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Insuficiência Respiratória Aguda

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Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
1 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
DEFINIÇÃO: 
➔ O sistema respiratório fica incapaz de captar 
oxigênio ou eliminar gás carbônico suficiente para 
suprir a demanda do organismo 
ETIOLOGIA: 
➔ Alterações pulmonares e de vias aéreas 
➔ Alterações do SNC 
➔ Alterações cardiovasculares 
➔ Alterações neuromusculares, periféricas 
➔ Disfunção da parede torácica e pleura 
CLASSIFICAÇÃO: 
➔ Os tipos podem ser diferenciados através do 
gradiente alvéolo capilar, que consiste na 
diferença do oxigênio no alvéolo, do oxigênio no 
sangue: PAO2 - PaO2 
HIPOXÊMICA – TIPO I: 
➔ É definida como PaO2 menor que 60 mmHg 
➔ A PaO2 é usada em detrimento da saturação de 
oxigênio, pois esta avalia a ligação do oxigênio 
com a hemoglobina, então em intoxicações por 
CO, pele mais escura, esmalte nos dedos, 
hipotermia, má perfusão periférica, hemoglobina 
glicada elevada podem falsear a saturação 
➔ O gradiente alvéolo-capilar é maior que 15 
(elevado), então há um prejuízo da passagem do 
alvéolo para o sangue 
➔ Esses pacientes possuem ventilação mantida 
➔ Mecanismos: 
➢ Shunt: atelectasia 
➢ Espaço Morto: TEP 
➢ Limitação da difusão de oxigênio por quebra da 
barreira alvéolo capilar, que pode ser por edema 
intersticial, inflamação intersticial e fibrose 
➢ Redução da fração inspirada de oxigênio (FiO2): 
no ar ambiente é em torno de 21% e pode ser 
aumentada com o uso de dispositivos que 
aumentam a concentração de oxigênio no ar, 
como máscara de Venturi, máscara não 
reinalatante e ventilação mecânica 
• Quanto menor for essa fração maior a chance 
de o paciente fazer hipoxemia 
• Ocorre em incêndios, grandes altitudes 
 
 
HIPERCÁPNICA – TIPO II : 
➔ É definida como PCO2 menor que 45 mmHg 
associada a um pH menor que 7,35, ou seja, há 
um acúmulo de gás carbônico no sangue, levando 
a uma alteração no pH sanguíneo 
➔ O gradiente alvéolo-capilar é menor que 15 
(elevado), então há um prejuízo da ventilação, 
levando ao acúmulo de gás carbônico 
➔ O distúrbio é principalmente ventilatório, ou seja, 
ocorre uma incapacidade do ar de entrar e sair do 
alvéolo 
➔ Mecanismos: Quanto menor é a ventilação 
pulmonar, maior é a PACO2, e menor é a PAO2 
➢ Pode ocorre por diminuição do drive respiratório, 
que é comandando pelo bulbo, que está no SNC. 
Então qualquer doença que afete o SNC, 
prejudica o drive respiratório 
➢ É secundário à hipoventilação alveolar 
➢ Acometimento das Vias Aéreas: 
• Em adultos a causa mais comum é obstrução 
da via aérea, causado por queda da base da 
língua, devido a rebaixamento do nível de 
consciência 
• Bronquite: espessamento e inflamação das vias 
aéreas gerando obstrução a passagem do fluxo 
de ar 
• Enfisema: destruição dos sacos alveolares 
➢ Doenças neuromusculares: afetam a caixa 
torácica, a musculatura respiratória e o 
diafragma, impedindo o paciente de respirar 
adequadamente 
• Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA 
• Miastenia Gravis: doença da placa motora em 
que há um prejuízo da musculatura estriada, 
especialmente da musculatura ventilatória 
QUADRO CLÍNICO: 
➔ Alteração da consciência 
➔ Taquipneia 
➔ Respiração paradoxal 
➔ Uso de musculatura acessória 
➔ Murmúrio vesicular diminuído 
➔ Presença de estertores crepitantes e sibilos 
➔ Cianose 
➔ Sudorese 
➔ Taquicardia 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Deve se ter alta suspeita, para começar a pensar 
na etiologia 
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
2 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
➔ A confirmação é feita pela oximetria de pulso e 
pela gasometria arterial 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPE NSADA: 
➔ Dispneia paroxística noturna 
➔ Estase de jugulares 
➔ Edema pulmonar 
ACIDEMIA: 
➔ Hiperpnéia sem hipoxemia 
➔ Alterações metabólicas 
➔ Respiração de Kussmaul 
DPOC: 
➔ Tosse crônica produtiva 
➔ Dispneia aos esforços 
➔ Fatores de risco: tabagismo 
➔ Presença de roncos e sibilos na ausculta pulmonar 
NEUROMUSCULARES: 
➔ Dor à compressão muscular 
➔ Amiotrofia 
ASMA: 
➔ Sibilos 
➔ Uso de musculatura acessória 
➔ Roncos 
TRATAMENTO: 
➔ Deve monitorizar o paciente, oxigenar e pegar 
acesso venoso calibroso 
➔ Deve ver se a via aérea está pérvia 
➔ Avaliar o Glasgow do paciente 
➔ Avaliar a ventilação: deve auscultar e ver os 
movimentos ventilatórios 
➔ Deve ver a FC e o ritmo cardíaco 
➔ Oximetria de pulso 
➔ Gasometria arterial 
➔ Avaliar fatores de mau prognóstico, como idade, 
gravidade e histórico 
➔ Deve instituir o método de suporte apropriado seja 
ele invasivo ou não 
➔ E por fim deve reverter a causa base

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