Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto INTRODUÇÃO ➢ Primeira medida em pacientes vítimas de trauma → Garantir uma via aérea intacta e reconhecer quando a via aérea se encontra comprometida ➢ A todo paciente vítima de trauma deve-se fornecer oxigênio: • A depender do caso, esse fornecimento pode ser feito apenas pelo uso de cânula nasal, por exemplo • A ventilação de suporte é feita apenas quando realmente necessário ➢ PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE PREVENÍVEIS EM RELAÇÃO À VIA AÉREA E VENTILAÇÃO: • Falha ao manusear a via aérea • Falha ao reconhecer a necessidade de intervenção da via aérea • Incapacidade de estabilizar uma via aérea • Não parar de tentar a Intubação Orotraqueal (IOT) • Falha em identificar um tubo mal posicionado • Perda de uma via aérea já estabilizada anteriormente • Falha em identificar a necessidade de ventilação AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS DE PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA ➢ Primeiro Passo → buscar obstrução, trauma ou queimadura em face, pescoço e laringe ➢ Reconhecimento do problema → nos pacientes vítimas de trauma, normalmente, o primeiro sinal de comprometimento de via aérea a ser observado é a taquipneia ➢ Avaliação primária e Reavaliação frequentes: • Avaliação primária → pode ser feita até mesmo se fazendo perguntas ao paciente, pois se ele consegue responder significa que ele está com a via aérea pérvia • Reavaliações frequentes → devem ser realizas, pois o estado da via aérea do paciente pode mudar a qualquer momento SINAIS DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS ➢ Cianose ➢ Uso de musculatura acessória ➢ Curva de O2: • Normalmente, quando o paciente tem boa perfusão e ventilação a curva da oximetria é ampla, e se a curva começar a ficar retificada isso significa que o paciente está mal perfundido e mal ventilado • Curva ampla → boa perfusão e ventilação • Curva retificada → má-perfusão e má-ventilação ➢ Sons anormais: • Ronco • Estridor • Disfonia ➢ Comportamento: • Exemplo → se o paciente está apresentando comportamento agressivo, ele pode apresentar uma obstrução de vias aéreas INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (IOT) NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ➢ Indicações Absolutas: • Obstrução de vias aéreas • Apneia • Angústia respiratória severa • Diminuição do nível de consciência: ▪ Glasgow < 8 = IOT ➢ Indicações Fortes: • Instabilidade hemodinâmica: ▪ Normalmente, pela possibilidade de uso de drogas vasoativas, pensa-se em entubar o paciente • Lesão ou deformidade na parede torácica • Risco de aspiração ➢ Indicações Relativas: • Trauma facial → é relativo, pois depende do trauma facial • Contusão pulmonar documentada • Paciente agitado ou sedado ➢ Informações sobre a intubação: • Quando as cordas vocais ainda se encontram fechadas isso significa que o paciente ainda não tem um relaxamento muscular adequado para a intubação. Assim, pode-se acabar lesionando as cordas vocais desse paciente • Tamanho do tubo: ▪ Mulher → tubo 7 ▪ Homem → tubo 8 DE ACORDO COM O TIPO DE TRAUMA ➢ TRAUMA MAXILOFACIAL: • Lesões → pode-se ter lesões de orofaringe e nasofaringe • O que se busca: ▪ Hemorragias ▪ Secreções ▪ Dentes ▪ Edema ➢ TRAUMA DE PESCOÇO: • Deve-se ter muita atenção, pois passam grandes vasos pelo pescoço • Lesões: ▪ Grandes Vasos → pode-se ter a lesão de grandes vasos, que podem causar um hematoma, levando à obstrução da via aérea. Dessa forma, deve-se manter uma via aérea cirúrgica para o paciente ▪ Ruptura de Laringe ou Traqueia → pode haver um sangramento para a árvore traqueobrônquica, necessitando-se