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264 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS A' (J Área = A' A I I I I I j _ _ _ l 'i.F, = O satisfeita I� (c) u' Vista tridimensional (d) Figura 7.4 Vista lateral Q = { y dA' = y'A' }A' O resultado final é, portanto, Nessa expressão, � LEJ (7.2) (7.3) r = tensão de cisalhamento no elemento no ponto localizado à distância y' do eixo neutro (Fi gura 7 .4b ) . Consideramos que essa tensão é constante e, portanto, média, por toda a largu ra t do elemento (Figura 7.4d) V = força de cisalhamento interna resultante, de terminada pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio I = momento de inércia da área da seção transver sal inteira, calculada em torno do eixo neutro. t = largura da área da seção transversal do ele mento, medida no ponto onde T deve ser de terminada Q = !A'y dA' = y'A' , onde A ' é a porção superior (ou inferior) da área da seção transversal do elemento, definido pela seção onde t é medida e y' é a distância até o centroide de A ' , medi da em relação ao eixo neutro A Equação 7.3 é conhecida como fórmula do cisa lhamento. Embora, na dedução dessa fórmula, tenha mos considerado somente as tensões de cisalhamento que agem no plano longitudinal da viga, ela também se aplica para determinar a tensão de cisalhamento trans versal na área da seção transversal da viga. Isso porque as tensões de cisalhamento transversal e longitudinal são complementares e numericamente iguais. Visto que a Equação 7.3 foi derivada indiretamente da fórmula da flexão, é necessário que o material se comporte de uma maneira linear elástica e tenha o mesmo módulo de elasticidade sob tração e sob compressão. A tensão de cisalhamento em elementos compostos, isto é, os que têm seções transversais feitas de materiais diferentes, também pode ser obtida pela fórmula de cisalhamento. Para tanto, é necessário calcular Q e I da seção transformada do ele mento como discutimos na Seção 6.6. Todavia, a espessura t na fórmula permanece a largura verdadeira t da seção transversal no ponto onde T deve ser calculada. 7 . 3 Tensões de dsa lhamento em vigas Para desenvolver uma certa percepção do méto do de aplicação da fórmula de cisalhamento e tam bém discutir algumas de suas limitações, estudaremos, agora, as distribuições de tensão de cisalhamento em alguns tipos comuns de seções transversais de vigas. Então, daremos aplicações numéricas da fórmula do císalhamento nos exemplos que serão apresentados Jogo em seguida. Seção transversal retangular. Considere que a viga tem uma seção transversal retangular de largura b e altura h como mostra a Figura 7 .Sa. A distribuição da tensão de cisalhamento pela seção transversal pode ser determinada pelo cálculo da tensão de cisalhamen to a uma altura arbitrária y em relação ao eixo neutro (Figura 7.5b) e posterior representação gráfica dessa função. Aqui, a área sombreada colorida escura A ' será usada para calcular T .* Por consequência, Q = y'A' = [y + � (� - y) ](� - y )b Tmáx v CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 265 Aplicando a fórmula do cisalhamento, temos ou (7.4) Esse resultado indica que a distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal é parabólica. Como mostra a Figura 7 .Se, a intensidade varia de zero nas partes superior e inferior, y = ±h/2, até um valor máximo no eixo neutro, y = O. Especificamente, visto que a área da seção transversal é A = bh, então, em y = O, temos, pela Equação 7.4, v Tmáx = 1 ,5 A (7.5) A Distribuição da tensão de cisalhamento (c) Figura 7.5 A área abaixo de y também pode ser usada [A' = b(h/2 + y)], porém envolve um pouco mais de manipulação algébrica. (d) 266 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Esse mesmo valor para T máx pode ser obtido dire tamente pela fórmula do cisalhamento T = VQ/It, se percebermos que T máx ocorre onde Q é maior, já