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01 1ª GAVETA (MEDICAMENTOS) ITEM FUNÇÃO Adenosina Antiarrítmico em taquisupra ventricular. Adrenalina Vasopressor/broncodilatador. Aminofilina Broncodilatador. Amiodarona Antiarrítmico em fibrilação atrial, taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular. Atropina Aumento da FC em bradicardia e bloqueia ação da acetilcolina. Cedilanide/Deslanosídeo Aumenta a contratilidade cardíaca. Dexametasona/Decadron Corticóide. Dormonid/Midazolan Benzodiazepínico. Dobutamina Aumento da contratilidade cardíaca. Dopamina Aumento da FC, da PA e vasodilatador renal. Etomidato Anestésico hipnótico. Furosemida/Lasix Diurético. Hidrocortisona Corticóide. Lidocaína Anestésico e antiarrítmico. Carrinho de emergência 02 Noradrenalina Vasoconstritor. Prometazina/Fenergan Ação sedativa e anafilática. Suxametônio Bloqueador neuromuscular. Terbutalina Broncodilatador. Fentanil Opióide anestésico. Água Destilada Diluição ou dissolução de medicamentos. Bicarbonato de sódio 8,4% Tratamento da acidose metabólica. Cloreto de Sódio 0,9% Restabelecimento de fluido e eletrólitos Glicose 25% São usadas geralmente como líquidos de hidratação e como veículos para outras drogas. Glicose 50% Gluconato de Cálcio 10% Indicado no tratamento dos estados agudos de hipocalcemia. Sulfato de magnésio 10% Controle dos espasmos musculares (convulsões) e na redução da necessidade de ventilação mecânica em pacientes acometidos por tétano. 2ª GAVETA (MATERIAIS PARA ACESSO INTRAVASCULAR/CIRCULAÇÃO) ITEM Agulha Bisturi Fio Nylon Eletrodos 03 Equipos macrogotas Equipos para BIC Gel Cateter intravenoso periférico Polifix Scalp Seringa Bureta 3ª GAVETA (MATERIAIS PARA SUPORTE VENTILATÓRIO) ITEM Lidocaína gel Lidocaína spray Tubo orotraqueal Cateter nasal tipo óculos Cânula nasal tipo óculos Cânula de guedel Micropode Óculos protetor Pilha média Sonda de aspiração com válvula Cadarço Gaze estéril Luva estéril Fio guia 4ª GAVETA (MATERIAIS PARA CATETERISMOS VESICAL/GASTRICO) ITEM Bicarbonato de sódio 8,4% (250 ml) Voluven/Plasma (500 ml) 04 Cloreto de sódio 0,9% (1000 ml) Cloreto de sódio 0,9% (500 ml) Ringer lactato (500 ml) Glicose 5% (500 ml) Manitol 20% (250 ml) COMPARTIMENTO INFERIOR E SUPERIOR ITEM Laringoscópio Conjunto de laringo Desfibrilador/Monitor Ambú Frasco nebulizador Frasco á vácuo Extensão de PVC para O2 05 DOSE AMPOLAS DILUIÇÃO Dobutamina pura 12.500 mg/ml 3 amp. (60 ml) - Dobutamina 4000 mg/ml 4 amp. (80 ml) 170 ml de SG 5% ou SF 0,9% Dobutamina 1000 mg/ml 1 amp. (20 ml) 230 ml de SG 5% ou SF 0,9% Drogas vasoativas DOBUTAMINA Genéricos: dobutrex, dobutanil, dobtan, dobuton, dobutal, dobutariston, hibutan. Função: a dobutamina age sobre os receptores Beta 1 aumentando a contratilidade e a frequência cardíaca. Indicação: pode ser usada após cirurgia cardíaca, durante alguns procedimentos diagnósticos com esforço cardíaco, para pacientes com insuficiência cardíaca, choque ou outras condições que gerem contratilidade cardíaca deficiente ou baixo débito cardíaco. Apresentação: ampola 250 mg ( 20 mL) ou 250.000 mcg/ampola ou 12.500 mcg/mL. Diluição: SF 0,9% ou SG5% ou pura. Início da ação: 1 a 2 minutos. Duração: < 5 minutos. Efeitos adversos: taquicardia, cefaléia, arritmias, flutuações da pressão arterial e náuseas. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua; Controle rigoroso de sinais vitais, atenção à pressão arterial, à frequência e o ritmo cardíaco; Administrar em acesso venoso central; Atenção aos efeitos adversos; Não administrar na mesma via do bicarbonato de sódio, heparina, hidrocortisona, cefalosporina e penicilina; Estabilidade de 24 hs. 06 DOSE EFEITO 0,2 a 3,0 mg/kg Utilizada para aumento do fluxo sanguíneo renal e aumento do volume urinário. 3,0 a 10,0 mg/kg Efeitos beta-adrenérgicos: taquicardia, aumento do retorno venoso e diminuição da resistência vascular sistêmica. 