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Transcrição IESC VIII- SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
A gente vai conversar um pouquinho sobre a Politica de Atenção Básica de Saúde, e um pouquinho das 
demais politicas, vocês vão ter que saber das atividades que o sistema único disponibiliza, e por trás de 
cada ação disponibilizada hoje tem uma politica, que veio para garantir a oferta em todo o Brasil né, 
considerando as diferenças em regiões, a proposta foi de dar acesso a todos os brasileiros. Então é 
considerado aquilo que deve ser ofertado e o município que tem mais recursos e gestões melhores, ele 
programa essas politicas e vai além do que o ministério recomenda. Mas a politica vem pra garantir que as 
pessoas tenham acesso ao mínimo necessário para sua saúde. Vamos ver que hoje por trás de cada ação 
tem uma politica. Então precisa ter essa garantia, tudo é amarrado nesse sentido de ter uma portaria, um 
decreto, e ação definitivamente implantada para garantir um financiamento. 
A única mudança que a gente teve esse ano foi a mudança de gestão, na gestão passada houve muitas 
decisões que não foram pactuadas, precisa ter esse compromisso de gestores, no Estado e no município, 
se não tem compactuação, essas politicas não são aceitas. Foram duas portarias colocadas em efeito, 
mas sem mudança, porque tem que ser de forma pactuada. 
 
Coloquei aqui pra gente começar, o que normatiza essa politica de hoje, tudo começou com a criação do 
SUS, e aqui tem os princípios: universalidade, equidade e integralidade. Então tudo que foi construído 
desde a criação do Sistema Único de Saúde procura estar nesses princípios, a universalidade é o 
reconhecimento da saúde como direito do ser humano, a equidade diz respeito à necessidade de se 
´´tratar desigualmente os desiguais´´ então o que a equidade fala é que as pessoas não são iguais, vai ter 
necessidades especificas que não são iguais pra todo mundo, atender o que o usuário esta precisando, e 
a integralidade é ver a pessoa como um todo. 
 Então hoje ela precisa de um atendimento pontual na urgência, então deve ser vista como um todo, não 
como um prontuário separado, precisa observar ela longitudinalmente, pra resolver um problema que se 
apresenta numa determinada borda do sistema de saúde, mas vai precisar de outro acompanhamento em 
outras áreas. Esses três princípios devem estar presente em todas as politicas a serem implementadas. 
 
E como princípios de organização temos a descentralização, as politicas eram muito centralizadas e muito 
verticalizadas, como o programa de controle da tuberculose e da hanseníase, são dois programas que 
ainda estão verticalizados, todas as normas e rotinas, tudo muito fechado, tudo é definido lá em cima e 
cabe a estado e município só executar. 
 Hoje em dia, com a descentralização quem define, através do diagnóstico da população, o que ela 
precisa, é o município, mas é um sistema, ainda hoje tem atividades de alta complexidade que são de 
responsabilidade do Estado. Aqui temos 225 municípios que não de pequeno porte, grande só tem 
Teresina e Parnaíba, e os demais são todos pequenos, então município de pequeno porte se organiza pra 
ter serviço de atenção básica, atenção primária, isso é lei, eles não vão ter publico e nem recurso pra ter 
serviços especializados, os serviços de alta complexidade é aqui em Teresina, já tem um desenho, mas 
ainda não se teve sucesso nisso. 
A regionalização que eu vou organizar esse desenho que é feito pelo Estado e pelo Ministério da Saúde, 
são desenhos de região de saúde, por exemplo, eu sou da atenção básica do município de Teresina e eu 
sou da equipe de central de transplante do estado que trabalha em alta complexidade, então eu trabalho 
nos dois desenhos, na atenção básica de Teresina que não atende só residentes de Teresina como uma 
população maior, porque é referência de atendimento, e aí é onde entra a regionalização. 
A participação social acontece principalmente nos conselhos de saúde e conferências de saúde, são as 
principais instâncias de participação da população. 
A hierarquização em que o sistema de saúde é organizado em serviços de níveis de complexidade, a 
gente sempre inicia esse desenho organizando atenção primaria e essa atenção ser a promotora do 
acesso à atenção secundária e terciária. 
 
E aí é a nossa legislação que a gente tem desde 1990, que é a lei 8080 e a lei 8.142, a 8.080 dispõe as 
condições de como deve ser organizado o serviço, e a 8.142 ela trata da participação social e as 
transferências intergovernamentais, e junto com essas duas leis, o documento mais recente que tem é o 
decreto 7.508 de 2011, que vem para regulamentar essas duas leis e acrescentar os demais acordos que 
foram feitos a partir da implementação dessas leis. 
 
