Buscar

Pancreatite



Continue navegando


Prévia do material em texto

1 PANCREATITE 
PANCREATITE AGUDA: 
PATOGENIA: 
➔ Ocorre uma autodigestão enzimática do órgão, 
levando a inflamação 
ETIOLOGIAS: 
➔ Litíase biliar 
➔ Álcool 
➔ Drogas 
➔ Hipertriglicerídeos 
➔ Drogas 
CLÍNICA: 
➔ Dor epigástrica em barra 
➔ Irradiação para o dorso 
➔ Vômitos 
➔ Sinal de Cullen: equimose periumbilical, mostra 
sangramento do retroperitôneo 
 
➔ Sinal de Grey-turner: equimose nos flancos, 
mostra sangramento do retroperitôneo 
 
➔ Sinal de Fox: mancha equimótica na base do pênis 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Clínica + Amilase ou Lipase (3 vezes maior que o 
valor da normalidade) ou TC de abdome 
➔ O aumento da amilase e lipase são diagnósticos, 
não prognósticos 
➔ O aumento da lipase é mais específico que o da 
amilase 
➔ USG: para ver se o paciente tem cálculo ou não na 
vesícula 
➢ Caso tenha lama biliar, deve pensar na 
possibilidade de ser microlitíase 
➔ TC de Abdome: o ideal é que seja feita após 72 
horas 
➢ Deve ser feita em caso de dúvida diagnóstica ou 
se for um quadro complicado 
➢ Se fez a TC inicialmente para dar diagnóstico, 
deve repetir após 72 horas, para ver as possíveis 
complicações (necrose) 
➔ Proteína C Reativa maior ou igual a 150 após 48 
horas de evolução 
➔ Critérios de Ranson: maior ou igual a 3 
➢ Admissão: 
• L – Leucocitose > 16.000 
• E – Enzima hepática (TGO/AST) > 250 
• G – Glicose > 200 
• A – Age (idade) > 55 70 anos 
• L – LDH > 350 
➢ Após 48 horas: 
• F – Fluídos Perdidos > 6 L 
• E – Excesso de base mais negativo que -4/-5 
• C – Cálcio < 8 
• H – Hematócrito reduzido > 105 (pós-
hidratação) 
• O – Oxigênio (PaO2) < 60 mmHg 
• U – Ureia > 4 
CLASSIFICAÇÃO: 
➔ Atlanta Revisado: 
➢ Leve: ausência de falência orgânica 
➢ Moderadamente Grave: falência transitória (< 48 
horas) 
➢ Grave: falência persistente 
TRATAMENTO: 
➔ Leve: 
➢ Internação em enfermaria 
➢ Dieta zero 
➢ Hidratação + correção eletrolítica 
➢ Analgesia com opioides + anti-eméticos 
➔ Grave: 
➢ Internação em UTI 
➢ Suporte nutricional 
➢ Hidratação + correção eletrolítica 
➢ Analgesia com opioides + anti-eméticos 
➔ CPRE: só deve se o paciente tiver colangite ou 
icterícia 
 
2 PANCREATITE 
➔ Antes da alta: se a causa for biliar, deve ser 
confirmada com USG e fazer colecistectomia 
COMPLICAÇÕES: 
➔ Aguda: < 4 semanas: 
➢ Coleção Fluida estéril: normalmente está fora do 
pâncreas e é homogênea 
• Deve apenas fazer acompanhamento 
➢ Coleção fluída infectada: normalmente está fora 
do pâncreas e é homogênea 
• Deve fazer punção guiada + antibiótico 
 
➢ Necrose Estéril: deve apenas acompanhar 
➢ Necrose infectada: 
• Gás dentro da necrose (bolinhas pretas) 
• Inicialmente deve fazer punção + antibiótico, e 
depois fazer necrosectomia 
 
➔ Crônica (> 4 a 6 semanas): 
➢ Pseudocisto: acompanhamento ou drenagem 
endoscópica 
 
➢ Pseudocisto Infectado (Abscesso Pancreático): 
Inicialmente deve fazer punção + antibiótico, e 
depois fazer necrosectomia 
➢ Walled-off necrosis: acompanhamento ou 
drenagem endoscópica 
➢ Won Infectado: Inicialmente deve fazer punção + 
antibiótico, e depois fazer necrosectomia 
 
PANCREATITE CRÔNICA: 
PATOGENIA: 
➔ Inflamação crônica + fibrose + insuficiência 
pancreática (endógena e exógena) 
ETIOLOGIA: 
➔ Álcool em 805 dos casos 
➔ Fibrose cística nas crianças 
CLÍNICA: 
➔ Dor abdominal 
➔ Esteatorreia (em 90% dos casos) 
➔ Diabetes mellitus 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Clínica + Imagem com calcificações + Taxa de 
secretina e glicemia 
 
 
3 PANCREATITE 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➔ Câncer de Pâncreas 
TRATAMENTO: 
➔ Abstinência alcoólica 
➔ Cessar tabagismo 
➔ Esteatorreia: 
➢ Fracionar refeições 
➢ IBP 
➢ Repor enzimas 
➔ Diabetes: 
➢ Hipoglicemiantes oral 
➢ Insulinoterapia 
➔ Dor refratária: 
➢ Esfinrectomia (CPRE) 
➢ Cirurgia de Puestow