que V, I e t são constantes. Por inspeção, Q será máximo quando toda a área acima (ou abaixo) do eixo neutro for considerada; isto é, A' = bh/2 e y' = h/4. Assim, VQ V(h/4) (bh/2) V T máx = ft = [fzbh3]b = 1 ,5 A Por comparação, T máx é 50% maior que a tensão de cisalhamento média determinada pela Equação 1 .7; isto é, r 'd = VIA . É i�portante lembrar que, para cada T que age na área da seção transversal na Figura 7.5c, há uma r cor respondente que age na direção longitudinal ao longo da viga. Por exemplo, se a viga for secionada por um plano longitudinal que passa por seu eixo neutro, en tão, como observamos anteriormente, a tensão de cisa lhamento máxima age sobre esse plano (Figura 7.5d). É essa tensão que pode provocar a falha em uma viga de madeira, como mostra a Figura 7.6. Nesse caso, a ruptura horizontal da madeira começa a ocorrer no eixo neutro nas extremidades da viga, visto que, nesse local, as reações verticais submetem a viga a uma gran de tensão de cisalhamento, e a madeira tem baixa re sistência ao cisalhamento ao longo de seus grãos, que são orientados na direção longitudinal. É instrutivo mostrar que, quando a distribuição da tensão de cisalhamento (Equação 7.4) é integrada por toda a seção transversal, dá o cisalhamento resultante V. Para fazer isso, escolhemos uma tira de área dife rencial dA = b dy (Figura 7.5c) e, visto que T age uni formemente em toda a tira, temos 1 11112 6V (h2 ) T dA = -3 __:_ - l b dy A -h/2 bh 4 = 6� [h2 y - .!.l]h/2 h 4 3 -h/2 = � [ �2 (� + �) - �( �3 + �3) J = v Viga de a bas largas. Uma viga de abas largas consiste em duas "abas" (largas) e uma "alma", como mostra a Figura 7.7a. Por uma análise semelhante à que Figura 7.6 acabamos de realizar, podemos determinar a distribui ção da tensão de cisalhamento que age na seção trans versal. Os resultados são mostrados nos diagramas das figuras 7.7b e 7.7c. Como ocorreu na seção transversal retangular, a tensão de cisalhamento varia parabolica mente na altura da viga, j á que a seção transversal pode ser tratada como a seção retangular que tem, primeiro, a largura da aba superior, b , então a espessura da alma talma e, novamente, a largura da aba inferior, b . Em par ticular, observe que a tensão de cisalhamento variará apenas ligeiramente na alma e, também, que ocorre um salto na tensão de cisalhamento na junção aba-alma, visto que a espessura da seção transversal muda nesse ponto ou, em outras palavras, t na fórmula do cisalha mento, muda. Por comparação, a alma suportará uma quantidade significativamente maior da força de cisa lhamento do que as abas, o que será ilustrado numeri camente no Exemplo 7.2. Abas (b) (a) v Distribuição da tensão de cisalhamento Intensidade da distribuição da tensão de cisalhamento (vista lateral) (c) Figura 7.7 Limitações do uso da fórmula d o cisalha mento. Uma das premissas mais importantes utili- adas no desenvolvimento da fórmula do cisalhamento � que a tensão de cisalhamento é uniformemente dis tribuída pela largura t na seção onde a tensão de cisa lhamento é determinada. Em outras palavras, a tensão de cisalhamento média é calculada na largura. Pode mos testar a precisão dessa premissa comparando-a com uma análise matemática mais exata baseada na teoria da elasticidade. A esse respeito, se a seção trans versal da viga for retangular, a distribuição da tensão de cisalhamento verdadeira no eixo neutro, calculada pela teoria da elasticidade, varia como mostra a Figura 7.8. O valor máximo, r' máx' ocorre nas bordas da seção transversal e seu valor depende da razão b!h (largura/ altura). Para seções nas quais b/h = 0,5, r'máxé somen te 3% maior que a tensão de cisalhamento calculada pela fórmula do cisalhamento (Figura 7.8a). Contu do, em seções achatadas, para as quais blh = 2, r' máx é aproximadamente 40% maior que r máx (Figura 7.8b). O erro torna-se maior ainda à medida que a