Além de regulamentar a lei 1080, o decreto vai trazer mais clareza de como deve acontecer as 
regionalizações, o contrato organizativo, as portas de entrada de acesso ao sistema, as comissões 
intergestores, (são comissões que do mesmo jeito que tem o conselho municipal de saúde tem o conselho 
estadual e o conselho nacional, tem as conferencias que garantem a presença de todos os munícipios e 
estados e tem essas comissões intergestores que são comissões que tem a representação dos nossos 
secretários municipais de saúde, ela existe a nível estadual e a nível nacional, é uma reunião periódica e é 
feita quando vai ser implantada uma politica, é tudo previamente acordado, são representações dos 
secretários estaduais e municipais) o mapa da saúde, a rede de atenção à saúde, os serviços especiais de 
acesso aberto, protocolo clínico e diretriz terapêutica, a relação nacional de ações e serviços de saúde, e a 
relação nacional de medicamentos essenciais. Vejam que é toda uma diretriz de como organizar os 
serviços de saúde, quando vai ser realizada uma determinada ação, mesmo dentro de uma política, essa 
politica é revista. 
Quando vocês forem estudar pra alguma prova de concurso, qual é a recomendação? Tem que ir para 
internet pegar o documento mais recente porque a legislação é muito densa, e tem mudanças periódicas, 
sempre que ia se fazer uma alteração tinha que alterar vários documentos ao mesmo tempo, então foi 
condensada essa documentação em normas, toda vez que tem uma alteração o documento eletrônico já 
vem com o que foi alterado, já vem alterado o que não vale mais, o parágrafo que surgiu, não adianta 
imprimir o documento hoje porque daqui um mês ele vai estar alterado. 
Comodo
n
de
se
 
Então a nossa portaria atual que trata da politica nacional de atenção básica, é a portaria de 2017, então 
esse ano nos tivemos uma única mudança que foi no inicio do governo passado foi definido que as 
equipes de NASF não teriam financiamento especifico, e a partir dessa decisão de não financiamento, 
maioria dos municípios não seguiu essa modalidade de equipe, então foi uma coisa que foi trabalhada 
durante os 4 anos com critica dos gestores que gostariam de manter essa equipe mas precisavam do 
financiamento, então essa foi a ultima alteração, mudou a nomenclatura e passa a ser chamada de emult, 
equipe de multiprofissionais, foi a mudança importante que aconteceu. 
 
Então a portaria que trata da politica da atenção básica trás essa definição de atenção básica, outra coisa 
é a questão desse nome, dessa nomenclatura, a atenção básica é um nome que só foi aprovado pelo 
Brasil, os outros países utilizam a prevenção primaria a saúde, assim que o brasil começou a aprovar 
politicas, os outros países começaram a fazer uma critica que o Brasil estava usando uma tecnologia 
diferente que dava a entender que divergia do que os outros países estavam fazendo, então quando a 
gente pega qualquer referencial de atenção primaria a saúde de outros países a gente não deve 
considerar esse nome de atenção básica, depois de muitas criticas em relação a essa nomenclatura, 
como os documentos já estão todos circulando, a proposta do ministério foi colocar em todos os 
documentos que atenção básica é similar à atenção primaria emsaúde. 
Então o que a portaria nos apresenta como definição o conjunto de ações de saúde individuais, familiares 
e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução 
de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado 
integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território 
definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. Vejam quanto é abrangente, a 
proposta é responder por 80-85% dos problemas daquela comunidade e a minoria ir para alta 
complexidade, engloba tudo mas nem tudo é feito na unidade básica, ela é como toda no processo. 
Eu estou com um paciente na unidade que já tratei pra hipertensão, já iniciei todos os medicamentos 
disponíveis na unidade e eu não estou conseguindo controlar essa pressão arterial, então nesse momento 
eu vou querer que meu colega especialista em cardiologia veja meu cliente, diga como conduzir o caso, 
verifique outros medicamentos, então esse momento o medico da família encaminha pro especialista, mas 
o cliente não vai ficar no especialista, vai ser avaliado e voltar pro território dele e notificar o tratamento 
para a atenção primária. A proposta é que a equipe assuma o comando do tratamento, direcione para 
onde for necessário e quando aquele problema especifico for resolvido, o cliente retorne para 
acompanhamento na unidade básica. A atenção básica então é considerada a principal porta de entrada e 
o centro de comunicação da rede de atenção à saúde, a atenção básica é a condutora. 
 
 
 
Os princípios vão ser os mesmos do sistema único, e as diretrizes são: regionalização, população adscrita, 
resolutividade, coordenar o cuidado, participação da comunidade, territorialização e adstrição, cuidado 
centrado na pessoa, longitudinalidade do cuidado, ordenar as redes, então pense num modelo em que eu 
trabalho com microterritórios, no máximo de 4000 pessoas, uma unidade básicas de referencia e uma 
equipe para acompanhar todas as demandas daquele microterritório, então você aproxima a equipe do 
usurário e é a porta de entrada e a ordenadora da rede. 
No modelo tradicional o usuário que definia onde ia ser atendido: hoje eu quero ser atendido por um 
ortopedista e entrava na fila do ortopedista, cada um definia para onde iria buscar atendimento, hoje essa 
questão de ordenar a rede, o medico de saúde da família vai conduzir essa avaliação clinica e o cliente só 
vai pra um especialista quando o medico da saúde da família achar que precisa, e assim coordena essas 
redes. 
 
A política é uma politica para o brasil, tem que pensar nas diferentes regiões, geralmente ela não vem 
trazendo só uma recomendação, é pra se adequar as necessidades das diferentes regiões, no caso da atenção 
básica, no inicio da implantação foi centrada nesse modelo de saúde da família, mas nem todo estado e nem 
todo município aderiu a esse modelo, até hoje temos município que seguem dois modelos, a saúde da 
família e outro modelo, mas esse outro modelo não recebia financiamento, então foi pensado em opções 
para municípios que não tinham condições de aplicar o modelo de saúde da família entrarem nessas 
políticas, então surgiu mais de um tipo de equipe e mais de um tipo de financiamento contemplado nessa 
mesma politica. 
 
