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Gestão de Eventos - CW1

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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Vamos começar uma trilha empolgante para tratar de temas ligados a um dos setores que mais cresce
atualmente. Você conhecerá a trajetória histórica dos eventos, desde a Antiguidade, e a indústria pro�ssional
na qual se tornou. Você observará como os conceitos sobre eventos se atualizam de acordo com a forma em
que são vistos: negócios, entretenimento e turismo se misturam nas suas de�nições. 
Você identi�cará também as características e o mecanismo necessário para o funcionamento dos eventos
pro�ssionais, composto de promotores, organizadores, patrocinadores e apoiadores.
Você analisará como a demanda crescente face à necessidade de promover empresas e negócios, através dos
eventos, implicou em um alto nível de conscientização a respeito da receita advinda da boa condução dos
eventos e tornou o segmento uma das maiores cadeias produtivas da economia em várias regiões e cidades.
Vamos embarcar nesta jornada? Explore os conteúdos, acesse os links, veja os vídeos e ative os exercícios.
Aula 1
ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS SOBRE EVENTOS
Nesta aula, você conhecerá a trajetória histórica dos eventos, desde a Antiguidade, e a indústria
pro�ssional na qual se tornou. Você observará como os conceitos sobre eventos se atualizam de acordo
com a forma em que são vistos: negócios, entretenimento e turismo se misturam nas suas de�nições.
FUNDAMENTOS BÁSICOS SOBRE EVENTOS
 Aula 1 - Origem, histórico e conceitos sobre eventos
 Aula 2 - Fases do evento
 Aula 3 - Estrutura organizacional do setor de eventos
 Aula 4 - Tipologia de eventos
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
Bons estudos! 
EVENTOS: ORIGENS, CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
O setor de eventos funciona como palco para investimentos ou produto �nal da indústria de entretenimento e
do turismo. Sob qualquer circunstância, você precisa conhecer esta história fascinante. Vamos lá?
Origens dos eventos
Desde a Antiguidade, a realização de eventos evoluiu à medida que eles adquiriram aspectos econômicos e
sociais, como observam Mendonça e Perozin (2014).
Na Grécia, surgiram os jogos olímpicos, para homenagear o deus grego Zeus, por volta de 2500 a. C., no
qual as cidades competiam entre si em diversas modalidades esportivas. Em Roma, ocorriam as Festas
Saturnais, para honrar Saturno, ocasião em que as diferenças sociais eram desconsideradas.
Na Idade Média, as festas pagãs acabaram sendo superadas pelos cristãos, que trouxeram a perspectiva
dos eventos religiosos e comerciais por meio dos concílios e feiras, destacando-se a de Champagne
(França).
A partir da Revolução Industrial, ao longo do século XIX, uma nova forma de evento surgiu, na forma de
conclaves cientí�cos e técnicos.
Em 1841, surgiu o turismo planejado, com Thomas Cook, que organizou a viagem do Congresso
Antialcoólico, em Leicester e Loughborough (Inglaterra). No �nal do século, surgiram os pavilhões de
exposições na Europa e EUA. No século XX, os eventos se tornaram produtos turísticos, impulsionando o
�uxo de visitantes aos seus destinos.
No Brasil, o primeiro evento pro�ssional foi o Baile de Carnaval de 1840, no Hotel Itália, Rio de Janeiro.
Depois, o Brasil participou e organizou feiras internacionais, eventos técnicos e cientí�cos. Recentemente,
temos sido palco de eventos globais, como a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016).
Eventos – de�nições e características 
O evento pode ser um acontecimento para atrair a atenção do público e da imprensa. Esse princípio é
ampliado por Meirelles (1999) que sustenta a capacidade dos eventos de atuarem como instrumento
institucional promocional de corporações, pessoas e ideias, que ainda ajudam a criar conceitos e estabelecer
imagens sobre seus promotores.
Andrade (2013) defende que um evento é uma iniciativa destinada a criar �uxo turístico, mudando a dinâmica
econômica vigente, disseminando a ideia de que ele oferece conhecimento, lazer e estimula negócios, além de
conscientizar comunidades e contribuir para o entendimento entre os povos.
Assim, os eventos possuem três características principais:
Constituem um produto que gera uma cadeia produtiva socioeconômica.
Exigem recursos humanos que conheçam os padrões que devem ser obedecidos.
Estabelecem uma convergência de atividades, cuja excelência é ditada globalmente.
Mercado de eventos  
Um ecossistema foi sendo construído para formar esse mercado e reunir os principais atores a �m de dar
conta do planejamento e organização de eventos, conforme atesta Matias (2010): 
Promotores: idealizam o evento e contratam as empresas organizadoras para viabilizar o encontro de
forma pro�ssional. Por exemplo, a Natura Cosméticos idealizou uma série de shows no metaverso para
divulgar as marcas Humor (perfumaria) e Faces (maquiagem). 
Organizadores: empresas contratadas para planejar, organizar e avaliar o evento. Discutem orçamentos,
contratam produtores e prestam relatórios. Exemplo: as agências Live e Jnto são as organizadoras
contratadas pela Natura para a produção do “Festival do Lado”.
Produtores: empresas ou pessoas que se responsabilizam pela forma que será dada ao conteúdo
imaginado pelos promotores e organizadores. Por exemplo, a Live e Jnto contratam produtores visuais
para os shows virtuais do projeto Festival do Lado.
Apoiadores / Patrocinadores: empresas privadas e instituições públicas investem recursos �nanceiros,
materiais ou humanos nos eventos, buscando ajustar seus interesses aos objetivos dos promotores.
Esse mercado será interpretado com detalhes a seguir.  
CARACTERIZANDO O MERCADO DE EVENTOS
Ao longo de sua trajetória histórica, os eventos passaram a exercer a função econômica que cabe em diversos
mercados. O papel que a indústria de eventos exerce na construção dos atrativos e da oferta técnica dos
núcleos turísticos ativa ou reequilibra o mercado turístico, mas traz implicações nos diversos ramos de
negócios, serviços e até nas instituições públicas. Vamos interpretar melhor esse fenômeno? 
Caracterizações do mercado de eventos
Segundo Abreu (2018), algumas contribuições da organização de eventos impactam diretamente o mercado
turístico:
Aumenta as taxas de ocupação hoteleira.
Atrai clientes para restaurantes e casas noturnas.
Cria empregos diretos (agências, transportadores, meios de hospedagem).
Favorece a contratação de empregos indiretos (fornecedores, vendedores, fabricantes).
Amplia a distribuição de renda e o consumo.
Incrementa a carga tributária do ISS (Imposto Sobre Serviços).
Divulga a cultura e as oportunidades de negócio do núcleo receptor.
Favorece a captação de um calendário de eventos.
A despeito das contribuições ao turismo, você deve perceber que as empresas também descobrem a
potencialidade da área de eventos como ferramenta de consolidação dos negócios por conta das seguintes
características:
Perspectivas de acesso direto entre fornecedores, clientes e parceiros.
Estratégia de inserção ou revitalização das marcas nos mercados.
Geração espontânea de notícias nos veículos de comunicação.
Efetivação de rodas de negócios.
Integração entre as equipes dos organizadores, empresas e patrocinadores.
Sistemas interligados
Assim, negócios, turismo e eventos se interligam. Vamos considerar os sistemas que compõem a sociedade -
econômico, social, cultural e religioso. O sistema econômico abrange diversos subsistemas e um deles é o
sistema turístico, que constitui uma das diversas fontes de ativos econômicos que estruturam a economia de
uma determinada região.
Por sua vez, o subsistema de eventos que integra o subsistema turístico captura elementos da engrenagem do
turismo, alimentando-o por meio dos congressos, feiras ou espetáculos que se transformam em produtos
turísticos. Além disso, os eventos impulsionam a construção dos equipamentos da oferta técnica: hotéis,
restaurantes, casas noturnas ou arenas esportivas. Cada um dos sistemas é dividido em outros subsistemas
que se conectam. Veja a �gura a seguir.
Figura 1| Relação entre sistemas e o mercado de eventos
Fonte: elaborada pelo autor.
Para facilitar a interpretação dessas características, observe algumas possibilidades, consideradas por Dias e
Cassar (2004):
O sistema de eventos opera por meio de vários elementos: promoção, organização, produção, patrocínio e
apoio, conforme vimos na seção anterior.  O quadro a seguir, auxilia na compreensão das funções que cada
ator desempenha nesse ecossistema. 
Quadro 1 | Mercado de eventos, características e funções
ATORES CARACTERIZAÇÃO FUNÇÕES
Clientes
Constituem os públicos-alvo,
impulsionando o mecanismo da
indústria de eventos.
Consumir os produtos.
Empresas
organizadoras
Empresas que planejam e executam
feiras, festivais, eventos técnico-
cientí�cos, empresariais e artísticos.
Explorar comercialmente os bens e
serviços.
Obter lucros e dividendos.
Nutrir novos negócios.
Instituições públicas 
Agentes do planejamento urbano e
turístico, secretarias de governo,
autarquias, empresas públicas,
associações de eventos.
Regulamentar as atividades de eventos e
o sistema tributário.
Mediar os interesses entre a iniciativa
privada e a coletividade.
Empresas operadoras
e produtoras
Transportadoras, prestadoras de
serviços, consultorias, produtoras
artísticas, coreográ�cas e cenográ�cas.  
Ancorar os serviços táticos ou
operacionais.
Garantir o acesso aos locais dos eventos.
Equipamentos
técnicos
Recepcionam os eventos: casas de
espetáculos, centros de convenções,
hotéis e pousadas, arenas, estádios,
restaurantes.
Mobilizar o �uxo de eventos.
Atrair a demanda de eventos.
Capacitar a infraestrutura receptiva.
Patrocinadores e
apoiadores
Empresas do setor privado, instituições
públicas, universidades e entidades
cientí�cas.
Obter retorno publicitário com cotas de
patrocínio (patrocinadores).
Trocar serviços e equipamentos por
merchandising (apoiadores).
