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AULA 2

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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 15 
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GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: FLORICULTURA, PLANTAS ORNAMENTAIS E PAISAGISMO 
 
 
 
 
2 - PROPAGAÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 
2.1 - PRODUÇÃO DE MUDAS 
 
A multiplicação de mudas de plantas ornamentais, frutíferas e arbóreas pode 
ser realizada de forma sexuada ou assexuada. O método sexuado envolve a produção 
de mudas a partir de sementes, enquanto o método assexuado se baseia na propa-
gação vegetativa, utilizando partes da planta, como estacas, enxertos, mergulhia, en-
costia, divisão de rizomas, bulbos e touceiras. Com o progresso tecnológico, muitas 
espécies podem ser multiplicadas através da micropropagação, um processo reali-
zado em laboratório sob condições controladas, que permite a propagação vegetativa 
das plantas. 
 
2.1.1 - Produção de mudas sexuadamente 
 
A produção de mudas sexuadamente tem como principal componente a se-
mente. A qualidade das mudas depende da aquisição de sementes de fornecedores 
confiáveis e certificados pelos órgãos governamentais competentes (como o MAPA e 
as Secretarias de Agricultura), garantindo assim a qualidade do material genético. Em 
casos onde é difícil encontrar sementes de certas espécies no mercado, é possível 
realizar a coleta dessas sementes de plantas matrizes previamente selecionadas, le-
vando em consideração critérios específicos de interesse para nossos objetivos, como 
o crescimento, a forma da copa e do tronco, a produção de sementes, flores e frutos, 
entre outros. 
Após a obtenção das sementes, é crucial armazená-las adequadamente con-
forme as instruções do fornecedor, garantindo assim a manutenção do seu poder ger-
minativo por mais tempo. Sementes que têm uma vida útil limitada em termos de ger-
minação devem ser semeadas logo após a coleta e/ou compra para garantir seu de-
senvolvimento saudável. 
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2.1.2 - Quebra de dormência e testes de germinação 
 
Algumas sementes de plantas apresentam dormência, o que significa que não 
germinam ao serem semeadas ou germinam de forma irregular. Nesses casos, é ne-
cessário quebrar a dormência por meio de tratamentos pré-germinativos, garantindo 
assim uma maior taxa e rapidez na germinação das sementes, o que resulta em mu-
das uniformes e de qualidade superior. Existem diversos métodos para quebrar a dor-
mência, conforme descrito em publicações especializadas para diferentes espécies. 
Alguns dos métodos mais comuns incluem: 
a) Escarificação mecânica: consiste em friccionar as sementes contra uma su-
perfície áspera, como lixa, ou romper seu envoltório. É recomendado para 
sementes de casca dura, como pau-ferro, guapuruvu, louro, nogueira, pes-
segueiro, coqueiro, aroeira, entre outras. 
b) Embebição em água: as sementes são colocadas em água à temperatura 
ambiente até ficarem completamente embebidas e aumentarem de volume, 
o que pode levar de 1 a 4 dias, dependendo da espécie. Exemplos incluem 
timbaúva, candeia, canela, jacarandá, araçá, tipuana, entre outras. 
c) Imersão em água fervente: as sementes são colocadas em água fervente a 
uma temperatura inicial de 80 ºC, permanecendo pelo tempo necessário de 
acordo com a espécie. Exemplos incluem flamboyant, chuva de ouro, acá-
cias, angico vermelho, paineira rosa, palmeiras, bracatinga, imbuia, entre 
outras. 
d) Estratificação: as sementes são colocadas entre camadas de areia úmida 
por períodos que podem chegar a 6 meses. Exemplos incluem fedegoso, 
pessegueiro, erva-mate, capororoca, capororocão, entre outras. 
e) Escarificação ácida: as sementes são imersas em ácido sulfúrico comercial. 
Exemplos incluem pau-ferro, guapuruvu, chuva de ouro, barbatimão, carne 
de vaca, flamboyant, corticeira-do-banhado, entre outras. 
Para garantir a viabilidade das sementes (ou seja, sua capacidade de germina-
ção), é recomendado realizar testes de germinação rápidos. Esses testes podem ser 
 
 
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feitos de várias maneiras, sendo a mais comum a semeadura de um número especí-
fico de sementes em um local apropriado, para determinar a quantidade de sementes 
viáveis e, consequentemente, sua taxa de germinação. 
A produção de mudas a partir de sementes pode ser feita em diferentes condi-
ções, como canteiros para posterior transplante, em canteiros para plantio direto com 
raiz nua ou em recipientes através de semeadura direta, dependendo das condições 
climáticas, disponibilidade de mão de obra e qualidade das sementes disponíveis. 
 
