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Choque A) Choque é a expressão clínica da hipoperfusão tecidual. É causado pela incapacidade do sistema circulatório de suprir as demandas celulares de oxigênio, por oferta inadequada e/ou por demanda tecidual aumentada de oxigênio. B) Síndrome clínica e o seu diagnóstico é feito a partir de critérios clínicos, hemodinâmicos e laboratoriais. C) É uma emergência, e é imprescindível que diagnostique e inicie o plano terapêutico imediatamente, enquanto identifica a etiologia e define a terapia definitiva para revertê-lo, com o objetivo de prevenir a síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (SDMOS) e a morte. Quatro mecanismos são descritos: distributivo, cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo. FISIOPATOLOGIA: O processo de utilização do oxigênio tecidual envolve os seguintes passos: 1. Difusão do oxigênio dos pulmões ao sangue. 2. Ligação do oxigênio à hemoglobina. 3. Transporte de oxigênio pelo débito cardíaco para periferia. 4. Difusão de oxigênio para a mitocôndria. DIAGNÓSTICO: deve ser suspeitado em pacientes com sinais de hipoperfusão tecidual. A hipotensão arterial geralmente está presente, mas pode estar ausente, especialmente HAS. PAS < 90 mmHg ou PAM < 70 mmHg, com taquicardia associada. A combinação de tempo de enchimento capilar > 2 segundos, livedo e diminuição da temperatura da pele pode predizer baixo índice cardíaco e, em última análise, choque. Tempo de enchimento capilar > 3 segundos é associado com piora de perfusão tecidual e pior prognóstico. A área de livedo reticular ao redor do joelho está diretamente relacionada à mortalidade, sendo um marcador importante de hipoperfusão tecidual no exame físico. Existem três janelas de perfusão tecidual, que identificam os danos que o choque causou no organismo: 1) Pele: pele fria e úmida, cianose, palidez, livedo, tempo de enchimento capilar prolongado, gradiente temperatura central-periférica (> 7°C = má perfusão periférica). 2) Rim: débito urinário < 0,5 mL/kg/h. 3) Sistema nervoso central: estado mental alterado, que inclui torpor, desorientação e confusão. Vale ressaltar a importância da análise de outras disfunções orgânicas não avaliadas pelas três janelas descritas, visto que refletem também as consequências do choque no organismo. A avaliação por sistemas facilita a identificação das disfunções: Respiratório: dispneia, uso de musculatura respiratória acessória, hipoxemia, relação PaO2/FiO2 < 400. Cardiovascular: hipotensão, taquicardia, hiperlactatemia. Hepática: icterícia, encefalopatia, aumento de bilirrubinas. Hematológica: sangramentos, petéquias, alargamento de RNI, plaquetopenia. Critérios laboratoriais Hiperlactatemia está tipicamente presente. Nível normal de lactato no sangue é de aproximadamente 1 mmol/L (ou 9 mg/dL), e o nível é aumentado (> 2 mmol/L ou >18 mg/dL) no choque. MECANISMOS DE CHOQUE TRATAMENTO DC: débito cardíaco; DO2: oferta de O2; Hb: hemoglobina; IAM: infarto agudo do miocárdio; PAM: pressão arterial média; SatO2: saturação de O2; TEC: tempo de enchimento capilar; USPOC: ultrassom point-of-care; VCI: veia cava inferior; VE: ventrículo esquerdo; VO2: consumo de O2. ___________________________________________________________________________________________________ image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png
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