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HEMATOLOGIA Anemias Introdução O que é? Redução da hemoglobina no sangue Hematopoiese · Quando há redução no número de hemácias, na medula óssea começa a estimular maior produção no precursor. Se há defeito no precursor de hemácias, a estimulação vai no sentido de produzir mais plaquetas. · Eritropoiese · Medula libera os reticulócitos e para isso preciso de estímulo e de matéria prima: eritropoetina e ferro, ácido fólico, vitamina B12. · Hemácias mais velhas são menos maleáveis para sair do baço, desse modo, acabam sendo destruídas dentro do processo de hemocaterese que é fisiológico. · A Hemácia · Como fazer o diagnóstico? · Hemácias, hemoglobina e hematócrito > Noção quantitativa · VCM, HCM, RDW > Noção qualitativa · VCM > referente ao volume da hemácia · HCM > Hemoglobina que preenche a hemácia, é ela que dá cor para hemácia · RDW > Índice de anisocitose > Capacidade da medula de produzir hemácias iguais · Como abordar anemia? Anemias Hipoproliferativas · Anemia Ferropriva · A absorção do ferro ocorre no delgado proximal (jejuno e duodeno) · A absorção do ferro precisa de uma certa acidez · O paciente que perde ferro é o paciente com sangramento crônico por via digestiva ou ginecológica. · Laboratório - fases da anemia Fase 1: Depleção dos estoques de ferro (após o consumo do ferro da corrente sanguínea que é derivado da absorção) ⇨ Redução da ferritina < 30 (VR: 30-100) Fase 2: Eritropoiese deficiente em ferro ⇨ Aumento da transferrina (na prática vemos o TIBC (capacidade de ligação do ferro = espelho transferrina) > 360 (250 - 360) ⇨ Redução do ferro sérico < 30 (60- 150) ⇨ Saturação de transferrina < 10% ⇨ Anemia NORMO- NORMO Fase 3: Anemia ferropriva clássica ⇨ RDW aumenta = anisocitose (10 - 14%) ⇨ Anemia HIPO - MICRO ⇨ Trombocitose (aumento na produção de plaquetas) A primeira coisa que altera é o estoque, o primeiro achado é redução da ferritina. A ferritina altera antes de ocorrer alteração no hemograma. Quadro Clínico Tratamento · Tratar causa base · Criança: prematuridade, desmame (baixa disponibilidade de ferro no leite de vaca, parasitoses. · Adultos: gravidez, hipermenorréia, má absorção e sangramento crônico (duodeno e jejuno - ex doença celíaca, neoplasias colônicas). · Repor sulfato ferroso · Sulfato ferroso tem 20% de ferro elementar · Crianças: 3-5 mg/kg/dia de ferro elementar · Adultos: 60 mg de ferro elementar 3x/dia (300 mg 3x/ dia sulfato ferroso) · Resposta: reticulócitos (começam a subir com 4-5 dias) · Duração do tratamento: 6 meses após correção ou ferritina > 50ng/ml (para crianças >15 ng/ml) · Anemia aguda grave: Hb < 7 // Coronariopatas Hb < 9. · Anemia de doenças crônicas · A inflamação libera a hepcidina que bloqueia a mobilização dos estoques de ferro e reduz a transferrina. · Tratamento: Tratar doença de base. · O problema não é falta de ferro, mas ele não consegue ser mobilizado · Anemia megaloblástica · Ocorre devido a deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico (cofatores na síntese de DNA) · A B12 participa da ativação do folato. Se há pouca B12, posso ter pouco folato ativo. Se o caminho não progride, a homocisteína acumula. · O VCM pode dar mais ou menos de 110 FL · Macrocitose NÃO é sinônimo de megaloblastose (distúrbio na síntese de DNA) · Toda anemia megaloblástica resulta em macrocitose, mas nem toda anemia macrocítica é devido a deficiência de B12 (Ex aumento dos números de reticulócitos, hipotireoidismo, abuso de álcool). Metabolismo do ácido fólico · A absorção ocorre no duodeno/ jejuno proximal Metabolismo da vitamina B12 · Origem em fontes animais · A dissociação da vitamina B12 da carne ocorre no meio ácido que é produzido pelas células parietais. No duodeno, onde o ph é mais