2.1.3 - Semeadura em canteiros 
 
Existem duas abordagens distintas para a semeadura em canteiros: uma é vol-
tada para o plantio de mudas com raiz nua, enquanto a outra é destinada à posterior 
repicagem em embalagens individuais. 
A semeadura em canteiros para plantio de mudas com raiz nua ocorre direta-
mente no solo, e as mudas permanecem nos canteiros até o momento do plantio de-
finitivo. Esse método é facilmente mecanizável, já que não envolve o uso de embala-
gens. Além disso, esse processo pode reduzir os custos, pois elimina várias etapas 
que demandam mão de obra, como o preenchimento de embalagens e o manejo dos 
canteiros. 
É recomendado que a profundidade de semeadura não ultrapasse duas vezes 
o diâmetro da semente. Após semear, é aconselhável cobrir o canteiro com algum 
material de proteção, como serragem, capim ou sombrite, para proteger as sementes. 
Para sementes planas ou muito pequenas, sugere-se peneirar uma camada fina de 
substrato ou vermiculita sobre elas. O uso de sombrite também é recomendado para 
evitar a exposição excessiva das mudas ao sol. 
Já a semeadura em canteiros para posterior repicagem em embalagens indivi-
duais é preferível em situações em que: 
• a capacidade de germinação da espécie é desconhecida, 
• as sementes têm dormência e o método de quebra de dormência não é 
claro, 
• as sementes são muito pequenas (como as da quaresmeira) ou muito 
grandes (como as do abacate) para recipientes pequenos, 
 
 
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• ou quando as sementes têm um poder germinativo baixo. 
 
2.1.4 - Semeadura direta nos recipientes 
 
Este método é preferencialmente utilizado para sementes que germinam de 
forma rápida e uniforme, ou para espécies que não suportam o processo de repica-
gem. As vantagens dessa abordagem incluem a eliminação da necessidade de criar 
canteiros e de sombrear as mudas recém-repicadas, além da redução do tempo ne-
cessário para a produção das mudas. Também resulta em mudas mais robustas e 
com um sistema radicular de melhor qualidade, o que reduz as perdas por doenças. 
Durante o processo de semeadura direta em recipientes, é importante proteger 
as sementes utilizando cobertura morta, como serragem ou capim, e sombrite para 
evitar que as mudas fiquem expostas ao excesso de sol e aos impactos das gotas de 
chuva, especialmente nos primeiros dias após a germinação. 
 
2.1.5 - Desbaste, repicagem, irrigação e dança 
 
Cerca de 30 a 50 dias após a emergência das mudas (o tempo varia conforme 
a espécie, a época do ano e as condições de manejo), quando as plantasatingem 
aproximadamente 5 a 10 cm de altura, é realizado o desbaste, removendo-se mudas 
extras por arrancamento ou corte, deixando apenas uma muda por recipiente. No caso 
da semeadura em canteiros, é importante manter um espaçamento adequado entre 
as mudas, distribuindo-as uniformemente pelo canteiro. 
A repicagem é o processo de seleção e transferência das mudas da sementeira 
para sacos plásticos, tubetes ou canteiros maiores. Deve ser feita preferencialmente 
em dias nublados ou chuvosos, evitando as horas mais quentes dos dias ensolarados, 
pois as mudas são sensíveis ao calor intenso. Antes da repicagem, é essencial molhar 
bem o substrato das mudas a serem transplantadas. As mudas repicadas devem ter 
suas folhas e raízes reduzidas e ser protegidas do excesso de sol com sombrite de 
50% por pelo menos sete dias ou até que se adaptem ao novo ambiente. 
A irrigação é crucial no viveiro, pois o excesso ou a falta de água podem afetar 
negativamente todas as fases de formação das mudas. Geralmente, é recomendado 
 
