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AS PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA O AUTISMO com capa

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CENTRO DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E ARTES - CECA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (PPGE)
EMILY STOCCO TORI 
AS PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA O AUTISMO
CASCAVEL – PR
2024
EMILY STOCCO TORI 
AS PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA O AUTISMO
Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, mestrado especial. Disciplina de Tópicos Especiais ABA e Autismo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – campus de Cascavel. 
Profa. da disciplina: Dra. Maria Ester Rodrigues. 
CASCAVEL – PR
2024
AS PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA O AUTISMO
O autismo é um dos distúrbios do neurodesenvolvimento mais discutidos dentro das condições humanas, afeta a comunicação o desenvolvimento social e os padrões de interesses e atividades É parte de um grupo de condições conhecidas como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que inclui uma ampla gama de sintomas e níveis de gravidade.
Com o intuito de expandir ainda mais o conhecimento do TEA, esse trabalha objetiva-se a apresentar uma série de práticas que tem evidências claras dos seus efeitos positivos em crianças e jovens com autismo. Também, serão expostas algumas práticas não evidenciadas e que muitas vezes são confundidas com a eficácia. 
Para tratamentos e diagnósticos existem programas educacionais e de serviços humanos para crianças e jovens com autismo, esses são essenciais para garantir que essas pessoas tenham acesso a oportunidades educacionais e de desenvolvimento que atendam às suas necessidades específicas. Assim, praticas baseadas em evidências são o primeiro passo para uma boa intervenção de crianças e adultos com TEA. A seguir, serão expostas práticas de intervenção focadas que tenham evidências de eficácia na promoção de resultados positivos para alunos com autismo.
O National Standard Project é um projeto do National Autism Center - NAC, nos Estados Unidos que evidencia as práticas baseadas em evidências para o tratamento do TEA. Este projeto se propôs a alguns objetivos:
Apresentar a força da evidência que apoia tratamentos educacionais e comportamentais centrados nas características principais desses distúrbios neurológicos [o TEA]; • Descrever a idade, o diagnóstico e as habilidades/comportamentos visando à melhoria, associada às opções de tratamento; • Identificar as limitações do corpo atual de pesquisa sobre o tratamento do autismo; Oferecer recomendações para se envolver em práticas baseadas em evidências para o TEA. (LACERDA, 2020, p. 32). 
O NSP de 2015 descreveu 14 práticas, sendo uma prática global com evidência para autismo que tem como objetivo atuar em questões específicas. Essa prática é chama de Intervenção Intensiva e Precoce, e é considerado um tratamento prioritário para o TEA com algumas características fundamentais: Ser precoce: Quanto antes começar a intervenção, melhor será; Ser intensiva: Quanto mais intensiva, melhor; Ser íntegra: Apresentar uma rigorosidade, mas ser afetiva; Ser distendida no tempo: Proporcionar a intervenção por toda a vida.
Segundo Lacerda (2020) “esta intervenção é fruto de avaliação e planejamento de um Analista do Comportamento, que mantém o caso sob supervisão minuciosa e implementada por um Acompanhante Terapêutico ou Mediador Escolar” (LACERDA, 2020, p. 33).
Nesse contexto, o National Professional Developmental Center – NPDC evidência 28 práticas baseadas em evidências, algumas baseadas em ABA, outras mistas e algumas não tendo base na ABA, são elas:
1. Intervenções baseadas no antecedente (ABI): Estratégias utilizadas em diferentes contextos, como educação, psicologia e terapia comportamental, para modificar comportamentos indesejados. Portanto, essas intervenções, que são práticas baseadas em ABA, baseiam-se na análise do comportamento e na teoria do condicionamento operante, que sugere que o comportamento é influenciado por suas consequências e pelos antecedentes que o precedem.
2. Comunicação Alternativa e Aumentativa: Considerada uma prática de intervenção mista, a AAC, é uma técnica utilizada para auxiliar pessoas com dificuldades de comunicação a expressarem seus pensamentos, desejos, necessidades e sentimentos. Podem ser utilizados símbolos gráficos, métodos de sinais e gestos. 
3. Intervenção Momentum Comportamental: Baseada em uma técnica em ABA, essa intervenção é utilizada na análise do comportamento para que haja um aumento nos comportamentos desejados em situações em que um indivíduo pode resistir ou ser relutante em realizar determinadas atividades. 
