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INSULINOTERAPIA CONCEITO O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizada por hiperglicemia resultantes de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. PRINCIPAIS TIPOS DE DM DM Tipo 1 - Caracterizada por uma insulinopenia absoluta, devido à destruição das células ß. Doença crônica podendo acometer diferentes faixas etárias sendo mais comumente diagnosticada em crianças, adolescente e adultos jovens. DM Tipo 2- Caracterizada por insulino-resistência ou por defeitos na secreção da insulina. Representa 90% a 95% dos casos de diabetes acometendo indivíduos em qualquer idade, porém mais freqüentemente diagnosticada após os 40 anos. TIPOS DE DIABETES SINAIS E SINTOMAS • Glicosúria ( excesso de glicose na urina); Polaciúria (↑ no número de micções c/ diminuição do volume); • Poliúria/Nictúria (↑ do volume/noite); • Polidipsia (sede excessiva /boca seca); • Polifagia (↑ apetite); • Emagrecimento rápido/fraqueza/astenia/letargia (aumento na queima de gordura); • Hálito cetônico (corpos cetônicos). SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS ÀS COMPLICAÇÕES DA DM Proteinúria ( perda excessiva de proteína através da urina ); Retinopatia ( lesão à retina causada pelas complicações do diabetes, causa importante de cegueira) ; Ulcerações crônicas nos pés; Doença Vascular; Impotência sexual; Infecções urinárias ou cutâneas de repetição. TRATAMENTO Os diversos tipos de diabetes são controlados pela combinação de medicamentos, atividade física regular, alimentação saudável e monitorização. Apenas o equilíbrio entre eles é que o manterá controlado. HGT/GLICEMIA CAPILAR Glicemia capilar: coleta de sangue de capilares sanguíneo geralmente do dedo, através da perfuração cutânea por uma lanceta e a dosagem de glicose é verificada em aparelhos próprios para esse fim; Valor de glicemia normal de 70 a 99 mg/dl em jejum oral de 8 horas. INSULINOTERAPIA A insulina é produzida pelo Pâncreas. Tem como função remover a glicose do sangue e transporta- la para os tecidos a fim de que possa utiliza-la como principal fonte de ENERGIA. TIPOS DE INSULINA A principal característica que distingue os diferentes tipos de insulinas: Tempo para início de ação; Duração de ação; Tempo necessário para atingir a sua concentração máxima. Assim, de um modo geral as insulinas dividem-se em 4 tipos, de acordo com a sua duração de ação. TIPOS DE INSULINA Insulinas de ação ultra-curta; Insulinas rápida; Insulinas de ação intermédia; Insulinas de longa duração. Insulinas: Tipo e Marca Comercial Perfil de Acção Acção ultra-curta (Insulina lispro) HUMALOG® (Insulina asparte) NOVORAPID® Início de acção: 15 min Concentração máxima: 40-60 min Duração de acção: 2-4 h Curta duração de acção (Insulina solúvel ou regular) ACTRAPID® ISUHUMAN RAPID® HUMULIN REGULAR® VELOSULIN®* Início de acção: 30 min Concentração máxima: 2 h Duração de acção: 4-8 h Acção intermédia (Insulina isófano ou insulina protamina-zinco) MONOTARD® Início de acção: 1,5 h Concentração máxima: 6-8 h Duração de acção: 22 h Acção intermédia (Insulina com protamina) INSULATARD® ISUHUMAN BASAL® HUMULIN NPH® Início de acção: 1,5 h Concentração máxima: 4-8 h Duração de acção: 18 h Longa duração de acção (Insulina zinco) ULTRATARD® ULTRALENTA® Início de acção: 5 h Concentração máxima: 20 h Duração de acção: 30 h Bifásicas ou Pré-Misturas (Insulina solúvel + Insulina isofano) MIXTARD® 10, 20,30,40,50 HUMULIN® M1, M2, M3, M4 ISUHUMAN COMB® 25 Início de acção: 30 min Concentração máxima: 1-12 h Duração de acção: até 24 h INSULINA DE ULTRA CURTA DURAÇÃO Absorção muito mais rápida; Tempo de ação curto; Pode ser administrada logo antes da refeição; Melhor controle dos pico glicemicos pos- prandiais; Desvantagem: Maior suprimento de insulina basal; Conhecidas como lispro ou aspart; INSULINA RÁPIDA Muito usada em emergência por via endovenosa (bomba de infusão); Deve ser administrada 30 minutos antes das refeições; Melhor controle dos pico glicemicos