Fonte: adaptado de Dias e Cassar (2004, p. 60).
Observe a diversi�cação da rede de serviços do mercado de eventos que se estrutura para produzir desde um
seminário ou espetáculo até um festival gastronômico.
As organizadoras e instituições públicas estruturam a cadeia produtiva de eventos, enquanto outros
elementos funcionam como inputs (entradas) desse sistema, oferecendo serviços peculiares que vão
estabelecendo circuitos complementares (mercado de incentivos �scais, economia criativa e serviços de
publicidade).
A incorporação dos clientes, empresas, prestadoras de serviços e equipamentos técnicos na cadeia produtiva
de eventos deve ser analisada, tendo como pano de fundo essa visão sistêmica que reúne atributos de vários
mercados que se integram. 
EXPLORANDO O SISTEMA INTEGRADO DE EVENTOS
Para aprofundar os conhecimentos e técnicas apreendidas, vamos colocar você no centro de uma situação
prática de aprendizagem.  
Você é o gestor de negócios da WPM Entretenimentos, atuando na prospecção de eventos musicais e
entretenimento. Você está negociando com dois clientes:  
Centro Universitário: a cidade de Arraial do Cabo, no litoral �uminense, atrai turistas para suas praias e
mirantes. O Centro Universitário está formando as primeiras turmas de turismo e negócios e pretende
realizar uma cerimônia de colação de grau e um jantar dançante que atraia professores e alunos dos
cursos. Deverão estar presentes entre 300 e 400 pessoas.
Secretaria Estadual de Turismo: diferentes municípios da Costa do Sol – área turística do RJ –
pretendem se unir para promover um festival cultural, com o objetivo de incentivar o �uxo turístico e a
criação de um cluster econômico que promova os atrativos, produtos e cultura local. Nos municípios de
Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Maricá, Rio das Ostras e Saquarema, haveria a organização de
circuitos gastronômicos, shows, exposições culturais e feiras de produtos.
Você percebeu que o primeiro evento (acadêmico) é local, circunscrito a uma cidade da região e não tem
relação com os atrativos turísticos da praia, tendo pouco impacto na economia da cidade.
O segundo evento, junto ao consórcio de municípios da Costa do Sol do RJ, possui impacto regional e tem
metas ambiciosas visando construir uma conexão regional de divulgação dos atrativos e produtos. A rede de
empregabilidade será maior em função da complexidade, pois o projeto deverá direcionar os macro e micro
eventos, de acordo com os recursos de mobilidade e a estrutura econômica de cada cidade. 
Na reunião de apresentação desses novos projetos para a sua equipe, você observou alguns pontos.
O festival cultural poderá construir um sistema econômico em sinergia com a indústria turística.
Os dois projetos (formatura e festival) exigirão um per�l quali�cado de mão de obra, pela natureza
técnica e especializada dos eventos.
Será necessária a contratação de produtoras cenográ�cas, artísticas e cerimonialistas, além de serviços
terceirizados (audiovisual e montagens).
Você apontou as características que deverão fazer parte do planejamento. Vamos conferir suas opções?
Evento – Centro Universitário
Impactos na empregabilidade: como o evento afeta um público seletivo (professores, alunos e famílias)
e envolve poucos fornecedores, o impacto turístico é insigni�cante, mas podemos ampliar essa visão.
Como? Elaborando um circuito de eventos dançantes fora da alta estação, a WPM poderia estabilizar a
mão-de-obra local com fornecedores de pequeno impacto: alimentos e bebidas, bu�et, táxis etc.  
Parcerias promotor-organizador-setor público: a empresa pode fornecer serviços de eventos para as
demais faculdades da região, criando um circuito econômico em termos de impostos e formalização de
emprego.
Evento – Festival Cultural
O projeto do festival abrange 13 municípios, incluindo Arraial do Cabo, e sua amplitude regional, demanda
mão-de-obra com fornecedores especializados e equipe treinada.
Justi�cativa: o evento deverá atrair visitantes do Rio de Janeiro e outros estados, captando mais
impostos. Ativa os meios de hospedagem e incentiva o envolvimento dos órgãos públicos no circuito de
eventos das cidades.
Papel do festival na economia: estrutura um sistema de empregos em massa, incluindo mão-de-obra
predominantemente temporária e operacional, mas é ocasião para promover os destinos, as marcas e
produtos locais.
Você fecha o seu resumo (brie�ng), ciente de que a WPM poderá contribuir com os meios de empregabilidade
formais demandados e perspectivas de crescimento econômico da região.  
VIDEO RESUMO
Neste vídeo, você confere a trajetória dos eventos e sua importância na formação dos sistemas econômicos e
culturais. As olimpíadas, feiras e concílios abriram oportunidades para os congressos, exposições e
espetáculos que surgiram no século XX. Você conhecerá os atores que compõem a cadeia produtiva dos
eventos (promotores, organizadores e produtores) e sua integração a outros sistemas (turístico, tributário e
comercial).   
 Saiba mais
No site do IMR (Instituto de Marketing Research), você pode conferir a diferença entre patrocínio, apoio e
parceria, termos que formam a espinha dorsal �nanceira do mercado de eventos. O projeto pode ser um
evento ou uma atração cultural, mas para colocar em prática uma ideia é importante contar com o
suporte correto, pois as pessoas e as instituições adequadas tornam mais fácil a execução das diferentes
etapas. No artigo, você confere as estratégias de uma empresa na busca por uma posição na indústria do
entretenimento.
Qual a diferença entre patrocínio, apoio e parceria? 
Aula 2
FASES DO EVENTO
No pré-evento, a partir da ideia central (concepção), organizamos a estrutura administrativa, de�nimos e
executamos as estratégias de comercialização e promoção do evento. No transevento, podemos realizar
tudo que foi planejado e ajustar eventuais intercorrências nos processos operacionais. No pós-evento,
https://www.imr.pt/pt/noticias/qual-a-diferenca-entre-patrocinio-apoio-e-parceria
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Você já identi�cou a importância em agregartécnicas pro�ssionais ao planejamento dos eventos. Nesta aula,
você perceberá que traçar etapas para a realização do projeto é um desses recursos e isso pode contribuir
decisivamente para o sucesso do empreendimento.
Você conhecerá os processos envolvidos no pré-evento, transevento e pós-evento e as tarefas direcionadas a
cada etapa, de acordo com a natureza e o propósito de cada uma.   
No pré-evento, a partir da ideia central (concepção), organizamos a estrutura administrativa, de�nimos e
executamos as estratégias de comercialização e promoção do evento. No transevento, podemos realizar tudo
que foi planejado e ajustar eventuais intercorrências nos processos operacionais. No pós-evento, além das
desmontagens e o fechamento contábil, elaboramos uma avaliação completa e, se for o caso, preparamos o
remarketing para as próximas edições do evento.  
Vamos continuar nossa jornada? Explore os conteúdos, acesse os links, veja os vídeos e ative os exercícios.
Mãos à obra! 
ETAPAS DO EVENTO: DA CONCEPÇÃO AO PÓS-EVENTO
Vamos começar perguntando: como nasce um evento? A trajetória que desencadeia a ideia central e a
concepção de qualquer evento requer dois princípios comuns, conforme demonstrado por Martin (2003):  
Oportunidade: quando é observado um novo nicho de mercado, ou uma ocasião apropriada para
explorar esses segmentos. Por exemplo, eventos ecológicos ou relacionados ao empreendedorismo.
Especialização: eventos em áreas tipi�cadas. Por exemplo, congressos na área médica, seminários sobre
tecnologia ou festivais de gastronomia.
Organização de eventos - Etapas
Observe que nesse contexto, é necessário que o projeto seja dividido em fases, uma vez que os gestores
sempre estão pressionados para administrar uma gama enorme de procedimentos que incluem as atividades
de planejamento, operação e avaliação. Segundo Abreu (2018), os projetos de eventos compreendem quatro
etapas fundamentais:
além das desmontagens e o fechamento contábil, elaboramos uma avaliação completa e, se for o caso,
preparamos o remarketing para as próximas edições do evento.
10 minutos
Concepção: pode durar semanas, mas também pode demandar meses. Observe que, ao �car livre de um
cronograma imediato, a ideia central pode ser explorada com maior liberdade. A idealização do projeto,
elaborada tanto como oportunidade quanto pelo seu grau de especialização, ganha corpo por conta de
dois processos, a partir dos quais a estratégia geral do evento é concretizada.
Pesquisa de marketing: podem ser incluídos desde estudos sobre o público-alvo e seu
comportamento ou motivações, até a investigação sobre novas tendências culturais, análises dos
fatores socioeconômicos externos ou exigências do setor público.   
Planejamento técnico: lista de procedimentos e tarefas, que devem ser acompanhadas de
recomendações e análise do potencial criativo.
Pré-evento: o planejamento estratégico é transferido para as comissões e se constrói o plano tático do
evento, incluindo aspectos administrativos, comerciais e publicitários. Tomando como base os
argumentos de Abreu (2018), distinguimos as seguintes tarefas no pré-evento: composição da estrutura
administrativa, comercialização e estratégia promocional.
A estrutura administrativa deve cuidar da elaboração de um organograma no qual as funções de
cada gerente estejam delimitadas. Devem ser solicitados os orçamentos junto aos fornecedores,
palestrantes ou artistas e �nalmente elaborar o plano de custo.
Durante a comercialização, elaboramos e executamos o projeto comercial de captação de patrocínio,
a �m de executar as negociações com as empresas potenciais e estabelecer a forma da
administração das �nanças.
Na estratégia promocional, devem ser feitas as cotações com as empresas de comunicação,
organizar o plano de mídia interno e externo, criar e divulgar a programação visual, além dos
conteúdos de propaganda. Para isso, podem ser contratadas empresas de marketing digital e
assessorias de imprensa.