 
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irrigar duas vezes ao dia, de manhã cedo e no final da tarde, aumentando a frequência 
em dias quentes e ensolarados. 
É necessário cuidados com o excesso de irrigação pois este pode causar lixivi-
ação de nutrientes, redução da aeração, propagação de doenças, dificuldade no de-
senvolvimento das raízes e tornar as mudas mais suscetíveis à seca, além de desper-
diçar água. 
A escolha do sistema de irrigação adequado está relacionada ao manejo geral 
do viveiro, considerando fatores como o tipo de substrato e recipientes, a espécie de 
muda, a fase de desenvolvimento, a época do ano e as condições climáticas da região. 
Em regiões mais quentes, as mudas geralmente necessitam de mais água em todas 
as fases, enquanto certos substratos podem exigir irrigações mais frequentes ou mai-
ores volumes de água. 
É importante destacar que diferentes etapas de formação das mudas e diferen-
tes tipos de recipientes requerem sistemas de irrigação específicos, com diferentes 
vazões de bicos, pressões de trabalho e padrões de distribuição de água. 
A prática da dança das mudas consiste em movê-las para evitar que suas raí-
zes penetrem no solo, especialmente quando as mudas estão em recipientes em con-
tato direto com o solo. 
 
2.1.6 - Rustificação, seleção e podas de formação 
 
Antes de serem transplantadas para o local definitivo, as mudas passam por 
um processo de rustificação, que visa aumentar sua resistência aos fatores ambientais 
adversos do campo, como secas, alta exposição solar e baixa fertilidade do solo. Esse 
processo pode ser realizado de várias maneiras, sendo a redução na irrigação, a ex-
posição direta ao sol e a redução ou suspensão da adubação as práticas mais reco-
mendadas, sendo esse processo gradativo, iniciando com uma baixa exposição as 
novas condições de cultivo, até a exposição direta ao modelo (semelhante à condição 
de campo onde será transplantada). 
Após a rustificação, as mudas devem passar por um processo de seleção antes 
do plantio definitivo. Os critérios de seleção variam de acordo com a espécie e a fina-
lidade das mudas, seja para arborização urbana, pomares, jardins, florestas, entre 
 
 
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outros. Características como um sistema radicular bem desenvolvido e integrado ao 
substrato, rigidez da haste, número adequado de pares de folhas, aspecto nutricional 
saudável (sem sinais de deficiências) e boa sanidade (livres de pragas e doenças) 
são fundamentais para todas as espécies. 
As podas de formação são essenciais para mudas destinadas a pomares frutí-
feros, arborização e reflorestamento. No caso das mudas frutíferas, as podas seguem 
padrões específicos para cada espécie, definidos por normas técnicas para o manejo 
da cultura. Para mudas destinadas à arborização urbana, são realizadas podas de 
condução visando a formação de uma muda com tronco reto e copa localizada a pelo 
menos 1,8 m de altura do solo, conforme as diretrizes técnicas estabelecidas. 
 
2.1.7 - Tratamentos com fitorreguladores de enraizamento (“hormônios”) 
 
O uso de hormônios é uma técnica eficaz para induzir o enraizamento de esta-
cas, especialmente em plantas que têm dificuldade em desenvolver raízes natural-
mente. Isso ajuda a acelerar o processo de formação de raízes, aumentando tanto a 
quantidade quanto a qualidade das raízes formadas, além de promover uma maior 
uniformidade no enraizamento. 
Um dos hormônios mais comuns usados nesse processo é o ácido indolbutírico 
(AIB). A concentração do hormônio varia de acordo com a espécie da planta, com 
doses que vão de 20 a 10.000 mg por litro de água (miligramas por litro, anteriormente 
conhecidos como ppm - partes por milhão). As concentrações mais elevadas são uti-
lizadas para estacas mais lenhosas, que apresentam maior dificuldade de enraiza-
mento. A aplicação do hormônio pode ser feita na forma de pó, misturado com talco 
(pó oriundo da rocha), ou na forma líquida, dissolvido em álcool etílico a 95%, acres-
cido de água para alcançar a concentração desejada. 
Para preparar um litro de solução de hormônio na concentração de 100 mg por 
litro, são necessários 100 miligramas do hormônio dissolvidos em 10 mililitros de ál-
cool etílico a 95%, adicionando água até completar 1 litro. 
Ao aplicar a solução de hormônio, mergulhe cerca de 2,5 cm da base das es-
tacas na solução por alguns segundos (para estacas herbáceas), até alguns minutos 
(para estacas lenhosas), permitindo a absorção do hormônio pelas estacas. 
 