alcalino, a B12 é unida ao fator intrínseco, mas ainda não é absorvida. Ela é absorvida junto com o fator intrínseco no íleo distal. · Anemia perniciosa ⇨ doença autoimune em que há ataque as células parietais e redução do fator intrínseco. · Vegetarianismo ⇨ não se alimentam com comidas de origem animal · Gastrectomia ⇨ ressecção importante do estômago e até mesmo do intestino · Gastrite em fundo e corpo do estômago. · Pancreatite crônica ⇨ Carência de enzimas pancreáticas para a absorção da vitamina. · Doença ileal (Crohn) · Uso de metformina ⇨ É tempo e dose dependente.Pode acarretar a níveis de B12 baixos, junto com outros fatores, pode acarretar em anemia megaloblástica. · Uso crônico de omeprazol ⇨ reduz a acidez gástrica. Quadro clínico · Síndrome anêmica ⇨ palidez, astenia, cefaleia, angina. · Carência nutricional ⇨ Glossite, queilite angular, diarréia. · Carência de B12 ou de Folato???? ⇨ A carência de B12 resulta em sintomas neurológicos ⇨ O acúmulo de ácido metilmalônico pode resultar em polineuropatia periférico, demência, parestesia, degeneração combinada da medula (B12- pega via piramidal responsável pela motricidade- espasticidade sinal de babinski- , cordão posterior responsável pela sensibilidade vibratória) . Laboratório · O problema na síntese do DNA resulta em células com volume aumentado. · Anemia macrocítica e neutrófilos hipersegmentados. · Pancitopenia leve (nem sempre). · Eritropoiese ineficaz ⇨ Aumento do lactato desidrogenase (LDH) e bilirrubina indireta (metabolização do grupo heme). · Hiperhomocisteinemia (Não diferencia se é carência de B12 ou de Folato). · Ácido metilmalônico (exclusivo do ciclo da B12) Diagnóstico Diferencial · Doença hemolítica e leucemia. Tratamento · Deficiência de B12 ⇨ Vitamina B12 1000 mg IM (1x/dia por 1 semana ou 1x/semana por 4 semanas ou 1x/mês para sempre. · Deficiência de Ácido fólico ⇨ 1- 5 mg VO · Risco do tratamento ⇨ Hipocalemia devido a mobilização do potássio para a produção de novas células/ Folato pode mascarar deficiência de B12. Anemias Hipoproliferativas/ Hemolíticas · Esferocitose hereditária · Deficiência de G6PD · Anemia hemolítica autoimune · Anemia falciforme · Beta- Talassemia · Hemocaterese = fisiológico = morte das hemácias com mais de 120 dias de vida. A hemácia mais velha fica menos maleável, o que dificulta a passagem para os capilares sinusóides · Hemólise = destruição prematura das hemácias. · Intravascular (vaso) · Extravascular (baço) · Como suspeitar onde a hemólise está ocorrendo? · A anemia hemolítica é hiperproliferativa, ou seja, a medula óssea tenta acelerar a produção de hemácias jovens (reticulócitos). · Reticulocitose. · O VCM aumenta, pois os reticulócitos são maiores do que as hemácias. · Quando a hemácia se quebra, há liberação de LDH⇧ · Bilirrubina indireta ⇧ = tendência a colelitíase (a bilirrubina tem uma afinidade intensa por cálcio, desse modo, os cálculos aparecem no RX - cálculo bilirrubinato de cálcio. · Haptoglobina ⇩ (capita a globina) · Hemoglobinúria/ hemossiderina = esperada mais na hemólise intravascular = O paciente pode desenvolver necrose tubular aguda que leva a IRA. · Esplenomegalia = sugere hemólise extravascular · Complicações = crises anêmicas (queda da hemoglobina) · Crise aplásica · Parvovírus B19 tem tropismo pelos eritroblastos (antecedem reticulócitos) = ⇩ Reticulócitos · Tratamento: expectante (concentrado de hemácias). · A infecção é autolimitada a 12-14 dias. · Crise megaloblástica · ⇩ Ácido fólico = ⇩ reticulócitos + neutrófilos plurissegmentares · Reposição AF Esferocitose hereditária · Consiste na deficiência de uma ou mais proteínas que compõem o citoesqueleto das hemácias · O defeito da anquirina está presente em 40-50% dos casos · Se temos um problema nos citoesqueleto