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Anestesiologia – Amanda Longo Louzada 1 VIAS AÉREAS: AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA E PREDITORES DE RISCO ANAMNESE: ➔ Histórico de intubação prévia ➔ Comorbidades indicativas de maior dificuldade: ➢ Comorbidades Congênitas; • Síndrome de Pierre Robin • Síndrome de Treacher-Collins • Síndrome de Goldenhar • Síndrome de Beckwith • Mucopolissacaridose • Acondroplasia • Cretinismo • Síndrome de Down • Micrognatia ➢ Comorbidades Adquiridas: • Obesidade mórbida • Acromegalia • Infecções das vias Aéreas: angina de Ludwing, epiglotite, crupe, abscesso retrofaríngeo ou intraoral, papilomatose • Artrite reumatóide • Apneia obstrutiva do sono • Espondilite anquilosante • Trauma ou queimaduras no rosto, pescoço ou cabeça • Radiação do rosto ou pescoço ➔ Comorbidades que prejudicam a oxigenação: essas comorbidade falam que o paciente precisa de uma IOT rápida, pois são pacientes que não toleram muito tempo de apneia ➢ Asma ➢ DPOC ➢ Bronquite ➢ Pneumonia ➢ IVAS recente ➔ Risco de aspiração: ➢ Estômago cheio: • Sem jejum • Cirurgia de emergência ou trauma ➢ Gravidez após 12 a 20 semanas de gestação ➢ DRGE sintomático ➢ Diabetes ➢ Gastroparesia ➢ Hérnia de Hiato ➢ Obstrução de saída gástrica ➢ Patologia esofágica ➢ Obstrução intestinal ➢ Ascite ➢ Massa Abdominal EXAME FÍSICO: PREDITORES DE DIFICULDADE NO MANEJO DE VIA AÉREA: ➔ Observação: ➢ Obesidade ➢ Barba ➢ Pescoço curto e largo ➢ Colar cervical ➔ Cavidade Oral: ➢ Abertura menos que 3 dedos ➢ Dentição: dentaduras facilitam a ventilação com máscara, mas devem ser removidas antes da tentativa de intubação, pelo risco de deslocamento ou dano ➢ Distâncias interincisivos < 3 cm ➢ Mallampati maior ou igual a III (apenas base da úvula/ palato mole) ➔ Pescoço: ➢ Distância Tireomentoniana < 6 cm ou baixa complacência submandibular ➢ Distância esterno-mento < 12 cm, para ter noção da capacidade de extensão do pescoço ➢ Mobilidade Cervical: deve se avaliar tanto a flexão quanto a extensão ➢ Circunferência cervical > 40 cm ➔ Protusão Mandibular: é uma avaliação feita sobre a capacidade do paciente de colocar os incisivos inferiores em relação ao lábio superior, então paciente que não conseguem fazer esse movimento, podem traduzir uma via aérea difícil ➢ Grau 1: consegue cobrir os lábios superiores com incisivos ➢ Grau 2: consegue tocar os lábios superiores com os incisivos ➢ Grau 3: não alcança o lábio superior com os incisivos MALLAMPATI: ➔ Pede o paciente para abrir a boca, colocar a língua para fora ➔ Originalmente foi descrito com paciente sentado ➔ Não deve ser solicitado que o paciente realiza fonação ➔ Existe uma situação rara que é o Mallampati 0, que é mais comum em crianças, consiste em ver a epiglote diante da abertura bucal do paciente ➔ O III e IV traduzem uma via aérea difícil ➔ A incidência de intubação difícil é maior fora da sala de cirurgia Anestesiologia – Amanda Longo Louzada 2 VIAS AÉREAS: AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA E PREDITORES DE RISCO INTUBAÇÃO DIFÍCIL: ➔ Define-se laringoscopia difícil como uma visão de Comarck-Lehane 3 ou 4, em que as cordas vocais não podem ser vistas ➔ Segundo o NEAR III: ➢ O IOT no departamento de Emergência: • 10 a 15% de vias aéreas difíceis no OS • 3% a via aérea só foi protegida após trocar o método inicial • 0,5%: necessidade de via aérea cirúrgica CRITÉRIOS DE IOT DIFÍCIL: ➔ Intubação difícil anterior ➔ Abertura de boca < 3 dedos ➔ Mallampati 3 ou 4 ➔ Distância TM < 6 cm ➔ EM < 12 CM ➔ Mobilidade limitada do pescoço ➔ Teste de protusão mandibular grau 3 ➔ Circunferência cervical > 40 cm ➔ Estes parâmetros são pertinentes para laringoscopia direta ➔ O uso do videolaringoscópio (VL) pode invalidar alguns parâmetros ➔ Mallampati parece não ser muito importante com o VL