 
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Hormônios enraizadores prontos para uso, em concentrações pré-determina-
das, estão disponíveis no mercado na forma de ácidos ou sais em pó. Após o trata-
mento das estacas com hormônios, elas devem ser imediatamente colocadas nos re-
cipientes ou canteiros de enraizamento. 
 
2.1.8 - Propagação vegetativa 
 
A propagação vegetativa, também conhecida como clonagem, é um método de 
reprodução assexuada que envolve a produção de novas mudas ou plantas a partir 
de partes ou órgãos vegetativos da planta mãe, como ramos, gemas, estacas, folhas, 
raízes, entre outros. Esta técnica é amplamente utilizada na floricultura, horticultura, 
fruticultura e silvicultura, pois permite replicar as características desejadas da planta 
original, como seu florescimento, crescimento, forma e produção. 
O principal benefício da propagação vegetativa é a obtenção de indivíduos com 
as mesmas características genéticas da planta mãe. Isso é especialmente útil em 
plantas que têm dificuldades na produção de sementes, que enfrentam altos índices 
de predação de sementes por pragas ou doenças, ou que possuem sementes com 
baixo poder germinativo. Também é aplicável em plantas de alto valor genético e para 
acelerar a produção de mudas em espécies arbóreas. 
Existem diversos métodos para a propagação vegetativa, como a estaquia, a 
microestaquia, a miniestaquia, a mergulhia, a enxertia, a separação por bulbos, a di-
visão de touceiras e rizomas, além da propagação por meio de cultura de tecidos. A 
escolha do método adequado depende dos objetivos da técnica, da espécie envolvida, 
da época do ano, da habilidade do executor, do tipoe quantidade de material dispo-
nível, e das condições ambientais, entre outros fatores. 
 
2.1.8.1 - Estaquia 
 
A estaquia é um método de propagação no qual partes das hastes (caules, 
ramos), folhas ou raízes são inseridas em condições favoráveis para o enraizamento, 
resultando no desenvolvimento de uma nova planta. 
 
 
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O tipo de estaca utilizada varia de acordo com a espécie e, por vezes, com a 
época do ano. Algumas plantas têm folhas que são capazes de originar plantas com-
pletas, como é o caso da begônia, gloxínia, língua-de-sogra, violeta africana, peperô-
mia, sedum, camélia e ficus, entre outras. 
Estacas de raízes são menos comuns e envolvem seccionar as raízes em pe-
daços de 5 a 15 cm após a colheita, enterrando-as de 2,5 a 5 cm de profundidade no 
substrato. A dificuldade desse processo está na coleta das raízes e nos danos causa-
dos à planta original. Este método pode ser aplicado em cerejeira, pessegueiro, goia-
beira, caquizeiro, ipê, manacá, quiri, entre outras espécies. 
As estacas caulinares podem ser herbáceas, lenhosas ou semi-lenhosas, de-
pendendo da planta e do local de coleta. Em geral, estacas de caule herbáceo têm 
maior capacidade de enraizamento, sendo mais eficazes quando são jovens e herbá-
ceas. 
A época de coleta das estacas é crucial para o sucesso do enraizamento. Es-
pécies com dificuldade de enraizamento devem ter suas estacas colhidas durante o 
período de repouso vegetativo ou na estação de crescimento adequada, enquanto 
espécies de fácil enraizamento podem ter suas estacas coletadas em qualquer época 
do ano. 
Estacas lenhosas são geralmente coletadas após a queda das folhas ou no 
início da nova brotação, durante períodos de menor atividade metabólica da planta. 
No entanto, algumas plantas lenhosas podem ser propagadas por estaquia em qual-
quer época do ano, como é o caso do cróton, hibisco e ficus. 
Para realizar a estaquia, um ramo novo de 7 a 15 cm de comprimento é cortado, 
removendo-se as folhas da metade inferior e cortando-se pela metade o restante das 
folhas. Estacas lenhosas coletadas durante o repouso vegetativo têm todas as folhas 
removidas. O corte na base deve ser feito em forma de bisel para facilitar o enraiza-
mento. Após preparar a estaca, ela é inserida em um recipiente ou canteiro adequado 
para enraizamento. 
 