e na membrana, alguns componentes da membrana se perdem e a hemácia fica menor. · O conteúdo da hemácia fica menos concentrado, pois há menos espaço para eles. Dessa forma, a hemácia fica mais concentrada · A presença de esferócitos (seta) NÃO é patognomônico de esferocitose. · Clínica e laboratório · Hemólise extravascular no baço = anemia hemolítica crônica · Esplenomegalia · Micro/ normocromia e hipercromia · Diagnóstico · Testeda fragilidade osmótica (quando positivo, não é exclusivo da esferocitose) · Tratamento · Suporte: ácido fólico (todo paciente com hemólise crônica tem que tomar, pois é importante para a estabilidade da célula) · Esplenectomia em casos mais graves e/ou com sintomas · Evitar em crianças < 4-5 anos. · Vacinação: Hemophilus, pneumococo e meningococo · Corpúsculo de HOwell Jolly (após esplenectomia), quando não aparecem ainda tem um baço acessório fazendo a hemocaterese das hemácias Deficiência de G6PD · A hemácia com o passar do tempo fica com mais estresse oxidativo, portanto, surge uma espécie de oxigênio. · A G6PD é o escudo contra as espécies reativas de oxigênio · Em uma infecção, o tecido fica ávido para o oxigênio e a hemácia fica muito desoxigenada, acumulando muitos radicais livres. Em uma pessoa com a deficiência, esses radicais são em excesso, resultando em hemólise precoce. · Clínica e laboratório · Crises hemolíticas intravascular precipitadas por: · Diagnóstico: · Atividade da G6PD · Tratamento: evitar exposição de risco. · Complicações: necrose tubular aguda. Anemia hemolítica autoimune · A hemácia está circulando e aí frações de anticorpo e complemento se ligam às hemácias. No baço ou no fígado, esse conjunto não consegue passar no baço e sofre hemólise extravascular. · Dependendo do autoanticorpo, podemos dividir a doença e 2 tipos · Anticorpos quentes = IgG · Forma mais comum · Hemólise no baço · Causas: Idiopática/ Linfoma/ LES/ LLC/ Metildopa · Tratamento: Corticoide (inibe macrofagos esplênicos e diminui a capacidade de ligação das hemácias com IgG + tratar causa. O Rituximabe/ esplenectomia são usados em casos refratários. · Anticorpos frios = IgM · O IgM ativa o sistema complemento · Hemólise no fígado · Causas: Idiopática, Mycoplasma; EBV, Waldenstrom · Tratamento: Tratar causas + rituximabe + plasmaférese Anemia Falciforme · Cadeia básica de globina · Obs: A grobina livre é tóxica, mas a globina ligada a cadeia não é tóxica · Na anemia falciforme, ocorre uma mutação que transforma a produção das cadeias betas em uma conformação mutante (beta S), o qual é transmitido para os filhos. Então a criança não consegue produzir a HbA, mas forma a hemoglobina (HbS). · Traço falciforme não significa que que o paciente tenha a doença. · A HBs sofre polimerização e muda a conformação espacial. · Os gatilhos para que a polimerização ocorra são: desoxigenação da hemácia, acidose, desidratação, frio. · Após a polimerização, ela consegue voltar ao normal, mas após passar pelo processo, ela não retorna mais, polimerizando de forma irreversível (o processo dura 15 dias). · Desse modo, as hemácias têm tendência a ruptura, formato diferente, é mais “grudenta” que apresenta moléculas de adesão na superfície, fluxo turbilhonar. → Resultam em hemólise e vaso-oclusão. · Quadro clínico · Síndrome mão- pé · 6 meses a 2-3 anos (antes de 6 meses não ocorre, pois há o predomínio da hemoglobina F) · Processo de vaso oclusão no interior dos ossos, na medula óssea da extremidade → isquemia que gera processo inflamatório → dor, calor, rubor, edema → como o osso é mais poroso, a inflamação atinge outros tecidos das mãos e pés · Dor + dactilite · Crise óssea · Ocorre em > 3 anos · Polimerização na medula óssea de ossos longos. · Dor sem dactilite · Sequestro esplênico · Polimerização