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07/10/2019 1 Estado de Choque Monitorização Hemodinâmica Invasiva Profa Ms Raffaela Angel Revisão 1. Bomba Cardíaca 2. Sistema Arterial Resistencia: 30% sangue todo organismo – Tonus arterial 3. Sistema Venoso: alta complacência – capacidade de acomodar volume (70% sangue) 4. Rede Capilar: microcirculação → troca nutriente e gases respiratórios • Ocorre a perfusão tecidual / tissular • Composta por baixa pressão e velocidade (evitar rompimento e permitir a troca) • Porém há : PEC = PRESSÃO DE ENCHIMENTO CAPILAR 1 2 07/10/2019 2 Choque: • Diminuição PEC • Desequilíbrio O2 e nutrientes • Acumulo de metabólitos → deterioração tecidual INOTROPISMO Força Contração VE PRÉ CARGA Imediatamente antes da contração Depende da volemia Depende capacidade do VE lidar com volume PÓS CARGA Imediatamente após a contração Pressão que o VE deve vencer para ejetar o sangue na artéria Depende da PA Síndrome de Choque Circulatório Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam a falência circulatória aguda. Esse quadro pode advir de causas distintas e, por isso, ter fisiopatologias distintas. A má perfusão tecidual (hipoperfusão tecidual) é o que define o choque, independentemente de sua causa Atenção →o choque circulatório não cursa necessariamente com hipotensão arterial e débito cardíaco diminuído. O choque, independentemente da causa, tem como resultado final a deterioração tecidual 3 4 07/10/2019 3 Estágios do choque • COMPENSATÓRIO • PROGRESSIVO • IRREVERSÍVEL •PA normal •Aumento de FC e contratilidade •DC adequado •Desvio de sangue para órgãos vitais •Pele fria e pegajosa •Diminuição de peristalse e débito urinário •Alcalose respiratória compensatória •PAM abaixo dos limites normais (PAS <90 mmHg) •Aumento da permeabilidade vascular •SARA ou “pulmão de choque” •Arritmias e isquemia cardíacas •IRA •Distúrbios neurológicos, do TGI, hepáticos, hematológicos e etc. Disfunção orgânica progressiva e falência de múltiplos órgão O sangue dos membros (MMSS e MMII) + região abdominal é desviado para órgãos vitais (coração, cérebro, pulmões). Desvio de sangue do fígado e rins para coração, cérebro, gerando falência de órgãos, fazendo com que o sangue se acumule afastado dos órgãos vitais, seguido de óbito. Manifestações Clínicas Gerais ➢Hipotensão (PAM<60 mmHg) ➢Taquicardia ➢Taquipnéia ➢Sudorese intensa ➢Oligúria ➢Acidose metabólica ➢Alterações sensoriais e do estado de consciência. ➢Hipotermia ➢Pulso fino e filiforme ➢Sinais de hipo-perfusão periférica • Palidez • Cianose • Extremidades frias e úmidas • Re-enchimento capilar lento Refletem : 1) Efeitos da oxigenação insuficiente para a manutenção celular 2) Mecanismos que procuram compensar os distúrbios resultantes 5 6 07/10/2019 4 Classificação do Choque Hipovolêmico • Redução volume sanguíneo (15 a 25%) & Vasoconstrição reflexa Ativação Simpática Coração (inotropismo & cronotropismo) • Contração arteríolas -> aumento RVP • Contração Veias -> aumento Retorno venoso -> aumento pré Carga • Resulta: aumento PA ( DC X RVP) Barorrecetores e Quimiorreceptores. Choque Hipovolêmico Choque hipovolêmico Hemorrágico Externo Interno Não hemorrágico TGI Vômito Diarréia Fístulas Renal Diuréticos D insípida Outros Pancreatite Queimadura Terceiro espaço 7 8 07/10/2019 5 Choque hipovolêmico SAE → identificar sinais de alerta Cuidados de Enfermagem Emergência / UTI • Manter carrinho de parada • Repouso absoluto • Jejum • Oxigenoterapia • Monitorar rigorosa dos SSVV / Sat O2 / monitorizado / BH / controle de glicemia capilar • Acesso Venoso Calibroso (2 acessos) • Administração segura de líquidos e medicamentos prescritos e registrar; • Identificar possíveis complicações da reposição hídrica; • Posicionamento adequado (Trendelemburg)→ inicial • Observar os seguintes parâmetros: FC, ritmo cardíaco, pulso, PA, sons pulmonares