seção fica mais achatada, ou à medida que a relação b!h aumen ta. Erros dessa ordem são, certamente, inaceitáveis se usarmos a fórmula do cisalhamentopara determinar a tensão de cisalhamento na aba de uma viga de abas largas, como já discutimos. É preciso destacar, também, que a fórmula do cisa lhamento não dará resultados precisos quando usada para determinar a tensão de cisalhamento na junção aba-alma de uma viga de abas largas, já que esse é um ponto de mudança repentina na seção transversal e,por tanto, um lugar onde ocorrerá concentração de tensão. (a) (b) Figura 7.8 CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 267 Além disso, as regiões internas das abas são bordas livres (Figura 7.7b) , e o resultado é que a tensão de cisalha mento nessas bordas deve ser nula. Entretanto, se a fórmula do cisalhamento for aplicada para determinar a tensão de cisalhamento nessas bordas, obteremos um valor r' que não será igual a zero (Figura 7.7c). Feliz mente, essas limitações à aplicação da fórmula do cisa lhamento às abas de uma viga de abas largas não são importantes na prática da engenharia. Na maioria dos casos, os engenheiros têm de calcular somente a tensão de cisalhamento média máxima que ocorre no eixo neu tro onde a razão b/h (largura/altura) é muito pequena e, portanto, o resultado calculado fica muito próximo da tensão de cisalhamento máxima verdadeira, como j á explicamos. Outra limitação importante ao uso da fórmula do ci salhamento pode ser ilustrada com referência à Figura 7.9a, que mostra uma viga cuja seção transversal tem um contorno irregular não retangular. Se aplicarmos a fórmula do cisalhamento para determinar a tensão de cisalhamento (média) r ao longo da reta AB, ela terá a direção mostrada na Figura 7.9b. Considere, agora, um elemento do material tomado no ponto B do contorno, tal que uma de suas faces esteja localizada sobre a su perfície externa da viga (Figura 7.9c). Aqui, a tensão de cisalhamento r calculada na face frontal do elemento é decomposta nas componentes r' e r". Por inspeção, a componente r' deve ser nula, visto que sua componente longitudinal correspondente r' , que age na superfície do contorno livre de tensão, deve ser nula. Portanto, para satisfazer essa condição de contorno, a tensão de cisa lhamento que age sobre o elemento no contorno deve ter direção tangente ao contorno. Então, a distribuição da tensão de cisalhamento na reta AB terá a direção mostrada na Figura 7.9d. Devido à maior inclinação das tensões de cisalhamento em A e B, a tensão de cisalha mento máxima ocorrerá nesses pontos. Valores específi cos para essa tensão de cisalhamento devem ser obtidos pelos princípios da teoria da elasticidade. Observe, en tretanto, que podemos aplicar a fórmula do cisalhamen to para obter a tensão de cisalhamento que age em cada uma das retas coloridas na Figura 7 .9a. Aqui, essas retas interceptam as tangentes ao contorno da seção trans versal em ângulos retas, e, como mostra a Figura 7.9e, a tensão de cisalhamento transversal é vertical e constan te ao longo de cada reta. Resumindo os pontos discutidos, a fórmula do ci salhamento não dá resultados precisos quando aplica da a elementos cujas seções transversais são curtas ou achatadas, ou em pontos onde a seção transversal sofre mudança abrupta. Tampouco deve ser aplicada em uma seção que intercepta o contorno do elemento a um ân gulo diferente de 90°. Então, nesses casos, a tensão de cisalhamento deve ser determinada por métodos mais avançados baseados na teoria da elasticidade. 