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Farmacologia Caso SI 1 1. Investigar as classes de medicamentos que mais causam intoxicação, segundo a ANVISA (PAPP) Os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. A maior parte das intoxicações é causada por automedicação, seguida por uso acidental de medicamentos (principalmente por crianças). De acordo com a Anvisa, os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam. O Paracetamol, os descongestionantes nasais e os psicotrópicos são remédios que, mais comumente, causam intoxicação no país. A Anvisa possui uma cartilha com diversas orientações relacionadas a medicamentos para orientação da população. O uso de remédios de forma incorreta oferece vários maus, dentre eles o agravo da doença, aumento da resistência dos microrganismos (compromete a eficácia dos tratamentos), os riscos da combinação medicamentosa inadequada, além de reações alérgicas, dependência e morte. 2. Identificar as vias de administração, princípio ativo, mecanismo de ação, forma farmacêutica e o grupo farmacológico dos seguintes medicamentos: NEOSORO, BENEGRIP e RESFENOL. Neosoro ●Via de Administração: Nasal ●PA: Cloridrato de nafazolina ●Forma farmacêutica: Solução em gotas Benegrip ●Via de Administração: Oral ●PA: Dipirona monoidratada, maleato de clorfeniramina, cafeína. ●Forma farmacêutica: Comprimido revestido. Resfenol ●Via de Administração: Oral ●PA: paracetamol, maleato de clorfeniramina e cloridrato de fenilefrina. ●Forma farmacêutica: Cápsula ou Solução oral Princípios Ativos do Caso Cloridrato de Nafazolina ●Grupo farmacológico: O cloridrato de nafazolina é classificado como derivado imidazolínico, simpatomimético, descongestionante, com ação agonista alfa 1-adrenérgica. ●Mecanismo de Ação: A nafazolina age sobre os receptores alfa 1 adrenérgicos da mucosa nasal (sem efeito sobre os receptores beta-adrenérgicos) gerando constrição do leito vascular nasal, com consequente limitação do fluxo sanguíneo, reduzindo o edema e a obstrução, resultando no alívio da congestão nasal. A inervação da mucosa nasal já apresenta, sob condições normais, tônus predominantemente simpático, com efeito vasoconstritor na vascularização da mucosa. Esse efeito é potencializado com a utilização da nafazolina. O início de ação da nafazolina após instilação nasal é de 10 minutos, com duração de ação de 2 a 6 horas. Apesar de existir alguma absorção do medicamento, quer através da mucosa nasal, quer da porção deglutida que é absorvida por via digestiva, a maior parte da ação farmacológica se limita ao plexo vascular superficial das fossas nasais. Cloridrato de Fenilefrina ●Grupo farmacológico: A fenilefrina é uma amina simpatomimética, descongestionante, do grupo agonista α1- adrenérgico ●Mecanismo de Ação: As aminas simpatomiméticas atuam no sistema nervoso simpático, através da liberação pré- sináptica de norepinefrina. A norepinefrina atua nos receptores pós-sinápticos α, causando vasoconstrição, redistribuição do fluxo sanguíneo local e redução do edema da mucosa nasal. Dessa forma, a ventilação e drenagem ficam melhoradas, e a respiração, consequentemente, facilitada. Maleato de Clorfeniramina ●Grupo farmacológico: O maleato de clorfeniramina é um derivado das alquilaminas, pertencente ao grupo dos antagonistas dos receptores histamínicos H1, sendo considerada, então, um anti-histamínico *A clorfeniramina ou dexclorfeniramina, é um dos anti- histamínicos mais comuns na composição de antigripais ●Mecanismo de Ação: O maleato de clorfeniramina atua por competição com a histamina pelos receptores H1 presentes nas células de efeito, impedindo, portanto, o efeito da histamina e o de substâncias histaminóides que são liberadas nos casos de infecções gripais, pela desintegração de substâncias proteicas em consequência do metabolismo alterado pela irrigação sanguínea insuficiente, por influência de temperaturas baixas, bem como metabólitos bacterianos que agem como alérgenos. O maleato de clorfeniramina possui um acentuado efeito antialérgico, impermeabiliza as paredes celulares e capilares e diminui edemas de mucosas. Sua ação direta sobre os receptores promove vasoconstrição, levando ao descongestionamento nasal e a redução da coriza. Cafeína ●Grupo farmacológico: A cafeína é um estimulante suave do SNC. ●Mecanismo de Ação: A cafeína é comumente utilizada associado aos analgésicos, com a intenção de aumentar a resposta terapêutica no tratamento, além de combater efeitos sedativos de outros PA (como a clorfeniramina). Ela parece exercer suas ações centrais e talvez também suas funções periféricas bloqueando os receptores adenosínicos. Dipirona monoidratada ●Grupo farmacológico: A dipirona é um anti-inflamatório não- esteroidal. Assim como o paracetamol, o efeito anti- inflamatório da dipirona é mínimo. ●Mecanismo de Ação: A dipirona apresenta atividade analgésica e antipirética/ antitérmica causada pela diminuição da síntese de prostaglandinas. Ela atua no SNC e perifericamente, inibindo a ciclooxigenase (COX), que é uma enzima fundamental para a produção de prostaglandinas, que por sua vez contribuem nos processos álgicos e pirético. Paracetamol ●Grupo farmacológico: O paracetamol é um anti-inflamatório não-esteroidal pertencente à classe dos derivados do p- aminofenol, com atividade analgésica e antipirética/ antitérmica ●Mecanismo de Ação: O paracetamol inibe a síntese das prostaglandinas a partir do ácido araquidônico por bloquear o sistema enzimático da Cicloxigenase (COX1 e COX2). As prostaglandinas, por sua vez, são mediadores inflamatórios que estão envolvidos no processo de geração e transmissão da dor, central e perifericamente, e também na regulação da temperatura corpórea, a nível central.
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