Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pneumologia – Amanda Longo Louzada 1 SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE DEFINIÇÃO: DEFINIÇÃO DE CASO PELA WHO: ➔ História de febre ou febre documentada E ➔ 1 ou mais sintomas de via aérea inferior (Tosse e dispneia) E ➔ Infiltrado pulmonar compatível com pneumonia ou SDRA ou achados de autópsia compatível E ➔ Sem diagnóstico alternativo TESTES DIAGNÓSTICOS NECESSÁRIOS: ➔ Detecção do vírus (PCR) presente em 2 amostras separadas ou por cultura de vírus de qualquer espécime clínica E/OU ➔ Detecção do anticorpo NO BRASIL: ➔ Indivíduos com síndrome gripal que apresentam: dispneia, desconforto respiratório OU pressão persistente no tórax OU saturação de oxigênio < 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto ➔ Internações ou óbitos devidos a essa condição deve ser notificados HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS DO CORONAVÍRUS: ➔ Civetes de palma ➔ Morcego ferradura ➔ Dromedário TRANSMISSÃO: ➔ Pessoa a pessoa: gotículas, aerossóis e oral-fecal ➔ Características de transmissão a profissionais de saúde ➔ Fômites: utensílios e áreas de superfície PERÍODO INCUBAÇÃO: ➔ 2 a 7 dias ➔ 95% dos pacientes vão desenvolver sintomas dentro de 10 dias ➔ Existe uma associação com sintomas graves tem um período de incubação mais curto FATORES PROGNÓSTICOS: ➔ Idosos ➔ DM ➔ Hepatite B ➔ Comorbidades crônicas ➔ Sintomas atípicos ➔ DHL elevado à admissão ETIOLOGIA: ➔ Coronavírus ➔ Influenzae ➔ Outro vírus: ➢ Influenzae A ➢ Influenzae B ➢ Vírus sincicial respiratório ➢ Parainfluenzae 1 ➢ Parainfluenzae 2 ➢ Parainfluenzae 3 ➢ Adenovírus QUADRO CLÍNICO: ➔ Febre ➔ Mialgia ➔ Cefaleia ➔ Mal-estar ➔ Tosse seca ➔ Dispneia ➔ Dor torácica ➔ Pleurisia ➔ Diarreia ➔ Odinofagia ➔ Rinorreia ➔ Alguns pacientes podem progredir para insuficiência respiratória, inclusive com necessidade de IOT e ventilação mecânica EXAMES LABORATORIAIS: ➔ Linfopenia ➔ Trombocitopenia ➔ Elevação de DHL ➔ Elevação de TGO RADIOGRAFIA DE TÓRAX: ➔ Infiltrado Intersticial Difuso: Pneumologia – Amanda Longo Louzada 2 SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE TOMOGRAFIA DE TÓRAX: ➔ Opacidade em vidro fosco ➔ Também pode ter pavimentação em mosaico e áreas de consolidação DIAGNÓSTICO: ➔ Síndrome gripal com sintomas respiratórios associados ➔ Com teste laboratorial positivo, fora de epidemia ou pandemia ➢ Reação de cadeia de polimerase positivo ➢ Teste sorológico CONDUÇÃO DO CASO: ➔ Anamnese completa EXAMES SÉRICOS: ➔ Gasometria arterial ➔ BNP ➔ Hemograma ➔ Bioquímica EXAMES DE IMAGEM: ➔ Radiografia de tórax ➔ TC de tórax ➔ Ecocardiograma MICROBIOLOGIA: ➔ Hemocultura DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: ➔ Pneumonia bacteriana ➔ ICC descompensada ➔ Rinite ➔ Sinusite ➔ Bronquiectasias TRATAMENTO DE SUPORTE: SUPORTE VENTILATÓRIO: ➔ Se o paciente estiver hipoxêmico, saturando menos que 92% em ar ambiente deve considerar gasometria e catéter nasal de oxigênio SUPORTE HEMODINÂMICO: ➔ Monitorização do paciente ➔ Se o paciente está muito grave ou hipotenso precisa dar DVA VIGILÂNCIA INFECCIOSA: ➔ Não deve dar antibiótico, deve ficar atento a possibilidade de evoluir com infecções bacteriana associadas VIGILÂNCIA DE DISFUNÇÕES: ➔ Paciente pode ter acometimento renal e outros sintomas associados MANUTENÇÃO DE VOLEMIA: ➔ Deve ter cuidado ao fazer hidratação pois quantidades muito grandes podem levar a um edema agudo de pulmão, principalmente na fase inflamatória MEDICAÇÕES ESPECÍFICAS: ➔ Corticoterapia; para os casos de COVID ➔ Nirmatrevil-ritonavir: para os casos leves ➔ Oseltamivir: para casos de Influenzae ➔ Remdersivir: para casos mais graves de COVID ➔ Possuem o objetivo de diminuir os sintomas e o tempo de viremia VENTILAÇÃO PROTETORA: ➔ Volume corrente > 6 ml/kg de peso predito ➔ Hipercapnia permissiva (podendo tolerar um pH > 7,2) ➔ VCV OU PCV ➔ FiO2 < 60% (mantendo a saturação entre 92-95%), para reverter a hipoxemia Pneumologia – Amanda Longo Louzada 3 SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE ➔ PEEP acima de 5 cmH2O (PEEP Table – menor FiO2 para garantir SpO2 > 92%) PARA OS PACIENTES QUE PERSISTEM COM PAO2/FIO2 < 150 MESMO COM VENTILAÇÃO PROTETORA, PODE SER FEITO: ➔ Bloqueador neuromuscular ➔ Posição prona: ➢ Paciente em posição supina possui colabamento das áreas alveolares das bases ➢ Ao pronar o pulmão pendente não vai mais sofrer ação da gravidade, e os alvéolos vão abrir, fazendo com que melhore a ventilação ➔ Pode ser feito a ECMO VV, para pacientes que não responderam a nenhuma das medidas acima PREVENÇÃO: ➔ Controle da infecção: os pacientes precisam ficar isolados, em caso de contato com esses pacientes deve fazer uso de máscara ➢ Deve ter cuidado com higiene das mãos ➔ Vacinas ➔ Anticorpos monoclonais: possui um grande potencial principalmente em pacientes imunodeprimidos
Compartilhar