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4. Hidrostática Instituto de Matemática, Estatística e Física – IMEF Disciplina: Física II (03196) Prof. Carla E. I. dos Santos carlaiochims@yahoo.com.br • Tudo o que foi estudado até agora foi referente à cinemática e dinâmica de objetos pontuais ou de corpos rígidos, todos em sua forma sólida. • Gelo: corpo sólido em determinadas condições de temperatura, apesar de ser constituído por água, que é um material líquido, e que pode se transformar em vapor (gás), se for aquecida. Por que isto é observado com a água (H2O) e outros materiais? Isto é observado devido à constituição e ao arranjo atômico e molecular da substância. forças intermoleculares Sólido Líquido Gasoso Fluidos Quantidade de matéria com a propriedade de fluir, uma vez que as forças intermoleculares são menores que as forças entre moléculas de um sólido. É um meio continuo composto por partículas que interagem entre si e com o meio. • Sólido: resisti à deformação, ou seja, uma tensão aplicada a um sólido poderá deformá-lo e o mesmo até poderá se mover, mas não continuamente. • Fluido: não resisti a uma força de deformação e, como consequência, ele escoa. • Deformação: causada por forças de cisalhamento que atuam tangencialmente a superfície. F atua tangencialmente a superfície, ocasionando uma deformação como mostrado pela linha pontilhada. Fluido permanece estático não há forças de cisalhamento atuando. Estudo de: fluidos em repouso (hidrostática); fluidos em movimento (hidrodinâmica). Pressão Grandeza importante na descrição de um fluido. É definida como a razão da força sobre uma área transversal do corpo: Peso= 100 N Mesma força e diferentes áreas: diferentes valores de pressão. A FP Um corpo sólido apoiado sobre uma superfície: a pressão que ele exerce sobre a mesma é devido ao seu próprio peso e é inversamente proporcional à área de contato. Unidade (SI): Pascal (Pa); 1 Pa=N/m2 Outras unidades de pressão: • Atmosfera (atm): pressão média da atmosfera no nível do mar. 1 atm=1,01.105 Pa. • Torricelli (torr): pressão atmosférica medida em função da altura da coluna de mercúrio. 1 torr=1 mmHg e 1 atm=760 mmHg. • Libra por polegada ao quadrado (psi): unidade inglesa. 1 lb/in2=6,895.103 Pa É mais coerente falar em pressão atuando em um fluido que em força, uma vez que o fluido molda-se ao recipiente e dependendo da área do recipiente (que pode variar), a resposta do mesmo à força atuante pode ser diferente Torricelli (1643) e a medida da pressão atmosférica • Tubo de vidro de 1 m de comprimento preenchido com Hg; • Extremidade aberta foi tampada e emborcada numa cuba com Hg; • Hg desceu até a altura de 76 cm; • A coluna de Hg era equilibrada pela pressão atmosférica na superfície livre da cuba; • Assim, a pressão atmosférica foi igualada à altura da coluna de Hg no tudo: 1 atm =760 mmHg. Barômetro (1 bar = 1,01 atm) Massa específica e densidade Caracterizam o fluido ou um corpo rígido. É a razão entre a quantidade de massa e o volume: A diferença entre estas grandezas decorre de que a massa específica é a quantidade de massa por volume da substância que constitui o fluido ou o corpo. Sendo estes homogêneos, constituídos de uma única substância, densidade e massa específica são iguais. V m • Unidade (SI): kg/m3 • Frequentemente é informada em g/cm3 Exemplo: 1. a) determine o peso do ar em uma sala cujas dimensões são as seguintes, considerando a pressão de 1 atm: 4,2 m de comprimento; 3,5 m de largura e 2,4 m de altura. b) determine o módulo da força que a atmosfera exerce sobre a cabeça de uma pessoa, cuja área aproximada é de 0,04 m2. PaPAF A F P NmgF kgm mkg mmV Vm V m p ar 355 3 33 10*04,410*0404,004,0*10*01,1 09,439 8,44 /27,1 3,354,2*5,3*2,4 a) b) Fluidos em repouso – Hidrostática Quando alguém mergulha ou escala uma montanha consideravelmente alta ou viaja de avião, sente a diferença de pressão com relação a superfície ao nível do mar. A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude e com a profundidade. Supondo um recipiente preenchido com certo líquido (água, por exemplo), como na figura, no qual: y y=0 água ar y2 y1 F1 F2 mg 1) eixo y: definido positivo verticalmente para cima, com origem na interface do líquido com a atmosfera; 2) um cilindro imaginário é desenhado no interior do líquido. As bases horizontais do cilindro valem A e as coordenadas y1 e y2 representam a profundidade das bases superior e inferior, respectivamente, do cilindro. 