e balanço hídrico. • Manter paciente aquecido • Monitorar sangramento Classificação do Choque Cardiogênico • Má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco oriundo de uma patologia cardíaca propriamente dita. • Vasoconstrição reflexa & Comprometimento cardíaco. • Resulta DC diminuído = Hipoperfusão 9 10 07/10/2019 6 Choque Cardiogênico Apresentação Clínica ✓ PA, FC e FR ✓ Queda rápida e acentuada do DC ✓ Alteração no nível de consciência ✓ Congestão pulmonar ✓ Sudorese fria e pegajosa ✓ Hipoxemia e retenção de CO² secundária à congestão pulmonar. ✓ Dor anginosa e arritmias. Hipoxemia e retenção de CO² secundária à congestão pulmonar. ✓ Piora da oxigenação miocárdica e cerebral (arritmias cardíacas e confusão mental). ✓ Jugular túrgida. 11 12 07/10/2019 7 Tratamento ▪ Tratamento de acordo com a etiologia Deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco por obstrução mecânica: cirúrgico Comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso de vasopressores. ▪ Suporte e hemodinâmico Drogas vasoativas e inotrópicas Balão intra-aórtico s/n TRATAMENTO • Manter PA suficiente para assegurar um volume urinário maior do que 50 ml/h e impedir acidose metabólica. • Manter volemia suficiente para permitir a contratilidade máxima do miocárdio. • Instalação de Balão Intra-Aórtico. Através de um mecanismo de deslocamento de volume em contrapulsão, pode contribuir com o aumento do débito cardíaco de maneira importante. • Medida de pressão na artéria pulmonar, cateterismo cardíaco/angioplastia coronária. 13 14 07/10/2019 8 TRATAMENTO Utiliza-se ainda: • Sedação; • Oxigênio; • Reposição de volume; • Correção das alterações hemodinâmicas, através do uso de: dopamina, dobutamina, associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras, agentes fibrinolíticos, bicarbonato de sódio, heparina, isoproterenol, adrenalina, amiodarona; • Monitorização invasiva (catéter de Swan-Ganz). Balão Intra Aórtico É baseado no mecanismo de contrapulsação por balão em que há aumento da pressão diastólica ( responsável pela perfusão coronariana) e reduzindo o trabalho sistólico na ocasião da deflação do balão. insuflado durante a diástole e desinsuflado durante a sístole 15 16 07/10/2019 9 • Proporcionando aumento do fluxo coronariano e sistêmico durante o pico diastólico (BIA insuflado) • Redução da pós-carga e do consumo miocárdico de oxigênio (efeito vácuo), coincidindo com a desinsuflação rápida do BIA no início da sístole Choque Cardiogênico Cuidados de Enfermagem • Monitoração hemodinâmica e cardíaca do paciente; • Administração segura e exata de líquidos e medicamentos intravenosos; • Proteção da pele; • Avaliação da função respiratória; 17 18 07/10/2019 10 Choque Obstrutivo • Redução do débito cardíaco secundário a um inadequado enchimento ventricular, decorrente de uma obstrução mecânica ➢Causas • Tamponamento cardíaco • Tromboembolismo pulmonar maciço • Pneumotórax hipertensivo ➢Tratamento • tratar causa básica Classificação do Choque Distributivo: Séptico / Neurogênico / Anafilático / Crise Adrenal • Má perfusão é resultado de uma vasodilatação periférica global que ocasiona drástica redução da PEC, comprometendo o fornecimento de oxigênio pelos capilares e a captura de oxigênio pelos tecidos. • Único que provoca vasodilatação • A princípio o DC está preservado • Não consegue realizar a vasoconstrição reflexa 19 20 07/10/2019 11 • No choque distributivo mecanismo compensatório simpático não consegue atuar, já que a musculatura lisa arteriolar se encontra seriamente lesada, não respondendo ao estímulo simpático. • Por esse motivo, o choque distributivo é o tipo de choque mais grave, apresentando pior prognóstico e maiores índices de mortalidade CHOQUE SÉPTICO 1992- Society Critical Care Medicine (SCCM) American College of Chest Physicians (ACCP) • Definições: Infecção Sepse Sepse Grave Choque