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Introdução à 
pedagogia no EJA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino 
fundamental e médio destinada a atender aqueles que não tiveram 
acesso ou não concluíram seus estudos na idade apropriada. A pedagogia 
no contexto da EJA requer uma abordagem específica, voltada para as 
necessidades e características únicas desse público. Nesta introdução, 
exploraremos os princípios fundamentais da pedagogia na EJA, 
destacando suas particularidades e a importância de uma prática 
educativa sensível às experiências de vida dos alunos.
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Contexto histórico do EJA 
no Brasil
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil possui uma longa e 
complexa história, refletindo as transformações sociais, políticas e 
educacionais do país. Suas origens remontam ao início do século XX, 
quando surgiram as primeiras iniciativas voltadas para a alfabetização e 
educação básica da população adulta, influenciadas por movimentos de 
educação popular e pelo processo de industrialização e urbanização do 
país.
Ao longo das décadas, a EJA passou por diversos períodos de avanços e 
retrocessos, sendo fortemente influenciada pelos diferentes governos e 
suas políticas educacionais. Durante o período da ditadura militar, por 
exemplo, a EJA foi marcada por uma abordagem mais tecnicista e 
assistencialista, com programas como o Movimento Brasileiro de 
Alfabetização (MOBRAL).
A redemocratização do país na década de 1980 trouxe uma nova 
perspectiva para a EJA, com a incorporação de princípios como a 
valorização da experiência de vida dos alunos, a contextualização dos 
conteúdos e a construção de um currículo mais relevante para as 
necessidades desse público. Destacam-se nesse período iniciativas como 
o Programa de Alfabetização Solidária e o Programa Brasil Alfabetizado.
Atualmente, a EJA no Brasil enfrenta desafios, como a necessidade de 
ampliar a oferta de vagas, melhorar a qualidade do ensino e promover a 
inclusão de grupos historicamente marginalizados, como jovens em 
conflito com a lei, pessoas com deficiência e populações ribeirinhas e 
quilombolas. Apesar desses desafios, a EJA é reconhecida como um 
importante instrumento de justiça social e de promoção da cidadania, 
desempenhando um papel fundamental na garantia do direito à 
educação para todos.