2.1.8.2 - Miniestaquia 
 
 
 
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A técnica de miniestaquia é uma variante da estaquia tradicional, que envolve 
o uso de brotações de plantas previamente propagadas por estaquia como fonte de 
propágulos vegetativos. Em um esquema simplificado desta técnica, começa-se com 
a poda do ápice da brotação da estaca enraizada. Em intervalos variáveis, determina-
dos pela época do ano, pelo clone/espécie, pelas condições nutricionais, entre outros 
fatores, novas brotações surgem, sendo coletadas e utilizadas para enraizamento. 
A coleta das miniestacas nas mudas podadas é feita de forma seletiva, se-
guindo critérios estabelecidos de acordo com o vigor das brotações. São colhidas 
aquelas que atendem aos padrões de miniestaquia, geralmente medindo de 3 a 5 cm 
de comprimento e contendo de um a três pares de folhas, as quais são recortadas 
pela metade. Após a colheita, as miniestacas são mantidas em recipientes com água 
para preservar seu turgor até chegarem ao local de enraizamento. 
As miniestacas são então colocadas em casa de vegetação com umidade rela-
tiva superior a 80%, passando posteriormente para uma casa de sombra para se 
adaptarem gradualmente às condições de menor umidade relativa. Por fim, são trans-
feridas para pleno sol para passarem pelo processo de rustificação antes do plantio 
definitivo. O tempo de permanência das miniestacas na casa de vegetação varia con-
forme a época do ano, o clone/espécie em questão e seu estado nutricional. 
 
2.1.8.3 - Medidas para aumentar o enraizamento em plantas 
 
A capacidade de enraizamento e desenvolvimento das mudas pode variar sig-
nificativamente entre as diferentes espécies de plantas. Geralmente, as plantas her-
báceas e arbustivas tendem a enraizar mais facilmente do que as plantas lenhosas, 
como árvores frutíferas, plantas florais e algumas ornamentais, embora haja exce-
ções. 
Para lidar com plantas que apresentam dificuldade de enraizamento, podem 
ser adotadas algumas medidas para aumentar a taxa de enraizamento, tais como: 
• Escolha da época adequada: normalmente, as plantas lenhosas têm me-
lhores resultados de enraizamento no final do inverno, antes do início do 
crescimento ativo; 
 
 
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• Tratamentos na planta doadora das estacas: cuidados como adubação 
e irrigação adequadas, controle de sombreamento, anelamento, torção, 
entre outros; 
• Coleta de estacas próximas à base e ao tronco da planta, sempre que 
possível; 
• Melhoria das condições de enraizamento: uso de substrato poroso, ma-
nutenção da umidade relativa do ar acima de 80%, proporcionar som-
breamento adequado e manter a temperatura entre 20°C e 30°C; 
• Utilização de fitorreguladores para estimular o enraizamento; 
• Deixar de 1 a 3 pares de folhas nas estacas, cortadas ao meio; 
• Minimizar o tempo entre a coleta das estacas e seu plantio, transpor-
tando-as em caixas de isopor, panos úmidos ou embalagens adequadas; 
• Enterrar pelo menos um nó (espaço entre dois nós consecutivos) no 
substrato; 
• Evitar o uso de estacas muito velhas e rígidas; 
• Realizar subcultivos, como sucessivas estaquias e enxertias, se neces-
sário; 
Se mesmo após esses tratamentos os resultados não forem satisfatórios, con-
siderar outros métodos de propagação. Essas medidas visam criar condições ideais 
para o desenvolvimento das raízes das estacas, contribuindo para o sucesso da pro-
pagação vegetativa. 
 
2.1.8.4 - Mergulhia 
 
A mergulhia é um método de propagação vegetativa em que um ramo é indu-
zido a enraizar enquanto ainda está ligado à planta mãe, sendo separado somente 
após o enraizamento. Devido à rapidez desse processo e à produção de mudas com 
folhagem, é uma técnica eficaz para obter novas plantas. No entanto, devido ao baixo 
rendimento e à necessidade de muita mão de obra, é mais adequado para a propa-
gação de plantas de alto valor ou interesse, especialmente aquelas difíceis de propa-
gar por outros métodos. 
 