10,0 mg/kg Efeitos alfa-adrenérgicos predominantes: vasoconstrição sistêmica, aumento da pressão arterial. DOPAMINA Genéricos: Dopacris, Revivan. Função: estimula diretamente os receptores dopaminérgicos, beta-adrenérgicos e alfa- adrenérgicos. Indicação: pode ser usada em pacientes com condições de hipotensão, débito cardíaco diminuído e oligúria. Apresentação: ampola 50 mg (10 ml). Diluição: 5 ampolas (50 ml) em 200 ml de SF 0,9% ou SG5%. Efeitos adversos: taquicardia, cefaléia, arritmias, hipertensão e náuseas. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua; Administrar em acesso venoso central, pois o pode ocasionar necrose tecidual; Monitorar volume urinário e distúrbios neurológicos; Monitorar frequência cardíaca e pressão arterial, pois pode provocar taquicardia e hipertensão; Não administrar com soluções alcalinas, como bicarbonato de sódio, pois a droga pode ser inativada; Estabilidade de 24 hs. 07 CASO ADMINISTRAÇÃO Parada cardiorrespiratória Bolus 1 mg a cada 3 a 5 minutos em acesso venoso periférico calibroso, intraósseo ou central. Pode também ser realizada via tubo orotraqueal com dose dobrada. No choque (0,01 a 0,5 mcg/Kg/min): 5 ampolas em 245 ml SG5% (20 mcg/ml), no cateter central. Na bradicardia 2 a 10 mcg/min – 6 a 30 ml/h da solução de 20 mcg/ml. EPINEFRINA/ADRENALINA Genéricos: Adren, Adrenalina. Função: age sobre os receptores Beta 1, Beta 2 e Alfa 1, promove o aumento da frequência cardíaca, broncodilatação e vasodilatação. Em doses altas predomina o efeito de vasoconstrição, aumento da resistência vascular sistêmica e pressão arterial. Indicação: pode ser usada em diversas situações inclusive parada cardíaca, bradicardia sintomática, hipotensão grave, anafilaxia e choque. Apresentação: Ampola 1 mg (1 ml). Diluição: SG5% ou pura. Início da ação: subcutânea 5 – 10 minutos; Intra-muscular 5; Intra-venoso imediato. Efeitos adversos: arritmias, isquemia miocárdica, angina, infarto do miocárdio, tremores, vertigem, sudorese. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em acesso venoso pérvio, pois o extravasamento pode ocasionar necrose do tecido; Monitorar a frequência cardíaca e a pressão arterial, pois pode ocorrer angina, infarto do miocárdio; Observar sinais de agitação, alucinações, angina, nervosismo. Se administrada em bomba de infusão: equipo fotossensível, administrar em acesso venoso central, estabilidade de 24 hs, controle rigoroso do débito urinário; observar perfusão periférica dos membros e mantê-los aquecidos, observar motilidade intestinal, número de evacuações e controle glicêmico. 08 DOSE AMPOLAS DILUIÇÃO Noradrenalina 16 mg/mL 1 amp. (4 ml) 246 ml de SG5% Noradrenalina 64 mg/m 4 amp. (16 ml) 234 ml de SG 5% Noradrenalina 128 mg/mL 8 amp. (32 ml) 218 ml de SG 5% Noradrenalina 200 mg/mL 5 amp. (20 ml) 80 ml de SG 5% NORADRENALINA Genéricos: Norepinefrina, Hyponor. Função: afeta principalmente os receptores Alfa, causando vasoconstrição periférica, pressão arterial aumentada e resistência vascular sistêmica aumentada. A resistência vascular sistêmica aumentada pode aumentar o trabalho e a demanda miocárdica de oxigênio, diminuindo o débito cardíaco. Indicação: pode ser usada em pacientes com choque e hipotensão significativa, acompanhada de resistência vascular sistêmica baixa. Apresentação: 4 mg ampola 4 ml ou 1 mg/ml ou 1.000 mcg/ml. Diluição: SG5%. Efeitos adversos: taquicardia, cefaléia, arritmias, hipertensão e necrose tissular por extravasamento. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua e equipo fotossensível; Controle rigoroso de sinais vitais, atenção à pressão arterial, à frequência e o ritmo cardíaco; Administrar em acesso venoso central; Atenção aos efeitos adversos; Não administrar na mesma via de soluções alcalinas como o bicarbonato de sódio; Estabilidade de 24 hs. Monitorar débito urinário; Controle de glicemia; Observar extremidades, pois pode ocorrer cianose, diminuição da perfusão periférica. 