Trans evento: nesta fase, organiza-se a frente operacional que cuidará das tarefas previstas na fase
anterior, com de processos administrativos, operacionais e de comunicação. Por isso, a poucos dias da
realização do evento, as atividades assumem caráter funcional e as equipes de trabalho con�rmadas nas
posições devem ser preparadas para o cumprimento das atividades e também para os imprevistos. Saber
tomar decisões rápidas e precisas nesse momento deve fazer parte do treinamento.
Pós-evento: normalmente, nessa etapa, incluímos tarefas operacionais de desmontagem e fechamento
contábil, mas também é uma oportunidade para uma completa avaliação mercadológica, técnica e
�nanceira, focada na reformulação dos procedimentos. Considera-se pós-evento o período posterior a
todos os eventos programados, observando a recomendação de atribuir métricas de monitoramento,
considerando os seguintes aspectos principais: fechamento contábil, avaliação técnica, avaliação
�nanceira e plano de remarketing.
Você conheceu as principais etapas do planejamento e organização de eventos. A seguir, você poderá
interpretar melhor os resultados advindos dessa estratégia. 
CARACTERIZANDO O MERCADO DE EVENTOS
Vimos como o evento dividido em fases acarreta uma entrega de resultados mais e�ciente e possibilita
melhores retornos para os envolvidos. Veja na �gura, como se opera o �uxo dos processos nessas etapas.
Figura 1 | Fases e processos
Fonte: elaborada pelo autor.
Vamos compreender melhor os itens e os fatores descritivos de cada etapa?  
Concepção
De acordo com Abreu (2018), após as informações da pesquisa de mercado, devemos enumerar as tarefas
que devem fazer parte do planejamento técnico estrutural e operacional. Con�ra: 
Quadro 1 | Planejamento técnico estrutural
ITENS DESCRIÇÃO
Objetivos do
evento
Objetivos de mercado: lançar um produto? Lançar sua empresa? Gerar noticiário?
Estimular trocas monetárias? Atrair investidores? Aumentar a arrecadação de
impostos?
Objetivos culturais: criar corredores culturais? Organizar projetos de inclusão
social? Oferecer alternativas de entretenimento e lazer para os turistas? Estimular
programas sociocomunitários?
Tipo de evento
Acadêmicos, pro�ssionais, técnicos, campeonatos, concursos, shows,
confraternizações, feiras, festivais ou festas.
Local e data
Escolher a data mais adequada entre três opções e concretizar a pré-reserva com o
locador do espaço físico. Para encontros negociados em série, devemos considerar
diferentes possibilidades de horários compatíveis com os hábitos locais.
Temário
Aplicados aos eventos técnicos ou cientí�cos. O tema deve ser objetivo e claro, os
subtemas devem comportar assuntos que tenham relação. Por exemplo: “O impacto
da violência no turismo da cidade”.  
Slogan
Adequado para eventos de entretenimento. Duas ou três palavras impactantes que
de�nam a campanha publicitária e os conteúdos promocionais. Por exemplo: “Rock in
Rio: por um mundo melhor”.
Programação
Esboço da distribuição de seções e horários, distribuindo equilibradamente os temas,
os intervalos e as atividades paralelas.
Público-alvo
Distribuir o público em quatro grupos básicos, anotando o per�l de cada um: 1. Sexo.
2. Faixa etária. 3. Região geográ�ca. 4. Classe social. Dados comportamentais (hábitos)
e psicográ�cos (atitudes) dos públicos podem ser incluídos e combinados.    
Plano de
comunicação
Indicar os veículos tecnicamente acionados com maior frequência, identi�cando as
estratégias a utilizar:
Promoção indireta: propaganda ou publicidade em mídia eletrônica e impressa -
TV, rádio, jornal, outdoor, etc.
Promoção direta: social media marketing (redes sociais), promoção de vendas,
telemarketing, �lipeta, cartaz, mobile marketing, buzz marketing (viral).
Merchandising: camisetas, adesivos, bonés, móbiles, placas de arena, displays,
etc.
Fonte: Abreu (2018, p. 50-55).
Observe que, no planejamento técnico estrutural, é de�nido o escopo do evento, incluindo os objetivos
organizacionais e mercadológicosdo projeto.
Quadro 2 | Planejamento técnico operacional
Levantamento de
recursos
Anote alguns patrocinadores potenciais e apoiadores, incluindo identi�cação dos
executivos, seus e-mails e os contatos complementares.
Captação de
recursos
Identi�que as opções de captação disponíveis, declarando de que formas você
pretende atrair receita para o seu projeto: bilheteria, cotas de patrocínio e
merchandising, doações, verbas do promotor.
Planejamento de
transportes
Levantar as disponibilidades de locomoção utilizadas pela produção, visitantes,
palestrantes e convidados. Esses dados devem levar em conta as possibilidades de
transporte terrestre, aéreo e marítimo.  
Planejamento de
atividades sociais
Avaliar as pistas obtidas na pesquisa de marketing e estudar a possibilidade de
promover jantares, coquetéis, visitas a teatros, centros culturais ou circuitos
gastronômicos.  
Planejamento de
atividades turísticas
Se o destino tiver relativa variedade de atrações turísticas e o evento for de natureza
empresarial ou classista (congressos, eventos técnico-cientí�cos), deve ser
estabelecido um Caderno de Turismo para os participantes.
Previsão de
materiais e
equipamentos
Indicar a quantidade de material necessário: pastas, canetas, blocos, material
de secretaria, etiquetas, crachás, folhas, impressos.
De�nir as normas para liberação de �lmagens e fotogra�as. 
Avaliar a contratação dos serviços de montagem, som e iluminação que sejam
mais adequados ao evento.
Planejamento de RH
Relacionar as pessoas necessárias à realização do evento (recepcionistas,
seguranças, assistentes de palco, monitores, garçons, etc.).
Cronograma
Dividir o cronograma em três fases distintas (pré-evento, transevento e pós-evento)
�xando para cada uma das atividades um prazo para a conclusão das estratégias ou
planos de ação.
Fluxograma
Organizar o sequenciamento de atividades em cada fase ou em cada processo
(estrutura administrativa, captação de recursos, campanha publicitária, etc.),
demonstrando o funcionamento da organização do evento, como um todo.
Organograma
Elaborar o sistema hierárquico (coordenador, gestores, líderes de comissão,
consultores e terceirizados), observando a de�nição das funções de cada um. Pode
ser feita uma Matriz de Responsabilidades.
Elaboração de pré-
projeto comercial
O pré-projeto de captação de recursos é um rascunho do projeto de venda do
evento, ou seja, a síntese aproximada da proposta a ser enviada aos patrocinadores
e apoiadores. O projeto de captação deve possuir, pelo menos, cinco seções:
objetivos, público-alvo, justi�cativa, retorno publicitário aos patrocinadores e
programação.
Fonte: Abreu (2018, p. 55-60).
Como vimos, o plano técnico operacional prevê os procedimentos relacionados aos recursos, transportes e
ferramentas de apoio.  O pré-projeto será uma ferramenta de negociação junto aos patrocinadores.  
Pré-evento 1 | Estrutura administrativa
Logo depois, os recursos humanos precisam ser alocados às funções administrativas e operacionais e, para
isso, é necessário construir a estrutura gerencial e as atribuições. Nesse momento, devemos disparar o
cronograma do pré-evento. Veja o Quadro 3.  
Quadro 3 | Estrutura gerencial
CARGO ATRIBUIÇÕES
GERENTE EXECUTIVO
Elaboração do projeto administrativo.
Política de recrutamento e seleção de recursos humanos.
Administração �nanceira.
Gestão de contratos.  
Solicitação de orçamentos e estudo da concorrência.
Treinamento tático-operacional.
GERENTE COMERCIAL
Elaboração do projeto comercial.
Comunicação e comercialização do projeto.
Captação e controle de patrocínios e apoios.
GERENTE DE COMUNICAÇÃO
Elaboração do plano de mídia e divulgação.
Supervisão da estratégia promocional. 
Assessoria de imprensa e relações públicas.
Marketing digital e social media marketing (redes sociais).
Fonte: elaborado pelo autor.
Agora, o gerente executivo deve elaborar o organograma completo do evento, distinguindo os cargos e
funções em cada etapa. O planejamento técnico deve avançar para uma formatação que inclua o plano de
custo e o plano de receitas. Depois, podemos confeccionar o checklist do evento (listagem das tarefas) e o
projeto �nal de captação.
Pré-evento 2 | Comercialização
Finalizada a estrutura administrativa, precisamos planejar a estratégia comercial do evento. Essa tarefa,
conforme Giacaglia (2006), deve incluir a elaboração do projeto de captação de patrocínio, a negociação com
os patrocinadores potenciais e o gerenciamento do processo �nanceiro.  Em resumo, temos:
Estudar as alternativas de negociação sobre as vantagens promocionais adquiridas com as cotas de
patrocínio.
Conhecer a potencialidade local de patrocínio e obter informações sobre empresas que destinam
regularmente verbas de seu projeto de marketing para eventos.
Fazer o levantamento das empresas e instituições que possam oferecer apoio operacional em troca de
serviços – algumas empresas podem se interessar em fornecê-los.
Entrar em contato, expor e negociar as condições do investimento com o patrocinador e elaborar
relatório ao organizador ou gerente comercial. Deve, ainda, conhecer os limites de negociação, de acordo
com o plano de receita estimado na fase anterior.
Pré-evento 3 | Estratégia de comunicação 
Segundo Matias (2010), por meio de um projeto de comunicação e�ciente, você pode acessar o cliente no
momento exato em que está disponível. Fazer propaganda massiva, quando o que basta é a comunicação
direta, ou imaginar que as redes sociais são a única fonte de promoção, são falhas estratégicas irremediáveis.
A comissão de comunicação deve realizar esforços junto às empresas de comunicação e aos patrocinadores
indicados pelos promotores.   
As atividades essenciais nessa fase são as seguintes:
Contatar os veículos de comunicação e empresas de marketing digital para cotizar valores e condições
contratuais.
Organizar o plano de mídia e divulgação (interna e externa).
Criar a programação visual (logomarca do evento, peças publicitárias, artefatos de merchandising).