3) três forças são identificadas como atuantes sobre este cilindro: F1, devido a coluna de líquido superior; mg, devido ao peso do líquido contido no cilindro e F2, devido a porção de líquido que está sob a superfície inferior do cilindro; 4) o líquido está em equilíbrio estático, logo a resultante das forças que atuam sobre o mesmo é nula. 12 FmgF • Se a resultante das forças é nula: ApFApF 2211 ; Vm • Sendo e , onde V é o volume do cilindro (produto da área A pela altura (y1-y2)) e ρ a densidade do líquido, tem-se que: . )( 21 yyAm • Com estas informações, pode-se escrever a equação da força resultante como: )( 2112 yyAgApAp )( 2112 yygpp Determinação da pressão de um fluído em repouso tanto em função da profundidade quanto da altura. Por exemplo, se o objetivo é determinar a pressão de um líquido a uma altura h da superfície, e se a mesma é aberta (contato com ar), tem-se: ghpp 0 • p0= pressão atmosférica; • p=pressão total ou absoluta em um ponto específico do fluído é a pressão do ar (fluido na superfície) mais a pressão devido à coluna de líquido até o ponto em questão; • A diferença entre p e p0 é chamada de pressão manométrica. A pressão em um ponto de um fluído estático depende somente da profundidade deste fluído e não da dimensão horizontal (largura do recipiente, por exemplo) em que o mesmo se encontra. Independe, portanto, do formato do recipiente. Questão: os recipientes da figura contem azeite de oliva. Qual a pressão na profundidade h em cada um deles, em ordem decrescente? Princípio de Pascal Em um fluido incompressível, contido em um recipiente fechado, a pressão aplicada em um ponto é transmitida integralmente a todas as partes do fluído. Bolinhas de chumbo Êmbolo pext p • Considere um líquido contido em um cilindro, que é fechado por um êmbolo, sobre o qual repousa um pacote de bolinhas de chumbo. • O conjunto pressão atmosférica+êmbolo+bolinhas exercem uma pressão pext sobre o líquido, de forma que a pressão total em um ponto no interior do mesmo, localizado a uma altura h abaixo da superfície, é dada por: • Ao adicionar bolinhas de chumbo ao pacote, ocasiona-se uma variação da pressão externa (Δpext), e como os parâmetros ρgh não são alterados, Δpext= Δp. • Como a variação de pressão não depende de h, é a mesma para todos os pontos do fluido. hgpp ext Aplicação do Principio de Pascal Considere o esquema que representa uma prensa hidráulica, com a aplicação de uma força F1 na área A1 : Força de saída Força de entrada Multiplicação da força De acordo com o Princípio de Pascal, a pressão é transmitida integralmente: p1=p2 multiplicação de forças. Importante para elevadores automotivos, prensas e macacos hidráulicos. W=Fd Fluído Princípio de Arquimedes • O que ocorre quando um corpo está parcial ou totalmente mergulhado em um líquido? • Por que temos a sensação (verdadeira) de que o peso do corpo diminui quando o seguramos dentro da água em comparação quando o seguramos no ar ? Respostas: Princípiode Arquimedes Sempre que um corpo está imerso em um fluído, existe uma força atuando sobre o mesmo decorrente da pressão que o fluído exerce força de empuxo. Força de empuxo Vimos que a pressão em um fluído aumenta com a profundidade e este aumento, pelo Princípio de Pascal, é distribuído integralmente em todo o fluído. Logo, a parte inferior do corpo estará sujeita a maior pressão : maior pressão = maior força por unidade de área. Ao somar as forças que atuam individualmente em cada ponto da superfície, a resultante será uma força direcionada para cima (empuxo), oposta a força gravitacional. Quando um corpo está total ou parcialmente imerso em um fluído, uma força de empuxo E, é exercida pelo fluído sobre o corpo. A força é dirigida para cima e tem módulo igual ao peso do fluído deslocado: gmPF llE Cortiça Al Pb Analisando uma situação prática: Suponha as 3 esferas da figura a seguir. Cada uma possui um volume de 10 cm3 e massas de 2, 27 e 113 g, respectivamente. • Obviamente ao deixá-las dentro da água, cada uma terá um comportamento diferente. O que ocorrerá com cada uma? • O que se pode afirmar a respeito da força de empuxo? “boia” “afunda” “afunda” É a mesma: mesma pressão da água e mesmo deslocamento de água provocado. Comportamentos diferentes devido a comparação entre empuxo e peso da esfera. Três situações podem ocorrer: 1) Peso do corpo>Empuxo: resultante das forças está orientanda verticalmente para baixo e o corpo irá afundar. Densidade do corpo>densidade do líquido. Ex.: pedra na água. 2) Peso do corpo<Empuxo: resultante das forças está orientanda verticalmente para cima e o corpo irá para superfície. Enquanto emerge, o empuxo vai diminuindo até que se iguale ao peso do corpo e o mesmo flutue na superfície. Densidade do corpo>densidade do líquido. Ex.: navio, que permanece parcialmente mergulhado na água. 3) Peso do corpo=Empuxo: resultante das forças será nula e o corpo permanecerá em equilíbrio dentro do líquido. Densidade do corpo=densidade do líquido. Ex.: submarino dentro do mar. Situação 1 Situação 2 Situação 3 http://www.if.ufrgs.b r/tex/fis01043/2003 2/Margaret/porque_ os_navios_flutuam_e _os_su.htm Peso aparente e Peso real Leitura na balança=peso da vaca (se a balança estiver calibrada para peso) Leitura na balança<peso da vaca = PESO APARENTE (se a balança estiver calibrada para peso) A força de empuxo diminui a leitura na balança: N=P-FE N FE P Exemplo: uma âncora de ferro, quando totalmente imersa na água, parece 200 N mais leve que no ar. a) Qual é o volume da âncora? b) Qual o peso no ar? Considere a densidade do Fe como sendo 7870 kg/m3. NVgmgP m g PP V gVPEPP o A A AA 1574 020,0 8,9*1000 200 3 a) b) E PA P http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/hframe.html
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