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1 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica CA DE PRÓSTATA INTRODUÇÃO • O CA de próstata é a neoplasia maligna mais comum em homens (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e a 2ª causa de óbito por câncer no país. • Ao diagnóstico: localizada (76%) e metástase a distância (6%). • Prognóstico: em 5 anos, no geral, a expectativa de vida é de 97,8%. ✓ No estadiamento: localizada (100%), regional (100%), metastática (30,2%) e desconhecido (83,3%). FATORES DE RISCO • Idade: incidência começa a aumentar a partir dos 50 anos (75% dos casos ocorre a partir de 65 anos e é extremamente rara abaixo de 40 anos). • História familiar: risco familiar maior quando parente de 1º grau (irmão e/ou pai com a doença) ou vários casos na família (sobretudo abaixo de 60 anos). • Etnia: homens negros (tumores mais agressivos). • Dieta e obesidade: dietas hipercalóricas, ricas em gorduras, pobres em fibras, frutas e vegetais e homens obesos. • Exposição ocupacional: aminas aromáticas, arsênio e produtos de petróleo. • Pacientes portadores de síndromes BRCA2 e Lynch apresentam risco aumentado de desenvolver a doença ao longo da vida. Obs.: Uso de anabolizantes não é fator de risco. PREVENÇÃO • Dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais: pelo menos 2 porções ao dia. • Redução do consumo de gordura (principalmente as de origem animal) e carnes vermelhas. • Fator protetor: consumo de tomates (rico em licopenos) e soja (isoflavonas). • Dieta rica em vitamina E e selênio não parece ter efeito protetor. • Estimular a MEV: atividade física diária, controle da obesidade, cessação do tabagismo e etilismo. RASTREAMENTO • Dosagem do PSA e toque retal com o urologista em homens a partir de 50 anos. • Aqueles da raça negra ou com parentes de 1º grau com CA de próstata devem começar aos 40-45 anos (ou 10 anos antes do caso índice). O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios. • Após 75 anos, deverá ser realizado apenas naqueles com expectativa de vida acima de 10 anos. SINAIS E SINTOMAS – DOENÇA AVANÇADA • Assintomático → > 70% dos pacientes são diagnosticados por ocasião de rastreamento, após o exame digital da próstata e a dosagem do antígeno próstata-específico (PSA). • A presença de sintomas geralmente sugere doença localmente avançada ou metastática. • Sintomas urinários inespecíficos: redução do jato urinário, esvaziamento incompleto da bexiga, necessidade de fazer força para manter o jato, polaciúria/noctúria, disúria/urgência e incontinência urinária. • Dor óssea, dor retal, hematúria ou hematoquezia, perda ponderal, fraqueza, síndrome da compressão medular, fratura patológica e insuficiência renal. Obs.: É de fundamental importância valorizar queixas de dor lombar e sintomas neurológicos (parestesias ou paresias em membro inferior ou alterações esfincterianas), pois é possível que seja um sinal/sintoma associado ao surgimento de uma síndrome de compressão medular. 2 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica DIAGNÓSTICO • Dosagem do PSA. • Exame digital retal. ✓ Identifica nodulações, indurações, assimetrias situadas nas porções posterior e lateral da glândula. - 25-35% dos casos não são identificadas pelo exame digital. - Localização em outras partes da próstata. - Lesões muito pequenas (T1). PSA • Proteína produzida apenas pela célula prostática (alta especificidade para a glândula prostática). • Pode alterar condições benignas. • Um resultado negativo não exclui CA. • TR positivo e/ou alteração do PSA → US prostática ou RM multiparamétrica de próstata (mais detalhada) → biopsia guiada por US. • Considerações para biópsia: ✓ TR fortemente suspeito. ✓ PSA alterado, acima de 4,0. ✓ Paciente com idade entre 40-75 anos. ✓ Expectativa estimada de vida > 10 anos. Causas de elevação do PSA CA de próstata Prostatites Isquemias/infartos prostáticos Manipulação (biópsias prostáticas, RTU e cistoscopia) Inibidores da 5-alfa redutase e anti-androgênio Toque retal Ejaculação Exercícios (ciclismo) Neoplasia prostática intraepitelial (PIN) BIÓPSIA PROSTÁTICA • Principal histologia: adenocarcinoma (CA glandular). • Frequentemente apresenta graus diferentes. • Classificação de Gleason: score constituído pela soma entre os dois principais padrões de diferenciação das células da próstata. • Quanto mais diferenciada: mais parecida com a célula normal da próstata (melhor prognóstico). ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO • Exame digital ou radiologia (tamanho do tumor). • Dosagem do PSA. • Gleason. Obs.: Sítios a distância: linfonodos, ossos, pulmão, fígado e adrenal. ESTADIAMENTO • PET com PSMA: específico para CA de próstata; não é de fácil acesso, mas quando possível, é um bom exame para estadiar a doença a distância. 3 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica TRATAMENTO Leva em consideração diversos aspectos: • Classificação de risco. • Condições clínicas do paciente/idade/comorbidades. • Vantagens e desvantagens de cada modalidade. • Preferência do paciente. ➔Localizado: prostatectomia, radioterapia, braquiterapia e vigilância ativa. ➔Localmente avançado: radioterapia + terapia anti- hormonal (bloquear ação da testosterona) e prostatectomia. ➔Avançado: terapia anti-hormonal (bloquear ação da testosterona), ácido zoledrônico denosumab, docetaxel, carbazitaxel, radium 223 e vacina sipuleucel T. CA DE PULMÃO EPIDEMIOLOGIA • Neoplasia maligna mais comum no mundo. • Principal causa de morte por CA no mundo. • No Brasil, é a 4ª neoplasia mais incidente. • Pouco mais frequente em homens. Em mulheres, a incidência vem aumentando. ✓ 1ª causa de óbito por câncer entre os homens. • Faixa etária mais acometida: 50-70 anos. ✓ Idade mediana do diagnóstico: 70 anos. • Prognóstico: em 5 anos, no geral, a expectativa de vida é de 20,5%. ✓ No estadiamento: localizada (59%), regional (31,7%), metastática (5,8%) e desconhecido (8,3%). FATORES DE RISCO Tabagismo: • Principal fator associado a doença, seja ele ativo ou passivo. • Relacionado a 90% dos casos de CA de pulmão. • Cigarro de tabaco possui mais de 4.000 substâncias, das quais cerca de 60 são carcinogênicas. ✓ Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPA); ✓ Nitrosaminas derivadas de nicotina (NNK). • Quando comparados aos não fumantes, os tabagistas têm risco aumentado de desenvolver o CA de pulmão em 20x. • Outras formas de fumo também aumentam o risco (charutos, cachimbos e cigarros artesanais). • Apenas 11% dos fumantes desenvolverão o CA de pulmão. Ocupacional/ambiental: • Asbesto ou amianto, sílica, radônio, metais (arsênio, cromo, níquel, cádmio e berílio), produtos de carvão, combustão do óleo diesel, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (risco relativo é de 15x maior) e poluição do ar (risco relativo varia de < 1 a 10%). Outros: • História de fibrose pulmonar, DPOC, lesões fibróticas cicatriciais da TB, radioterapia torácica (ex.: tratamento prévio para CA de mama), história familiar de CA de pulmão e fatores genéticos (EGFR, ALK, ROS1, KRAS e TP53). SINAIS E SINTOMAS • Assintomático (15%). • Tosse seca persistente, dispneia (compressão do brônquio → atelectasia → redução da área pulmonar; linfangite carcinomatosa quando infiltra vasos linfáticos do pulmão; TEP), dor torácica, hemoptise, sibilância ou estridor, rouquidão, pneumonia recorrente, emagrecimento, febre, fraqueza e dor óssea. SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS • Hipercalcemia da malignidade: mais frequente em carcinomas escamosos e em tumores de pequenas células de pulmão. • Síndrome de Cushing. • SIADH (secreção Inapropriada de hormônioantidiurético): + comum nos tumores de pequenas células de pulmão; caracterizada pelo quadro de hiponatremia grave com manifestações neurológicas em consequência de edema cerebral em sua fase mais avançada. • Manifestações neurológicas: sintomas relacionados a fenômenos imunológicos relacionados à presença de autoanticorpos, com destaque para a síndrome miastênica de Lambert-Eaton, ataxia cerebelar, neuropatia sensorial, encefalite límbica ou, ainda, encefalomielite. • Osteoartropatia hipertrófica: artropatia dolorosa simétrica de extremidades associada a baqueteamento digital. • Anemia/reações leucemóides. • Síndrome da veia cava superior: sintomas relacionados com a obstrução da veia cava superior pela massa tumoral ou trombose (pletora facial, turgência); em caso de tumores de pequenas células de pulmão, altamente quimiossensíveis, prioriza-se a realização de quimioterapia. 