assim de uma via aérea definitiva • Qual a conduta: 1. Sempre tentar a intubação sob visualização direta Se não for possível, deve-se partir para: 2. Via Aérea Cirúrgica • Trauma Laríngeo: ▪ É composto pela tríade: ✓ Rouquidão ✓ Enfisema Subcutâneo ✓ Fratura palpável 2 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto ▪ Para intubação desses pacientes com trauma laríngeo: ✓ Broncoscopia (broncoscópio flexível) → padrão- ouro o O que é → trata-se de um aparelho semelhante ao endoscópio, com o qual se consegue visualizar diretamente a via aérea do paciente, conseguindo-se passar o tubo pelo próprio broncoscópio o Problemas: ❖ Não está disponível em todos os hospitais ❖ Normalmente, quem o manuseia são apenas o cirurgião torácico e o anestesiologista ✓ Intubação Orotraqueal (IOT) → é a alternativa ao broncoscópio, quando ele não está disponível ✓ Se a IOT não for possível: o Realizar um dos seguintes: ❖ Traqueostomia ❖ Cricotireoidostomia o Na urgência pouco se utiliza a traqueostomia, sendo preferível a realização da Cricotireoidostomia, pois a traqueostomia é mais demorada e tem um maior risco de complicações VENTILAÇÃO ➢ Para avaliar os sinais de ventilação inadequada, deve-se observar pelos seguintes: • Presença ou não de movimentos torácicos bilaterais • Ausculta pulmonar bilateral e/ou sem alterações ou se é unilateral e/ou apresenta alterações • Taquipneia → é um dos primeiros sinais que se identifica quando o paciente está com a via aérea inadequada • Deve-se avaliar também pelo oxímetro de pulso ➢ Medidas importantes para avaliar a ventilação: • Gasometria: ▪ É um exame fácil de ser realizado e que fornece muitos parâmetros sobre a ventilação do paciente • Capnografia: ▪ Fornece a fração de CO2 inspirada (EtCO2): ✓ Valores normais → 35 a 45 mmHg ▪ É o padrão-ouro para identificar se o paciente realmente está entubado ▪ Também auxilia guiando a reanimação do paciente, para ver se as massagens cardíacas estão sendo eficazes ▪ Deveria ser utilizada em todo paciente entubado, mas nem sempre está disponível ▪ Não é um aparelho disponível em unidades de emergência, e normalmente só se tem em centro cirúrgico PREDITORES DE VIA AÉREA DIFÍCIL (VAD) ➢ Lesão cervical → a mobilidade cervical fica reduzida ➢ Artrite em região cervical ou Diabetes Mellitus (DM) → também diminuem a mobilidade cervical ➢ Trauma maxilofacial ➢ Abertura de boca limitada → pois dificulta, por exemplo, a passagem do laringoscópio pela boca ➢ Obesidade → pois, grande parte das vezes, por exemplo, o paciente tem pescoço curto, abertura da boca limitada e a mama é bastante volumosa (se for mulher), o que atrapalha o manuseio do laringoscópio ➢ Variações anatômicas → Exemplo: a micrognatia (mandíbula menor que o normal) é um preditor de via aérea difícil ➢ Crianças → em crianças sempre se considera uma via aérea difícil ➢ MNEMÔNICO PARA OS PREDITORES DE VIA AÉREA DIFÍCIL → LEMON: • Look Externally → olhar externamente, e ver as características do rosto do paciente em relação à via aérea ▪ Exemplos: ✓ Trauma maxilofacial importante ✓ Restrição cervical ✓ Barba volumosa → a barba não deixa a máscara facial acoplar na face corretamente, causando um vazamento do ar o Assim, nos traumas, às vezes, é necessário cortar a barba do paciente para melhorara ventilação ✓ Obeso ✓ Micrognatia • Evaluate 3-3-2: ▪ Subentende-se que os pacientes com as seguintes características tenham a via aérea mais fácil: ✓ (A) Distância entra os incisivos superiores e inferiores > 3 dedos ✓ (B) Distância tireomentoniana > 3 dedos ✓ (C) Distância do assoalho da boca para a tireoide > 2 dedos • Mallampati: ▪ É o preditor de via aérea