Buscar

Febre Amarela - Sanar

Prévia do material em texto

Infectologia – Amanda Longo Louzada 
1 FEBRE AMARELA 
VIROLOGIA: 
➔ Flavivírus: “primos” hepatotróficos, com RNA vírus 
➔ Com tropismo pelo fígado 
➔ Família flaviridae: dengue, HCV e encefalite 
➔ Possui pouca variação genética entre os genótipos 
 
CICLOS: 
SILVESTRE: 
➔ Os primatas possuem circulação do vírus, ou seja, 
os mosquitos vão picar esses primatas e o homem 
quando ele está dentro do ciclo silvestre 
➔ O homem quando não é vacinado fica suscetível a 
adquirir essa doença 
➔ É transmitido por Haemogogos e Sabethes 
➔ O macaco é um grande sinalizador 
➔ Epizootia: circulação do vírus, que pode ser visto 
através da morte dos macacos 
➔ Se for feito o diagnóstico de febre amarela como 
causa da morte dos macacos, deve intensificar a 
cobertura vacinal para a doença e informar a 
população quanto a entrada dentro de matas 
➔ A resposta do serviço a isso, deve ser: 
➢ Imunização 
➢ Busca de casos e epizootias 
➢ Investigação vetorial e controle do vetor urbano 
➢ Informação, educação e comunicação 
➔ Após a pandemia de 2017 houve uma expansão 
das aéreas de risco 
URBANO: 
➔ Não existe mais no Brasil 
➔ Existe em alguns países da África 
➔ É transmitido pelo Aedes 
EPIDEMIOLOGIA: 
➔ Nos anos de 2017 a 2018, houve a maior epidemia 
no Brasil 
➔ Forma unicamente silvestre, associado a uma 
sazonalidade 
➔ Quando tem epizootia, tem um aumento da 
circulação viral na área 
➔ Morte em primatas, é um evento sentinela 
➔ É uma doença de notificação compulsória e 
imediata 
AVALIAÇÃO DE RISCO: 
➔ Paciente fez atividades em áreas de mata 
➔ Paciente tomou vacina para febre amarela 
➔ Paciente tem alguma atividade profissional 
relacionada ao ecoturismo ou pescaria 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
➔ Infecções assintomática (40 – 65% dos casos) 
➔ Febre (20 – 30% dos casos) 
➔ Febre e icterícia (10 – 20% dos casos) 
➔ Febre + icterícia + sangramento (5 – 10% dos 
casos) 
FORMA LEVE: 
➔ Febre + sintomas inespecíficos 
FORMA MODERADA: 
➔ Cefaleia + vômitos 
➔ Mialgias 
SINAL DE FAGET: 
➔ Febre + taquicardia relativa 
➔ Não é patognomônico 
FORMAS GRAVES: 
➔ Intensa icterícia 
➔ Rebaixamento do nível de consciência 
➔ Sangramento 
➔ O principal órgão acometido é o fígado (alteração 
significativa de transaminases) 
MANIFESTAÇÕES DE GRAVIDADE: 
➔ Hepatite grave 
➔ Insuficiência hepática 
➔ Sangramentos digestivos (alto) 
➔ Insuficiência renal 
➔ Pancreatite, é um dos fatores prognósticos de 
gravidade 
➔ Crises convulsivas 
➔ Estado de mal epiléptico 
Infectologia – Amanda Longo Louzada 
2 FEBRE AMARELA 
FORMA MALIGNA: 
➔ Manifestações hemorrágicas 
➔ CIVD 
➔ Letalidade acima de 50% nessa forma 
➔ Acometimento pancreático 
➔ Acometimento renal 
DIAGNÓSTICO: 
INESPECÍFICO: 
➔ Clínico: 
➢ História em áreas silvestres 
➢ Vacinação prévia 
➢ Manifestações hemorrágicas 
➢ Icterícia febril 
➔ Mora ou esteve na área de risco nos últimos 15 
dias 
➔ Laboratório: 
➢ Leucopenia 
➢ Plaquetopenia 
➢ Importante elevação de transaminases (hepatite 
grave) 
➢ Pancreatite 
➔ Forma maligna: 
➢ Coagulação alterada 
➢ CIVD 
➢ Insuficiência renal 
➢ Acidose 
ESPECÍFICO: 
➔ Fase de Viremia: PCR quantitativo para vírus 
➔ Após 7 dias: sorologia IgG e IgM para febre 
amarela 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➔ Arenavírus 
➔ Hantaviroses 