4. Cognitivo Comportamental/ Estratégias de Instrução: Não sendo uma prática baseada em ABA, essa intervenção é baseada na crença que o aprendizado e o comportamento são medidos por processos cognitivos. Essas estratégias são frequentemente utilizadas por terapeutas cognitivo-comportamentais em uma variedade de configurações clínicas, incluindo psicoterapia individual, terapia em grupo e intervenções baseadas em programas.
5. Reforçamento Diferencial de Alternativo, Incompatível ou Outros Comportamentos: Esse método baseado em ABA é utilizado para aumentar a frequência de um comportamento desejado ou diminuir a frequência de um comportamento indesejado.
6. Instrução Direta: Esse método baseado em evidências se concentra em estruturas claras de conceitos e habilidades. Essa abordagem é muito utilizada na educação, incluindo a sala de aula, e auxilia no ensino de várias habilidades acadêmicas e sociais. Ela tem como objetivo apoiar os alunos na aquisição de alfabetização e matemática e estão em conjuntos com outras práticas baseadas em evidências. 
7. Ensino por Tentativas Discretas (DTT): É frequentemente usado como parte de um programa de intervenção mais amplo, como a Análise Comportamental Aplicada (ABA), com o objetivo de ensinar habilidades específicas de maneira clara e direta. O DTT é altamente individualizado, adaptando-se as necessidades e habilidades de cada aluno. Além disso, enfatiza a capacidade do aluno de aplicas as habilidades adquiridas em diferentes situações e contextos. 
8. Exercício e Movimento (EXM): Não sendo uma prática baseada em Análise Comportamental Aplicada, enquadra-se muito melhor nós aspectos de atividades físicas com o objetivo de melhorar a saúde, o condicionamento físico e o bem-estar geral.
9. Extinção (EXT): É um princípio fundamental da psicologia comportamental que extingue as consequências que reforçam um determinado comportamento a fim de reduzir a ocorrência futura desse comportamento. A extinção ocorre quando a resposta previamente reforçada não produz o resultado desejado. Quando a extinção é aplicada corretamente, o comportamento indesejado deve eventualmente diminuir e desaparecer.
10. Avaliação Funcional do Comportamento: O FBA descreve o comportamento a fim de entender as causas e as funções dos comportamentos problemáticos. Essa avaliação é fundamental na Análise do Comportamento Aplicada (ABA).
11. Treino de Comunicação Funcional (FCT): Sendo uma prática baseada em ABA, esta é uma abordagem utilizada para auxiliar na comunicação de maneira mais funcional e adaptativa para indivíduos com TEA. 
12. Modelação (MD): Refere-se ao um aprendizado através da observação ou intuição, no qual o indivíduo aprende novos comportamentos observando e imitando as ações de outros. 
13. Intervenção Mediada por Música (MMI): Não sendo um método ABA, essa intervenção usa a música como um recurso de interferência. 
14. Intervenção Naturalística: É um compilado de práticas que são implementadas na rotina diária, nas atividades em sala de aula e no ambiente do aluno, dessa forma, se concentra em ensinar habilidades dentro do contexto e ambiente natural do indivíduo.
15. Intervenção Implementada por Pais: A partir do método ABA, esse método é utilizado para as estratégias, técnicas ou programas desenvolvidos para ajudar os pais a lidarem com desafios específicos relacionados à criação dos filhos, podendo ser um auxílio na comunicação, brincadeiras, habilidade de autocuidado e no desenvolvimento social e interacional dos filhos.
16. Instruçãoe Intervenção Mediadas por Pares (PBII): Essa intervenção é mediada por pares, ou seja, a ideia central da PBII é que os colegas podem desempenhar um papel significativo no apoio ao aprendizado e no desenvolvimento socioemocional uns dos outros.
17. Dicas (Prompting): Essa técnica visa ajudar a pessoa a realizar uma tarefa ou atividade, fornecendo um compilado de pistas, sugestões ou instruções educacionais que podem auxiliar a alcançar um objetivo específico. 
18. Reforçamento: Também sendo uma estratégia ABA e baseada em evidencias, o reforço reforça os comportamentos do individuo, sendo eles reforço positivo, negativo, não contingente e economia de fichas. 