mais utilizado ▪ É dividido em 4 classes → pacientes de classe I são de fácil intubação e os de classe IV são de difícil intubação: ✓ Classe I → consegue-se visualizar palato duro, palato mole, úvula e pilares amigdalianos ✓ Classe II → consegue-se visualizar palato duro, palato mole, úvula e um pouco dos pilares amigdalianos 3 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto ✓ Classe III → vê-se palato duro, palato mole e apenas a base da úvula ✓ Classe IV → só se visualizao palato duro ▪ Normalmente, não se faz muito na urgência, pois para avaliar o Mallapati do paciente é preciso que ele esteja sentado, em posição neutra e olhando para a frente • Obstruction: ▪ Busca-se alguma obstrução nas vias aéreas do paciente ▪ Às vezes, pacientes que usam prótese dentária podem engoli-la durante o trauma ▪ Pode-se ter a presença de secreções, sendo necessário aspirar • Neck Mobility: ▪ Deve-se avaliar a mobilidade cervical ▪ Em pacientes que tem uma restrição cervical não se consegue melhorar consideravelmente o posicionamento dele para realizar a intubação, dificultando-a TÉCNICAS E DISPOSITIVOS PARA A MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS ➢ Primeiramente, subentende-se que todo paciente vítima de trauma tenha lesão cervical: • Assim algumas manobras não podem ser realizadas, como: ▪ Head-tilt Chin-lift → extensão do pescoço e elevação do mento ▪ Chin-lift: ✓ Pode ser realizado, apenas levantando-se o mento, sem a extensão do pescoço • Manobra que pode ser utilizada em pacientes vítimas de trauma: ▪ Jaw Thrust → é a anteriorização da mandíbula ✓ Normalmente, é utilizada em pacientes que estão mais rebaixados, pois é uma manobra dolorosa ✓ Sempre se deve segurar na parte óssea, para não ferir o paciente • Essas manobras acima impedem a queda da base da língua ESQUEMA DE MANEJO DA VIA AÉREA ➢ Deve-se sempre ter preparado: • Sonda de aspiração • Sonda orofaríngea e nasofaríngea • Bolsa-máscara • Laringoscópio • Bougie → é um “cano” comprido e fino que se utiliza em pacientes de via aérea difícil • Kit para Cricotireoidostomia • Tubo Orotraqueal (TOT) → normalmente 7 (para mulher) e 8 (para homem) • Drogas Sempre colocar o colar cervical Pré-oxigenação (nem sempre é ventilar, mas sim fornecer oxigênio ao paciente) - Cateter, Bolsa-máscara, cânula nasofaríngea, cânula orofaríngea Paciente está ventilando bem? Avaliar preditores de Via Aérea Difícil (LEMON e Anatomia da via aérea) Via Aérea Definitiva (IOT) ou Cirúrgica (Cricotireoidostomia ou traqueostomia) SIM NÃO Chamar ajuda e considerar intubação acordado VIA AÉREA DIFÍCIL VIA AÉREA FÁCIL Realizar intubação assistida por drogas e utilizar a pressão cricoide (pressão na cricoide que impede que haja o refluxo do alimento pelo esôfago, evitando uma broncoaspiração) Se não for possível entubar → considerar adjuvantes (Ex: máscara laríngea) Se não for possível entubar mesmo assim → partir para uma via aérea definitiva ou cirúrgica 4 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto • Oxímetro • Capnógrafo CÂNULA NASOFARÍNGEA ➢ Tamanho da cânula: • Mulher → 7 • Homem → 8 ➢ Como introduzir: 1. Deve-se lubrificar a cânula (Xilocaína Gel) 2. Passar pela narina que aparenta não ter obstrução: ▪ Se durante a passagem da cânula começa a haver resistência, deve-se desistir do procedimento, pois pode acabar causando uma hemorragia nasal no paciente ➢ Ventilação → com essa cânula, ventila-se o paciente pela orofaringe posterior ➢ Contraindicação: • Fratura de base de crânio CÂNULA OROFARÍNGEA (GUEDEL) ➢ Como saber o tamanho da guedel para o paciente → mede-se a cânula da comissura labial (rima da boca) até a orelha ➢ Como introduzir → passa ela com a extremidade voltada para cima e no final deve-se girá-la ➢ Função → impede a queda da base da língua, fazendo com que o paciente ventile melhor ➢ É muito utilizada em idosos, pois muitos não tem a arcada dentária, o que dificulta a ventilação MÁSCARA LARÍNGEA ➢ Não é uma via aérea definitiva! ➢ Quando usar → em casos de via aérea difícil ➢ Tamanhos → 1, 2, 3, 4 e 5 • Cada tamanho vem com indicações quanto ao peso do paciente em que ela pode ser usada ➢ Como introduzir → segura-se a máscara laríngea como se ela fosse uma caneta com a extremidade voltada para a frente, passando-a rentemente ao palato duro e, quando se encontra resistência, insufla-se ➢ Função → oclui o esôfago e ventila as vias aéreas ➢ Para saber se ela se encontra no lugar certo → fazer uso do capnógrafo COMBITUBE ➢ Não é uma via aérea definitiva! ➢ Tem 2 lúmens → uma para o esôfago e outro para a via aérea • Oclui-se o lúmen esofagiano e ventila-se as vias aéreas ➢ Deve-se fazer uso do capnógrafo para avaliar se o paciente está ventilando bem com o dispositivo VIA AÉREA DEFINITIVA ➢ Definição → trata-se de um tubo na traqueia, com um cuff insuflado acima das cordas vocais e conectado a uma fonte de oxigênio, em uma via aérea estabilizada • Pode ser a intubação ou um procedimento cirúrgico ➢ Quando fazer uso de uma via aérea definitiva → quando se tem: • Impossibilidade de manter a via aérea patente por outros meios • Impossibilidade de manter adequada a oxigenação por máscara facial • Hipoperfusão cerebral → paciente agitado ou obnubilado • Glasgow < 8 • Para proteção da via aérea ➢ Deve-se manter o colar cervical em pacientes vítimas de trauma ➢ Ventilação: • Pré-oxigenação → é feita com máscara facial, com 10L/min • Pós via aérea definitiva → pode-se ventilar o paciente a pressão ou a volume 5 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto INTUBAÇÃO ➢ Pode ser: • Intubação Nasotraqueal: ▪ Contraindicações: ✓ Fratura nasal ou facial extensa ✓ Fratura de base de crânio → sinais: o Sinal de Battle → equimose retroauricular o Sinal do Guaxinim → equimose periorbitária ✓ Otorreia ou rinorreia ✓ Fratura basilar e da placa/lâmina cribriforme • Intubação Orotraqueal ➢ Normalmente, na urgência, para a intubação de um paciente vítima de trauma, necessita-se de: • 3 pessoas → pois se for preciso retirar o colar cervical é necessário que uma estabilize a cervical, uma que faça as medicações e outra que intube • Pressão cricoide → oclusão esofagiana, que impede o refluxo de alimentos que poderia causar broncoaspiração • Bougie → auxilia na passagem do tubo pelas cordas vocais, sendo reservado para os casos de intubação difícil • Capnógrafo e Ausculta → sempre se deve confirmar a intubação por esses métodos (capnógrafo apenas quando disponível) ➢ MEDICAÇÕES QUE SE UTILIZA PARA A INTUBAÇÃO NA URGÊNCIA: • Deve-se utilizar: ▪ Opioide → para retirar a dor ▪ Hipnótico → para retirar a consciência ▪ Relaxante Muscular → para relaxar a musculatura do paciente, principalmente a musculatura ventilatória • O que se utiliza: FENTANIL → é um opioide ✓ Dose: o 1mL de fentanil tem 50mcg o Dose utilizada → 3 a 5mcg (microgramas) por cada 1 kg MIDAZOLAM (Dormonid) → pode ser utilizado, mas é mais para a amnésia do paciente ETOMIDATO → é o hipnótico que se utiliza normalmente em urgência, pois ele mantém o paciente hemodinamicamente estável ✓ Doses: o Uma ampola tem 20mg o Dose utilizada → 0,2 mg por cada 1 kg SUCCINILCOLINA (Quelicin) → é o relaxante muscular utilizado ✓ Doses: o É uma ampola de 100mg → é um pó que deve ser diluído para 10mL, ficando 10mg/mL o Dose utilizada → 1 mg por cada 1 