ICTERÍCIA-FEBRIL: 
➔ Hepatites 
➔ Leptospirose 
VIAGENS: 
➔ Malária Grave 
➔ Dengue grupo III e IV 
NÃO INFECCIOSO: 
➔ Hepatite fulminante 
SINAIS DE GRAVIDADE: 
➔ Oligúria 
➔ Sonolência 
➔ Confusão mental 
➔ Coma 
➔ Convulsão 
➔ Torpor 
➔ Sangramento 
➔ Dificuldade respiratória 
➔ Hipotensão 
➔ Sinais de má perfusão 
➔ TGP ou TGO maior que 2000 
➔ Creatinina maior que 2 
➔ RNI maior que 1,5 
➔ Plaquetas menor que 50.000 
CONDUTA: 
FORMA LEVE (GRUPO A) SEM SINAIS DE ALARME: 
➔ Observar em unidade 24 horas ou internação 
clínico hospitalar 
➔ Recomenda-se a administração de analgésicos e 
anti-térmicos indicados e manutenção da 
euvolemia 
➔ Realizar reavaliação clínica/reclassificiação a cada 
12 horas e revisão laboratorial (no mínimo 
transaminases, creatinina, RNI e hemograma) com 
intervalo máximo de 24 horas 
➔ Critérios de Alta: 
➢ Paciente permanece internado até 48 horas após 
a remissão da febre sem manifestação de 
alterações clínicas e laboratoriais 
➢ Programar seguimento pós-alta 
FORMA MODERADA (GRUPO B) COM SINAIS DE 
ALARME: 
➔ Internação hospitalar 
➔ Recomenda-se a administração de analgésicos e 
antitérmicos indicados e manutenção da euvolemia 
➔ Avaliar sinais de desidratação (diurese, turgor, 
perfusão capilar) 
➔ Se necessário hidratação venosa com cristalóide 
20 ml/kg em 1 hora para manter diurese em 0,5 
ml/kg/h, repetindo até 2 vezes 
➔ Caso se mantenha oligúrico ou hipotenso deve 
encaminhar para UTI 
➔ Realizar reavaliação clínica e reclassificação a 
cada 4 horas e revisão laboratorial com intervalo 
máximo de 12 horas 
Infectologia – Amanda Longo Louzada 
3 FEBRE AMARELA 
➔ Critérios de Alta: Pelo menos 7 dias do início dos 
sintomas afebril e com melhora clínica há pelo 
menos 72 horas 
➔ Programar seguimento pós-alta 
FORMA GRAVE: 
➔ Deve colhes exames 
➔ Fazer avaliação clínica 
➔ Realizar TGO, THP, RNI, creatinina e hemograma 
completo 
➔ Internação em UTI 
TRATAMENTO: 
➔ Estadiar a gravidade 
➔ Sinais clínicos + laboratório 
➔ Em 2018 o Brasil foi o primeiro país a fazer 
transplante hepático devido a febre amarela 
➔ Antiviral: sosfosbuvir, porém sem evidência 
➔ Troca plasmática, pode ser feita para forma 
malignas 
➔ Plasma Fresco, para coagulopatias e CIVD 
➔ Díalise precoce 
➔ Anticonvulsivantes 
PREVENÇÕES: 
VACINAS: 
➔ Imunossupressão: cuidado com vacinas atenuadas 
➔ Contraindicações: medidas de proteção individual 
como repelentes 
➔ Ampliação das áreas para indicação 
➔ Doses: 9 meses e segunda dose aos 4 anos 
➔ Não precisa de reforço a cada 10 anos 
➔ Viagens internacionais para [área de risco, deve 
fazer a vacina 10 dias antes 
FRACIONAMENTO: 
➔ Foi feito durante a epidemia de 2017 e 2018 
➔ Houve uma expansão nas áreas de risco 
➔ Atualmente não faz mais esse fracionamento 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DA VACINA: 
➔ Pacientes com HIV com CD4 menor que 350 
➔ Uso de Imunossupressores: imunobiológicos e 
corticoesteróides em altas dose 
➔ Neoplasias 
➔ Transplantados de órgãos sólidos 
➔ Imunodeficiência primária 
➔ Reação anafilática prévia ou alergia a ovo de 
galinha 
➔ Doenças do Timo: 
➢ Timoma 
➢ Miastenia gravis 
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS : 
➔ Gestantes 
➔ Menores de9 meses e maiores de 70 anos 
➔ Corticóides em baixas dose 
➔ Doenças autoimunes controladas, sem uso de 
imunossupressores

Continue navegando