Elaborar os conteúdos do website ou hotsite (página do evento).
Executar e acompanhar a estratégia promocional.
Nas fases transevento e pós-evento fazemos a transição dos processos de planejamento para os processos
operacionais. Com base em Matias (2010), o Quadro 4 demonstra as principais atividades dessas etapas.
Quadro 4 | Trans e pós-evento - Atividades
TRANSEVENTO
As expectativas do promotor e dos patrocinadores precisam ser ajustadas pelo
organizador em termos dos resultados esperados: alcance dos objetivos
socioculturais (promotor) e mercadológicos (patrocinadores).
No transevento devemos gerenciar o planejamento tático da programação, atuando
nos imprevistos relacionados às falhas humanas e técnicas que envolvem a equipe
e os processos operacionais (som, luz, energia, equipamentos, etc.).
As ações devem ser divididas em quatro frentes: administração e secretaria,
produção, relações públicas e atendimento ao público e operações.
PÓS-EVENTO
Após a �nalização do evento, deve-se iniciar o processo de encerramento,
consistindo basicamente em avaliação técnica, administrativa e �nanceira do
projeto. O objetivo é gerar relatórios comparativos entre as expectativas e o
realizado, identi�cando os pontos positivos e negativos. 
Essa etapa é geralmente negligenciada, mas não é feita apenas de avaliação. Há
muito trabalho operacional com desmontagens, serviços de transportes, limpeza,
manutenção, além do relatório �nanceiro.
A estrutura das frentes da fase transevento deve ser conservada, para que as
operações e relatórios sejam mantidos nos quatro cenários.
Fonte: adaptado de Matias (2010, p. 145-187).
A seguir, você será transferido para o ambiente prático de um evento, ocupando a posição de gerente de
comunicação de uma empresa organizadora. 
APRENDENDO COM A ESTRATÉGIA PROMOCIONAL: UM CASO PRÁTICO
A situação de aprendizagem a seguir, vai inseri-lo em um contexto para simular sua atuaçãocomo integrante
da estrutura gerencial de uma empresa organizadora de eventos. 
Cenário
Você é o gerente de comunicação da empresa carioca XPO Promoções. Suas atribuições estão restritas ao
planejamento e operação da estratégia publicitária dos eventos contratados pela direção da empresa.
Existem dois projetos que estão entrando na fase transevento. Durante o pré-evento (60 dias antes), a
equipe administrativa, sob a liderança de Gerson (gerente executivo), e a equipe comercial, sob o
comando de Silvia (gerente de vendas), trabalharam intensamente para montar a estrutura
administrativa, captar os recursos �nanceiros e obter os apoios necessários aos dois projetos.
Durante o pré-evento, você liderou a equipe de comunicação para concluir o planejamento da estratégia
promocional e publicitária.
Ao �nal desse processo, sua equipe montou o approach (foco) dos eventos, demonstrados a seguir. O objetivo
é facilitar a operação de divulgação que deverá ser executada no transevento.
Quadro 5 | Approach dos eventos
EVENTO 1
Estratégias de marketing para consultórios
médicos
EVENTO 2
Noite das sombras
Tipo de evento: Seminário Evento: Festa temática / Halloween
Classe social: a condição não é obrigatória Classe social: AB
Local: Windsor Guanabara Hotel (centro) Local: New Club (Copacabana)
Capacidade: 400 pessoas Capacidade: 1 mil e 500 pessoas
Público-alvo Público-alvo
Estilo de vida: dedicado, atualizado, cultura de
marketing.
Estilo comportamental: pro�ssional liberal,
preocupado com a concorrência dos planos de
saúde nas coberturas de consultas e exames.  
Estilo de vida: fashion, amante de música
eletrônica e rock, vestuário estilizado.
Faixa etária: 18 a 24 anos.
Estilo comportamental: exigente, fã de música
pop internacional.  
Fonte: elaborado pelo autor.
A partir desses dados, você elaborou os planos de mídia dos eventos, cabendo à sua equipe executar as ações
de propaganda e publicidade, além de monitorar os resultados de inscrições ou venda de ingressos em
resposta às promoções. 
Figura 2 | Planos de mídia
Fonte: elaborada pelo autor.
Transevento
Durante o evento, você pretende fazer o monitoramento das inserções e as atividades promocionais
programadas no plano de mídia, porque são essenciais para a gestão da reputação da marca do evento e a
e�ciência da entrega dos resultados de relações públicas. Como há um grande entusiasmo na comercialização
de ingressos ou inscrições on-line, sua equipe precisa implementar o monitoramento da estratégia
promocional junto à Silvia, da equipe de vendas, para aumentar a probabilidade de um resultado e�caz.
Pós-evento
Para prevenir a desinformação, você deve usar as mídias sociais para ouvir se as pessoas estão
compartilhando suas opiniões após o evento. Os palestrantes podem também estar postando em suas
palestras na busca de repercussão. Esses conteúdos podem ser compartilhados na conta o�cial do
evento.
Há três tipos de comentários: positivos, neutros e negativos. Se os comentários forem positivos, você
deverá se esforçar para atrair essas pessoas aos próximos eventos e ajudar a construir a imagem positiva
para a marca da empresa e dos patrocinadores. As menções neutras servem como ponto de equilíbrio ou
captura de sugestões. Por outro lado, se você encontrar alguma crítica, a resposta deve ser imediata,
tentando esclarecer ou resolver o problema (comunicação errada ou imprecisa, qualidade da
transmissão ao vivo, críticas ao material promocional). A maior parte disso ocorrerá nas redes sociais ou
em postagens em blogs e fóruns especializados.
Você deverá usar essas informações para mencionar aos patrocinadores do evento e ativar melhorias da
sua estratégia de social media marketing (redes sociais). A ideia é buscar futuros clientes-mídia, que vão
funcionar como embaixadores do evento e ajudar a atrair novos investidores para os próximos eventos.
Não se esqueça que, na fase pós-evento, as equipes administrativas (Gerson), comercial (Silvia) e
promocional (você) farão a avaliação técnica, �nanceira e mercadológica do evento junto ao diretor da
XPO Promoções. Os relatórios que você, como líder da equipe de comunicação, deverá elaborar devem
ser direcionados aos patrocinadores e apoiadores: elaboração do clipping (total de menções e
repercussão do evento nas mídias tradicionais e digitais), ativações das marcas nas redes sociais e
resultados das promoções, envolvendo as empresas patrocinadoras durante e após o evento, etc.
Após a análise das estratégias promocionais e publicitárias dos dois eventos, você e sua equipe estão prontos
para os próximos eventos. 
VÍDEO RESUMO
Neste vídeo, você conhecerá as etapas da organização de um evento. Na fase de concepção, o evento é
idealizado pelos promotores ou por uma empresa organizadora, ocasião em que se realizam a pesquisa de
marketing e o planejamento técnico. Você veri�cará que, no pré-evento, elabora-se a estrutura administrativa,
a captação de recursos e a estratégia promocional. No transevento, organizamos as ações operacionais e
ativamos as relações públicas e, no pós-evento, efetuamos as avaliações técnicas, �nanceiras e
mercadológicas.  
 Saiba mais
Conheça a Sympla, uma startup de tecnologia que atende organizadores (B2B) e compradores (B2C),
oferecendo diversos serviços para a gestão de eventos e comercialização de ingressos, durante as
diversas etapas da realização do projeto. É líder no segmento, tendo se tornado o maior website de
eventos do Brasil. 
INTRODUÇÃO
Aula 3
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO SETOR DE EVENTOS
Nesta aula, você poderá analisar mais detalhadamente o papel de cada um e suas funções, e
desconstruir alguns conceitos equivocados sobre a de�nição e as características a ela atreladas. Um
destaque importante é visualizar este arranjo em um contexto estratégico, para tornar você um
pro�ssional de eventos e não apenas um organizador de encontros.
10 minutos
https://blog.sympla.com.br/blog-do-produtor/por-dentro-da-sympla/#:~:text=A%20Sympla%20%C3%A9%20uma%20empresa,%C3%A0%20venda%20ao%20mesmo%20tempo
Olá, estudante!
Quando apresentamos o mecanismo de eventos, você percebeu uma engrenagem traduzida por atores bem
de�nidos, que se movem na cadeia produtiva dessa indústria. Esses protagonistas representados por
empresas, instituições ou pessoas físicas devem ser capazes de se integrar, de maneira que o sistema
funcione de forma autossustentável.
Nessa estrutura, destacam-se promotores, organizadores, produtores e contratados.
Nesta aula, você poderá analisar mais detalhadamente o papel de cada um e suas funções, e desconstruir
alguns conceitos equivocados sobre a de�nição e as características a ela atreladas. Um destaque importante é
visualizar este arranjo em um contexto estratégico, para tornar você um pro�ssional de eventos e não apenas
um organizador de encontros.
Vamos dar continuidade em nossa trajetória, tendo isso como premissa. Que tal explorar os conteúdos,
acessar os links, assistir aos vídeos e ativar os exercícios? Mãos à obra! 
ATORES EM MOVIMENTO: QUEM IDEALIZA, ORGANIZA E EXECUTA OS EVENTOS
Tenha em mente que o centro da cadeia produtiva de eventos encontra-se na empresa organizadora, em
torno da qual gravitam os promotores, produtores e os serviços terceirizados.
Empresa organizadora
Segundo Paiva e Neves (2008), essas empresas devem tomar dois cuidados: 
Estarem atentas às mudanças no mercado de eventos, no macroambiente e no comportamento dos
clientes.
Observando as mudanças, tomarem decisões que neutralizem as ameaças ou aproveitem as
oportunidades do meio ambiente.
As organizadoras planejam e executam o evento para o promotor, representando seus interesses. Por
exemplo: a Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, contrata organizadoras para produzir o “Budx”, evento
global da marca, que transmite os jogos dos campeonatos mundiais de futebol, em meio a shows e música
eletrônica, inserindo os eventos em circuitos turísticos.