268 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS (a) Distribuição da tensão de cisalhamento pela fórmula do cisalhamento (b) Figura 7.9 Superfície externa livre de tensão T" \- T"tP 71 T (c) (d) '" Forças de cisalhamento em vigas provocam distribuição não linear da deformação por cisalhamento na seção trans versal gerando uma distorção na viga. '" Devido à propriedade complementar da tensão de cisalhamento, a tensão de cisalhamento desenvolvida em uma viga age na seção transversal e também em planos longitudinais. " A fórmala do cisalhamento foi deduzida considerando equilt'brio da força horizontal da tensão de cisalhamento lon gitudinal e distribuições de tensão de flexão que agem sobre uma porção de um segmento diferencial daviga. '" A fórmula do cisálhamento é usada para elementos prismáticos retos feitos de material homogéneo e que tenham comportamento linear elástico. Além disso, a força de cisalhamento interna resultante deve estar direcionada ao longo de um eixo de simetria para a área da seção transversal. " Para uma viga com seção transversal retangular, a tensão de cisalhamento varia parabolicamente com a altura . A tensão de cisalhamento máxima ocone ao longó do eixo neutro. '" A fórmula do cisalhamento não deve ser usada para determinar a tensão de cisalhamento em seções transversais curtas ou achatadas ou em pontos onde ocorrem mudanças repentinas na seção transversal ou em um ponto sobre um. contorno inclinado. Sugerimos o seguinte procedimento para aplicar a fórmula do cisalhamento. Cisalhamento interno " Secíone o elemento perpendicularmente a seu eixo no ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada e obtenha o cisalhamento interno V na seção. Propriedades da seção • Determine a localização do eixo neutro e determine o momento de inércia I da área da seção transversal inteira em torno do eixo neutro. • Passe uma seção horizontal imaginária pelo ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada. Meça a largura t da área nessa seção. CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 269 porção da área que se encontra acima ou abaixo dessa seção é A'. Determine Q por integração Q = f A.y dA' ou usando Q = y'A'. Nessa expressão, y' é a distância de A' até o centroide, medida em relação ao eixo neutro. Pode ser útil entender que A' é a porção da área da seção transversal do elemento que é "mantida no elemento" pelas tensões de cisalhamento longitudinais (Figura 7.4d). de cisalhamento • Usando um conjunto de unidades consistente, substitua os dados na fórmula do cisalhamento e calcule a tensão de císalhamento T. • Sugerimos que a direção adequada da tensão de cisalhamento transversal r seja definida sobre um elemento de volume de material localizado no ponto onde ela é calculada. Isso pode ser feito se entendermos que r age na seção transversal na mesma direção de V. Com isso, podemos definir as tensões de cisalhamento correspondentes que agem nos outros três planos do elemento. "' :?= �"'- """"' ="' "'"ffiB;? e)<.BrvJRI!l!Jl rz.n � ?]: w m: ""-'zr'*"'� >"' A viga mostrada na Figura 7.10a é feita de madeira e está sujeita a uma força de cisalhamento (cortante) vertical interna resultante V = 3 kN. (a) Determine a tensão de cisalhamen to na viga no ponto P e (b) calcule a tensão de cisalhamento máxima na viga. SOLUÇÃO Parte (a). Propriedades da seção. O momento de inér cia da área da seção transversal calculado em torno do eixo neutro é I = __!_ bh3 = __!_ (100 mm)(125 mm)2 = 16,28 X 106 mm4 12 12 Traçamos na seção uma reta horizontal que passa pelo ponto P, e a área parcial A' corresponde à porção sombreada na Figura 7.10b. Por consequência, Q = )?A' = [12,5 mm + � (50 mm)] (50 mm) (100 mm) = 18,75 mm X 104 mm3 Tensão de cisalhamento. A força de cisalhamento (ou força cortante) na seção é V = 3 kN. Aplicando a fórmula do cisalhamento, temos Tp = VQ = (3 kN)(18,75 X 104 mm3 ) It (16,28 X 106 mm4)(100 mm) = 3,46 mm X 10-4 kN/mm2 = 0,346 MPa Resposta Visto que r P contribui para V, ela age para baixo em P na seção transversal. Por consequência, um elemento de volume do material nesse ponto sofreria a ação de tensões de cisa lhamento, como mostra a Figura 7.10c. lso�t: 125 mm� �p v � 3 kN l j . 