Séptico 21 22 07/10/2019 12 Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) Resposta do organismo à um insulto variado( trauma, queimadura, infeção) Presença de pelo menos 2 dos seguintes itens: a) temperatura central > 38,3º C ou < 36ºC; b) frequência cardíaca > 90bpm; c) frequência respiratória > 20 rpm ou PaCO2 < 32 mmHg ou necessidade de VM. d) leucócitos totais > 12.000/mm³ ou < 4.000/mm³ ou presença de > 10% de formas jovens. Infecção Invasão de um tecido por um microorganismo, determinando lesão localizada por ação direta e pela reação inflamatória. Sepse Quando a SIRS é decorrente de um processo infeccioso comprovado. Sepse Grave Sepse Severa Sepse associada à disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão. Hipoperfusão e anormalidades da perfusão podem incluir: hipotensão, hipoxemia, acidose láctica, oligúria e alteração aguda do estado mental. Choque séptico Estado de falência circulatória aguda caracterizada pela persistência de hipotensão arterial em paciente séptico, sendo hipotensão definida como pressão arterial sistólica < 90 mmHg, redução de > 40 mmHg da linha de base, ou pressão arterial média < 60 mmHg, a despeito de adequada reposição volêmica, com necessidade de vasopressores, na ausência de outras causas de hipotensão. Modificado 2016 Atualmente: Terceiro Consenso Internacional de Definições de Sepse e Choque Séptico Desenvolvido pela: • Society of Critical Care Medicine • European Society of Intensive Care Medicine • Não aceito pelo ILAS - Instituto Latino Americano para Estudos da Sepse Sepse (sepse + sepse grave) • Disfunção de órgãos com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. • Pode ser representada por um aumento de 2 ou mais pontos na contagem de pontos do SOFA. Shankar Hari, et al. Developinga new definition and assessing new clinical crieria for septc shock: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Sepsis Shock. JAMA, 315(8),2016. 23 24 07/10/2019 13 25 26 07/10/2019 14 Atualmente: Terceiro Consenso Internacional de Definições de Sepse e Choque Séptico Choque séptico • Subconjunto de casos de sepse • Onde particularmente há maior risco de mortalidade, o que está associado a profundas alterações circulatórias, celulares e metabólicas. • Clinicamente identificados por hipotensão, pelo requisito de uso de vasopressores para manter uma pressão arterial média de 65 mmHg ou superior e um nível de lactato sérico > 2mmol/L (> 18 mg/dL) após reposição volêmica adequada. 27 28 07/10/2019 15 • A síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS), embora não utilizada para a definição de sepse, continua sendo importante para a triagem de pacientes com suspeita de sepse Resposta do hospedeiro à presença de um agente agressor infeccioso Fenômenos inflamatórios: ativação de citocinas, produção de óxido nítrico, radicais livres de oxigênio e expressão de moléculas de adesão no endotélio Há também alterações importantes dos processos de coagulação e fibrinólise. Todas essas ações têm o intuito fisiológico de combater a agressão infecciosa e restringir o agente ao local onde ele se encontra Ao mesmo tempo, o organismo contra regula essa resposta com desencadeamento de resposta anti-inflamatória O desequilíbrio entre essas duas forças, inflamatória e anti-inflamatória, é o responsável pela geração de fenômenos que culminam em disfunções orgânicas. Alterações celulares e circulatórias, tanto na circulação sistêmica como na microcirculação 29 30 07/10/2019 16 Toxinas → Vasodilatação e o aumento de permeabilidade capilar Hipovolemia relativa e hipotensão Microcirculação: redução de densidade capilar, trombose na microcirculação e alterações reológicas das células sanguíneas Diminuição oferta tecidual de O2 → desiquilíbrio entre oferta e consumo O2 Aumento de metabolismo anaeróbio e hiperlactatemia Fenômenos celulares de apoptose e