 
Então o modelo chefe é o modelo de saúde da família que é o modelo de Teresina que vocês tão 
conhecendo aí nas unidades de saúde, é composto por no mínimo um médico de preferencia especialista 
em medicina da família e comunidade, enfermeiro, também preferencialmente especialista, técnico de 
enfermagem, agente comunitário de saúde, é a composição mínima, então a partir dessa equipe mínima o 
gestor vai receber o recurso para essa equipe, de implantação e custeio, ainda tem os agente de combate 
à endemias e agentes de saúde bucal, que fazem parte da equipe ampliada 
O agente comunitário de saúde acompanha 750 pessoas, e a carga horaria dessa equipe é de 40h 
semanais que é uma das grandes dificuldades da implementação desse modelo, por uma decisão local de 
gestão, foi definido que Teresina iria adotar esse modelo e iria adotar modelo de cobertura de 100% com 
algumas adaptações numa ubs que deveria ter 4 equipes credenciadas, pela portaria a equipe estaria 
trabalhando manhã e tarde, então em Teresina trabalha 30h, ela otimizou, ao invés de duas equipes, há 4 
equipes trabalhando em 30h. 
Aqui em Teresina a gente tem 1400 agentes comunitários de saúde e 600 agentes de endemias, não 
temos esse casamento do agente de endemia está no mesmo território do agente comunitário de saúde. 
 
 
Aí a segunda modalidade, essa equipe de atenção básica ela veio pensada para os municípios que não 
tiveram condição de implantar a equipe de saúde da família, mas que tinha profissionais é composta 
minimamente por medico, enfermeiro e auxiliares de enfermagem, não precisa ter o agente comunitário de 
saúde, aqui formaria as equipes e recebe um financiamento por essa modalidade, acrescido pode ter os 
demais agentes num formato diferente na saúde da família, a diferença maior é na carga horaria, aqui 
você pode formar uma equipe e somando a carga horaria dos três, você contempla 40h semanais. Para 
vocês terem uma ideia os técnicos são contratados por 30h, enfermeiros por 20h, médico é contratado por 
20h, então daria para formar essa modalidade de equipe se o município tiver interesse. 
 
Uma das dificuldades que auditores começaram a apontar foi o controle e a produtividade da equipe, 
então hoje o sistema permite cadastrar de forma independente a equipe de saúde da família e a equipe de 
saúde bucal, aqui em Teresina tem mais equipes de saúde da família do que equipes de saúde bucal. 
Tem dois tipos de modalidade, a modalidade 1 que é aquela com cirurgião dentista e auxiliar em saúde 
bucal ou técnico e a modalidade 2 tem cirurgião dentista, TSB, ABS, ou outro técnico de saúde bucal, aqui 
em teresina só temos a modalidade 1, na modalidade 2 é necessário ter no consultório duas cadeiras, na 
dois são dois realizando procedimento. 
 
 
Aqui a novidade que eu trouxe pra vocês, que é a equipe multiprofissional conhecida como emulti, ela tem 
3 modalidades que o que diferencia é a carga horaria, tem a equipe de 300 horas, a de 200 horas e a de 
100 horas, ta bem recente essa portaria, então teresina fez a adesão pela carga horaria de 200h. Ela trás 
a oportunidade de outros profissionais e depende do gestor para montar a equipe. O profissional médico é 
o que mais pesa na hora do financiamento, as diferenças salariais são bem significativas, mas é uma 
opção para suportar as demandas. 
 
A mudança principal aqui é nas outras categorias, vejam que foram inseridas diversas especialidades. 
 
E a ultima tem médicos na espacialidade de psiquiatria e pediatria e tem outras categorias, então nessas 
categorias emulti, o desenho delas o gestor local que define, pensando em apoiar a equipe saúde da 
família. 
 
Ainda tem a estratégia de agentes comunitários, a proposta é que sejam uma estratégia de 
transição, vai implantar a equipe de atenção básica, inicia com os ACS, pra conhecer território, 
mapeamento, casa a casa, para fazer o desenho e programar as equipes. Teresina já não tem mais 
nenhuma equipe com essa modalidade. 
 
E tem as equipes pensadas para modalidades específicas, então essas vão cobrir população 
ribeirinha que tem aquelas que trabalham de forma fixa e as intinerantes que trabalham nos 
barcos, então passa um período em determinadas comunidades, elas são acrescidas por 
profissionais que vão fazer leitura das lâminas, já fechar diagnóstico, pra otimizar esse diagnóstico 
principalmente por causa da questão da malária. 
 
Essa equipe hoje está definida em 3 modalidades de equipe, a tipo 3 é a que conta com o profissional 
médico. Atende as pessoas que tem problema com uso de drogas, passam por dificuldades, é uma equipe 
que precisa terperfil pra trabalhar com isso, aqui em teresina tem só uma equipe. 
 É uma equipe intinerante, tem um carro adesivado para saberem quem é, tem unidade de referencia e 
inicam e terminam o trabalho nessa unidade mas é intinerante, eles ficam na rua. 
 