09 DOSE AMPOLAS DILUIÇÃO Nitroprussiato 200 mg/ml 1 amp. 248 ml de SG5% Nitroprussiato100 mg/ml 4 amp. 448 ml de SG 5% NITROPRUSSIATO DE SÓDIO Genéricos: Nipride, Nitrop, Nitroprus, Nitropress. Função: é um potente vasodilatador arterial e venoso que é empregado para tratar a insuficiência ventricular esquerda grave, crise hipertensiva e aneurisma dissecante. Indicação: diminui a resistência vascular sistêmica e aumenta o débito cardíaco. Apresentação: ampola 50 mg de nitroprussiato de sódio + diluente 2 ml. Diluição: SG5%. Efeitos adversos: hipotensão, isquemia miocárdica, náuseas, vômitos, dor abdominal e intoxicação pelo cianeto. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua e equipo fotossensível; Controle rigoroso de sinais vitais, atenção à pressão arterial, à frequência e o ritmo cardíaco; Administrar em acesso venoso central; Atenção aos efeitos adversos, principalmente a hipotensão e a intoxicação pelo cianeto; Estabilidade de 24 hs; Cuidado no uso em pacientes renais, pois pode provocar intoxicação por Tiocianato sérico. 10 DOSE AMPOLAS DILUIÇÃO Nitroglicerina 200 mg/mL 10 ml 240 ml de SF 0,9% Nitroglicerina 400 mg/mL 20 ml 230 ml de SF 0,9% NITROGLICERINA OU TRINITRATO DE GLICERIL Genéricos: Tridil. Função: causa vasodilatação periférica, o que, por sua vez diminui o retorno venoso para o coração e reduz a pré-carga. Também promove a vasodilatação da artéria coronária, melhora o fluxo sanguíneo colateral, reduz a agregação plaquetária, estimula a perfusão para o miocárdio isquêmico, reduzindo a isquemia, a dor torácica e o tamanho do infarto. Indicação: reduz a pressão arterial e a resistência vascular pulmonar previamente elevada, em doses altas reduz a pós-carga por efeitos vasodilatadores arteriais. Apresentação: ampola 5 mg/ml (10 ml) ou 25 mg/ml (5 ml). Diluição: SG5% ou SF 0,9% Efeitos adversos: hipotensão, cefaléia, síncope, taquicardia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua e de preferência em frasco de vidro; Controle rigoroso de sinais vitais, atenção à pressão arterial, à frequência e o ritmo cardíaco; Administrar em acesso venoso central; Atenção aos efeitos adversos, principalmente a hipotensão; Estabilidade de 24h. 11 DOSE AMPOLAS ADMNISTRAÇÃO EM RCP Amiodarona 300 mg 2 amp. (6 ml) Infundir 6 ml + 20 ml de SF 0,9% para flushing Amiodarona 150 mg 1 amp. (3 ml) Infundir 3 ml + 20 ml de SF 0,9% para flushing CLORIDRATO DE AMIODARONA Genéricos: Ancoron, Atlansil, Miodon. Função: atua bloqueando os canais de potássio das células auto excitáveis do coração. A diminuição do efluxo desse íon durante a fase de repolarização prolonga o período refratário efetivo e o potencial de ação, o que pode ser observado no eletrocardiograma pelo alargamento do intervalo QT. Esse efeito da amiodarona permite que as células do marca-passo cardíaco sejam capazes de reestabelecer o ritmo de normal de contração desse órgão. Indicação: é indicada em arritmias associadas à síndrome de Wolff Parkinson White, em taquiarritmias ventriculares sintomáticas e taquiarritmias supraventriculares sintomáticas, como flutter e fibrilação atrial. Apresentação: ampola de 3 ml com 50mg/ml (150 mg) Diluição: SG5%. Efeitos adversos: formação de depósitos na córnea, fotossensibilidade cutânea e distúrbios gastrointestinais, como náusea e vômito. Outros efeitos comuns são bradicardia moderada, pigmentação cinza-azulada da pele, fibrose pulmonar e distúrbios tireoidianos, como hipertireoidismo e hipotireoidismo. Também é possível ocorrer disfunções neurológicos e hepatotoxicidade. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar em bomba de infusão contínua; Controle rigoroso de sinais vitais, atenção à pressão arterial, à frequência e o ritmo cardíaco; Administrar em acesso venoso central; Atenção nos casos de hipotensão, insuficiência respiratória severa, e insuficiência cardíaca severa ou descompensada; Não misturar outras preparações na mesma seringa; Não injetar outras preparações na mesma linha de infusão; Medicamento fotossensível, porém não é necessário utilizar equipo fotossensível e nem proteger a solução de infusão, sendo aconselhável PREPARAR A SOLUÇÃO PARA INFUSÃO APENAS NO MOMENTO DO USO. 12 ATROPINA Genéricos: Auranofina, Avanafila, Avapritinibe. Função: é um agente antimuscarínico, bloqueia a ação da acetilcolina nos locais parassimpáticos do músculo liso, das glândulas secretoras e do SNC, aumentando a frequência cardíaca acelerando o marcapasso sinusal e atrial e melhorando a condução através do nó AV. Indicação: é utilizado para o tratamento de intoxicação por inseticidas, incontinência urinária, Doença de Parkinson, além de distúrbios oftalmológicos, respiratórios e cardiovasculares. Apresentação: ampola de 2 ml com 0,25mg/ml (0,50 mg) Diluição: pura. Efeitos adversos: em altas doses a atropina pode causar, por tempo prolongado, midríase, boca seca, taquicardia, agitação, delírio e aumento da temperatura corporal, efeito mais sensível em crianças e lactentes até quando é administrada em doses menores. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A atropina não deve ser usada por mulheres grávidas ou em amamentação, ou por pessoas que tenham asma, glaucoma ou tendência ao glaucoma, adesão entre íris e o cristalino, taquicardia, estado cardiovascular instável em hemorragia aguda, isquemia do miocárdio, obstrução gastrointestinal ou genitourinária, íleo paralítico, paralisia intestinal, colite ulcerativa severa, megacólon tóxico associado à colite ulcerativa, doenças hepáticas e renais severas, ou miastenia grave. Além disso, esse remédio não deve ser usado por pessoas que tenham alergia à atropina ou outros remédios antimuscarínicos; O colírio de atropina também não deve ser usado por pessoas com glaucoma ou hipertensão ocular. ADENOSINA Genéricos: Adalimumabe, Adapaleno, Adefovir, Adenocard. Função: é a droga de primeira escolha para o tratamento da taquicardia supraventricular estável, caso a manobra vagal não seja eficaz. Trata-se de um nucleosídeo endógeno que atua em dois receptores, A1 e A2. Indicação: tratamento da taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) ao ritmo sinusal, incluindo a associada à síndrome de Wolff-Parkinson-White, visando a reversão ao ritmo sinusal. Apresentação: ampola de 2 ml com 3mg/ml (6 mg) Diluição e administração: pura. Primeiro administre rapidamente a Adenosina em bolus e em seguida 20 ml, em flushing, de soro fisiológico. Eleve o braço do paciente para a droga chegar rapidamente ao coração. Monitore o paciente continuamente para avaliar a eficácia ou não do procedimento. Efeitos adversos: rubor facial, respiração ofegante/dispneia, dor de cabeça, pressão no peito (desconforto), atordoamento e náusea, 13 METOPROLOL Genéricos: Selozok, Quenzor, Emprol XR ou Miclox. Função: é um anti-hipertensivo da classe dos betabloqueadores. Esse remédio age mantendo o ritmo e a pressão cardíaca estáveis, podendo ser encontrado na forma de comprimidos ou injeção, como genérico "succinato de metoprolol" ou "tartarato de metoprolol". Indicação: é indicado para tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) - redução da pressão arterial, da morbidade e do risco de mortalidade de origem cardiovascular e coronária (incluindo morte súbita); Angina do peito; Adjuvante na terapia da insuficiência cardíaca crônica sintomática, Apresentação: ampola de 5 ml com 1mg/ml (5 mg) Diluição: SF 0,9% ou SG 5%. Efeitos adversos: bradicardia, alterações posturais (muito raramente com síncope), mãos e pés frios, fenômeno de Raynaud, palpitações, fadiga, astenia, náuseas, dor abdominal, diarreia, constipação, dispneia de esforço. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Succinato de Metoprolol deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. Betabloqueadores podem mascarar taquicardia ocorrendo com hipoglicemia, mas outras manifestações como vertigem e sudorese podem não ser significativamente afetadas. Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado de que o paciente está tomando Succinato de Metoprolol. FENTANIL Genéricos: Actiq, Duragesic e Sublimaze. Função: atua diretamente no sistema nervosocentral, interrompendo a forma como os nervos sinalizam a dor entre o cérebro e o corpo. Além da dor, ele também afeta as emoções. Indicação: É altamente valorizado pelos seus efeitos analgésicos e sedativos e amplamente utilizado no tratamento de dor e anestesias severas. Usado em sedação padão, associado ao midazolam. Apresentação: ampolas de 2 ml, 5 ml ou 10 ml com 0,05 mg/ml Diluição: pura. Efeitos adversos: náusea, vômito, constipação, sonolência, dor de cabeça, tontura, prurido, sudorese e confusão. 14 MIDAZOLAM Genéricos: Dormonid, dormire. Função: pertence a um grupo de medicamentos chamado benzodiazepinas. Este medicamento apresenta efeito sedativo e indutor do sono muito rápido, de grande intensidade. Também exerce efeito contra ansiedade e convulsões e é relaxante muscular. Indicação: é indicado para uso como sedativo, ansiolítico e para produção de amnésia antes de procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou endoscópicos, ou antes de indução de anestesia. Apresentação: ampola de 3 ml com 5 mg/ml (15 mg), ampola de 5 ml com 1 mg/ml (5 mg), ampola de 10 ml com 5 mg/ml (50 mg). Diluição: SF 0,9% ou SG 5% ou 10% Efeitos adversos: depressão respiratória, parada respiratória e/ou parada cardíaca. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico. Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais. Acesso venoso central (CVC) O acesso venoso central (CVC) é uma forma de se garantir infusão de medicamentos e cristaloides e de monitorização de parâmetros hemodinâmicos, bem como uma via para coleta de amostras para exames laboratoriais. No ambiente da terapia intensiva, destacam-se os cateteres não tunelizados, de curta permanência e de inserção percutânea na veia subclávia, jugular ou femoral, os quais têm sua implantação feita em pacientes por profissional médico. 01. Veia jugular interna; 02. Subclávia; 03. Femoral. Geralmente utilizados por períodos que variam entre 7 e 14 dias, os cateteres são feitos de poliuretano ou teflon, com lúmen único, duplo, triplo, quádruplo e até quíntuplo. Lúmen único Lúmen duplo Lúmen triplo 15 INDICAÇÕES Utilização de medicações com risco de lesão se utilizadas em veia periférica, como drogas vasoativas, drogas vesicantes e irritantes; Necessidade de monitorização da pressão venosa central; Necessidade de monitorização da saturação venosa central; Rede venosa incapaz de prover as necessidades de infusão; Coleta de exames laboratoriais; Administração de nutrição parenteral; Cirurgias de grande porte. RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO Uma das responsabilidades do enfermeiro é o adequado preparo do material: Gorro cirúrgico; Óculos de proteção; Máscaras cirúrgicas; Aventais estéreis; Luvas cirúrgicas; Clorexidine degermante 2%; Clorexidine alcoólica 0,5%; Seringa de 10 ml; Ampolas de solução fisiológica 0,9%; Anestésico local (Xilocaína sem vaso); Gazes; Agulha 40×12; Agulha 25X7; Caixa de pequena cirurgia; Kit de cateter central; SF0,9 % 500 ml com equipo; Fio de sutural mononylon 2,0; Material para curativo padronizado na instituição. O enfermeiro auxilia o médico durante todo o procedimento e mantém o paciente monitorizado, garantindo que o protocolo de punção seja rigorosamente seguido para não comprometer a integridade física e a segurança do paciente. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Após a punção, o enfermeiro deve assumir o cuidado e realizar o primeiro curativo do acesso venoso; Providenciar uma imagem radiológica do tórax antes da infusão de soluções vesicantes ou irritantes, para visualização da posição correta da ponta do cateter na junção da cava superior com o átrio direito; Conduzir sua equipe na tomada de uma série de medidas e cuidados que previnam a infecção relacionada ao cateter, oclusão intralúmen ou deslocamento do cateter da íntima do vaso para o tecido subcutâneo; Avaliar diariamente o sítio de punção, investigando sinais de infecção, qualidade e integridade da sua fixação; Priorizar o uso de curativo transparente que cubra a área de inserção do cateter, com aplicação prévia de clorexidina alcoólica 0,5 e periodicidade de troca a cada 5 ou 7 dias na ausência de sangue, umidade ou sujidade; Manter curativo de gaze estéril e fita em pacientes diaforéticos ou que apresentem alguma exsudação; Conservar todas as conexões fechadas; Trocar todos os equipos, extensões e three-ways a cada 72 horas ou após infusão de sangue, hemocomponentes ou soluções lipídicas, respeitando-se a rotina preconizada por cada serviço; Higienizar as mãos e fazer a desinfecção dos conectores com pelo menos três movimentos rotacionais de fricção antes de conectar seringas, equipos ou tampinhas. 15 POSSIVEIS COMPLICAÇÕES Pneumotórax; Hemotórax; Infecção local; Tromboflebite; Endocardite; Ruptura; Sepse. Monitoração Eletrocardiográfica A monitoração cardíaca é usada em vários ambientes. Geralmente é utilizada na UTI, em salas de cirurgia, recuperação pós-anestésica, pronto socorro ou em outras unidades onde é necessário monitorar continuamente o ritmo e a frequência cardíaca de um paciente ou até mesmo avaliar os efeitos de uma terapia. A monitoração eletrocardiográfica na terapia intensiva é feita rotineiramente através de um monitor multiparamétrico, onde os eletrodos são fixados na pele e detectam a eletricidade gerada no coração, transformando esta eletricidade em ondas com registro em tela. Pode ser feita através de um sistema de 3 ou 5 cabos, onde cada eletrodo fixado capta a atividade elétrica do coração, e todos combinados auxiliam na leitura adequada da morfologia da onda eletro- cardiográfica. Os eletrodos devem ser dispostos seguindo o padrão: RA – 2° espaço intercostal direito (braço direito) – right arm LA – 2° espaço intercostal esquerdo (braço esquerdo) – left arm RL – região torácica inferior direita – right leg LL – torácica inferior esquerda – left leg C/V – 4o espaço esternal direito – Chest CUIDADOS DE ENFERMAGEM Realizar a lavagem das mãos; Orientar o paciente quanto ao procedimento; Selecionar o local correto evitando protuberâncias ósseas; Realizar tricotomia nos locais onde os eletrodos serão fixados; Limpar a pele com gaze e álcool para remover a oleosidade e os resíduos permitindo que a mesma seque por completo antes de aplicar os eletrodos; Remover o papel adesivo do eletrodo e aplicar firmemente cada eletrodo na pele e prender cada eletrodo com o seu cabo de eletrocardiograma correspondente; Trocar os eletrodos diariamente e observar se há sinais de irritação da pele; Selecionar a derivação adequada; Observar o traçado eletrocardiográfico quanto as possíveis alterações; Realizar a lavagem das mãos. 15 Pressão Arterial Invasiva (PAI) A monitoração da pressão arterial invasiva, consiste em um método invasivo para verificação da pressão arterial indicado, de forma contínua em pacientes graves nos casos de choque, crise hipertensiva, parada cardíaca, infusão contínua de droga vasoativa, procedimentos cirúrgicos de grande porte, trauma neurológico ou politrauma e insuficiência respiratória grave. Além de proporcionar múltiplas coletas de gasometria arterial e lactato. Os locais de inserção do cateter podem ser nas artérias radial, braquial, axilar, femural ou dorsal do pé, sendo a artéria radial de primeira escolha. Através da monitoração da pressão arterial invasiva (PAI), obtemos a pressão arterial média (PAM), é um dos parâmetros mais importantes para a avaliação do estado hemodinâmico do paciente crítico. A PAM normal é de 70 a 105 mmHg. Já nos casos menos graves, pode ser monitorizada de forma