Uma empresa organizadora pode ser promotora,caso idealize o projeto e seja bene�ciada. O mecanismo
identi�ca mais protagonistas.  
Promotor
Você percebeu no exemplo anterior a �gura do promotor e a função de input (entrada) que ele exerce no
sistema de eventos e na economia do turismo. Ao contrário do que se popularizou no mercado, o promotor
não é aquele que divulga o evento, mas o que o idealiza. Segundo Abreu (2018), o impulso criativo ou uma
necessidade evidente de mercado originados no promotor é que ativa as empresas organizadoras do projeto.
Que entidades exercem o papel de promotor e que interesses possuem?
Empresas privadas ou associações: possuem objetivos de mercado relacionados às marcas de seus
produtos ou à imagem da instituição. Em grande parte, o investimento em eventos é uma decisão do
departamento de marketing que separa uma verba de seu orçamento promocional. Assim, as empresas
promotoras contratam as organizadoras para tratar pro�ssionalmente da viabilidade dos eventos no
cumprimento das metas estratégicas previstas no negócio. Vamos ver um exemplo? A Associação de
Fabricantes de Calçados do Rio Grande do Sul quer promover uma série de feiras setoriais como
estratégia de aproximação com os distribuidores, atacadistas e representantes comerciais do Brasil. O
objetivo é elaborar uma rede de distribuição e escoamento dos calçados do Sul para o resto do país. Com
esse objetivo, contrata a empresa ABC Feiras e Congressos para a produção do evento que, após
aprovado, ganha o título de Expo CouroSul.
Entidades da administração pública e do terceiro setor: instituições públicas ou organizações não
governamentais (ONG) possuem objetivos especí�cos e podem incluir eventos para cumprir suas metas.
Por exemplo, a prefeitura de Porto Seguro (BA) pretende reequilibrar o mercado turístico da cidade,
muito visitada na alta estação, mas com lacunas no calendário de eventos no restante do ano. Após uma
licitação, contrata a CDE Eventos, para elaborar um calendário turístico para a cidade, incluindo festivais
culturais, feiras ou eventos esportivos, como alternativas aos eventos de verão.
Produtores e prestadores de serviços
Os produtores dão forma ao conteúdo imaginado pelo organizador. Por exemplo: a empresa Rock World criou
e organizou o megaevento musical The Town. Com base no planejamento do Rock in Rio, a cenogra�a dos
palcos e a produção foram terceirizadas. Nesses casos, uma ou mais produtoras podem ser contratadas para
essas funções, atuando, inclusive, em conjunto com a produtora do artista. Quanto aos serviços, destacam-se
desde decoração e bu�et até transporte, hospedagem, alimentos e bebidas.
Aqui, você identi�cou os três protagonistas responsáveis por manter o ecossistema da indústria de eventos. A
seguir, você compreenderá melhor o papel e a importância de cada um.   
PROMOTORES, ORGANIZADORES E CONTRATADOS: INTERPRETANDO SUAS FUNÇÕES E
CARACTERÍSTICAS
Vimos anteriormente que a compreensão da dinâmica de eventos deve ser compreendida na totalidade do
sistema turístico. Paiva e Neves (2008) analisam o sistema turístico identi�cando os seus componentes: o
turista, a região emissora, a rota de trânsito, a região de destino e a indústria turística. 
O papel dos organizadores
Perceba que o desenho da rede utilizado pela empresa organizadora deve se basear nesses cinco elementos,
observando que talvez sejam necessários vários desenhos.  A Figura 1 relaciona a interface entre a indústria
de eventos e o sistema turístico, onde se insere a empresa organizadora.
Figura 1 | Eventos e turismo - Fluxo de produtos e serviços
Fonte: Paiva e Neves (2008, p. 29).
O quadro identi�ca os elementos que formam o desenho da rede de eventos. Destacamos as funções da
empresa organizadora: 
Atribuições diretas, sem a participação de outras empresas na rede de turismo: contratação da
infraestrutura, mão-de-obra terceirizada, captação de patrocínios, atrações e equipamentos.
Encargos não realizados por ela, mas que integram a rede de turismo: transporte, hospedagem,
alimentação, fornecedores de produtos e serviços turísticos.
Encargos ligados aos clientes, que demandam diferentes esforços da rede: agentes e operadores,
contratantes dos eventos (�nanciadores, patrocinadores, visitantes e turistas), sociedade, poder público e
parceiros.
Considere nessa análise a previsão das mudanças incrementadas pelos agentes e prestadores de serviços
externos à empresa. Os autores salientam que a compreensão do ambiente (fornecedores, concorrentes,
distribuidores e clientes) e do macroambiente deve ser efetivada em conjunto. Veja a Figura 2 e con�ra a
estrutura para a análise externa da empresa organizadora de evento.
Figura 2 | Empresa organizadora - Análise ambiental
Fonte: Paiva e Neves (2008, p. 32).
A �gura demonstra que, no núcleo central, a empresa �ca mais suscetível à pressão dos fornecedores,
prestadores de serviços e clientes. Na parte mais externa do ambiente competitivo, as in�uências do
macroambiente determinam as restrições ou os incentivos que podem ser aproveitados pelos promotores,
por exemplo.  
O papel dos promotores
Quanto aos promotores, há diversos objetivos que almejam e que estão em sintonia com os movimentos
emanados do macroambiente. Eles funcionam como potencializadores do desenvolvimento turístico e da
economia. Podemos classi�car quatro tipos de objetivos gerais que os promotores perseguem com a
idealização de eventos, conforme a Figura 3:
Figura 3 | Objetivos dos promotores
Fonte: elaborado pelo autor.
Os produtores e serviços terceirizados
Vimos que produtores são empresas especializadas na produção técnica ou artística de um evento. Por outro
lado, os serviços terceirizados incluem uma variedade de atividades operacionais.
O limite entre o que é uma atividade própria ou contratada varia de acordo com o porte da empresa e a
natureza dos eventos. Uma universidade pode organizar eventos acadêmicos utilizando a infraestrutura local
para sediar as reuniões e os seus funcionários podem integrar o sta� (apoio) técnico e operacional. Por outro
lado, um instituto de pesquisa vai precisar alocar esses mesmos serviços e ainda terceirizar as operações de
transporte, hospedagem e alimentação, se quiser organizar seus simpósios técnico-cientí�cos.
Segundo Martin (2003), os principais serviços terceirizados são: agências de publicidade e viagens, assistência
médica, transportes, segurança, venda de ingressos, serviços de bilheteria, alimentos e bebidas, tradução
simultânea, recepção, conservação e limpeza, operações audiovisuais, iluminação, engenharia de montagens
e manutenção. 
Esse sistema que integra promotores, organizadores e serviços terceirizados somente faz sentido se, em torno
deles, existir um objetivo comum perseguido por todos.
FUNÇÕES INTEGRADAS: UM CASO PRÁTICO
A situação de aprendizagem a seguir envolve todos os protagonistas descritos anteriormente e coloca você
como promotor de eventos no contexto do sistema turístico.  Baseado no estudo de caso de Campos Wyse e
Araújo (2002), vamos supor que você seja o secretário de cultura da cidade de Três Barras.  Uma cidade
atribulada, um novo prefeito e um problema. Você fará parte da solução.
Cenário
Ao assumir a prefeitura de Três Barras, o novo prefeito �cou alarmado com a situação �nanceira
encontrada. As demandas sociais se acumulam e estão travadas por conta da baixa entrada de recursos
e a necessidade de fazer frente aos custos existentes.
Diante dessa situação, o prefeito Marcos convoca todos os secretários para ouvir propostas de saída para
a crise. Inúmeras reuniões acontecem e a sua proposta de transformar a cidade em um centro turístico
pareceu a todos a melhor opção para uma possível fonte de recursos adicionais.
A cidade de Três Barras baseia sua economia na agropecuária e está há 150 km da capital, em uma região
de cachoeiras, rios e trilhas. Além disso, possui uma acolhedora arquitetura colonial e clima muito
agradável, cercada de hotéis-fazenda próximos que aproveitamo entorno.
Na última reunião, a prefeitura decidiu ampliar a Secretaria sob sua responsabilidade, passando a se
chamar Secretaria de Cultura e Turismo. Ao acrescentar o turismo, você imaginou rapidamente um plano
estratégico, incluindo no programa de ação a organização de um calendário de eventos turísticos.
Objetivos e ações do promotor
Ao �nal desse processo, você montou uma equipe para produzir o plano turístico e as prioridades do
cronograma de eventos, tendo �cado evidente que a prefeitura seria a promotora dos eventos, mas não a sua
executora, por não possuir quali�cação para tal empreendimento. Logo, uma licitação seria necessária para
contratar uma empresa organizadora de eventos. Após a conclusão desse procedimento, a empresa Stadium
Eventos foi a escolhida. Os objetivos do cronograma de eventos para a cidade foram repassados para a
empresa e podem ser demonstrados no quadro a seguir. 
Quadro 1 | Objetivos do promotor - Prefeitura
OBJETIVOS  PLANO DE AÇÃO
Objetivos
econômicos
Atrair investimentos para
estrutura produtiva.
Investir na produção local: leite, bananas, cana-de-
açúcar e aguardente.
Aumentar a carga de
impostos (ISS).
Captar eventos em série, para absorver maior carga
tributária obtida nas relações contratuais entre os
parceiros e o consumo de serviços.
Incrementar os �uxos
monetários e novos negócios.
Estimular a economia com cooperativas e
empreendedorismo social.
Objetivos sociais
e culturais
Estimular a rede de
empregabilidade na área de
turismo de eventos.
Criar programas de capacitação de mão-de-obra em
eventos de turismo. 
Projetar a inclusão social e a
cidadania.
Estimular eventos que aproveitem as vocações culturais
e a produção local da cidade.
Preservar o patrimônio e a
identidade local.
Captar verbas para reformas do casario colonial, hotéis-
fazenda e estrutura urbana.