Aqui nós temos outra modalidade de equipe que é de saúde prisional, a medida que foi fortalecida essa 
questão da atenção básica como porta de entrada foi se observando a necessidade de atenção para 
essas populações. Até o momento essa atenção ainda é vista como recomendação, pode ser municipal 
como pelo estado, Teresina não aderiu ainda, mas é o caminho. Quem não está credenciado na rede de 
saúde não consegue referenciar para alta e media complexidade, por enquanto ainda é recomendação. 
 
E aí vem as atribuições, ela é uma portaria também, é uma política também, ela vem com todas essas 
recomendações de como o gestor deve organizar o município. 
 
 
O que a politica trás? Área de atribuições que são comuns a todos os profissionais, então pensando num 
modelo, vai ter ações que são comuns a todos os profissionais e depois o detalhamento, o que é 
especifico de cada profissão, o que não se pode delegar, essas aí são as comuns, que todos vão fazer. 
 
 
Eu coloquei aqui as especificas do médico, mas vão ter especificas do profissional enfermeiro, do 
profissional dentista, dos técnicos, agentes comunitários, e ai vai de cada profissão 
 
Então realizar atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade, e quem está na 
responsabilidade é o território aonde a equipe está responsável. Quando acionamos, já vamos receber 
essa delimitação de território, o pessoal do SAME sabe direitinho o território de cada equipe. 
Realizar consultas, pequenos procedimentos vai depender da organização e cada unidade básica, tem 
município que é tem mais estrutura para esses procedimentos 
Realizar estratificação de risco, elaborar planos de cuidados para as pessoas com doenças crônicas 
principalmente 
 
Encaminhar quando necessário, aqui em Teresina tem um fluxo bem definido, mas tem um sistema local 
que o médico tem condição de referenciar pro exame especializados e para especialistas na própria 
unidade básica de saúde, é uma fila virtual, somos nós que fazemos ela quando encaminhamos, tem que 
preparar o cliente pra esse momento, ver o que precisa, analisar os exames como hemograma, sumário 
de urina, e aí tem que voltar, tem que pedir os exames básicos, porque isso atrasa. Indicar a necessidade 
de internação hospitalar ou domiciliar e se responsabilizar pelo acompanhamento do individuo. Planejar, 
gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com a equipe, exercer outras 
atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação, todas as decisões para atividade, fica 
pro gestor decidir outras ações que ele acha importante para o município 
 
Na proposta de ter na atenção primaria o comando de implementar o sistema básico de saúde, junto com 
o sistema de redes, tem umas redes que foram considerads prioritárias e foram ganhando destaques e 
outras redes que estão em construção, é uma rede estadual, intermunicipal, federal, vai depender do tipo 
de rede que ela foi pensada. 
 
Então as principais redes são essas, continua a construção das 5 redes, que é a rede cegonha, a rede de 
urgência e emergência, a rede psicossocial, a rede da pessoa com deficiência e a rede de atenção à 
saúde das pessoas com doença crônica, que é bastante fragmentada e as vezes a gente encaminha e ele 
tem uma resposta e uma facilidade de acesso para resolver o seu problema, é uma rede simples de 
montar mas demora muito a ser atendida a demanda do cliente. 
 
Então a rede de urgência e emergência é uma rede importante, é uma das redes de porta aberta, temos 
uma principal que é a atenção básica e temos as outras portas que foram abertas a medida que foram 
organizando essas redes. Então aqui a unidade básica não tem o que ofertar, ela vai pro pre-hospitalar e 
depois é regulada pra um serviço que possa atender essa urgência 
 
Temos a rede psicossocial que é formada pelas modalidades de CAPS, tem o adulto, infantil, de álcool e 
drogas, dependendo de saúde mental,a porta principal é o caps, não resolveu ele vai ter o suporte da 
atenção hospitalar, lembrando que os leitos de atenção hospitalar foram reduzidos. 
 
Também tem a estratégia de referenciamento, podemos citar como o exemplo o programa de volta para 
casa 
 
Todos os municípios têm formadas essas residências 
 
 
A rede cegonha que vai dar o suporte de relação pre-natal, assistência ao parto e nascimento, então a 
proposta é que todo município faça pre-natal de baixo risco que é pensado para atenção básica. Mas 
precisa de uma rede porque tem intercorrências, a rede entra para saber pra onde encaminhar, aonde tem 
o atendimento especializado. Vê a atenção ao pre-natal, atenção ao puerpério e à criança na primeira 
semana de vida 
 
 
A rede de cuidado à pessoa com deficiência tem melhorado muito, está cada vez mais descentralizado, 
desde a época da microcefalia, antes a família que era do interior teve que mudar totalmente de vida 
porque tinha que ficar em um centro onde podiam cuidar da criança dela. A proposta é que seja 
descentralizado cada vez mais, no sentido de a pessoa com deficiência ela ter atendimento ao longo do 
tempo e ter esse suporte. 
 
A rede das pessoas com doenças crônicas ela hoje ta se organizando em linhas de cuidado, as principais 
linhas hoje em evidencia são as cardiovasculares, as de câncer, as de obesidade e as de doenças 
respiratórias. 
 