 
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Geralmente, recomenda-se usar ramos com menos de um ano para realizar a 
mergulhia, preferencialmente no início da primavera. Durante a mergulhia aérea ou 
alporquia, são feitas incisões, anéis, estrangulamentos ou torções no ramo para faci-
litar o enraizamento. A área danificada é coberta com um substrato úmido, como 
musgo, substrato orgânico ou uma mistura que proporcione boa aeração, umidade e 
temperatura adequada, envolvendo-o com tecidos ou plásticos. 
A mergulhia aérea é recomendada em ramos de até um ano, com eliminação 
das brotações laterais em cerca de 15-30 cm antes da gema terminal. Deve ser reali-zada durante o período de maior atividade de crescimento das plantas. Em alguns 
casos, pode-se aplicar um fitorregulador de enraizamento na área danificada. É es-
sencial manter o substrato envolvente do galho úmido através de irrigações regulares. 
O tempo necessário para separar o ramo enraizado da planta mãe varia de 
acordo com a espécie, geralmente levando de dois a três meses. O momento ideal 
para a remoção do ramo enraizado é determinado pela formação de raízes, que pode 
ser observada através do plástico transparente usado para cobrir o substrato. 
 
2.1.8.5 - Enxertia 
 
A enxertia é um processo que consiste na união entre duas plantas, onde uma 
é chamada de enxerto ou cavaleiro, e a outra de porta-enxerto ou cavalo. O enxerto 
representa a parte da planta que se deseja multiplicar, enquanto o porta-enxerto é 
uma planta jovem, de rápido crescimento, geralmente proveniente de sementes ou 
estacas, robusta e resistente a pragas e doenças. 
Esse método é amplamente utilizado na propagação de plantas, mas para ter 
sucesso, é essencial seguir alguns princípios básicos, como: 
• usar plantas da mesma família ou gênero, 
• escolher a época adequada para a enxertia, 
• garantir um contato íntimo entre as cascas vivas, 
• usar fitilho para manter o contato entre o enxerto e o porta-enxerto, 
• selecionar o tipo de enxertia conforme a planta e a experiência e cuida-
dos do operador. 
 
 
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Para realizar a ligadura da parte enxertada, é recomendado usar uma fita de 
polietileno com 1,2 cm de largura, conhecida como fitilho, devido à sua fácil aquisição, 
praticidade de uso, elasticidade e capacidade de evitar o ressecamento do enxerto. 
Durante o processo de enxertia, é importante manter os enxertos úmidos, co-
locando-os em água limpa ou envolvendo-os em panos úmidos. As operações devem 
ser realizadas rapidamente, evitando múltiplos cortes para evitar acúmulo de resíduos 
na lâmina. A amarração deve ser feita ao longo de toda a junção, garantindo que as 
partes não se desloquem. Após cerca de 20 a 40 dias da enxertia, dependendo das 
condições locais e da espécie, o fitilho pode ser removido. Em seguida, os ramos do 
porta-enxerto devem ser podados para favorecer o crescimento do enxerto, deixando 
apenas o broto do enxerto se desenvolver. 
Existem diversos métodos de enxertia, que podem ser agrupados em três ca-
tegorias principais: borbulhia, garfagem e encostia. 
 
2.1.8.5.1 - Borbulhia ou enxerto de gema 
 
A borbulhia, também conhecida como enxerto de gema, é um processo em que 
uma única gema é posicionada sobre um porta-enxerto enraizado. As borbulhas po-
dem ser destacadas junto com um pouco de lenho, tornando-as mais resistentes e 
facilitando sua extração. 
É recomendável realizar a enxertia por borbulhia a uma altura de 5 a 20 cm 
acima do colo do porta-enxerto, dependendo da espécie, mas também pode ser feita 
em qualquer parte da planta. Um requisito fundamental para a borbulhia é que o porta-
enxerto esteja soltando a casca. 
Normalmente, a borbulhia é feita em plantas jovens ou em ramos mais finos de 
plantas maiores, com diâmetro entre 0,5 e 2,5 cm. Existem diferentes técnicas de en-
xertia por borbulhia, sendo a borbulhia em T normal e em T invertido as mais comuns. 
Na borbulhia em T normal, o porta-enxerto é cortado transversalmente e depois 
perpendicularmente para formar um T. A gema é retirada segurando o ramo invertido, 
levantando-se a casca para inserir a borbulha, cortando o excesso e amarrando em 
seguida. 
 
 
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No T invertido, o processo é semelhante, com a diferença principal na forma de 
inserção da gema, que é invertida (Figura 1). 
 