4 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica • Tumor de Pancoast: sintomas secundários à localização tumoral no sulco superior com quadro clínico de dor significativa em ombro homolateral à lesão tumoral, síndrome de Horner (acometimento das fibras simpáticas que inervam o olho → miose, ptose palpebral e anidrose na face ipsilateral), dores ósseas e atrofia dos músculos do membro superior. Principais sítios de metástase a distância: ossos, SNC, adrenal e fígado. DIAGNÓSTICO • Anamnese completa (destaque para antecedentes pessoais – questionar exposição a carcinógenos e tabagismo) + exame físico. • Laboratório: hemograma, função renal, eletrólitos (incluindo Ca), transaminases e FA. • RX de tórax: falha em detectar 80% dos CA detectados pela TC (>2cm). • TC de tórax com contraste: exame de escolha para diagnóstico de tumor primário (< 1cm). Para confirmação diagnóstica → biópsia: • Fibrobroncoscopia com biópsia endobrônquica ou transbrônquica. • Biópsia percutânea guiada por método de imagem. • Via cirúrgica (toracotomia ou toracoscopia). Biópsia guiada por TC: Broncoscopia: ESTADIAMENTO • RNM de crânio: melhor que TC para detecção de metástases ocultas intracranianas; recomendada para todos os pacientes em estádios avançados. • PET/CT: padrão-ouro para avaliação de metástase a distância e linfonodo mediastinal. • Mediastinoscopia: para estadiar linfonodos mediastinais e hilares em pacientes candidatos a cirurgia ou radioterapia estereotáxica. • EBUS (US endobroncoscópica) ou EUS: opção para avaliar estadiamento do T e N em pacientes candidatos a cirurgia. Obs.: muita captação no cérebro (fisiológica) → PET/CT não é um bom exame para avaliar SNC, e sim a RNM de crânio. NEOPLASIAS DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS • TC de tórax e abdome total; • RNM de encéfalo e cintilografia óssea se houver sintomas; • Tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-TC) para pacientes candidatos a tratamento locorregional (cirurgia ou radioterapia definitiva). NEOPLASIAS DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS • TC de tórax e abdome total; • RNM de encéfalo e cintilografia óssea. 5 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica Mediastinoscopia e EBUS PET/CT com FDG (glicose marcada por radiofármaco) ESTADIAMENTO TNM T: descrição do tumor primário • T1: tumor ≤ 3 cm circundado por pulmão ou pleura visceral e sem evidência broncoscópica de invasão mais proximal que o brônquio lobar. • T2: tumor > 3 cm e ≤ 7 cm e/ou com envolvimento do brônquio principal 2 cm ou mais distal à carina, e/ou invasão da pleura visceral, e/ou associação com atelectasia ou pneumonite obstrutiva que se estende à região hilar, mas não envolve todo o pulmão. • T3: tumor > 7 cm ou tumor de qualquer tamanho que diretamente invade parede torácica (incluindo tumor de sulco superior), diafragma, nervo frênico, pleura mediastinal ou pericárdio parietal, ou tumor no brônquio principal a menos de 2 cm da carina, mas sem o seu envolvimento, ou presença de atelectasia ou pneumonite obstrutiva de todo o pulmão, ou nódulos tumorais separados no mesmo lobo. • T4: tumor de qualquer tamanho que invade mediastino, coração, grandes vasos, traqueia, nervo laríngeo recorrente, esôfago, carina ou corpo vertebral (chamado de T4 invasivo), ou nódulos tumorais separados em diferentes lobos ipsilaterais. N: envolvimento linfonodal • N0: sem metástase em linfonodos regionais. • N1: metástases em linfonodos peribrônquicos e/ou hilares ipsilaterais e linfonodos intrapulmonares. • N2: metástases em mediastino ipsilateral e/ou linfonodos subcarinais. • N3: metástases em mediastino contralateral, hilo contralateral, escaleno ipsilateral ou contralateral ou linfonodos supraclaviculares. M: metástases • M0: ausência de metástases à distância. • M1a: nódulos tumorais separados em lobos contralaterais, nódulos pleurais, ou derrame pleural ou pericárdico maligno. • M1b: metástase à distância. PATOLOGIA • Anátomopatológico, pesquisa das mutações (EGFR/ALK/ROS1), imuno-histoquímica e painel genético. CLASSIFICAÇÃO PEQUENAS CÉLULAS • Corresponde a 15-20% dos casos de CA de pulmão. • Forte correlação com tabagismo (extremamente raro em quem nunca fumou). • Replicação rápida, metástases precoces, quimiossensibilidade, porém refratariedade no tratamento. • Tipo de CA de pulmão mais agressivo. • Menos de 30% dos casos diagnosticados em estadios iniciais. • Têm alta taxa de resposta à quimioterapia, porém recidivam com maior frequência, perfazendo pior prognóstico do que os tumores não pequenas células. NÃO PEQUENAS CÉLULAS • Corresponde a cerca de 80-85% dos casos de CA de pulmão. 