Então tem a atenção básica, as redes de saúde e junto das redes vamos ter media e ampla complexidade 
e tem a politica nacional de vigilância em saúde, a gente passou por um momento bem difícil de pandemia 
e vimos o quanto foi importante o papel da vigilância e o quanto é difícil colocar ordem nas barreiras. Aqui 
por exemplo tem um transito entre cidades então foi bem difícil. 
Temos a politica nacional de vigilância em saúde de 2018, temos esse ano a secretaria em vigilância em 
saúde passou a ser de ambiente também e dentro da vigilância ainda temos vários programas 
verticalizados. Então a vacina ainda é centralizada porque envolve um recurso que tem um custeio muito 
alto, e é difícil otimizar isso, por conta dessa otimização, o programa continuou sendo gerenciado, e de 
dois em dois anos é feita a compra dos insumos, seringas, o principal componente que é a vacina continua 
sendo comprada a nível nacional 
 
Então temos a divisão da vigilância no ministério da saúde, muito verticalizada porque as ações tem que 
acontecer da mesma forma, se não, não ocorre a vigilância, e elas são a vigilância epidemiológica, a 
vigilância sanitária, a vigilância ambiental e a vigilância da saúde do trabalhador. 
 
 
Muitas ações da vigilância epidemiológica são feita pela equipe da saúde da família e o qie não é feito por 
eles é feito pelos técnicos da vigilância. 
 
A vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis é importante, é a questão da notificação 
compulsória e tem um sistema especifico que é o SINAN, o principal de modificação, mas temos outros 
como o sistema de mortalidade, de nascido vivo, de internação hospitalar, sistema ambulatorial e hoje o 
principal sistema é o SISAB que é o e-sus 
 
E aí junto com essas politicas da atenção básica, das redes, temos o conjunto de politicas que vão se 
somar para que consigamos a integralidades da atenção, temos a politica nacional de promoção à saúde, 
a politica nacional de vigilância, a politica de hemoderivados, a politica nacional de saúde mental, a politica 
de alimentação e nutrição, a politica de plantas medicinais e fitoterápicos e apolítica nacional de educação 
popular em saúde. 
 
A politica de controle de doenças e enfrentamento de agravos em saúde, era isso que eu estava falando 
para vocês procurarem, portarias de consolidação, são várias, quando você busca elas,vem numeradas e 
o que elas querem dizer, no caso a numero 2 é para consolidar as políticas, as de controle de doenças e 
as politicas voltadas à saúde de segmentos populacionais 
Atenção: professora fala que são muitas politicas e pula os slides, só volta a comentar algo no 
ultimo. 
 
 
 
 
 