100 mm� 37,5 mm �I (a) (b) (d) Figura 7.10 (c) 270 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Parte (b). Propriedades da seção. A tensão de cisalha mento máxima ocorre no eixo neutro, visto que t é constante em toda a seção transversal e Q é o maior nesse caso. Para a área escura A' na Figura 7.10d, temos Q = Y'A' = [ 62,52mm ](100 mm) (62,5 mm) = 19,53 mm X 104 mm3 Tensão de cisalhamento. A aplicação da fórmula do cisa lhamento produz Tmáx = VQ = (3 kN)(19,53 X 104 mm3) It (16,28 X 106 mm4 )(100 mm) = 3,60 mm X 10-4 kN/mm2 = 0,360 MPa Observe que isso é equivalente a v 3 kN 7 = 1 5- = 1 5------máx ' A ' (100 mm)(125 mm) = 3,6 X 10-4 kN/mm2 = 0,36 MPa "'� 0 )/ "tif'4"""o j!�" '0��0\ )1 X ��m�FlU��,.� 00 '"' "'"''"'""' 'if -"'* - ::,._" Resposta Resposta Uma viga T de aço tem as dimensões mostradas na Figura 7.11a. Se for submetida a uma força de cisalhamento (força cortante) V = 80 kN, (a) trace uma curva da distribuição da tensão de cisalhamento que age na área da seção transver sal da viga e (b) determine a força de cisalhamento à qual a alma resiste. SOLUÇÃO Parte (a). A distribuição da tensão de cisalhamento será parabólica e variará da maneira mostrada na Figura 7.1lb. Devido à simetria, somente as tensões de cisalhamento nos pontos B' , B e C devem ser calculadas. Para mostrar como esses valores são obtidos, em primeiro lugar, determinamos o momento de inércia da área da seção transversal em torno do eixo neutro. Trabalhando em metros, temos I = [1� (0,015 m)(0,200m)3] + 2U2 (0,300 m) (0,02 m)3 + (0,300 m)(0,02 m)(O,llO m?] = 155,6(10-6) m4 Para o ponto B' , t8, = 0,300 m, e A ' é a área escura mostrada na Figura 7.11c.Assim, Q8, = f'A' = [0,110 m](0,300 m)(0,02 m) = 0,660(10-3) m3 de modo que Para o ponto B, t8 = 0,015 m, e Q8 = Q8, (Figura 7.11c) . Por consequência, Observe, pela discussão sobre as "Limitações ao uso da fór mula do cisalhamento", que os valores calculados para am bas, 7 8 e 7 8, não serão, na verdade, muito precisos. Por quê? Para o ponto C, te = 0,015 m e A' é a área sombreada escu ra mostrada na Figura 7.11d. Considerando que essa área é composta por dois retângulos, temos Assim, Qc = 2:y' A' = [0,110 m] (0,300 m) (0,02 m) + [0,05 m](0,015 m)(0,100 m) = 0,735(10-3) m3 VQc 80 kN[0,735(10-3) m3] Te = 7 máx = I te = 155,6(10-6) m4(0,015 m) = 25'2 MPa Parte (b). A força de cisalhamento na alma será determi nada formulando, em primeiro lugar, a tensão de cisalha mento em uma localização arbitrária y no interior da alma (Figura 7.1le). Trabalhando em metros, temos I = 155,6(10-6) m4 t = 0,015 m A' = (0,300 m) (0,02 m) + (0,015 m) (0,1 m - y) Q = 2:y' A' = (0,11 m)(0,300 m)(0,02 m) + [y + !(0,1 m - y) ] (0,015 m) (0,1 m - y) = (0,735 - 7,50 yZ) (10-3 ) m3 de modo que VQ 80 kN(0,735 - 7,50 y2) (1o-3 ) m3 7 = - = It ( 155,6(10-6) m4)(0,015 m) = (25,193 - 257,07y2) MPa Essa tensão age na área infinitesimal dA = 0,015 dy mostra da na Figura 7.11 e, portanto, a força de cisalhamento à qual a alma resiste é 1 10,1 m , V.Ima = 7 dA = (25,193 - 257,07y2)(106)(0,015 m) a Aalma -O,l m V.1ma= 73,0 kN Resposta (a) c I I (c) (d) (b) CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 271 TE' = 1,13 MPa ["", ) V"- i B = 22,6 MPa Te = 25,2 MPa /2 2,6 MPa 1,13 MPa 0,02 m f----0,300 m �_L I .:.:.. J (0,1 m - yL = dy T l 0,1 m N y _l A 0,015 m� I I (e) Figura 7.11 OBSERVAÇÃO: Por comparação, a alma suporta 91% do cisalhamento total (80 kN), enquanto as abas suportam os restantes 9%. Tente resolver este problema determinando a força em uma das abas (3,496 kN) pelo mesmo método. En tão, Valma = V - 2Vaba = 80 kN-2(3,496 kN) = 73,0 kN. A viga mostrada na Figura 7 .12a é feita com duas tábuas. Determine a tensão de cisalhamento máxima necessária na cola para que ela mantenha as tábuas unidas ao longo da li nha de junção. Os apoios em B e C exercem apenas reações verticais na viga. SOLUÇÃO Cisalhamento