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Queixa-Crime por Difamação

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____ DO ESTADO DE ____
	LUCIA, Brasileira, casada, profissão___, portadora do RG de n° ___, inscrita no CPF de n°___, residente e domiciliada no endereço ______, CEP___ neste ato devidamente representada por seu procurador em anexo, com sede no escritório ______, onde recebe intimação, conforme instrumento de procuração, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 30 do código de processo penal, c/c artigo 100 §2° do Código Penal, oferecer:
QUEIXA-CRIME
Contra VERA FERNANDES, Brasileira, estado civil___, profissão____, portadora do RG de n° ___, inscrita no CPF de n° ___ residente e domiciliada no endereço_____ pelos fatos e fundamentos de direito, a seguir expostos.
1- DOS FATOS
Relata que a querelada é sua vizinha, e que após um evento de sua inquilina no condomínio onde residem, a querelada apresentou comportamento ofensivo, enviando inúmeras mensagens para seu telefone via aplicativo de mensagens. Afirma ainda que no dia 12/05/2020, seu marido José Vitor estava podando uma planta para que não visse a sujar o terreno da querelada quando de repente, esta aparece aos gritos proferindo palavras de baixo calão, tais como ‘’filho da mãe, sujo, otário’’ e que teria ainda mandado ele calar a boca, segundo o boletim de ocorrência de n° proferido pela ___ delegacia de polícia. 
Alega ainda, que a querelada proferiu xingamentos e insultos acerca da fidelidade da querelante, posto que afirmava que era infiel ao seu marido e que planejava mata-lo envenenado. Neste ínterim, ameaçou pular o murro da casa, para ‘’dar uma coça’’ na querelante, ou seja, de agredi-la, além de ameaças de morte, estando presente no local, sua filha, seu marido e um pedreiro que prestava serviços. A querelante manifestou a vontade de representação contra a autora dos fatos em sede policial. 
Diante dos fatos, como houve ofensa a dignidade e o decoro não resta outra alternativa senão promover a responsabilização criminal da querelada tendo em vistas que as imputações são totalmente difamatórias e injuriosas. 
2 – DO DIREITO 
Acerca dos fatos narrados percebe-se que a querelada incorreu nas práticas dos artigos 139, e 140 do código penal. In verbis:
‘’Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
 Pena- Detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
 Pena de detenção de um a seis meses, ou multa’’
A querelada promoveu alegações inverídicas e xingamentos que sem dúvida macularam a honra objetiva, ou seja, a sua reputação perante a sociedade, quando proferiu palavras acerca do seu relacionamento, que esta seria infiel, e sua honra objetiva, a respeito da sua própria dignidade e decoro. Outrossim, a autoria do crime bem como a materialidade irão ser comprovadas em sede de instrução processual, haja visto que se trata de um delito em que há necessidade de prova documental, testemunhal e todos os meios admitidos em direito. 
Além do mais, existe para este tipo penal, o dolo especifico de macular a honra, que restou evidente a sua intenção ao tecer comentários da infidelidade da querelante sabendo que causaria rumores na sociedade além de um prejuízo entre o casal, gerando desconfianças.
3 – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, nos termos fáticos e legais a querelante requer a vossa excelência que seja recebida e autuada a presente queixa-crime julgando ao final procedente os pedidos, para que a querelada seja condenada, nas sanções do artigo 139 e 140 do Código Penal. 
A) a tramitação do feito pelo procedimento sumário (artigo 531 a 538 do CPP), nos termos do artigo 394, III, do CPP.
B) A citação da querelada para que apresenta resposta no prazo de 10 dias por escrito e acompanhe o andamento processual
C) A designação de audiência de instrução e julgamento nos termos do artigo 400 do CPC
D) A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a tomada de declaração da querelada bem como a oitiva das testemunhas arroladas abaixo, pugna desde já para que sejam intimadas a comparecer em juízo. 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
Local, 12/11/2020.
Advogado OAB N° 
Rol de testemunhas:
TESTEMUNHA N ° 1 José Vitor 
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