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MODALIDADE DE AUTOCOMPOSIÇÃO: MEDIAÇÃO DE CONFLITOS A Mediação é um meio alternativo de solução de controvérsias, litígios e impasses, na qual um terceiro, imparcial, de confiança das partes (pessoas físicas ou jurídicas), livre e voluntariamente escolhido por elas, intervém, agindo como um “facilitador”, um catalisador, que, usando de habilidade e arte, as leva a encontrar a solução para as suas pendências. Na Mediação, as partes têm total controle sobre a situação, diferentemente da Arbitragem, na qual o controle é exercido pelo Árbitro; assim como na Conciliação, pelo Conciliador. O Mediador é um profissional treinado, qualificado, que conhece muito bem e domina a técnica da Mediação. A mediação vem sendo adotada pelo Judiciário, com experiências em vários Estados brasileiros, ainda em busca de um conceito, porque, muitas vezes, têm conteúdo de Conciliação. Mas o importante é a iniciativa e a aceitação da experiência. No ano de 2015, foi aprovada a Nova Lei de Mediação, a Lei 13.140/15 da qual se destaca o artigo 2º no qual estão elencados os princípios que regem a mediação: como a imparcialidade do mediador, isonomia entre as partes, oralidade, informalidade, autonomia da vontade das partes, busca do consenso, confidencialidade e boa-fé. A lei trata do princípio da busca do consenso. Ponto essencial e que traz à tona o verdadeiro objetivo da mediação. O consenso tem como pressuposto a autonomia das vontades dos envolvidos em relação às questões tratadas. É por meio do consenso que se pretende a aproximação das partes e a resolução do conflito. O conflito a ser resolvido é quase sempre muito maior do que parece. Pois o que levou as partes até ali não foi apenas a busca de um direito, isso acaba se tornando um dos menores problemas, ou seja, a resolução dos problemas materiais acaba se tornando menor diante da resolução do conflito psicológico. “A Mediação é um trabalho artesanal pois cada caso é único. Demanda tempo, estudo, análise aprofundada das questões sob os mais diversos ângulos. O mediador deve se inserir no contexto emocional psicológico do conflito. Deve buscar os interesses, por trás das posições externas assumidas, para que possa indicar às partes o possível caminho que elas tanto procuravam”. (PINHO, 2017) A reaproximação das partes e a restauração do relacionamento facilitam o andamento do processo e a solução definitiva, sem precisar adentrar pela porta do sistema judiciário, diminuindo transtornos para as partes e os gastos processuais que seriam gerados. Esse método de solução de conflito pode ser mais demorado e até não terminar em acordo, como sempre acontece na Conciliação. Porém, ainda assim, a Mediação pode ser considerada bastante positiva, pois os envolvidos estarão mais conscientes e fortalecidos.
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