pos- prandiais; Absorção rápida (porém não tanto quanto a ultra- curta); Conhecida como insulina regular. INSULINA INTERMEDIÁRIA (NPH) É uma insulina de ação basal; Começa a agir horas após a aplicação; É usada para controlar a glicemia nos períodos em que não estamos nos alimentando; É insulina que controla a glicemia diária; Administrada 2 vezes ao dia (antes do café e jantar); INSULINA LENTA (LANTUS) Período de ação maior no organismo que a NPH podendo ser aplicada apenas uma vez ao dia; Controle da glicemia diária (mesma função da NPH). CUIDADOS COM INSULINA o Armazenamento da Insulina: os frascos de insulina que não estão em uso devem ser refrigerados (temperatura entre 2° e 8° c). Extremos de temperatura abaixo ou acima do recomendável deve ser evitados, bem como a agitação do frasco; o Nunca deve ser congelada; o Pode ser mantido em lugar fresco longe de fonte de luz; o Caso a insulina esteja na geladeira, retirá-la de 10 a 15 minutos antes de iniciar sua utilização; o Evite colocar a insulina na porta, onde há uma maior variação de temperatura. PREPARO DA INSULINA PREPARO DA INSULINA ADMINISTRAÇÃO Observar o aspecto da insulina : Insulinas regulares apresentam aspecto límpido e as insulinas NPH aspecto turvo. As injeções são feitas no subcutâneo formando um ângulo de 90° com a pele. A aspiração não é necessária. LOCAIS DE APLICAÇÃO VELOCIDADE DE ABSORÇÃO Dependendo da área do corpo escolhida, a insulina é absorvida em velocidade diferente, por isso deve-se sempre usar a mesma parte do corpo para cada uma das injeções diárias. Por exemplo, se na hora do almoço a dose é aplicada no abdômen, o paciente deve usar este mesmo local todos os dias. Se a coxa foi escolhida para receber a insulina à noite, o diabético deve fazer o rodízio sempre nesta mesma área. VELOCIDADE DE ABSORÇÃO A velocidade com que a insulina é absorvida: É mais rápida no abdômen; Um pouco mais lenta nos braços; Mais lenta nas nádegas; Mais lenta ainda nas pernas. VELOCIDADE DE ABSORÇÃO Dose de insulina aplicada no café da manhã e almoço deve ser feita no abdômen - evita hiperglicemia pós- prandial Após o jantar ou antes de se deitar, a dose de insulina de longa duração pode ser aplicada na coxa, nas nádegas ou no braço - a insulina terá sua ação longa de forma eficaz e gradual, cobrindo as necessidades do diabético ao longo da noite. RODÍZIO DE APLICAÇÃO Dividir cada região em pequenas partes com distância mínima de 1 cm (um ou dois dedos); Aplicar em um ponto diferente a cada aplicação; Aplicar no mesmo ponto somente após 14 dias; Usar a mesma área por pelo menos uma semana para evitar variações extremas de glicose no sangue; Alternar os lados (direito e esquerdo) do local escolhido. TIPOS DE SERINGA PROBLEMAS COM USO DE INSULINA Hematoma Lipodistrofia Lipoatrofia Lipohipertrofia Essas lesões podem alterar a forma como a insulina é absorvida, tornando mais difícil manter o controle glicêmico. POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS Hipoglicemia: • Constitui a principal causa da insulinoterapia, está envolvida como fator primário e secundário de morte em 4% dos pacientes com DM1. • Condições clínicas: insuficiência adrenal, hepática, uso de álcool, podem levar a hipoglicemia. • Doses incorretas de insulina, a aplicação intramuscular e a omissão de refeições também levam a hipoglicemia. QUADRO CLÍNICO • Tontura; • Fome; • Sudorese fria; • Tremores; • Irritabilidade;• Fraqueza; • Dores de cabeça; • Palidez cutânea; • Irritabilidade; • Ansiedade; • Taquicardia; • Pesadelos (podem representar episódios hipoglicêmicos durante o sono). POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS Hiperglicemia: • Quando o valor da glicose é muito elevado dizemos que existe uma hipergliemia; • Quando existe excesso de açúcar no sangue o pâncreas é estimulado a produzir mais insulina de modo a que a glicose deixe mais rápido a corrente sanguínea e passe para as células onde é guardada para uso futuro. FIM
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