hipoxemia citopática Acidose Metabólica → Acidose lática secundária ao choque circulatório. Independentemente de sua etiologia Cardiogênico, hipovolêmico, ou distributivo O choque circulatório provoca uma redução na oferta de oxigênio aos órgãos e tecidos Em nível celular, esta redução na oferta de oxigênio prejudica a oxidação do NADH em NAD+ pela mitocôndria. O acúmulo de NADH, por sua vez, favorece a conversão preferencial do piruvato oriundo da glicólise em ácido lático O quadro de choque reduz a utilização do lactato pelo fígado e pelos rins Contribuindo para seu acúmulo na circulação e para a acidemia 31 32 07/10/2019 17 Os mediadores inflamatórios liberados durante a sepse condicionam também um aumento da permeabilidade vascular. Isso resulta numa perda de plasma para os espaços intersticiais, além de uma perda concomitante de proteínas HIPERGLICEMIA & PACIENTE GRAVE 33 34 07/10/2019 18 Principais Mecanismos de Disfunção Orgânica Sepse & Foco Infeccioso Relacionada a qualquer foco infeccioso, as infecções mais comumente associadas à sua ocorrência são: • Pneumonia (metade dos casos) • Infecção intra-abdominal • Infecção urinária • Infecção relacionada a cateteres, • Abcessos de partes moles • Meningites • Endocardites entre Nem sempre é possível identificar o agente. As hemoculturas são positivas em cerca de 30% dos casos Em outros 30% a identificação é possível por meio de culturas de outros sítios 35 36 07/10/2019 19 Etiologia • Hemocultura positiva em aproximadamente 1/3 dos casos; • - Gram negativos 62% das culturas positivas (Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella sp); • Gram positivos 47% das culturas positivas (Staphylococcus aureus e Steptococcus pneumoniae); • - Principais focos: respiratório, urinário e abdominal ALTA MORTALIDADE! DESCONHECIMENTO? 37 38 07/10/2019 20 Sinais e Sintomas Alguns achados clínicos e laboratoriais podem ser úteis: Edema periférico ou balanço hídrico muito positivo, sugerindo aumento de permeabilidade capilar Níveis aumentados de lactato Níveis aumentados de proteína C-reativa e procalcitonina Hiperglicemia. Disfunções: cardiovascular, respiratória, neurológica, renal, hematológica, intestinal e endócrina. Exames & Tratamento Antibioticoterapia Cristalóides: Ringer Vasopressor (Noradrenalina) Albumina Outros Culturas - Colher pelo menos 2 Hemoculturas distintas antes do início de antibioticoterapia (caso a coleta possa atrasar o antibiótico, dar preferência para a medicação); - Outras culturas podem ser colhidas a depender da suspeita clínica Exames laboratoriais: Gasometria lactato arterial (resultado até 30 minutos) hemograma completo Creatinina bilirrubina coagulograma 39 40 07/10/2019 21 Tratamento Pacote 1 hora • Exames + culturas • ATB (conforme foco) • Pacientes hipotensos (PAS< 90mmHg, PAM <65mmHg ou redução da PAS em 40mmHg da pressão habitual) ou com sinais de hipoperfusão, entre eles níveis de lactato acima de duas vezes o valor de referência institucional (hiperlactatemia inicial), deve ser iniciada ressuscitação volêmica com infusão imediata de 30 mL/kg de cristaloides • Uso de vasopressores para pacientes que permaneçam com pressão arterial • média (PAM) abaixo de 65 (após a infusão de volume inicial), sendo a noradrenalina a droga de primeira escolha Tratamento Pacote das 6 primeiras horas Registro da reavaliação do status volêmico e da perfusão tecidual • Mensuração de pressão venosa central • Variação de pressão de pulso • Variação de distensibilidade de veia cava • Elevação passiva de membros inferiores • Qualquer outra forma de avaliação de responsividade a fluídos (melhora da pressão arterial após infusão de fluidos, por exemplo) • Mensuração de saturação venosa central • Tempo de enchimento capilar • Presença de livedo • Sinais indiretos (por exemplo, melhora do nível de consciência ou presença de diurese) 41 