no sistema venoso do baço, o que faz com que a hemácia permaneça · Queda súbita da HB + reticulocitose + esplenomegalia · < 5 anos de idade · O baço vai se fibrosando ao longo do tempo = autoesplenectomia (acima de 5 anos · Como há a perda do baço, há um certo grau de imunodeficiencia. · Infecções · Osteomielite: Salmonella (principal) x S. aureus · Maior risco de germes encapsulados (autoesplenectomia) · Febre = internação · Síndrome torácica aguda · Infiltrado pulmonar + 1 achado pneumonico (febre, dor torácica, purulência e dispneia) = quadro similar a uma pneumonia! · Principiantes: infecção (principalmente em crianças) e/ou crise álgica (principalmente embolia gordurosa devido a crise álgica medular) · Mais grave e letal no adulto, pois não tem tratamento, só suporte. · Tratamento agudo · Hidratação → repor somente PERDA! NÃO hiperhidratação · Oxigenioterapia: SO2 alvo > ou = 92-95%. TEM QUE SER CRITERIOSA · Analgesia: incluir opioide · Antibiótico (se suspeita de infecção): beta lactâmicos + macrolídeo · Transfusão: simples ou exsanguíneo- transfusão · Tratamento crônico · Vacinação. · Penicilina V até os cinco anos de idade. · Ácido fólico · Hidroxiureia: Aumento da hemoglobina F, o que reduz a polimerização da HBs. Se não é grávida e não tem leucopenia, geralmente, damos a hidroxiureia. · Transplante de células tronco: considerado em casos muito graves APENAS. · Não precisam receber hemotransfusão se os pacientes estiverem estáveis hemodinamicamente, mesmo se a hemoglobina estiver em torno de 2. Beta talassemia · Uma mutação no gen Beta, faz com que o paciente produza pouca ou nenhuma molécula Beta. · Major · Anemia grave ( Hb 3 - 5) dentro das hemácias, mesmo com a quantidade de hemácias normais pelo menos inicialmente. · Micro/ Hipocrômica, mas inicialmente o número de hemácias é normal · Sem a hemoglobina, transporta menos oxigênio, o que gera hipóxia renal, aumenta a produção de eritropoetina o que gera uma resposta da medula. · Nada ou quase nada de cadeia Beta. · A medula começa a dilatar porque trabalha muito e é inflamada pelas cadeias de Beta livres. A eritropoietina vai em locais que não produzem hemácias para estimular a produção → eritropoiese extramedular no baço e no fígado: hepatoesplenomegalia, pois há inflamação desses órgãos também. · Os ossos inflamados se deformam, em crianças podem resultar em déficits de crescimento. · A Liberação do grupo de ferro e o fato de a medula não conseguir recuperar o ferro, resulta no seu acúmulo, associado a isso, o intestino aumenta a absorção de ferro, o que gera a hemocromatose, acumulando ferro no coração que propicia insuficiência cardíaca. · Tratamento: transfusão crônica (que aumentam o quadro de hemocromatose) + quelantes de ferro + esplenectomia · Intermedia · Anemia média (Hb 6-9) · Avaliar necessidade de tratamento · Minor · Mais aparece em provas · Anemia discreta (Hb> 10) · A pessoa na maioria das vezes é assintomática · É Diagnóstico Diferencial de anemia ferropriva!! O paciente pode cursar com anemia MICRO/HIPO, pois o paciente deixa de produzir uma das tres hemoglobinas. A intensidade é menor e não há hemólise e não há reticulocitose · Diferenciamos da anemia ferropriva pela cinética de ferro que é alterado na anemia ferropriva e o RDW é normal na talassemia, mas é aumentado na anemia ferropriva · O VCM na talassemia é muito MICRO (menor que 75) Betatalassemia maior = contagem de hemácias normais + anemia hipomicro + reticulocitose Betatalassemia menor = contagem de hemácias normais + anemia hipomicro + sem reticulocitose + RDW normal + VCM reduzido · Tratamento: aconselhamento genético Conteúdo bônus Hemoglobinúria paroxística noturna · É um distúrbio adquirido das células tronco · As hemácias são destruídas pelo sistema