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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.MED-UTI.003 - Página 1/5 Título do Documento: ANALGOSEDAÇÃO E DESPERTAR DIÁRIO Emissão: 03/09/2019 Revisão Nº: - 1 1. AUTORES • Lanese Medeiros de Figueiredo 2. INTRODUÇÃO A sedação excessiva do paciente crítico causa efeitos deletérios como aumento do tempo de ventilação mecânica, a ocorrência de delirium e maior mortalidade. A adequação da analgesia e sedação do paciente crítico sob ventilação mecânica priorizando o controle da dor e utilizando níveis mais leves de sedação–alvo e a interrupção diária da infusão de sedativos reduz essas complicações. Para tanto, utilizam-se protocolos de sedação a fim de alcançar níveis mais leves de sedação-alvo e promover interrupção diária da sedação (despertar diário), objetivando: • Busca/correção de causas reversíveis (hipoxemia, hipoglicemia, hipotensão, dor, hipercarbia, uremia, distúrbios hidroeletrolíticos, acidose, infecção, desconforto respiratório, delirium, privação de sono, imobilização, abstinência de álcool ou drogas) e controle do ambiente (ruídos, luminosidade, temperatura); • Utilizar a menor dose possível dos medicamentos para reduzir tolerância e dependência; • A sedação-alvo deve ser individualizada; • A necessidade de manutenção e dosagem das drogas deve ser reavaliada diariamente; • Monitorizar o nível de sedação através da escala de agitação-sedação de Richmond (RASS); • Se houver necessidade de reinício da sedação conforme indicação clínica, utilizar metade da dose prévia e titular como for conveniente; A avaliação dos pacientes é individualizada e diária, através de instrumentos para mensuração de dor e nível de sedação, a saber: • Escala Comportamental de Dor (paciente sedado e/ou em ventilação mecânica); • Escala Visual de Dor (paciente consciente); • Escala de Agitação-Sedação de Richmond (RASS). Deve-se proceder avaliação diária da sedação-alvo (RASS 0 a -1) e aplicação do protocolo de despertar diário: suspensão matinal da analgosedação em todos os pacientes que não apresentem contraindicações (hipertensão intracraniana, status epiléptico, PEEP >15cmH2O ou FiO2 >70%, agitação psicomotora não-controlada, uso de bloqueador neuromuscular, condições cirúrgicas que exijam imobilização estrita). SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.MED-UTI.003 - Página 2/5 Título do Documento: ANALGOSEDAÇÃO E DESPERTAR DIÁRIO Emissão: 03/09/2019 Revisão Nº: - 2 3. ALGORITIMO 4. MEDICAMENTOS UTILIZADOS • Fentanil: ampolas de 5ml ou 10ml (Fentanila 50mcg/ml); • Tramadol: ampolas de 1 ou 2ml (50mg/ml); • Morfina: ampolas de 1ml (10mg/ml) ou 2ml (1mg/ml); • Midazolam: ampolas de 3ml (15mg) ou 10ml (50mg); • Propofol 1%: ampolas de 20ml; • Dexmedetomidina: ampolas de 2ml (100mcg/ml); • Haloperidol: comprimidos 1mg e 5mg; solução oral 2mg/ml; ampolas 1ml (5mg/ml); • Succinilcolina: frasco-ampola pó com 100mg; SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.MED-UTI.003 - Página 3/5 Título do Documento: ANALGOSEDAÇÃO E DESPERTAR DIÁRIO Emissão: 03/09/2019 Revisão Nº: - 3 • Pancurônio: ampolas de 2ml (2mg/ml); • Cisatracúrio: ampolas 10ml (2mg/ml). Considerações: O uso de bloqueadores neuromusculares deve ser evitado em virtude dos efeitos adversos. Quando necessário, preferir em bolus a critério médico, caso a infusão contínua seja indicada, manter o menor tempo possível. 5. DESPERTAR DIÁRIO • Suspender a infusão de sedativos à 6 horas; • Caso necessário, reiniciar a infusão com metade da dose, para manter RASS entre 0 e -1; 6. ANEXOS 6.1. Escala visual analógica de dor 6.2. Escala comportamental de dor SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.MED-UTI.003 - Página 4/5 Título do Documento: ANALGOSEDAÇÃO E DESPERTAR DIÁRIO Emissão: 03/09/2019 Revisão Nº: - 4 6.3. Escala de agitação-sedação de Richmond (RASS) Nos casos pertinentes, é obrigatória a informação ao paciente ou a seu responsável legal dos benefício, potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados à aplicação deste protocolo. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. Protocolos de sedação versus interrupção diária de sedação: uma revisão sistemática e metanálise. Nassar Junior, AP; Park, M. Rev. Bras. Ter. Intensiva, Dez 2016, vol.28, no.4, p.444- 451. 2. Comfort and patient centred care without excessive sedation: The e CASH concept. Vincent JL, Shehabi Y, Walsh TS, et al. Intensive Care Med 2016; 42:962–971. 3. Analgesia e sedação em Unidade de Terapia Intensiva. Sakata, RK. Rev Bras Anestesiol 2010; 60 (6): 648-658. 4. Protocolo sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular 2008. Machado, FR. Curso de Medicina da Universidade Gama Filho. http://www.ebah.com.br/contenT. Protocolo de sedação analgesia bloqueio neuromuscular 2008. 5. Protocolos de Sedação. Unidades de Terapia Intensiva da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva Universidade Federal de São Paulo/EPM/Hospital São Paulo. http://www.ebah.com.br/contenT.%20Protocolo%20de%20sedação%20analgesia%20bloqueio%20neuromuscular%202008 http://www.ebah.com.br/contenT.%20Protocolo%20de%20sedação%20analgesia%20bloqueio%20neuromuscular%202008 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.MED-UTI.003 - Página 5/5 Título do Documento: ANALGOSEDAÇÃO E DESPERTAR DIÁRIO Emissão: 03/09/2019 Revisão Nº: - 5 6. Sedação e analgesia em pacientes sob ventilação mecânica. www.sti hspe.com.br/enqrot/revisadas/20sedacaopacvm.pdf. 7. A protocol of no sedation for critically ill patients receiving mechanical ventilation: a randomised trial. Strøm T, Martinussen T, Toft P. Lancet. 2010 Feb 6;375 (9713): 475-80. Revisado por: Data: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20116842 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20116842
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