Objetivos de
mercado
Tornar o cronograma de
eventos o maior vetor de
�uxo turístico da cidade.
Investir nos terminais rodoviários, segurança e redes de
comunicação.
Incrementar programas de
visitação aos atrativos, e criar
outros produtos.
Aperfeiçoar as condições dos equipamentos turísticos:
hotéis, pousadas, agências receptivas, restaurantes,
auditórios, centros de exposição.
Fonte: adaptado de Campos, Wyse e Araújo (2002, p. 16-17).
A partir desses dados, a prefeitura espera atingir os objetivos econômicos para reequilibrar suas �nanças,
enquanto a sua secretaria se ocupa dos objetivos socioculturais e mercadológicos da indústria de eventos no
sistema turístico.
Objetivos e ações do organizador e fornecedores coligados
A empresa Stadium Eventos apresentou no brie�ng com a Secretaria de Cultura e Turismo as suas atribuições
e as necessidades de “quarteirização”. O que é isso? Trata-se das contratações que a organizadora precisa
efetivar para dar conta de funções especializadas a serem �nanciadas pela prefeitura. Na Figura 4, você pode
visualizar as funções da Stadium Eventos e dos parceiros da quarteirização.
Figura 4 | Atribuições do organizador - Funções associadas
Fonte: elaborada pelo autor.
A partir dessas atribuições, você esboçou uma matriz de responsabilidades para de�nir os graus de
autonomia de cada um no sistema.
Figura 5 | Matriz de responsabilidades
Fonte: elaborada pelo autor.
Repare que os protagonistas presentes nessa estrutura cumprem seus papéis previstos, mas os
entrelaçamentos podem ser veri�cados na matriz, como, por exemplo, as ações conjuntas entre o promotor e
o organizador para amortizar os custos de quarteirização. 
Assim, com esse exemplo, você percebeu como funciona a engrenagem dos ativadores e executores de
eventos. 
VIDEO RESUMO
Neste vídeo, você conhecerá os atores envolvidos no sistema de eventos. Suas funções às vezes se
entrelaçam, mas é possível identi�car os papéis de cada um no sistema de eventos. Você veri�cará que o
promotor é o dono da ideia e conduz as diretrizes dos projetos, e o organizador é uma empresa quali�cada
para planejar, comercializar e divulgar os eventos. Produtores são todos aqueles que detêm conhecimentos
especializados e são contratados pelo organizador para dar forma ao conteúdo planejado, enquanto as
empresas fornecedoras de serviços cuidam das demandas operacionais.
 Saiba mais
No website Waiver Logistics, você conhecerá a empresa fornecedora de logística que cuida do backstage
(bastidores) da Cidade do Rock. O trabalho começa muito antes dos palcos serem montados no Rio de
Janeiro. Esse megaevento requer uma logística internacional de precisão, pois as bandas e fornecedores
internacionais enviam centenas de toneladas de materiais via aérea e marítima para o evento. As bandas
que estão em turnê pela América Latina, logo após o Rock in Rio, seguem seu tour management e a
empresa cuida da logística de suas cargas por todo o circuito. Explore o menu do website e veja como
funciona esse serviço terceirizado global.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Aula 4
TIPOLOGIA DE EVENTOS
Nesta aula, você conhecerá os diversos tipos de eventos que foram sendo classi�cados de acordo com
essa pluralidade de demandas. Assim, podemos separar três grandes grupos: eventos acadêmicos e
intelectuais; eventos de competição; eventos de confraternização e negócios.
10 minutos
http://www.waiver.com.br/blog/waiver/o-backstage-da-logistica-internacional-do-rock-in-rio/
Durante a formação da indústria de eventos, vários formatos de encontros foram sendo elaborados para
atender às demandas por reuniões e confraternizações. A partir das festas greco-romanas esses formatos
evoluíram para as feiras, eventos religiosos, conclaves técnicos e cientí�cos e, mais recentemente,
vivenciamos os eventos de entretenimento.
Nesta aula, você conhecerá os diversos tipos de eventos que foram sendo classi�cados de acordo com essa
pluralidade de demandas. Assim, podemos separar três grandes grupos: eventos acadêmicos e intelectuais;
eventos de competição; eventos de confraternização e negócios. Esses tipos se cruzam de tal modo que essa
separação serve apenas para �ns didáticos, como você perceberá.
Vamos continuar nossa jornada, explorando os conteúdos, acessando os links, assistindo aos vídeos e
ativando os exercícios.
Estamos o esperando!
TIPOLOGIA DE EVENTOS: DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS
As variadas formas que permitem agrupar os eventos dependem em grande parte dos estudos para alcançar
os objetivos de uma pesquisa ou um trabalho em andamento. Quem faz esse lembrete é Martin (2003),
quando reforça que a complexidade dos encontros foi traçando uma linha mista, tornando possível identi�car
congressos, semanas fotográ�cas ou um café da manhã como um evento de natureza cultural. 
Observe que a tipologia adotada nesta aula considera três grupos principais, respeitando as origens e
características intrínsecas de cada seleção. Vamos conhecê-los?
Eventos acadêmicos, intelectuais e técnicos
Esses eventos são de caráter associativo, circunscritos às entidades classistas ou instituições de ensino e
pesquisa, normalmente voltados para a aquisição de informações, aperfeiçoamento ou capacitação
pro�ssional. Uma lista resumida deve incluir dois subtipos: eventos técnico-cientí�cos e acadêmicos. 
Eventos técnico-cientí�cos: reúnem pro�ssionais especializados em um ramo do conhecimento,
focados na transmissão e compartilhamento de informações, aproachs (demonstração de resultados) ou
discussões temáticas. São comuns também na área acadêmica, reunindo estudantes, especialistas e
pesquisadores em busca de atualização e construção de networking (contatos pro�ssionais). Destacam-
se: congressos, seminários, fóruns, simpósios e conferências.
Eventos acadêmicos: o objetivo é reunir alunos, professores e especialistas no propósito de incentivar
as pesquisas e trocar informações no campo do ensino-aprendizagem. Os eventos acadêmicos
proporcionam atualização em relação aos temas selecionados, conhecimento das tendências e ampliação
da rede de contatos. Os modelos de eventos podemser os mesmos usados na lista dos encontros
técnico-cientí�cos, mas acrescentam outros mais especí�cos. Andrade (2007) elaborou uma lista
composta de: jornada, mesa-redonda, painel, palestra, workshop, encontro, debate, curso, colóquio e
semana acadêmica. 
Campeonatos, competições e concursos
Sua característica mais marcante é a competição, pois os participantes disputam troféus e prêmios. Para tal,
devem cumprir várias etapas e tarefas que possuem graus maiores e menores de di�culdade. De acordo com
Sambugaro (2019), é imprescindível entender as regras e etapas bem de�nidas e o organizador deve ter
domínio de todas. Podemos incluir nesse conjunto os seguintes subtipos: eventos esportivos (jogos,
campeonatos, olimpíadas); concursos e gincanas e, mais recentemente, os eventos de games e suas variantes,
como os e-sports (jogos virtuais).
Confraternização, feiras e festas
Os eventos que integram esse grupo, são aqueles que celebram ocasiões especí�cas, como as
confraternizações e festas, mas também os de natureza empresarial, relacionados a questões pro�ssionais de
determinadas áreas. Portanto, podemos dividir esse conjunto em dois subtipos: eventos sociais e
corporativos.
Eventos sociais: reúnem tanto os familiares e amigos, como públicos maiores e mais dispersos. Apesar
da informalidade, muitos desses encontros possuem propósitos institucionais ou comerciais. Nessa lista
podemos destacar: bailes, bodas, festas temáticas, jantares dançantes, casamentos, happy-hours,
coquetéis, open-house e formaturas. Como esse campo é muito vasto, podemos incluir shows e
espetáculos.
Eventos corporativos: esse é um termo que pode abranger uma série de encontros de natureza
pro�ssional, comercial e institucional. Seus objetivos podem apontar para aproveitamento de
oportunidades de negócios, trocas monetárias ou até a construção de networking (rede de contatos).
Serve também para reunir clientes, funcionários e parceiros em um mesmo ambiente. Desse modo,
acabam incorporando alguns atributos dos eventos sociais, incluindo atividades de lazer e
entretenimento, no sentido de promover engajamento.  Vamos destacar as feiras e suas variantes:
exposições, salões e rodas de negócios.
A seguir, você entenderá melhor essa tipologia e o sentido que estamos lhe dando neste estudo.
EXAMINANDO OS DIVERSOS TIPOS DE EVENTOS E SUAS FUNÇÕES
Você veri�cou, como podemos associar os diversos tipos de eventos em três grupos principais. Podemos,
agora, examinar essa tipologia com mais detalhes, interpretando as justi�cativas para essa classi�cação.  A
Figura 1 resume essa catalogação. 
Figura 1 | Tipologia de eventos
Fonte: elaborada pelo autor.
Eventos acadêmicos, intelectuais e técnicos
Estes eventos possuem em comum a troca de informações, técnicas e práticas para públicos seletivos. Muitos
eventos classi�cados como acadêmicos podem ser aproveitados como eventos técnicos ou cientí�cos e vice-
versa. Vamos conhecer os principais tipos?
Quadro 1 | Tipos de eventos técnicos e cientí�cos
EVENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
Congresso
O congresso é um evento classista e, segundo Martin (2003), discute temas de interesse
do grupo dos associados. Por exemplo, o Congresso Anual do Conselho Regional de
Odontologia - RJ, costuma ser realizado por meio de mesas-redondas, painéis ou reuniões,
além de conferências magnas. Existem dois tipos:   
Congressos técnicos: instituições pro�ssionais associativas de médicos, economistas,
odontologistas ou professores. Podem ser idealizados também por igrejas,
organizações sociais e partidos políticos.
Congressos cientí�cos: promovidos por instituições de ensino, organismos
especializados (saúde, meio-ambiente, etc.) e centros de pesquisa.