Aqui temos as políticas de organização do sus coma a política nacional de gestão estratégica e 
participativa, de atenção permanente em saúde, de ciência, tecnologias e informação e informática em 
saúde. 
Controle Social e o 
Conselho Municipal de 
Saúde
Acilinara Feitosa Moura 
Presidente do CMS/THE
Legislação 
• Constituição Federal 1988, que torna a saúde como um
direito de todos e dever do Estado;
• Lei 8080 de 1990 Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências.
• Lei 8.142 de 1990 Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da saúde e dá outras
providências.
• RESOLUÇÃO CNS 453/2012, que aprova as diretrizes
para criação, reformulação, estruturação e
funcionamento dos conselhos de saúde.
Legislação
• Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, que
regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal,
para dispor sobre os valores mínimos a serem
aplicados anualmente pela União, pelos estados, pelo
Distrito Federal e pelos municípios em ações e
serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de
rateio dos recursos de transferências para a saúde e
as normas de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas três esferas de governo;
revoga dispositivos das Leis no 8.080, de 19 de
setembro de 1990 e nº 8.689, de 27 de julho de 1993; e
dá outras providências.
• Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que
regulamenta a Lei nº 8.080/90.
• Plano Municipal de Saúde – PMS, período de 4 anos
• Relatório Anual de gestão – RAG
• Programação Anual de Saúde – PAS
• Relatórios Quadrimestrais de Saúde - RQS
DELIBERAÇÕES DO PLENO
• Resolução – é uma decisão de caráter geral que estabelece
normas a todos aqueles diretamente relacionados ao seu
conteúdo. Devido a esse caráter, as resoluções devem ser
obrigatoriamente homologadas pelo chefe do Poder Executivo,
em até 30 dias. Caso isso não aconteça, ou não seja
encaminhada uma justificativa com proposta de alteração ou
rejeição a ser apreciada na próxima reunião do Conselho, as
entidades que integram o Conselho de Saúde podem buscar a
validação da Resolução, recorrendo ao Ministério Público.
• Recomendação – é uma sugestão, advertência ou aviso a
respeito do conteúdo ou da forma de execução de uma política
ou ação de saúde. Normalmente, aborda assuntos específicos,
não de responsabilidade direta do Conselho, mas que são
relevantes e necessários.
• Moções – é uma manifestação de aprovação, reconhecimento ou
repúdio a respeito de determinado assunto ou fato.
Questão de ordem, Encaminhamento,
Esclarecimento e Aparte
• Questão de ordem – manifestação de dúvida ou
discordância sobre a interpretação, aplicação ou
inobservância do Regimento Interno do Conselho ou outro
dispositivo legal (tempo de3 minutos);
• Encaminhamento – manifestação do Conselheiro
relacionadaao processo de condução do tema em discussão
(tempo de 3 minutos);
• Esclarecimento – dúvida dirigida ao coordenador da sessão
plenária, antes do processo de votação (tempo de 3
minutos);
• Aparte – interrupção de, no máximo, 1 minuto na
intervenção de um Conselheiro para indagação ou
esclarecimento, se houver permissão do orador. O aparte
está incluído no tempo estabelecido ao Conselheiro.
Os Conselhos de Saúde são órgãos
colegiados deliberativos de caráter
permanente, com funções de formular
estratégias, controlar e fiscalizar a
execução da política de saúde, inclusive
nos aspectos econômicos e financeiros.
(componentes estratégicos da gestão
participativa)
Na saúde, o objetivo do controle social é
garantir a participação da população na
construção de políticas públicas, o direito da
população à saúde e que os princípios
doutrinários do SUS sejam seguidos
(universalidade, acessibilidade, vínculo,
continuidade do cuidado, integralidade da
atenção, responsabilização, humanização,
equidade e participação social)
ENTIDADES PARTICIPANTES
Poderão ser contempladas, entre outras, as seguintes representações:
• associações de portadores de patologias;
• associações de portadores de pessoas com deficiências;
• entidades indígenas;
• movimentos sociais e populares organizados;
• movimentos organizados de mulheres em saúde;
• entidades de aposentados e pensionistas;
• entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações e federações de trabalhadores 
urbanos e rurais;
• entidades de defesa do consumidor;
• organizações de moradores;
• entidades ambientalistas;
• organizações religiosas;
• trabalhadores da área da Saúde;
• associações, sindicatos, federações, confederações e conselhos de classe;
• comunidade científica;
• entidades públicas, hospitais universitários e
hospitais no campo de estágio, de pesquisa e
desenvolvimento; 
• entidades patronais;
• entidades dos prestadores de serviço de saúde; e
• representantes do governo.
• movimentos LGBTQIAPN+
Como é eleito um conselheiro?
O conselheiro vinculado à organização governamental é indicado pelo ministro, pelo 
secretário de Estado ou pelo secretário municipal.
O conselheiro do órgão ou da entidade não governamental tem sua entidade eleita num fórum 
(plenária) específico, ou seja, numa reunião convocada para esta eleição.
Qual é o período de mandato do conselheiro?
Será definido no regimento interno do conselho.
Não deve coincidir com os mandatos do governo municipal, estadual e do Distrito Federal ou 
do governo federal. Sugere-se que seja um mandato de dois anos, podendo o conselheiro ser 
reconduzido de acordo com o regimento interno do conselho.
O que faz um conselheiro?
• Representa o seu segmento e manifesta as ideias e as demandas de seu grupo ou da 
instituição que ele representa, além de articular os interesses do
conjunto dos usuários.
• Ao discutir, ele leva a opinião de uma parcela significativa da sociedade, pois não age em 
nome de seus interesses pessoais, mas da parte que ele representa e do conjunto dos 
usuários do SUS.
Processo de Representação
Conferências de Saúde
• A Conferência de Saúde é
uma grande reunião
realizada a cada 04 anos
e conta com a
representação dos vários
segmentos sociais, para
avaliar a situação de
saúde e propor as
diretrizes para a
formulação da política de
saúde nos níveis
municipais, estaduais e
federal.
• Convocada pelo Executivo, ou pelo
Conselho de Saúde com 50% + 1
dos seus participantes.
• Quem preside a Conferência é o
Secretário de Saúde, tendo o
Presidente do Conselho a função
de ser o Organizador geral da
Conferência, ele é quem declara
aberta a Conferência.
• As pessoas delegadas são
escolhidas e forma paritária, tendo
que ser observado presença de
povos indígenas, quilombolas,
LBTQIAPN+.
COMPOSIÇÃO DO CMS
MESA DIRETORA
• Eleita pelo Plenário, para
mandato indicado no regimento
interno e na Lei, é composta por
4 Conselheiros titulares, sendo 2
usuários, 1 profissionais de
saúde e 1 prestadores de
serviços de saúde/gestores.
SECRETARIA EXECUTIVA
• Indicada pelo Executivo , com
aprovação do Pleno;
• Fornece condições necessárias
para o cumprimento das
deliberações do CMS
Comissões e Grupos de Trabalho
COMISSÕES
• As Comissões são
organismos de
assessoria ao Plenário
que resgatam e
reiteram os princípios
do SUS e do Controle
Social.
• Se dividem em Setorial
e Intersetorial.
GRUPO DE TRABALHO
• Os Conselhos contam
ainda com os Grupos de
Trabalho, os quais
fornecem subsídios de
ordem política, técnica,
administrativa,
econômico-financeira e
jurídica na necessidade
de se ter um relatório
em caráter de urgência.
Aspectos Importantes
• Reuniões Públicas;
• Atas gravadas;
•Relatórios devem ser
encaminhados a
Secretária de Saúde;
• Relatórios devem ser
encaminhados ao
MPMA.
• Os Conselheiros de
Saúde não são
remunerados, porém é
considerado serviço de
alta relevância;
• A imparcialidade e ética
devem ser inerentes a
pessoa humana.
Obrigada!
Acilinara Moura
Contato: 86 998287570
acilimoura@hotmail.com
 