kg ❖ Paciente de 60kg → utilizar 60mg/mL ➢ Atenção → sempre se deve pré-oxigenar o paciente antes de realizar a intubação • Oxigenar é diferente de ventilar → na oxigenação se fornece o oxigênio e na ventilação oferece-se ventilação de suporte • Ventilação → geralmente, não se faz, devido ao risco de broncoaspiração ▪ É feita apenas quando o paciente já chega dessaturando VIA AÉREA CIRÚRGICA ➢ Quando está indicado seu uso → nos casos de: • Edema de glote • Fratura de laringe • Obstrução da via aérea por hemorragia orofaríngea • Falha na intubação orotraqueal ➢ CRICOTIREOIDOSTOMIA POR AGULHA: • Na prática, não é muito utilizada • É temporária (30 a 40min)→ pois com ela se está fornecendo oxigênio de alto fluxo ao paciente, mas ele se encontra exalando o gás carbônico inadequadamente • Oferta de O2 → 15 L/min • Tamanho da agulha: ▪ Adulto → 12 ou 14 G ▪ Criança → 16 ou 18 G ➢ CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA: • É preferível em relação a traqueostomia, principalmente pelo risco de a traqueo ter complicações e pela crico ser mais rápida • Como se realiza a crico cirúrgica: 1. Estabiliza-se a membrana cricotireoidea e realizar-se a incisão horizontal da pele 2. Incisão horizontal da membrana cricotireoidea 3. Alarga-se a abertura 4. Insere-se o tubo pela abertura • Tamanho do tubo → é do mesmo tamanho que os da IOT ▪ Mulheres → 7 ▪ Homens → 8 • Normalmente, não se deve fazer em crianças < 12 anos: ▪ Pois na criança a laringe é mais anteriorizada, tendo- se um maior risco de lesar a laringe do paciente ao se realizar a crico • Deve-se ter cuidado em casos de fratura de laringe, pois a laringe pode se encontrar mais anteriorizada 6 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Gizelle Felinto • Complicações da crico cirúrgica: ▪ Asfixia ▪ Aspiração ▪ Celulite ▪ Falso trajeto ▪ Estenose/Edema subglótico ▪ Estenose de laringe ▪ Hemorragia/Hematoma ▪ Laceração de Esôfago/Traqueia ▪ Enfisema de mediastino ▪ Paralisia das cordas vocais ➢ TRAQUEOSTOMIA: • A urgência é uma contraindicação relativa, pois aumenta muito a chance de complicações com a traqueostomia • Indicações: ▪ Obstrução de vias aéreas superiores ▪ Edema devido infecções, queimaduras ou anafilaxia ▪ Para facilitar a aspiração de secreções de vias aéreas inferiores → porém, essa não deve ser uma indicação de traqueostomia ▪ Na IOT sem sucesso • Na urgência, deve ser realizada em 2 a 3 minutos • Como se realiza: 1. Extensão do pescoço 2. Anestesia local 3. Segurar a laringe e a traqueia 4. Realizar incisão horizontal entre a cartilagem cricoide e a fúrcula esternal 5. Abrir a parede anterior da traqueia 6. Imobilizar o segmento traqueal 7. Inserir a cânula ou tubo na traqueia e insuflar o balonete 8. Ventilar e oxigenar 9. Hemostasia → na urgência, a hemostasia é realizada apenas no final do procedimento. Porém, em procedimentos eletivos, faz-se a hemostasia de acordo com cada passo do procedimento 10. Fixação • Tamanho do tubo: ▪ Mulheres → 7 ▪ Homens → 8 CASOS CLÍNICOS ➢ CASO 1 → paciente com trauma maxilofacial importante • Como garantir a via aérea: ▪ IOT → pode ser feita, mas não é a primeira opção (paciente tem edema de língua importante também) ▪ A primeira opção seria uma das seguintes: ✓ Cricotireoidostomia ✓ Traqueostomia ➢ CASO 2 → Paciente com fratura de base de crânio (sinal do guaxinim): • Não realizar intubação nasotraqueal, devido à fratura de base de crânio • Como garantir a via aérea: ▪ Intubação Orotraqueal (IOT) → deve ser intubada precocemente, pois ela vai rebaixar ATENÇÃO Em crianças não se faz Cricotireoidostomia, pode-se fazer apenas Intubação ou Traqueostomia
Compartilhar