complemento · Anemia hemolítica · Intravascular · Hemoglobinúria e hemossiderina -> com o passar do tempo o paciente tem ferropenia e pode cursar com anemia ferropriva secundária · Piora a noite · Fenômenos trombóticos · Síndrome de Budd- chiari: formação de trombos acima da veia porta, resultando em hipertensão portal, ascite, hepatomegalia · Outros sintomas: Anemia aplásica, espasmo esofagiao, disfunção eretil · Diagnóstico: citometria de fluxo · Tratamento: drogas inibidoras do complemento = ravulizumabe/ eculizumabe Mielodisplasia · Dificuldade de formar células normais = citopenias + células anômalas · Infecções é a principal causa de morte · As células imaturas da linhagem de blastos brancos que ocupa espaço na medula. Alfa- talassemia Anemia sideroblástica· Patogênese · O paciente não consegue formar o grupo heme devido a dificuldade na incorporação de ferro com a protoporfirina IX que ocorre dentro das mitocôndrias. · O ferro consegue entrar na mitocôndria e como ele não consegue ser aproveitado, ele acaba se acumulando nas formas jovens de hemácias. · O quadro de anemia e do aumento de ferro resulta em hemocromatose. · Formas · Adquirido: defeito na ALA sintase · Hereditário: idiopática/ álcool/ isoniazida · Quadro clínico · Anemia: micro/ hipo x macrócitica. · Aumento de ferro/ ferritina/ transferrina. · Medula óssea: sideroblasto em anel. · Diagnóstico · Pelo menos 15% de sideroblastos em anel na análise microscópica de medula óssea. · Tratamento: · Hereditária: Piridoxina (vitamina B6) · Adquirida: resposta terapêutica ruim/ avaliar causas reversíveis. Anemia aplásica/ Aplasia de medula · O que ocorre é uma pancitopenia · Patogênese · Causas: idiopática, radiação, drogas, benzeno · Causa: Anemia de fanconi (doença hereditária que envolve intensa instabilidade do DNA): manchas café com leite/ baixa estatura/ polegar anômalo ou ausente/ microcefalia. · Causa: Aplasia eritróide pura: parvovírus B19/ timoma/ Sd de Diamond- Blackfan · Quadro clínico · Anemia: síndrome anêmica · Leucopenia: infecção · Plaquetopenia: sangramentos · Sem hepatoesplenomegalia/ hematoscopia inocente · Diagnóstico · Biópsia de medula óssea: < 30% do espaço medular ocupado por células Distúrbios da hemostasia Conceitos gerais · Hemostasia primária ⇨ Fazer para de sangrar ⇨ Plaquetas · Objetivo: formação do tampão plaquetário · ⚠ Exposição de colágeno tecidual → adesão → ativação → agregação · ⚠ Reforço de adesão: GPIb se liga ao fator de Von Willebrand (FvWB) → Ponte inter plaquetária · Hemostasia secundária ⇨ Não deixar o paciente voltar a sangrar ⇨ fatores de coagulação · Objetivo: formação da rede de fibrina · Fatores produzidos no fígado (exceto fator VIII - endotélio) · Via extrínseca · ⚠ Avaliada pelo TAP · Fator VII ativa fator X · Via intrínseca · ⚠ Avaliada pelo PTT · Fatores XII → XI → IX → X · Fator X ativado + fator VIII (ativado na presença de FvWB) > conversão da pró-trombina em trombina · Via comum: · ⚠ Trombina converte fibrinogênio em fibrina · Reforço final: fator XIII · Hemostasia terciária ⇨ Desfazer o coágulo que foi formado ⇨ Sistema fibrinolítico · Trombina (fator II) ativa as vias antagônicas → tPA (fator de ativação do plasminogênio) > formação de plasmina · Quebra da rede de fibrina → Geração de D-dímero · Só para gravar: rtPA Diferenciar hemostasia primária de secundária Fisiologia e exames da hemostasia primária Fase 1: adesão plaquetária = formação de uma fina camada de plaquetas aderidas a superfície da lesão, após a exposição do colágeno interagir com a GPVI Fase 2: ativação Liberação de mediadores inflamatórios Exames que avaliam a hemostasia Primária OPA! Se tempo de sangramento alargado, há problemas na plaqueta. OPA!! Só posso olhar o tempo de sangramento se a contagem de plaquetas