interno. As reações nos apoios e o diagra ma de força cortante para a viga são mostrados na Figura 7.12b. Vemos que o cisalhamento máximo na viga é 19,5 kN. Propriedades da seção. O centroide e, portanto, o eixo neutro serão determinados pelo eixo de referência posicio nado na parte inferior da área da seção transversal (Figura 7.12a). Trabalhando em metros, temos - LyA Y == - LA , [0,075 m] (0,150 m)(0,030 m) + [0,165 m](0,030 m)(0,150 m) (0,150 m)(0,030 m) + (0,030 m) (0,150 m) "' 0,120 m O momento de inércia, calculado em torno do eixo neutro (Figura 7.12a), é, portanto, I = u2 (0,030 m) (0,150 m)3 + (0,150 m) (0,030 m) (0,120 m - 0,075 m)2] + [ 1� (0,150 m) (0,030 m)3 + (0,030 m) (0,150 m) (0,165 m - 0,120 m)2] = 27,0(10-6) m4 A tábua (aba) superior está presa à inferior (alma) pela cola, que é aplicada na espessura t = 0,03 m. Por consequência, A ' é definida como a área da tábua superior (Figura 7.12a). Temos Q = y' A' = [0,180 m 0,015 m - 0,120 m](0,03 m)(0,150 m) = 0,2025(10-3) m3 Tensão de dsalhamento. Com os dados obtidos acima e aplicando a fórmula do cisalhamento, obtemos VQ 19,5 kN (0,2025(10-3) m3) T máx = � = 6 4 = 4,88 MP a It 27,0(10- ) m (0,030 m) Resposta 272 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 150 mm 30 mm ____L_ :.:;r-r-150 mm V (kN) 26 kN Plano contendo cola 4,88 MPa (c) Figura 7.12 A tensão de cisalhamento que age no topo da tábua de baixo é mostrada na Figura 7.12c. OBSERVAÇÃO: É a resistência da cola a essa tensão de ci salhamento lateral ou horizontal que é necessária para impe dir que as tábuas deslizem no suporte C. 7.1. Se a viga for submetida a um cisalhamento V = 15 kN, determine a tensão de cisalhamento na alma em A e B. Indique as componentes da tensão de cisalhamento sobre um elemento de volume localizado nesses pontos. Considere w = 125 mm. Mostre que o eixo neutro está localizado em y = 0,1747 m em relação à parte inferior e !NA = 0,2182(10-3) m4• 7.2. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha mento V = 30 kN, determine a tensão de cisalhamento máxi ma na viga. Considere w = 200 mm. 7.3. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha mento V = 30 kN, determine a força de cisalhamento à qual a alma da viga resiste. Considere w = 200 mm. 200 mm Problemas 7.112/3 *7.4. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha mento V = 125 kN, determine a tensão de cisalhamento má xima na viga. � 25 mm � Pl'Oblema 7.4 7.5. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha mento V = 125 kN, determine a força de cisalhamento à qual a alma da viga resistirá. � 25 mm � Problema 7.5 7.6. A viga tem seção transversal retangular e é feita de ma deira com tensão de cisalhamento admissível r.c1m = 11,2 �Pa. Se for submetida a um cisalhamento V = 20 kN, determme a menor dimensão a de sua parte inferior e 1,5a de seus lados. 7. 7. A viga tem seção transversal retangular e é feita de madeira. Se for submetida a um cisalhamento V = 20 kN, e a = 250 mm, determine a tensão de cisalhamento máxima e trace uma curva da variação da tensão de cisalhamento na seção transversal. Faça um rascunho tridimensional do resultado. Problemas 7.617 '7.8. Determine a tensão de cisalhamento máxima na es cora se ela for submetida a uma força de cisalhamento V == 20 kN. 7.9. Determine a força de cisalhamento máxima V que a escora pode suportar se a tensão de cisalhamento admissível para o material for Tadm = 40 MPa. 7.10. Faça um gráfico da intensidade da tensão de cisalha mento distribuída na seção transversal da escora se ela for submetida a uma força de cisalhamento V = 15 kN. 12 mm )/ I 20mm Problemas 7.8/9/10 7.11. Se o tubo estiver sujeito a um cisalhamento V = 75 kN, determine a tensão de cisalhamento máxima nele. v Problema 7.11 CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 273 *7.12. A escora está sujeita a um cisalhamento vertical V = 130 kN. Construa