42 07/10/2019 22 Assistência de Enfermagem na Sepse Processo de Enfermagem: Nível de consciência + exame físico completo Detecção Precoce →A hiperventilação somada a dados gasométricos posteriores tornam-se sinalizadores precoce da sepse. AvaliaçãoLactato sérico → principalmente em pacientes com DC preservado Manter cabeceira elevada a 45° e repouso no leito: broncoaspiração e pneumonia Cuidados com VM Checar sinais vitais (PA, TAX, FC, FR, SpO2) h/h e monitorar intercorrências; Monitorar padrão ventilação/perfusão; Assistência de Enfermagem na Sepse Manter acesso vascular pérvio e calibroso Atentar quanto à necessidade de início de medicações vasopressoras Verificar glicemia capilar (70 a 110 mg/dl) no mínimo de 4/4h CVD → prescrição médica: controlar débito urinário + BH Administrar ATB após culturas Monitorização Hemodinâmica Invasiva: Avaliação diária laboratorial + Evolução de Enfermagem 43 44 07/10/2019 23 Choque Anafilático Reação de hipersensibilidade imediata, em indivíduos previamente sensibilizados, após reexposição a antígenos. Causas: * Alimentos e aditivos alimentares; * Picadas e mordidas de insetos; * Agentes usados na imunoterapia; * Drogas como a penicilina e anestésicos locais; * Vacinas como o soro antitetânico; * Poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). Choque Anafilático Fisiopatologia Alérgeno penetra na corrente sanguínea e reage com um anticorpo da classe da imunoglobulina E (IgE) Esta reação estimula as células a libertarem histamina e outras substâncias envolvidas nas reações inflamatórias imunes. Em resposta: Vias Aéreas contrair e causar sibilos; Vasos sanguíneos dilatar hipotensão arterial; Paredes dos vasos sanguíneos o extravasamento de líquido e edema e urticária. FC batimentos irregulares e bombeamento de sangue inadequado. 45 46 07/10/2019 24 Choque Anafilático Manifestações Clínicas CUTÂNEAS RESPIRATÓRIAS VASCULARES ERITEMA, PRURIDO, URTICÁRIA, ANGIOEDEMA ASFIXIA APÓS OBSTRUÇÃO DAS VAS POR EDEMA E BRONCOESPASMO VASODILATAÇÃO GENERALIZADA Choque Anafilático Tratamento • Manter VAS permeáveis • Suplementar Oxigênio • Acesso venoso • Monitorização hemodinâmica • Administrar soluções cristalóides • Uso de drogas vasoativas → ADRENALINA 0,5-0,8 ML A CADA 15 MIN, IM (vasto lateral) 47 48 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=www.voice-center.com/images/reinkes_post.gif&imgrefurl=http://www.voice-center.com/nodules_cysts.html&h=249&w=270&prev=/images?q=edema&start=40&svnum=10&hl=pt-BR&lr=&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sa=N http://images.google.com.br/imgres?imgurl=www.voice-center.com/images/reinkes.gif&imgrefurl=http://www.voice-center.com/nodules_cysts.html&h=249&w=270&prev=/images?q=edema&start=40&svnum=10&hl=pt-BR&lr=&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sa=N 07/10/2019 25 Tratamento ▪ Administração de drogas simpatomiméticas ➢ não corrigem a causa básica da anafilaxia, porém promovem vasoconstrição, opondo-se à vasodilatação causada pela histamina. ▪ Antihistamínicos. ▪ Corticosteróides. ▪ Ventilação Mecânica. Em caso de parada cárdio respiratória RCP Choque Anafilático Cuidados de Enfermagem • Avaliar e comunicar a existência de alergias ou reações prévias aos antígenos; • Orientar os pacientes quanto a “carteirinha de identificação de alergias”; • Avaliar risco para reação alérgica a contrastes administrados durante a realização de exames diagnósticos; 49 50 07/10/2019 26 Choque Neurogênico Perda do tônus simpático, causada por cessação abrupta dos impulsos simpáticos com origem no SNC. Ocasionando hipotensão e bradicardia Causas: • lesão raquimedular, • Anestesia espinhal • lesão SN Choque Neurogênico Bloqueio da Inervação Simpática Vasodilatação Retorno Venoso Volume Sistólico Débito Cardíaco PA Perfusão Tissular Dano Tecidual Irreversível Morte 51 52 07/10/2019 27 Choque Neurogênico