Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pneumologia – Amanda Longo Louzada 1 NEOPLASIAS PULMONARES DEFINIÇÃO: ➔ Também chamado de carcinoma broncogênico ➔ Refere-se as malignidades que se originam na via aérea ou no parênquima pulmonar ➔ Os dois tipos principais são: ➢ Carcinoma pulmonar não pequenas células ➢ Carcinoma pulmonar de pequenas células EPIDEMIOLOGIA: ➔ 1,8 milhões diagnósticos de câncer de pulmão em 2012 ➔ 1,6 milhões de morte ➔ Maior mortalidade entre homens, no Brasil ➔ Corresponde a 8,1% das neoplasias malignas entre os homens, perdendo somente para o de próstata ➔ Corresponde a 5,3% das neoplasias malignas entre mulheres, perdendo somente para câncer de mama, cólon, reto e colo uterino ➔ 25% dos pacientes no momento do diagnóstico estão com a doença localizada ➔ A sobrevida global é de 12 a 14% FATORES DE RISCO: ➔ 90% dos pacientes são ou foram tabagistas ➔ Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e nitrosaminas, possuem um alto poder carcinogênico ➔ Possui relação dose e tempo dependente: ➢ Mais de 10 cigarros por dia, aumento o risco em 10 vezes ➢ Carga tabágica maior ou igual a 20 anos/maço aumenta o risco em 30 vezes ➢ Tabagismo passivo, aumenta o risco em 45% ➢ O risco diminui após 10 anos da cessação do tabagismo ➔ Radioterapia ➔ Toxinas ambientais ➔ Fatores genéticos ➔ Fibrose pulmonar ➔ Infecção pelo HIV ➔ Aspectos dietéticos CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: CARCINOMA PULMONAR NÃO PEQUENAS CÉLULAS: ➔ Corresponde a 80 – 85% dos canceres de pulmão ➔ Adenocarcinoma: ➢ Tipo histológico mais frequente ➢ Possui uma menor associação com o tabagismo ➢ A grande importância na distinção desse tipo de câncer, é que existe o desenvolvimento de terapias alvo (drive mutations em 60% dos casos) ➢ Drive Mutations: Possuem medicamento para tratamento • EGFR • ALK • ROS-1 ➢ Estágio mais avançados: inibidores imunes de checkpoint, são medicamento que vão promover a localização das células cancerígenas como células estranhas, fazendo com que essas células sejam atacadas • Marcador: PDL-1 ➢ Características: • Se apresenta de forma periférica • É o achado mais comum dos nódulos pulmonares solitários • Possui associação a formação de derrame pleural, principalmente quando já é metastático • Possui um potencial elevado de metástase ➢ É TTFI1 positivo na imunohistoquímica ➔ Carcinoma espinocelular de pulmão: ➢ Corresponde a 25 e 35% ➢ Se apresentam como massas volumosas e centrais ➢ Em 22% dos casos pode ter escavação ➢ Pode ocorre a síndrome da veia cava superior e síndrome pancoast ➢ Imunohistoquímica: P63, CK5/6 e p40 ➔ Carcinoma de grandes células CARCINOMA PULMONAR DE PEQUENAS CÉLULAS: ➔ Corresponde a mais ou menos 15% dos canceres ➔ São mais agressivos ➔ Se apresentam como massas volumosas e centrais ➔ Possuem invasão mediastinal ➔ Alto potencial de metástase ➔ Faz síndrome paraneoplásica, por ser câncer com características neuroendócrinas ➔ Imunohistoquímica: cromogranina, Sinaptofisina e Ki-67 QUADRO CLÍNICO: ➔ Na maioria dos casos são assintomáticos ➔ Tosse ➔ Perda de peso ➔ Dispneia Pneumologia – Amanda Longo Louzada 2 NEOPLASIAS PULMONARES ➔ Dor torácica ➔ Hemoptise ➔ A apresentação normalmente é conforme a localização da neoplasia ou a metástase ➔ Síndromes Paraneoplásicas