Figura 1 Enxertia por borbulhia 
 
2.1.8.5.2 - Garfagem 
 
A garfagem é um processo em que um pedaço de ramo destacado (garfo ou 
enxerto) é unido a outro vegetal (porta-enxerto) para permitir a fusão dos tecidos e o 
desenvolvimento conjunto. O garfo, ao contrário da borbulha, geralmente possui mais 
de uma gema. 
Para plantas de folhas caducas (plantas cujas folhas caem no outono), a época 
ideal para a garfagem é durante o repouso vegetativo no inverno, enquanto para fo-
lhas persistentes, depende da espécie e pode ocorrer na primavera, verão ou outono. 
 
1 - Faz-se 
um corte 
no caule 
em forma 
de “T” 
3 - Acomoda-
se a gema 
com cuidado 
no corte em 
“T” do cavalo 
2 - Retira-
se a gema 
da espécie 
que quer 
propagar 
(enxerto) 
4 – Amarra-
se bem os 
dois com 
ajuda de um 
fitilho 
plástico, 
apertando 
bem a gema 
5 - Fixa-se 
bem a 
amarração 
6 – 15 a 30 dias 
após, curva-se a 
ponta do cavalo 
ou corta-se 
acima do local 
enxertado, para 
que o enxerto 
cresça reto. 
Mantem-se 
apenas o 
enxerto no 
cavalo. 
 
 
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Especialmente para espécies lenhosas, recomenda-se colocar um saco plás-
tico amarrado na base do porta-enxerto para manter a umidade e a temperatura ade-
quadas até que o enxerto se fixe. 
Assim como na borbulhia, existem vários tipos de garfagem, sendo a garfagem 
em fenda cheia a mais comum. Nessa técnica, o porta-enxerto é cortado em uma 
altura específica (geralmente de 10 a 20 cm) e é feita uma fenda de 2 a 4 cm perpen-
dicular ao diâmetro, onde o enxerto em forma de cunha é inserido, garantindo a coin-
cidência dos diâmetros ou pelo menos de um lado. 
A minigarfagem usa material mais jovem (tanto enxerto quanto porta-enxerto) 
e é protegida com pequenos pedaços de canudos de diâmetros diferentes. As vanta-
gens principais desse método incluem o rápido pegamento dos minienxertos e o uso 
eficiente de espaço, especialmente em porta-enxertos de mudas em tubetes. 
 
2.1.9 - Micropropagação 
 
A micropropagação de espécimes vegetais é um método que visa a multiplica-
ção rápida e em grande escala de tecidos e/ou órgãos vegetais em condições contro-
ladas e assépticas. 
Assim como a estaquia, a micropropagação se baseia na teoria da totipotência, 
que sugere que qualquer parte de uma planta tem a capacidade de regenerar o res-
tante da planta, desde que as condições adequadas sejam fornecidas. 
Embora teoricamente seja possível micropropagar qualquer espécie vegetal a 
partir de qualquer parte da planta, na prática algumas espécies são mais difíceis de 
serem propagadas dessa forma e são chamadas de recalcitrantes. 
As respostas das plantas às técnicas de micropropagação variam de acordo 
com diversos fatores, como espécie, variedade, época de coleta do explante e condi-
ções de cultivo. Isso requer experimentação intensa para determinar as melhores con-
dições para cada caso. 
Um protocolo de micropropagação é uma sequência de etapas pré-determina-
das que indicam os procedimentos mais adequados para obter o máximo aproveita-
mento do material vegetal disponível. Entre as técnicas de cultivo in vitro, a micropro-
 
 
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pagação direta de órgãos ou tecidos meristemáticos é a mais indicada comercial-mente, pois permite menor ocorrência de variações genéticas em relação ao explante 
original. 
A multiplicação dos explantes cultivados in vitro é induzida pela interação entre 
o potencial do explante e os fitorreguladores. A organogênese direta é preferível, pois 
evita instabilidades genéticas indesejáveis que podem surgir com a formação de calo, 
especialmente em espécies com alto nível de ploidia como as cultivares de banana. 
Essa introdução sobre a micropropagação destaca a importância da organogê-
nese direta devido à sua maior aplicabilidade prática e menor ocorrência de variações 
genéticas indesejáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Plantas ornamentais: Propagação e Produção de Mudas 
 
 
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