um gráfico da intensidade da distri buição da tensão de cisalhamento que age na área da seção transversal e calcule a força de cisalhamento resultante de senvolvida no segmento vertical AB. ��m :-i'O mm I 150 mm V = 130 kN Problema 7.12 7.13. O raio da haste de aço é 30 mm. Se ela for submetida a um cisalhamento V = 25 kN, determine a tensão de cisa lhamento máxima. G:: '-* = 50 kN Problema7.13 7.14. Se a viga T for submetida a um cisalhamento verti cal V = 60 kN, determine a tensão de cisalhamento máxima na viga. Calcule também o salto da tensão de cisalhamen to na junção aba-alma AB. Trace um rascunho da variação da intensidade da tensão de cisalhamento em toda a seção transversal. 7.15. Se a viga T for submetida a um cisalhamento vertical V = 60 kN, determine a força de cisalhamento vertical à qual a aba resiste. � I o �.!0��175 10� ' �� mm l r"�J� �V= 60 kN Problema 7.14/15 27 4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS "7.16. A viga T está sujeita ao carregamento mostrado na figura. Determine a tensão de cisalhamento transversal má xima na seção crítica da viga. 100 mm r------1 _l T T 100 mm 20 mm _l__ f20 mm Problema 7.16 7.17. Determine as maiores forças P que o elemento pode su portar se a tensão de cisalhamento admissível for Tadm = 70 MPa. Os apoios em A e B exercem somente reações verticais so bre a viga. 7.18. Se a força P = 4 kN, determine a tensão de cisalha mento máxima na seção crítica da viga. Os apoios em A e B exercem somente reações verticais sobre a viga. � 1 m �A+----2 m ----+B� 1 m� Problemas 7.17/18 7.19. Faça uma representação gráfica da distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal de uma haste com raio c. Quantas vezes a tensão de cisalhamento máxima é maior que a tensão de cisalhamento média que age na se ção transversal? Problema 7.19 *7.20. Desenvolva uma expressão para a componente ver tical média da tensão de cisalhamento que age no plano ho rizontal que passa pelo eixo, localizado a uma distância y do eixo neutro. Problema 7.20 7.21. Dormentes de ferrovia devem ser projetados para re sistir a grandes carregamentos de cisalhamento. Se o dormen te for submetido a cargas de 150 kN exercidas pelos trilhos e o leito de cascalho exercer uma reação distribuída como mostra a figura, determine a intensidade w para equilíbrio e determine a tensão de cisalhamento máxima no dormente. 150 kN 150 kN I I 200 mm Problema 7.21 I 150 mm _l 7.22. A viga está sujeita a uma carga uniforme w. Determi ne a localização a dos apoios de modo que a tensão de cisa lhamento na viga seja a menor possível. Qual é essa tensão? IV Problema 7.22 7.23. As extremidades da viga de �ade�ra devem ser en- 1 lhadas como mostra a figura. Se a VIga tiver de suportar o \regamento mostrado, determine a menor profundidade d ca - d · lh d · ' 1 f da viga no entalhe se a tensa o e cisa amento a miSSIVe or = 450 MPa. A largura da viga é de 8 metros. r,Jm 20 kN 15 kN 15 kN Problema 7.23 '7.24. A viga é composta por três tábuas coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamento mostra do na figura, determine a tensão de cisalhamento desenvol vida nas juntas coladas na seção a-a. Os apoios em C e D exercem somente reações verticais sobre a viga. 7.25. A viga é composta por três tábuas coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamento mostra do na figura, determine a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida nas juntas coladas. Os apoios em C e D exer cem somente reações verticais sobre a viga. 7.26. A viga é composta por três tábuas coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamento mos trado na figura, determine a força de cisalhamento vertical máxima à qual resiste a aba superior da viga. Os apoios em C e D exercem somente reações verticais sobre a viga. 25 kN 25 kN 25 kN 40 mm��50 mm 5t � ""�' ' ' " r-r- · · · · .. ·· A 200 mm .��.· . . . 