 
Boa noite gente, é muito bom ver jovens que serão médicos com responsabilidade, 
porque vocês vão tratar da vida dos outros, depois eu vou contar uma pequena história 
para vocês sobre uma estudante de medicina que estava em um determinado local e o 
maqueiro observava que ela não se interessava, então ela formou, foi trabalhar em um 
hospital par cular, e ele levou o filho dele para essa ins tuição, ele simplesmente se 
recusou a ser atendido por ela e isso é muito preocupante, não sejam assim, tenham 
responsabilidade. Vocês conhecem algum médico aposentado? Não tem gente, então 
vocês não são apenas estudantes de medicina, vocês são o futuro e tem que mudar 
através disso aqui, do controle social. O controle social é exercido aqui, o controle social 
não é de hoje, ele é de muito tempo. O controle é a sociedade organizada no controle da 
saúde. Hoje o que acontece no Piauí, vocês sabem? Que as organizações sociais estão 
entrando dentro dos hospitais daqui do Piauí. E do jeito que está, você tem que ser muito 
forte, você vai ter que ser muito bom naquilo que você faz, porque o mercado está cheio 
de médicos. Está saturado, vocês vão ver isso quando vocês começarem a fazer suas 
residências e quiserem formar em Teresina e não vai ter espaço. 
Conselho Municipal de Saúde de Teresina 
IESC VIII 
 Palestrante convidada: Acilinara Moura – Presidente do Conselho 
 
A nossa missão é para a deliberação, a fiscalização, o acompanhamento e o 
monitoramento das polí cas públicas no sistema único de saúde. 
 
A criação e competência: nós aqui em Teresina fomos criados, cada um tem sua lei, nós 
fomos criados pela lei 4.026 que foi atualizada para 4.027 em 05 de agosto de 2010, claro 
que a lei federal 8.080 que criou o SUS, e nossa lei especifica que criou os conselhos de 
saúde é a 8.142 de 28 de dezembro de 1990. 
 
A competência: nós temos competência de analisar, discu r e aprovar o relatório de 
gestão, com prestação de contas e informações financeiras. Quando eu digo que tenho 
isso, aprovar esse relatório eu digo assim, não, eu não aprovo, e aí? Você sabia que não 
vem dinheiro do município, dentro da saúde se eu disser que não aprovo? Mas se eu 
disser isso eu vou prejudicar quem? Já que não vai ter financiamento para comprar 
remédio, para pagar os funcionários, para pagar o trabalhador, então a úl ma coisa que 
a gente faz e, muitas vezes, as pessoas acham que a gente está passando a mão na cabeça 
do prefeito, não é isso, é porque a gente sabe que quem vai sofrer é quem está na ponta. 
Muitas vezes, que a gente passa dentro dos conselhos, são poucas que dizem assim, “Ah 
vocês não fizeram isso”, mas nosso melhor parceiro é o ministério público, tudo que a 
gente faz a gente negocia com o ministério público, quando encontramos 
irregularidades... a gente judicializa. É a forma que nós do conselho encontramos. 
 Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e 
encaminhar os indícios de denúncias aos respec vos órgãos conforme legislação 
vigente. 
 Atuar na formulação da execução da polí ca municipal de saúde 
 Aprovação do plano municipal de saúde 
 Avaliar, acompanhar e fiscalizar a programação e execução orçamentária e 
financeira do fundo municipal de saúde, através da movimentação dos recursos 
repassados à FMS. 
 
São 64 conselheiros tulares e seus respec vos suplentes, então são 32 tulares e 32 
suplentes. 50% dessas pessoas são usuárias do SUS, são as en dades como liderança 
comunitária, como portadores de necessidades especiais, doenças renais... todos eles 
fazem parte dos usuários. 25 % são trabalhadores de saúde e 25% são prestadores de 
saúde e gestão. Quando a gente faz a eleição só entra prestador, trabalhador e usuário, a 
gente tem uma indicação. 
 
Um dos princípios mias importantes do SUS está relacionado com a par cipação da 
sociedade no processo de fiscalização dos recursos e do andamento dos trabalhos 
realizados no SUS. A importância da atuação do Conselho Municipal, desta forma, é 
ines mável porque garante esta inclusão direta da população no controle e na elaboração 
de polí cas para a gestão de saúde na cidade. Isso está na Cons tuição de 88, esse poder 
da população organizada. O que eu acho errado no controle social é que todas as 
condições, segundo a Lei, quem me dá é o prefeito, então como eu vou fiscalizar alguém 
que me dá o direito de funcionar? É contraditório. 
 
As conferências de saúde são os espaços mais democrá cos que existem, porque vão 
pessoas de todo o Brasil e, às vezes, do mundo nessa conferência. As conferências de 
saúde são, junto aos conselhos de saúde pelo brasil, os principais espaços democrá cos 
de construção de polí cas de saúde no país, compondo o controle social para a 
deliberação e fiscalização das polí cas públicas no âmbito do SUS. 
Nos municípios, as conferências são momentos decisivos para o exercício da democracia 
par cipa va e da elaboração compar lhada das polí cas de saúde locais, que incidem 
diretamente na vida das comunidades e dos grupos sociais presentes no território. 
 
A eleição é feita através de uma reunião convocada para a eleição. O período do mandato 
é definido no regimento interno por 2 anos com recondução por necessidade de acordo 
com o regimento. 
 