6 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica • Mantém forte relação com o tabagismo, porém bem menos que o de pequenas células e, dentre eles, o mais relacionado ao tabagismo é o CEC. • O subtipo adenocarcinoma é o mais relacionado a presença das mutações genéticas. ADENOCARCINOMA • Mais frequente dos CNPC do pulmão. • Origina-se nas porções mais distais da árvore respiratória. ✓ Localização radiológica mais periférica. • Subtipo mais comum entre os não fumantes. • Pacientes com este subtipo devem ser, obrigatoriamente, avaliados quanto a pesquisa das mutações epidermal growth factor receptor (EGFR), anaplatsic lymphoma kinases (ALK) e receptor de tirosina quinase c-ros oncogene 1 (ROS1). ✓ Pacientes portadores dessas mutações são candidatos a terapia-alvo molecular, que é um tratamento mais eficaz e menos tóxico quando utilizado nesse cenário. CARCINOMA EPIDERMÓIDE • Origina-se nas porções mais proximais da árvore brônquica. ✓ Localização radiológica central. • Pode apresentar necrose tumoral central e cavitar. • Está mais relacionado ao tabagismo. • Pior prognóstico quando comparado ao adenocarcinoma. • Menor arsenal terapêutico que o adenocarcinoma. A associação entre tabagismo e câncer é maior nos tumores de pequenas células, seguidos pelos carcinomas de células escamosas e adenocarcinomas. TRATAMENTO • Individualizar o tratamento. • A escolha da modalidade do tratamento depende de uma série de fatores: ✓ Tipo (pequenas células ou não pequenas células – adenocarcinoma ou CEC?). ✓ Presença de mutações. ✓ Estadiamento. ✓ Função pulmonar. ✓ Performance status. • Cirurgia (segmentectomia, lobectomia e pneumectomia). • Quimioterapia (QT). • Radioterapia (RDT externa, radioterapia estereotáxica e radiocirurgia). • Terapia alvo (conforme mutações analisadas). • Imunoterapia. • Paliativo. NEOPLASIAS DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS • Baseia-se no estadiamento TNM. • Pacientes com performance status ruim (ECOG = 3-4) são candidatos a cuidados paliativos exclusivos, salvo se forem portadores de alteraçãomolecular favorável (mutação de EGFR, translocação de ALK). • Metastasectomia (SNC ou adrenal) pode ser indicada se houver metástase única e o tumor primário for passível de tratamento locorregional. • Radioterapia paliativa: controle de metástases em SNC, síndrome de veia cava superior, dor e síndrome de compressão medular. • Quimioterapia baseada em platina combinada a taxano, vinerolbina, pemetrexede e gencitabina. • O tratamento padrão de 2ª linha é a utilização de imunoterapia com anticorpos anti-PD1. NEOPLASIAS DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS • Doença limitada: totalidade do tumor passível de ser englobado em um campo de radioterapia; o tratamento é feito com quimiorradioterapia baseada em cisplatina e etoposídeo. • Doença extensa: baseado em quimioterapia paliativa com platina e etoposídeo; mesmo em pacientes com metástases cerebrais, se pouco sintomáticos, indica-se inicialmente a quimioterapia em razão da alta responsividade inicial a esse tratamento. 7 Beatriz Cavalcanti Regis Aula Roseana + Manual do Residente de Clínica Médica ✓ Em caso de resposta clínica satisfatória, deve-se indicar a radioterapia de crânio profilática de modo a evitar progressões no SNC e piora da qualidade de vida. PROGNÓSTICO • Neoplasias de pulmão não pequenas células: em geral, a sobrevida mediana é de cerca de 1 ano. • Mutação ativadora de EGFR: em pacientes submetidos a tratamento com erlotinibe ou gefitinibe, a sobrevida pode chegar a 22 meses. • Neoplasias de pulmão de pequenas células: pacientes com doença extensa têm sobrevida mediana por volta de 9 meses. PREVENÇÃO E RASTREAMENTO • Não há rastreamento de CA de pulmão para população geral. • Screening com TC de baixa dose reduz mortalidade por CA de pulmão. ✓ Indicação de rastreio: pacientes grandes fumantes (entre 55-75 anos; carga tabágica > 30 maços/ano) e ex-tabagistas < 15 anos de cessação.
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