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96 PRÁTICAS PARA A DOCÊNCIA INCLUSIVA

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PRÁTICAS PARA A DOCÊNCIA INCLUSIVA 
 
Algumas sugestões podem facilitar o ingresso e a superação das 
dificuldades existentes ao receber um educando autista em sala de aula. Silva, 
estabelecem algumas sugestões utilizando sua experiência no atendimento a alunos 
especiais, em como o docente pode atender com maior eficácia as necessidades do 
educando e ainda integrá-lo à vida escolar regular, bem como favorecer 
sua interação com os outros educandos. A participação do educando nas atividades 
diárias pode ser inserida por meio da ideia do docente utilizando-o como assistente 
pessoal. As tarefas que possuem rotina pré-definida e comandos simples e objetivos 
são mais facilmente assimilados pelo autista. No início, conforme relata Silva, haverá 
dificuldades, pois atividades em grupo deixam o autista desconfortável, contudo 
adaptações podem fazê-lo aceitar mais facilmente essa interação. 
 
Deve Associar o aprendizado teórico ao maior número de estímulos 
concretos, quanto mais associações o educando puder estabelecer com o 
conteúdo ensinado, mais fácil será para ele entender o conceito teórico. No campo da 
linguagem e suas dificuldades, a orientação é de que a comunicação ou o treino para 
ela seja feita na forma mais básica possível. O docente deve pensar nas primeiras 
informações necessárias ao educando, visto que o processo de aprendizagem de uma 
criança especial por diversas vezes pode exigir uma dose extra de paciência e um 
trabalho mais específico, diante das 
dificuldades de generalização que cada um possui. 
 
Constata-se que há em qualquer escola diferenças no comportamento e 
na maneira como as crianças especiais aprendem, e diante de tais dificuldades 
os professores e demais profissionais que atuam com essas crianças, devem 
buscar estratégias para trabalhar com essas necessidades educacionais especiais. 
Diante dessa problemática, pensa-se numa inclusão de qualidade, uma vez que as 
diferenças fazem parte da sociedade como um todo. Pensar na inclusão dos alunos 
é ter clareza sobre a sua concepção, bem como definir os objetivos acerca da inclusão 
desses alunos na sala regular de ensino. É necessário o professor aceitar esse 
desafio e buscar por meio de estratégias que viabilizarão esse trabalho na dimensão 
política, intrínseca a qualquer concepção. 
 
O princípio que rege a educação inclusiva é: “o de que, todos devem aprender 
juntos, sempre que possível, levando-se em consideração suas dificuldades e 
diferenças”. De fato, todos devem fazer parte do Sistema Educacional Inclusivo, no 
qual deve ser proibida a utilização de práticas discriminatórias para que se garanta 
igualdade de oportunidades. Discriminação que, muitas vezes, acontece em condutas 
veladas que frustram e que negam ou restringem o direito de acesso a um direito que 
é de todos. O movimento em favor da inclusão tem como base o princípio de igualdade 
de oportunidades nos sistemas sociais, incluindo a instituição escolar. 
Acredita-se, ainda, que se aprende ao ter que lidar com o outro e com o 
diferente e formando novos olhares sobre a vida, sobre o ser humano e sobre o quanto 
este é interdependente do mundo que ele produz e do qual o produz. Entende- se, 
finalmente, que a verdade é relativa e relacional e que nada é absoluto. A relativização 
da verdade é sempre decisiva, porque a vida pede encontros, partilha e 
respeito à diversidade. 
É preciso acreditar na educabilidade de si e do outro e apostar em recursos 
e ferramentas que induzam essa condição. Conforme VYGOTSKY apregoa, é 
necessário produzir instrumentos culturais especiais, para tirar o deficiente 
intelectual do desenvolvimento limitado das funções superiores.

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