio hidroeletrolítico ao organismo. Fatores predisponentes: - Desnutrição/ Diarréias; - Vômitos; - Baixo nível sócio-econômico (má higiene, saneamento básico precário); - Condições climáticas (climas muito quentes); - Hemorragias (perdas de sangue total); -Grandes queimaduras (perda plasmática); -Sinais e Sintomas Clássico da desidratação. - Olhos encovados (afundados) e sem lágrimas; - Oligúria (diminuição do volume urinário em 24h); - Pele ressecada; - Turgor subcutâneo diminuído; - Fontanela deprimida; - Sede; - Perda de peso. Graus Perda de Peso (%) Perda de Peso (ml) 1° grau (leve) Até 5% Até 50ml/kg 2° grau (moderada) 5 a 10% Até 100ml/kg 3° grau (grave) 10 a 15% Até 150ml/kg Toxicose Mais de 15% Mais 150ml/kg Tratamento da Desidratação: - Normalizar os volumes e eletrólitos em todos os compartimentos do organismo; - Terapia de reidratação oral (T.R.O.); - Dieta leve e constipante; - Hidratação parenteral se necessário (graus I e II); - Administração de antibióticos (Gecas); -Administração de antieméticos (se vômito); -- Administração de antitérmicos (se febre). Assistência de Enfermagem: - Isolamento entérico (avental, luvas) se quadro diarréico; - Lavagem das mãos constantemente antes e após manuseio da criança e após manipulação de roupas contaminadas com fezes e vômitos; - Observar alterações de humor (agitação, prostração, coma); - Oferecer I.R.O.em pequenos goles, após cada evacuação ou episódio de vômito; - Estimular aleitamento materno; - Controle rigoroso e diário do peso; - Balanço hídrico; - Observar oligúria; - Controlar sinais vitais (observar taquicardia, hipotensão arterial) hipertermia ou hipotermia. - Observar eliminação e aspecto (volume, cor, freqüência, consciências); - Avaliar aspecto da pele (ressecamento, presença de turgo pastoso) coloração; - Trocar freqüentemente a criança para evitar dermatite amoniacal. Fatores Desencadeantes: - Sócio-econômicos (saneamento básico precário, baixa renda familiar, má higiene); - Alimentação inadequada em quantidade e qualidade (muitas vezes estragadas, contaminadas); - Desmame precoce - Locais de moradias (locais impróprios, proximidades de córregos, presença de insetos, roedores, sujeiras e etc.); - Desnutrição: crianças desnutridas são mais propensas a doenças diarréicas e vice-versa. - Deficiência na assistência médica: Dificuldade de acesso, orientações inadequadas, erros alimentares, tratamento ineficaz, hospitalização desnecessária e etc. Tratamento: - Reposição das perdas hidroeletrolíticas (evitar a desidratação); - Manter o estado nutricional (evitar agravamento da desnutrição); - Combate aos agentes etiológicos (antibióticos); - Combate a vomitos - combate a hipertemia Assistência de Enfermagem - Manter em isolamento entérico (quarto ou enfermaria só de Geca, uso de aventais e luvas); - Lavar as mãos antes e após manuseio das crianças e roupas contaminadas; - Estimular a aceitação de líquidos, incluindo TRO; - Administrar venóclise, antibióticos, antieméticos, antitérmicos (SPM); - Controlar peso diariamente; - Realizar balanço hídrico (entradas x saídas de líquido); - Anotar volume, freqüência, coloração, consistência e odor das fezes; - Observar sinais de desidratação; - Prevenir escaras e dermatites amoniacais (banhos, higiene perianal, pomadas de proteção e etc.) - Estimular dieta leve obstipante (SPM); - Estimular aleitamento materno às crianças menores. Pneumonia e Broncopneumonia (BCP) Pneumonia: Quadro agudo inflamatório e infeccioso que atinge brônquios, bronquíolos e alvéolos, com distribuição limitada, respeitando segmentos lobares. Broncopneumonia: Quadro agudo inflamatório e infeccioso que atinge brônquios, bronquíolos e alvéolos, sem respeitar os segmentos pulmonares, com focos múltiplos, de extensão variável. O quadro clínico varia conforme a idade e os sintomas são variáveis. Agentes etiológicos infecciosos bactérias (pneumococos, haemophilus influenzae, estafilococos e as vezes fungos). Os microorganismos podem alcançar os brônquios e após localizarem nos bronquíolos e alvéolos, podem penetrar por via hematogênica, linfática ou contígua no tecido pulmonar. A aspiração de material vomitado ou regurgitado e inalado pode propiciar a instalação posterior de agentes infecciosos. A resistência orgânica baixa após outras patologias incluindo as respiratórias propiciam o aumento da incidência de Pneumonias e BCP. A desnutrição; permanência por longos períodos no leito, também cooperam para sua incidência. Imunização: Já existe nos „rgãos públicos disponível a vacina contra pneumonia provocada pelo agente pneumococos, mas sua aplicação está limitada a: - Crianças maiores de 2 anos: Imunocompetentes com doenças pulmonares ou cardiovascular crônica graves, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus (insulina dependentes), cirrose hepática. Imunoincopetentes: Imunodeficiência congênita ou adquirida incluindo AIDS sintomática ou não (HIV +), síndrome neffrótica. A vacina contra pneumonia por pneumococos é dada 1 vez cada 5 anos. . Sinais e Sintomas: A evolução da pneumonia e da BCP muitas vezes é lenta, iniciando-se muitas vezes por infecção leve das VAS. Sintomatologia mais comum: - Dispnéia, taquipnéia; - Tosse seca no início, tornando-se mais tarde produtiva; - Anorexin; - Agitação ou prostração; - Batimento das asas do nariz. - Contrações das musculaturas acessórias da respiração (tiragens); - Cianoses; - Mau estado geral; - Respiração ruidosa, gemente (broncoespasmos); -Hipertermia -Tratamento: -Consiste basicamente de antibioticoterapias e broncodilatadores. Repouso, hidratação, alimentação hipercalórica, protéica e vitaminica, oxigenioterapia, fisioterapias respiratória, medições paliativas sintomáticas (antitermicos – antieméticos). Assitência de Enfermagem na Pneumonia e BC - Manter ambiente calmo e arejado; - Realizar banhos e higienização sempre que necessário; - Trocas de roupas de cama sempre que necessário (comum sudorese profusa devido a hipetermia após antitermicos); - Administrar inalações e oxigênio SPM. - Remover secreções brônquicas através de aspiração se necessário; - Incentivar alimentação, administrar com cuidado; - Manter VAS umidificadas e livres. - Observar sinais de sofrimento respiratório (cianose, batimentos das asas do nariz, tiragem intercostal, gemência taquinéia); - Estimular ingestão líquida (hidratação, fluidificação das secreções brônquicas); - Fisioterapia respiratória (tapotagem, drenagem postural e etc.); - Administrar medicamentos (SPM); - manter decúbito elevado (melhora expansão torácicas).
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