em até 10 a 30% dos casos SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR: ➔ Consiste na compressão da veia cava pelo tumor ➔ Ocorre normalmente no carcinoma de pequenas células e no espinocelular, por serem mais centrais ➔ O paciente se apresenta com: ➢ Aumento da circulação colateral ➢ Edema de face ➢ Dor torácica ➢ Dispneia ➔ Tratamento: ➢ Stent na veia cava ➢ Radioterapia ➢ Não pode infundir volume no membro superior desse paciente SÍNDROME DE PANCOAST (TUMOR DO SULCO SUPERIOR): ➔ Ocorre compressão do plexo braquial, comprimindo o 8º nervo cervical, 1º e 2º nervos torácicos, levando a uma dor no ombro com radiação ulnar para o braço ➔ Mais comum no carcinoma espinocelular ➔ Tratamento: ➢ Radioterapia ➢ Quimioterapia ➢ Cirurgia eventualmente SÍNDROME DE CLAUDE BERNAR-HORNER: ➔ Ocorre por compressão do sulco superior, levando a uma paralisia simpática dos gânglios estrelados ➔ Esse paciente vai ter: ➢ Ptose ➢ Miose ➢ Anidrose ➢ As manifestações são do mesmo lado do tumor SÍTIOS DE METÁSTASE: ➔ Sistema nervoso central em 40 a 60% dos casos ➔ Osso em 25% dos casos ➔ Fígado ➔ Adrenal em 20% dos casos EXAMES COMPLEMENTARES: RADIOGRAFIA DE TÓRAX: TOMOGRAFIA DE TÓRAX: ➔ É possível ver metástase TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET ) - PET/CT: ➔ Exame padrão-ouro ➔ É feito por glicose radiomarcada ➔ Possui alta chance de vir um resultado falso- positivo ➔ Utilizado para fazer: ➢ Estadiamento linfonodal ➢ Metástase a distância ➢ Para avaliar resposta ao tratamento Pneumologia – Amanda Longo Louzada 3 NEOPLASIAS PULMONARES DIAGNÓSTICO HISTOLÓGICO: ➔ Biópsia endobrônquica: para lesões dentro do brônquio ➔ Biópsia transbrônquica: para lesões centrais ➔ Aspiração por agulha ➔ Biópsia Transparietal: para lesões maiores que 2 cm e periféricas ➔ EBUS/EUS: endoscopia ou broncoscopia em que é possível ver os linfonodos aumentado e são puncionados ➔ Toracocente com biópsia: em caso de derrame pleural associado ➔ Cirurgia: caso não seja possível nenhumas das biópsias ESTADIAMENTO: CARCINOMA DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: ➔ Deve avaliar a extensão da doença neoplásica ➔ Possui o objetivo de uniformizar o tratamento ➔ Exames de estadiamento: ➢ PET-CT ➢ CO ➢ RNM encéfalo ➔ T – Tamanho: avaliação da extensão ➔ N – Acometimento linfonodal ➔ M – Metástase ➔ 0 - IIB: O tratamento é cirúrgico, sendo então curativo ➢ Muitas vezes é feito quimioterapia neoadjuvante para melhorar sobrevidavida desses pacientes ➔ IIIA: o tratamento é individualizado ➔ IIIB – IVB: tratamento não cirúrgico, com: ➢ Terapia alvo ➢ Imunoterapia ➢ Cuidados paliativos CARCINOMA DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS: ➔ Tumor com rápido crescimento ➔ Normalmente ao diagnóstico, 70% dos casos já vão ter metástase ➔ Exames de estadiamento: ➢ PET-CT ➢ RNM Encéfalo ➔ Doença Limitada: acomete apenas um hemitórax e cabe em 1 campo de radioterapia ➢ Ocorre em 30 a 40% dos casos ➢ Tratamento: radioterapia e quimioterapia ➔ Doença Extensa: ultrapassa limites ➢ Ocorre em 70% dos casos ➢ Tratamento: quimioterapia e muitas vezes imunoterapia RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO: TC DE TÓRAX: ➔ Indicações: ➢ 55 a 74 anos ➢ Que foram mais de 30 maços/ano ➢ Que não pararam ou pararam a menos de 15 anos
Compartilhar