50 mm 1_____L . r: ... .. .. , .• , B 40 mmt Problemas 7.24/25/26 CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 27 5 7.27. Determine a tensão de cisalhamento nos pontos B e C localizados na alma da viga de fibra de vidro. lOOmm 18mm H ___j___) c�= --r 150 mm 12 mm � � -rl lOO mm 18 mm Problema 7.27 *7.28. Determine a tensão de cisalhamento máxima que age na seção crítica da viga de fibra de vidro. 3 kN/m 2,5 kN/m D1lL E L�LLL. >•· ·· · · ·�D �1 m B L l m�,J -2m · -----� lOO mm 18 mm H ___j___) c�= --r 150 mm 12 mm ,-----� � -rl lOO mm 18 mm Problema 7.28 7.29. A viga é composta por três peças de plástico coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamen to mostrado na figura, determine a tensão de cisalhamento desenvolvida nas juntas coladas na seção crítica. Os apoios em C e D exercem somente reações verticais sobre a viga. 3 kN/m 1 l l 1 ! ! l 1 l l l l 1 200mm _L_ li 50mm� . _j A 200mmYsomm 50 mm_l_ .=&E � Problema 7.29 27 6 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 7.30. A viga é composta por três peças de plástico coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamen to mostrado na figura, determine a força de cisalhamento vertical à qual resiste a aba superior da viga na seção crítica. Os apoios em C e D exercem somente reações verticais so bre a viga. 3 kN/m ! 1 r r 1 1 r 1 1 1 r r t 200 mm _1___ 11 50 mm �A 20�� J:=_;O mm 50 mm _:::___j B r- Problema 7.30 7.31. Determine a variação da tensão de cisalhamento na seção transversal de um rebite oco. Qual é a tensão de cisa lhamento máxima no rebite? Mostre também que, se r; � 1'0, então Tmáx = 2(V/A). r; Problema 7.31 "7.32. A viga tem seção transversal quadrada e está sujeita à força de cisalhamento V. Faça um rascunho da distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal e especifique a tensão de cisalhamento máxima. Além disso, determine o local em relação ao eixo neutro onde começará a aparecer uma trinca ao longo do elemento devido ao cisalhamento. Problema 7.32 7.33. Escreva um código computacional que possa ser usado para determinar a tensão de cisalhamento máxima na viga que tem a seção transversal mostrada na figura e é submetida a uma carga constante distribuída específica w e à força concentrada P. Mostre uma aplicação do código usando os valores L = 4 m a = 2m,P = 1,5 kN, d1 = O, d2 = 2m,w = 400 N/m, t1 = 15 mm ' t2 = 20 mm, b = 50 mm e h = 150 mm. ' 1;1i'ii!l1 J ·� 11----a-L ----------11 Problema 7.33 7.34. A viga tem seção transversal retangular e está sujeita a uma carga P cuja intensidade é suficiente para desenvolver um momento totalmente plástico MP = PL no apoio fixo. Se o material for elástico plástico, então, a uma distância x < L, o momento M = Px cria uma região de escoamento plás tico com um núcleo elástico associado de altura 2y' . Essa situação foi descrita pela Equação 6.30, e o momento M é distribuído na seção transversal como mostra a Figura 6.54e. Prove que a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida na viga é dada por r máx = 3/2(PIA'), onde A' = 2y' b, a área da seção transversal do núcleo elástico. p Região plástica ��I A b r- Região elástica Problema 7.34 7.35. A viga na Figura 6.54f é submetida a um momento to· talmente plástico Mp. Prove que as tensões de cisalhamenlo longitudinal e transversal na viga são nulas. Dica: Considere um elemento da viga como mostra a Figura 7 .4d. 7.4 F luxo de dsa lhamento em estrutu ras compostas por vários elementos Na prática da engenharia, às vezes são construídas estruturas compostas por várias partes para se obt�l maior resistência à cargas. Alguns exemplos são m�s· trados na Figura 7.13. Se as cargas provocarem fl.e�ao nas partes componentes, pode ser necessário uttitzar elementos de fixação como pregos, parafus?s, to rial de soldagem ou cola para evitar o desltzamen r d I
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