19. Interrupção e Redirecionamento da Resposta (RIR): Consiste em interromper brevemente o comportamento inadequado e redirecionar a atenção da criança para uma atividade mais apropriada ou aceitável. É usada para comportamentos estereotipados ou autolesivo. 
20. Autogerenciamento (SM): Essa técnica ensina a capacidade de uma pessoa monitorar, avaliar e regular seu próprio comportamento, emoções e pensamentos para alcançar metas desejadas. O autogerenciamento é baseado em evidências e inclui intervenções mediadas por tecnologia, modelação, videomodelação e suporte visual. 
21. Integração Sensorial: Não sendo um método baseado em ABA, essa prática tem como alvo a capacidade do individuo processar e integrar internamente informações sensoriais de seu corpo e ambiente. Assim, busca ajudar as pessoas a desenvolver habilidades sensoriais mais eficientes e adaptativas para melhorar sua qualidade de vida e participação em atividades diárias.
22. Narrativas Sociais (SN): Essa prática é considera uma técnica utilizada para auxiliar pessoas a compreenderem situações sociais e aprimorar seus comportamentos em diferentes contextos. Não é uma prática ABA. 
23. Treino de Habilidades Sociais: É considerada uma intervenção em grupo ou individual que ajuda os alunos em maneiras participativas adequadas em suas interações com os outros. 
24. Análise de Tarefas (TA): Essa tática o aluno é ensino a executar etapas individuais da cadeia progressivamente, até que toda a habilidade seja dominada. 
25. Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia (TAII): Não sendo baseado na ABA, essa abordagem combina elementos de instrução tradicional com o uso de tecnologia para atender às necessidades individuais dos alunos, oferecendo suporte e intervenção conforme necessário.
26. Atraso de tempo (TD): É uma prática para diminuir as atividades de ensino, ou seja, é fornecido um breve atraso entre uma instrução inicial e quaisquer outras instruções. 
27º Videomodelação (VM): È uma abordagem terapêutica que utiliza vídeos ou modelos visuais para ajudar indivíduos a aprenderem ou aprimorarem habilidades específicas.
28º Suportes Visuais (VS): Referem-se a recursos ou ferramentas que fornecem informações de forma visual, em contraste com informações verbais ou auditivas.
Essas são apenas algumas das EBPs que têm sido amplamente estudadas e demonstraram benefícios significativos para pessoas com autismo. É importante que as intervenções sejam adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa e que sejam supervisionadas por profissionais qualificados.
No livro intitulado Práticas Baseada em Evidêcnias para Crianças, Adolescentes e Jovens Adultos com Austismo, evidência que no início dos anos 70 Archie Cochrane manifestou sua preocupação de que profissionais da Inglaterra não se baseavam em evidências científicas. Tratando-se dos modelos abrangentes de tratamento as abordagens adequadas impactam no desenvolvimento sobre as principais características do autismo. 
No livro citado, existe cercar de 11 práticas que apresentam evidências, mas não cumpriram critérios para as praticas que se baseiam em evidências. Vale ressaltar que ainda existem terapias não comprovadas. Entre elas podemos destacar: Intervenção assistida por animais; Treinamento de integração auditiva; Aventuras ao ar livre; Dieta sensorial; Tratamentos milagrosos; Isolamento social ou exclusão, entre outras. 
É importante reconhecer que o autismo é uma condição neurodiversa e que as necessidades de cada pessoa autista podem variar vastamente. Enquanto algumas práticas podem funcionar bem para algumas pessoas autistas, elas podem não ser eficazes para outras. Além disso, algumas práticas não são baseadas em evidências ou podem até ser prejudiciais. 
Em vez de adotar práticas não baseadas em evidências, é fundamental priorizar abordagens que sejam fundamentadas em pesquisas científicas sólidas e que respeitem a individualidade e as necessidades específicas de cada pessoa autista. Isso inclui intervenções baseadas em evidências, como terapia comportamental, apoio educacional individualizado, desenvolvimento de habilidades sociais e autonomia, entre outras.
REFERÊNCIA
LACERDA, Lucelmo. Práticas baseadas em evidências e o autismo. 1ª ed. Curitiba. 2020. 
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