estiver normal, pois se houver menos plaquetas, o tempo de sangramento estará alargado. Doenças da hemostasia primária Trombocitopenia imune · Idiopática · Principal, causa de plaquetopenia ISOLADA · Clínica: plaquetopenia (petéquia, púrpura, equimose, gengivorragia e epistaxe) e mais nada! · Tratamento: conservador maioria. Se quadro mais prolongado e persistente, dou corticoide (80-90% dos casos respondem)/ imunoglobulinas/ rituximabe/ trombopoetina · Transfusão em casos graves (sangramentos no sistema nervoso central e choque por sangramento > pouco comum) e refratários, mas só é feito após início de corticoide. · Ainda refratário? Considerar esplenectomia · Secundária · Causas: Infecções (HIV, dengue), doenças autoimunes. LES, gestação · Drogas: Heparina (principal causa), quinina, sulfas · Trombocitopenia induzida por heparinas (HIT) · Tipo 1: benigna, leve e autolimitada · Tipo 2: potencialmente grave: o anticorpo se liga ao fator PF4 plaquetário, ativando as plaquetas, provocando trombose. · Antes de iniciar a heparina, pedir contagem plaquetária · Diagnóstico: dosar anti PF4. · Tratamento: suspender heparina + iniciar outro anticoagulante (DabigaTran - inibidor da trombina), (RivaroXAban - inibe fator XA) · NUNCA dar plaqueta!!! Púrpura Trombocitopénica Trombótica · Fisiopatologia: não temos a “tesoura” Adams 13 que cliva o fator de von willebrand, formando fatores muito grandes. Há consumo plaquetário e formação de microtrombos em vasos renais/ cerebrais + lesão endotelial. · Clínica: Obs: a azotemia é somente laboratorial, o paciente não cursa com uremia Obs: Síndrome hemolítica uremiaca: há mais lesão renal grave e um acometimento do SNC mais brando · Muito comum em mulheres jovens (20-40 anos) no puerpério, hiv, fármacos · Tratamento: sem tratamento, a mortalidade é de 80%/ Com tratamento, a sobrevida é de 90% · O tratamento é feito com plasmaferese/ Anticorpo monoclonal/ NUNCA fazer transfusão de plaquetas. Disfunção plaquetária hereditária Disfunção plaquetária adquirida Uremia dá disfunção plaquetária Doença de Von Willebrand Sem o fator de von willebrand, o fator 8 é rapidamente degradado, portanto, o paciente se comporta como um distúrbio da hemostasia secundária de deficiência do fator 8, como a hemofilia A. Tratamento: Como boa parte dos casos é leve, não precisa de tratamento. Profilaxia para cirurgias/ sangramento leve: medicamento para estimular a síntese do fator > desmopressina. O ácido tranexâmico também está sendo usado. Tratamento para sangramentos graves: VII + FvWB ou crioprecipitado. · dependente. Após 65 anos não há benefício para tratar, pois posso aumentar o risco. image59.png image20.png image72.png image22.png image13.png image38.png image51.png image73.png image66.png image1.png image30.png image56.png image80.png image32.png image34.png image57.png image45.png image16.png image89.png image62.png image33.png image46.png image90.png image18.png image29.png image82.png image83.png image37.png image7.png image17.png image28.png image81.png image40.png image60.png image14.png image41.png image47.png image87.png image65.png image12.png image23.png image48.png image25.png image71.png image19.png image39.png image52.png image44.png image91.png image64.png image9.png image88.png image55.png image69.png image15.png image79.png image43.png image86.png image35.png image10.png image63.png image53.png image4.png image11.png image76.png image54.png image5.png image70.png image68.png image84.png image31.png image36.png image74.png image8.png image58.png image50.png image2.png image27.png image78.png image42.png image21.png image6.png image26.png image85.png image24.png image67.png image75.png image77.png image3.png image49.png
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