Etiologia • Lesões da medula espinhal • Anestesias peridurais ou raquidianas • Drogas bloqueadoras autônomas Manifestações clínicas • Diminuição da PA, Hipotensão; Bradicardia; • Extremidades quentes acima da lesão, e frias, abaixo; Tratamento • Infusão de cristalóides para restauração do volume • Tratar a causa primária Choque Neurogênico Cuidados de Enfermagem • Imobilização; • Aplicar meias de compressão elástica; • Administrar heparina de baixo peso molecular, conforme prescrição, para evitar a formação de trombos; • Elevar e manter a cabeceira do leito em 30° para evitar o choque neurogênico quando o paciente está recebendo anestesia epidural. 53 54 07/10/2019 28 Assistência de Enfermagem no Choque ✓ Desobstrução de vias aéreas; ✓ Posicionar o paciente em decúbito dorsal (exceto em casos de gestação, dificuldade respiratória, lesão torácica – semi - fowler); ✓ Controlar qualquer hemorragia externa; ✓ Elevar os MMII a 20/30 cm acima do nível do coração. (exceto traumas cranianos, AVC , lesões nos MMII e cardiopatias); ✓ Imobilização das fraturas; ✓ Manter o paciente aquecido; ✓ Manter a vítima imóvel; ✓ Não administrar qualquer substância ou líquido via oral (em casos de sede apenas umedeça os lábios); ✓ Monitorar os sinais vitais e estado de consciência em intervalos curtos e regulares; ✓ Acesso venoso calibroso. Choque por Crise adrenal O cortisol é o hormônio mais importante para a manutenção do tônus vascular Presença de níveis adequados de cortisol é indispensável para adrenalina atuar insuficiência dos níveis de cortisol: ocorrerá uma vasodilatação generalizada com consequente redução da PEC 55 56 07/10/2019 29 Drogas Vasoativas utilizadas no choque Drogas utilizadas Indicação/Efeito Dopamina Inotropismo +; aumento do fluxo renal; Dobutamina Melhor efeito inotrópico que a dopamina; menos taquicardizante; utilizada em casos de ICC sem choque; Noradrenalina Vasoconstrictor potente; pode necessitar da associação com vasodilatadores; Adrenalina Cronotropismo +; elevação da PA; utilizada apenas em situações de PCR Nitroprussiato de sódio Vasodilatador; indicado em uso de BIA e situações de hipotensão associada a resistência periférica aumentada Trombolítico Utilizado no tratamento de IAM CUIDADOS EM TODOS OS CHOQUES - SAE → identificar sinais de alerta • Manter carrinho de parada • Repouso absoluto • Jejum • Oxigenoterapia • Monitorar rigorosa dos SSVV / Sat O2 / monitorizado / BH / controle de glicemia capilar • Acesso Venoso Calibroso (2 acessos) • Administração segura de líquidos e medicamentos prescritos e registrar (Pacote 1° hora) • Identificar possíveis complicações da reposição hídrica; • Posicionamento adequado • Observar os seguintes parâmetros: FC, ritmo cardíaco, pulso, PA, sons pulmonares e balanço hídrico. • Manter paciente aquecido • Monitorar sangramento & Trombos • Monitorar hipoperfusão: TEC, oliguria, livedo, alterações nível de consciência. • Cuidados com VMI + drogas vasoativas • Pacote 6 horas 57 58 07/10/2019 30 Referências 1. Rocha PN. Uso de bicarbonato de sódio na acidose metabólica do paciente gravemente enfermo. Bras Nefrol. 2009;31(4):297-306. 2. Conselho Federal de Medicina; Instituto Latino Americano para estudo Sepse (ILAS). Sepse um problema de Saúde Pública. 2015 3. Mourao-Junior CA; Souza LS. Fisiopatologia do Choque. HU Revista, Juiz de Fora. 2014; 40, (1 – 2):75-80. 4. Ferreira RGS. Intervenções de enfermagem na sepse: saber e Cuidar na sistematização assistencial. Revista Saúde e Desenvolvimento. 2014; 6 (3): 45-55. 5. Viana MV; et al. Avaliação e tratamento da hiperglicemia em pacientes graves. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(1):71-76. 6. INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE. Implementação de protocolo gerenciado de sepse, protocolo clínico. Agosto, 2018. 59
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