Quanto à abrangência, podem ser internacionais, nacionais ou locais e, por isso mesmo,
recomenda-se que exista um caderno de turismo executado por uma agência de viagens
que ofereça serviços turísticos de transporte, hospedagens e citytours.
Seminário
É um tipo de evento dirigido ou especí�co, associado a uma classe pro�ssional. Contudo, é
comum incluir temas comunitários que extrapolam esses limites. Por exemplo, um
seminário sobre ética médica pode ser aberto a públicos não diretamente relacionados ao
setor de saúde. Nesses casos, os promotores podem ser da administração pública ou
organizações não governamentais.  
Normalmente, são eventos de curta duração, sem natureza deliberativa, como nos
congressos, e se restringem a um tema central, ainda que divididos em subtemas.
Simpósio
Trata-se de um encontro técnico-cientí�co, geralmente promovido por instituições de
pesquisa e destinado exclusivamente a especialistas em um ramo do conhecimento. O
objetivo é disseminar conhecimentos e descobertas cientí�cas, divulgação de novas
tecnologias ou implementação de práticas.
São exemplos: simpósio sobre as novas pesquisas de tratamento de esquizofrenia ou
tecnologias de automação industrial ou, ainda, estudos sobre energia nuclear. Durante
esses eventos, são discutidas formas de utilização ou implementação dessas técnicas.
Fórum
Nesse evento a participação é mais ampla e democrática, porque explora temas
polêmicos e relevantes para discussão. O objetivo é discutir as hipóteses em torno do
assunto-problema. Por exemplo, o Fórum Global de Sustentabilidade pode ser organizado
para discutir as soluções futuras dos governos, empresas e cidadãos diante dos desa�os
do planeta nas questões ligadas ao meio-ambiente e qualidade de vida.
Esses eventos possuem atributos menos técnicos, mas o pano de fundo é uma discussão
de alto nível com vários protagonistas convidados.  Assim, os fóruns podem ser realizados
no modelo dirigido (questões distribuídas por públicos e categorias de assuntos) ou
aberto (participação liberada).
 Não devem ser programadas palestras, uma vez que o evento deve estimular a discussão
dos vários pontos de vista, visando à tomada de posição. Não há documento conclusivo
ou relatório �nal, como nos congressos. 
Fonte: adaptado de Martin (2003, p. 44-58).
Existe um tipo de evento que aparece tanto na lista de eventos técnico-cientí�cos como acadêmicos.
Conferência: esse termo aparece associado às reuniões promovidas por organismos internacionais ou
fundações �lantrópicas. Baseado em palestras previamente selecionadas, cumprem o papel de oferecer
diversas abordagens em relação ao tema central. Sua característica expositiva permite à organização
promotora validar alguma posição política ou cientí�ca. Por exemplo, na vertente técnica, podemos ter
uma Conferência Internacional do Trabalho, que determina as normas internacionais e as políticas gerais
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na vertente acadêmica, uma universidade pode
organizar a Conferência de Diretrizes para o novo modelo da educação.
Como você percebeu, temos também os eventos de natureza educacional que compõem esse grupo. Vamos
conhecer alguns eventos na área educacional, seguindo as pistas de Andrade (2007). 
Quadro 2 | Tipos de eventos acadêmicos
Eventos acadêmicos
Jornada
Essa nomenclatura é muito utilizada nas instituições de ensino para aproximar
pro�ssionais de educação e estudantes. Nesse diálogo, cabem exposições de trabalhos,
discussões sobre a trajetória pro�ssional dos estudantes e algumas palestras. Por
exemplo, uma Jornada de Literatura pode focar na história da literatura mundial com
discussão dialogada de textos e hipertextos.  Jornadas cientí�cas ou jornadas de
matemática seguem o mesmo caminho.
Semana
Acadêmica
Encontros semanais que focam uma série de atividades concentradas em qualquer área
especí�ca, normalmente presentes nos cursos oferecidos pela instituição promotora:
marketing, robótica, meio ambiente ou saúde. A semana é composta de vários eventos
internos: palestras, cursos, exposições, demonstrações, feiras de emprego, etc.  
Encontro
É um termo genérico que pode ser aplicado a qualquer evento acadêmico. Normalmente
é utilizado para debater temas especí�cos e, dependendodos objetivos do promotor e
do organizador, podem ser direcionados para o encaminhamento de soluções para
determinados problemas. Por exemplo: o Encontro de Psicologia Escolar e Educacional
pode discutir perspectivas para a relação professor-aluno.  
Debate
O debate se torna um evento se o intuito é provocar a exposição de opiniões ou ideias
divergentes, extraindo questões que sirvam para a troca de experiências ou
aperfeiçoamento pro�ssional. Muito utilizado nos cursos de Direito para treinamento a
respeito de leis, decretos e fatos sociais que estejam em evidência na mídia. Por
exemplo: Debate (prós e contras) no curso de Direito sobre a lei que permite o uso da
ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no Brasil.
Mesa-redonda
É um formato de reunião, muitas vezes nem é considerado um tipo de evento.  Consiste
em um recurso utilizado em congressos, seminários e fóruns para aprofundar o tema da
discussão central. Os debatedores são coordenados por um mediador, normalmente um
especialista no assunto, para conduzir o tema de forma imparcial. Após a exposição de
suas palestras, os debatedores devem responder aos questionamentos da plateia e dos
outros participantes da mesa. Por exemplo, uma universidade pode promover uma
mesa-redonda sobre técnicas de segurança no trabalho para os cursos de RH e Saúde.  
Painel
O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao painel. É um tipo de reunião, semelhante à
mesa-redonda, mas com uma diferença: especialistas debatem entre si sobre
determinado tema, enquanto a plateia assiste como ouvinte, sem repassar a discussão
ao público.  Por isso, os painelistas devem ser pessoas de referência em sua
especialidade, para manter o interesse da plateia e a expectativa de esclarecimentos ou
novidades sobre o assunto. Por exemplo, o curso de Hotelaria organiza um Painel 360°
do turismo da cidade, convida vários especialistas para diagnosticar e apresentar
soluções para os desa�os do turismo na localidade. 
Fonte: adaptado de Andrade (2007, p. 115-121).
Nessa lista, podemos ainda incluir o workshop, com algumas observações.
Workshop: utilizado também na área empresarial, com objetivo promocional ou comercial. Martin (2003)
acrescenta que esse evento tem uma parte expositiva, seguida de uma demonstração prática, sob a
forma de um teste. Nesse caso, pode ser adaptado na área educacional para reunir teoria e prática em
o�cinas de arte ou práticas de laboratório.
Além desses eventos, podemos citar muitos outros que cabem nas demandas acadêmicas de universidades e
instituições de ensino. Martin (2003) cita alguns: brainstorming (livre discussão), formatura, gincana,
lançamento de livro, o�cina, videoconferência e solenidade.
Campeonatos, concursos e competições
Todos esses eventos são entrelaçados por certames e disputas, retomando os aspectos da fórmula tradicional
das olimpíadas gregas. O Quadro 3 resume os gêneros principais dessa tipologia.
Quadro 3 | Tipos de campeonatos, concursos e competições
Eventos esportivos
Incluem jogos e competições em diversas modalidades, sendo o voleibol, basquete
e futebol os mais comuns no Brasil. Os jogos podem ser incorporados ao
calendário de turismo de uma região. Por exemplo: Copa do Mundo de Futebol, US
Open (torneio de tênis) ou Olimpíadas. Organizadores locais podem planejar
torneios de futebol, maratonas ou eventos de ciclismo.
Concursos, gincanas e
campeonatos
De acordo com Sambugaro (2019), os concursos possuem espírito competitivo,
enfatizam a força física ou talentos esportivos. Os concursos podem incluir temas
diversos: dança, matemática, ciências, literatura ou estética. Por exemplo, os
concursos de Miss, em nível regional ou mundial.
A gincana é um evento composto de tarefas no qual os participantes precisam
alcançar os mesmos objetivos. Abrigam diversas modalidades em torno de eventos
escolares, temas de feriados, gincanas infanto-juvenis. Podem ser elaboradas
dentro de outros eventos, como festas de aniversário das cidades ou competições
escolares.
Os campeonatos podem ser produzidos sob a forma de competições esportivas.
Sambugaro (2019) distingue campeonato de torneio. No campeonato, os
participantes interagem em um mesmo espaço de jogo, como nos campeonatos de
xadrez, por exemplo. No torneio, os participantes não dividem o mesmo espaço de
jogo, como no Torneio de Matemática.
E-games
E-sports
Enquanto permanecer como uma experiência restrita aos jogadores, games não se
caracterizam como eventos. Para se tornar um evento, precisa ser operado no
formato e-game, através da web. Segundo o Sebrae (2023), a modalidade
conhecida como e-sports consolidou esse novo segmento de eventos.
Trata-se de competições de jogos digitais, nos quais os jogadores são considerados
atletas pro�ssionais de esportes, sendo assistidos por uma audiência que pode
estar presente ou on-line em plataformas de streaming. Uma agenda de
transmissões on-line pode ser monitorada das plataformas do evento, com vários
projetos sendo exibidos, testes gratuitos de novos games e premiações. Por
exemplo, a Riot Games administra o Campeonato Brasileiro de League of Legends
(CBLOL), competição de jogo eletrônico.
Fonte: elaborado pelo autor.
Confraternização e feiras 
Como você pode notar, esse grupo reúne eventos que valorizam simultaneamente dois momentos: o social e
o comercial. Vamos detalhar os principais eventos em cada dimensão, observando inicialmente os
argumentos de Martin (2003) sobre os eventos de confraternização.
Quadro 4 | Eventos de confraternização
Show
Demonstração artística ofertada em diversas modalidades, destacando-se a música. Ao
contrário dos eventos técnicos ou corporativos (congressos, feiras e conferências), os
shows são eventos únicos, todo o público participa de uma única vez.
Shows com públicos acima de 20 mil pessoas são considerados megashows e
praticamente tudo é terceirizado, desde os equipamentos de som e iluminação até a
coreogra�a.