intermitente e não invasiva. Em casos de instabilidade hemodinâmica, a monitorização contínua da pressão intra-arterial é o método mais confiável e permite uma rápida intervenção terapêutica. PAM = PAS (sistólica) + 2 x PAD (diastólica) / 3 Para o monitoramento da PAI, é necessário um cateter oco (Jelco), um sistema de monitoração preenchido com solução salina, equipo com câmera de gotejamento, equipo não complacente, torneiras, dispositivo de lavagem,transdutores e um monitor que amplifica e demonstra as pressões e as formas de onda. Materiais necessários Equipamentos de Proteção Individual – EPI – (avental e luvas esterilizados, máscara cirúrgica, gorro e óculos de proteção); Escova esterilizada, de cerdas macias, descartável e embebida com solução antisséptica degermante ; Materiais para antissepsia (bandeja, gazes e pinça esterilizadas; clorexidine alcoólica 0,5%) ; Cateter para punção periférica – 20 Gauge; Kit de transdutor de pressão arterial completo ( Fig. 5); Bolsa pressórica ( Fig. 6) ; Soro fisiológico 0,9% (250 mL) ; Heparina sódica 50000 UI/mL, somente se prescrito pelo médico; Coxim ; Régua niveladora ( Fig. 7); Suporte de soro ; Monitor com módulo e cabo para a monitorização de pressão arterial invasiva ( Fig.8); Suporte para domo, local onde o diafragma do equipo transdutor de pressão é posicionado ( Fig.9); Fita hipoalergênica com boa adesividade. 15 MONTAGEM DO SISTEMA PAI Montar o circuito extra arterial da PAI; Conectar o sistema do transdutor no frasco de SF 0,9% e remover o ar do circuito (Se for prescrito pelo médico, acrescentar 0,25 mL de heparina no frasco); Envolver a bolsa pressórica no frasco de SF 0,9% e insuflar até 300 mmHg; Acoplar a placa de domo em suporte de soro; Ajustar o diafragma do transdutor na placa do domo (lado do cliente para cima e o cabo do transdutor para baixo); Conectar o cabo do transdutor no cabo do monitor. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Deve-se verificar as características do traçado. Traçado normal: caracterizado por uma rápida ascensão da curva atingindo um platô com o mesmo valor colocado no pressurizador. Quando o fluxo é interrompido, a curva cai abaixo da linha de base, oscila por pequeno período e estabiliza. Indica que não há erros técnicos.Traçado amortecido: caracterizado por uma ascensão e queda mais lenta com um platô de bordas arredondas. Pode indicar: bolhas no sistema, vazamento, uso de cateter finos, obstrução do cateter, falha na calibração do monitor. Traçado subamortecido: caracterizado por ascensão e queda normais, porém, se a infusão for interrompida, as oscilações obtidas se sustentam por um longo período ou não desaparecem. Pode indicar objetos móveis em contato com as extensões ou os transdutores; calibragem incorreta e uso de extensões não padronizadas. Manter o frasco de SF 0,9% na bolsa com pressurização de 300 mmHg; Manter nivelado o diafragma do transdutor na altura do 5º espaço intercostal e linha axilar média, sempre após mudanças no ângulo da cabeceira do paciente; Realizar a calibragem do sistema sempre após transportes ou dúvidas quanto ao valor fidedigno da pressão arterial; Trocar e rotular o frasco de SF 0,9% (250 mL) a cada 24 horas; Realizar flush com solução salina do próprio circuito, sempre após coleta de sangue, suspeitas de oclusão/ obstrução e calibração; Realizar o curativo do sítio de inserção do cateter e observar aspecto e presença de sinais flogísticos; Realizar a coleta de amostra de sangue arterial pela PAI; Observar sítio de inserção do cateter quanto a presença de sangramentos, especialmente em clientes portadores de coagulopatia; Monitorar a temperatura, a sensibilidade, a perfusão, a coloração e a mobilidade no membro com o cateter arterial a cada 6 horas e registrar qualquer alteração; Monitorar as medidas pressóricas (sistólica, média e diastólica), registrar a cada intervalo prescrito e comunicar qualquer alteração.