Eventos musicais seguem as tendências socioculturais locais, exceto nos grandes
concertos internacionais que �ertam com os temas transnacionais, como: fome,
preconceito racial ou defesa do meio-ambiente. Por exemplo: Live aid, megaconcerto
organizado para erradicação da fome na Etiópia.  
Festas
O termo “festa” se aplica a todos os eventos que envolvem confraternização, podendo
ou não ser adaptados ao ambiente empresarial. Destacamos três subtipos:
Festas sociais privadas: festas de aniversário; casamentos (locais abertos, casa
de festa ou bufês); baile de 15 anos (exige cerimonial) e bodas (aniversários de
casamento).
Festas temáticas: utilizam personas conhecidas: artistas de novelas, super-heróis
ou exploram datas especiais, comemorações e tendências da moda. Por exemplo:
festa do Mickey, Halloween, anos dourados, baile de máscaras, encontro
medieval.
Festas institucionais: coquetel (celebração com inclusão de serviços de
alimentação leve, predominando canapés frios ou quentes e bebidas); Happy hour
(comemoração informal em danceterias ou bares); baile de formatura (celebração
à conclusão de grau de estudo); festa bene�cente (arrecadação �nanceira para
ação social).
 Fonte: adaptado de Martin (2003, p. 34-58).
Quanto aos eventos corporativos, a partir da feira, surgiram eventos relacionados que se apresentam como
oportunidades para exposição e comercialização de produtos ou desenvolvimento de sistemas de
distribuição.
Quadro 5 | Tipos de eventos corporativos
Feira
As feiras são eventos seriados, ou seja, se repetem ao longo de um calendário.
Considerado o mais complexo dos projetos, podem ser de curto ou longo prazo, mas
devem cumprir pelo menos dois objetivos: comercializar produtos no menor espaço de
tempo possível e estabelecer redes de comercialização e distribuição. Segundo Abreu
(2018), temos dois tipos:
Feira aberta – direcionada a públicos genéricos (Feira da Providência, Bienal do Livro,
etc.).
Feira setorial – atrai públicos-alvo dirigidos (feira agropecuária,feira náutica, etc.). 
Exposição
As exposições não possuem caráter comercial, uma vez que são focadas na
demonstração de produtos ou obras pessoais, normalmente centrados em
informação. Muito frequentes em centros culturais, terminais de transporte ou
museus contemporâneos. Por exemplo: Exposição multimídia da comunicação, mostra
de pinturas e esculturas, exposição de orquídeas ou mostra de arte contemporânea.  
Salão
Direcionado à promoção institucional de empresas ou produtos, seu objetivo é criar ou
reforçar o brand value (valor de marca) para públicos formadores de opinião. Pode ser
mais aberto ou fechado, de acordo com as diretrizes do promotor. Por exemplo, o
Ford on the Road Experience é o evento de relacionamento com os entusiastas da
marca, no qual vivenciam uma experiência imersiva e tecnológica.      
Roda de negócios
Na verdade, esse evento é o somatório de vários tipos de reunião (mesas-redondas,
painéis ou seminários) para a construção de negócios em comum. Por exemplo: em
um fórum do setor logístico, fabricantes trazem seus produtos e projetos, operadores
logísticos demonstram seus serviços de distribuição e armazenagem, fornecedores
expõem seu portfólio de novos componentes e transportadores demonstram sua
e�ciência na gestão de frotas e segurança de mercadorias. Empresas de comércio
internacional e bancos �cam à disposição para auxiliar na expansão dos negócios e
estabelecer linhas de crédito.
Convenção
Eventos fechados promovidos por empresas e instituições político-sociais em hotéis de
lazer ou pousadas. Não costuma haver um caderno de turismo. Nas empresas,
prevalece o foco nos assuntos internos ligados a vendas, marketing e RH, servindo
para avaliar desempenhos de unidades de negócios, treinar equipes comerciais ou
de�nir metas da organização para o ano seguinte. Nas instituições, são feitas análises
dos seus projetos culturais ou programas de responsabilidade social.  
Por exemplo, a Convenção da Coca-Cola Shoes, no Rio de Janeiro, recebe lojistas e
representantes da marca para uma imersão na nova coleção de sandálias com a grife
Coca-Cola.
Fonte: adaptado de Abreu (2018, p. 18-24).
Esses �chamentos são úteis para a elaboração de um programa ou captação de eventos em série, na qual seja
necessário viabilizar um portfólio variado de opções. É o que você confere a seguir. 
EXPLORANDO A TIPOLOGIA PARA A ORGANIZAÇÃO INTELIGENTE DE UM CALENDÁRIO DE
EVENTOS
Vamos a uma situação prática na qual você se coloca como consultor de eventos de uma autarquia pública no
contexto do planejamento de um calendário de eventos. 
Cenário
A Associação Comercial de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, pretende colocar o município em evidência
a �m de favorecer os negócios e atrair investimentos. A cidade baseia sua economia nos setores de
metalmecânica e de confecções. É conhecida como "Capital Nacional da Malha", mas destaca-se também
no ramo de tecnologia e prestação de serviços.
Após uma série de reuniões, optou-se pela contratação de uma consultoria a ser realizada por uma
empresa da autarquia estadual para estudar a possibilidade de um cronograma de eventos com a mais
variada tipologia possível e que explore as potencialidades locais. Assim, você, como consultor do Sebrae,
foi contratado para auxiliar no atingimento desses objetivos.
Na reunião com a associação comercial, você reiterou o fato de que, como representante de um serviço
de apoio à pequena empresa, a solução deverá passar pela elaboração de um cronograma de eventos
em parceria com a prefeitura. Ao acrescentar a administração pública, você destacou a importância de
organizar um plano estratégico de eventos que também possa oferecer visibilidade aos pequenos
empreendedores.
Esboço do calendário
Ao �nal dessa fase, �caram combinados alguns procedimentos para viabilizar o cronograma de eventos, como
um programa de parceria público-privada.
A associação comercial recebe a chancela de promotora dos eventos.
A prefeitura participa como apoiadora, fornecendo suporte para segurança, transportes e infraestrutura.
O Sebrae, como autarquia estadual, é contratado pela associação comercial para elaborar o diagnóstico
das oportunidades geradas com os eventos e o cronograma do calendário.
Uma empresa organizadora deverá ser contratada por meio de licitação para planejar, comercializar e
articular os eventos.
As empresas do setor metalmecânico, confecções, tecnologia e serviços tornam-se parceiras dos modelos
de eventos a serem programados.
O escopo do calendário de eventos preparado por você, pode ser visto na Figura 2.
Figura 2 | Cronograma de Eventos - Jaraguá do Sul – SC
Fonte: elaborada pelo autor.
A partir desses dados, a prefeitura e a associação comercial esperam atingir os objetivos econômicos para
atrair investimentos para a cidade, enquanto você e o Sebrae ajudam as empresas locais a se inserirem no
sistema de turismo de eventos, que será implementado. 
Essa rede forma um sistema inteligente em torno das exigências dos clientes, conforme salienta Watt (2004).
O autor lembra que o nível de exigência dos clientes inclui a forma como são tratados, as instalações e os
serviços oferecidos. Você destacou, durante a assinatura dos contratos, que a responsabilidade pela
qualidade dos eventos será da organizadora contratada, mas a infraestrutura de transportes e recursos físicos
será uma tarefa compartilhada pela prefeitura e as secretarias internas de turismo e cultura.
Essa engrenagem demonstrou como você ampliou sua visão sobre a tipologia dos eventos, ao perceber de
forma perspicaz a necessidade de auxiliar a associação comercial com suas consultorias. Através do uso
estratégico dos diversos grupos e tipos de eventos, foi possível traçar um plano para um calendário inteligente
de eventos, que contemplasse também os objetivos dos demais protagonistas do sistema de eventos: a
prefeitura, a organizadora de eventos e as empresas locais.  
VIDEO RESUMO
Neste vídeo, você conhecerá os três grandes grupos de eventos que formam uma tipologia variada à
disposição dos promotores e organizadores. Inicialmente, você distingue nos eventos técnico-cientí�cos e
intelectuais o foco na troca de informações e conhecimentos. Nos eventos tipi�cados, como campeonatos,
competições e concursos, você poderá constatar sua ênfase em disputas sob a forma de torneios. Finalmente,
nas festas e feiras, os aspectos sociais e comerciais se misturam para dar corpo aos eventos privados e
empresariais. 
 Saiba mais
No artigo É hora de adaptar a sua estratégia: aprenda tudo sobre como fazer um evento online de
sucesso, você conhece a tipologia dos eventos on-line. Assim como os eventos presenciais, esses projetos
podem ser variados e atraem novos negócios, angariam fundos e colaboram em ações sociais e da
saúde.
Con�ra o que é um evento on-line, como se classi�cam, quais os principais tipos, porque vale a pena
investir e como realizar. Explore os hipertextos do artigo.
EVENTOS: ORIGEM, CONCEITOS, TIPOS, ETAPAS E ATORES ENVOLVIDOS
Olá, estudante!
Nesta unidade você conheceu a origem, características e a tipologia dos eventos, explorando sua estrutura
organizacional e identi�cando os atores e funções. Você observou também como a produção realizada em
etapas garante a e�ciência dos projetos de eventos. Vamos recordar?
Origem dos eventos
Desde a Antiguidade, a realização de eventos evoluiu à medida que eles adquiriram aspectos econômicos e
sociais (MENDONÇA; PEROZIN, 2014).
Na Grécia, surgiram os jogos olímpicos, para homenagear o deus grego Zeus. Em Roma ocorriam as
Festas Saturnais.
Na Idade Média, as festas pagãs foram superadas pelos cristãos, que trouxeram a perspectiva dos
eventos religiosos (concílios) e comerciais (feiras).
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
10 minutos
https://rockcontent.com/br/blog/evento-online/
https://rockcontent.com/br/blog/evento-online/
A partir da Revolução Industrial, surgiram os encontros cientí�cos e técnicos, que evoluíram para os
pavilhões

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