O papel do conselheiro é representar seu segmento, manifestar ideias e as demandas do 
seu grupo. Discu r, com opinião de parcela significa va da sociedade, representando os 
usuários do SUS. Fazer elo entre o conselho e a sua cole vidade. Acompanhar a execução 
das decisões das polí cas da saúde para fiscalização e controle por parte da sociedade. 
 
O SUS é imprescindível para possibilitar a população um acesso mais democrá co e 
igualitário a saúde. 
 
Aqui é onde a gente se encontra, lá existe uma ouvidoria, muito importante u lizá-la, pois 
você também é responsável por melhorar o SUS. Muito obrigada! 
 FERRAMENTA DA QUALIDADE EM SAÚDE 
 IESC VIII - Data: 28/08 
Por: Andressa 
 
Ferramentas da Qualidade dentro do IESC 8 se trata de formas de planejamento para chegar em 
indicadores e sinais. Então todas essas ferramentas de qualidade elas são oriundas da administração e são 
formas de se planejar para atingir tais metas. 
Existe um grupo com poucas ferramentas de qualidade, vamos conhecer basicamente 4 – 5, as mais 
usuais, comuns e eficazes dentro da área de saúde. 
Essas técnicas vão definir, mensurar, analisar e propor soluções para os problemas que vão interferir 
no processo de trabalho. 
Todas as formas de processo de trabalho, sejam elas cuidar, gerenciar, educar, participar 
politicamente, ensinar (processos básicos das áreas da saúde) precisam de uma gestão e instrumentos para 
essa gestão, a fim de organizar o trabalho e atingir metas (vamos sempre trabalhar com metas quantitativas). 
Essas ferramentas que vamos conhecer servem para: 
 Auxiliar a tomada de decisão baseada em informação; 
 (“Acredito que boa parte de vocês já utilizaram o DATASUS para alguma coisa, pois nele 
buscamos informações para tomar decisões. O sistema de gestão é bem parecido, 
buscamos informações para traçar metas, são a partir dessas observações que vocês fazem 
enquanto gestores que traçamos as metas, sem isso nada funciona”); 
 Estimular o trabalho em equipe e a sinergia entre as equipes de trabalho; 
 Valorizar o saber dos trabalhadores; 
 Direcionar o trabalho, com foco na busca e eliminação de problemas. 
 
A ferramenta mais comum na área de saúde se chama 5W2H. É uma ferramenta muito utilizada onde 
os próprios W’s e H’s dizem o quevocê tem que fazer. “Vou mostrar mais na frente como ela funciona”. 
Antes de identificar a estratégia, precisa identificar o problema, e as ferramentas de qualidade servem 
justamente para identificar os problemas e as estratégias, sendo que para cada uma tem uma ferramenta 
diferente. 
“Vocês vão falar que é besteira pois são coisas que fazemos usualmente, mas existem um método 
para fazer, por exemplo, uma chuva de ideias durante uma reunião de equipe, isso é uma estratégia de 
gerenciamento – chamada de brainstorming, ela pode ser incluída dentro de uma das etapas de outras 
estratégias”. 
Todas essas estratégias são possíveis de serem aplicadas dentro de hospitais, temos: Checklist, 
Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito de Ishikawa ou “diagrama de espinha de peixe” (menos 
comum, apesar de ser muito eficaz), Histograma, Diagrama de Dispersão, Fluxograma (comum na Atenção 
Básica), SIPOC, Brainstorming (chuva de ideais), PDCA (eficaz para traçar estratégias), MASP, 5W2H (mais 
eficaz para planejar ações), GUT, FMEA, Six Sigma. Todas essas estratégias são de qualidade, processos 
básicos. 
PDCA 
O PDCA é um ciclo: você planeja, depois você faz, checa o que fez e por último realiza a ação. Do 
resultado da ação volta para o planejamento, é um ciclo contínuo, não para. 
Precisa sempre observar se a meta foi alcançada ou não, pois se ela não foi alcançada precisa rever 
a primeira etapa do planejamento. 
O princípio básico do PDCA é tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da 
gestão. Ex: gestão da qualidade. 
 
P: Planejar- Localizar problemas e estabelecer planos de ação. Ou seja, sempre que for iniciar qualquer 
resolução de problema, precisa checar se o problema existe ou não a partir de dados do DATASUS, por 
exemplo, ou dados colhidos pelos próprios profissionais da equipe. 
D: Fazer – Por em prática as ações que foram planejadas e colocar todo esse plano dentro de uma 
assistência básica 
C: Checar – Verificar se a meta foi atingida e acompanhar os indicadores 
A: Agir- Ação corretiva no insucesso (o que não funcionou) e padronizar e treinar no sucesso 
↑
Em algumas situações, como para incentivar a população a se imunizar, estende-se o público ou o 
tempo para reduzir a meta que deve ser alcançada. 
Dentro desses planos a gente precisa acelerar/potencializar os esforços dos trabalhadores se não as 
metas não são atingidas. Ex: uma cobertura vacinal maior. 
Dentro da meta precisa de um método para se chegar nas metas. Sem esse método sistemático não 
tem planejamento. 
Existem erros frequentes dentro do Plano de Ação, como: 
 Fazer sem planejar – não realiza com excelência; 
 Definir metas e não definir métodos para atingi-las - Para cada causa de um problema precisa 
de uma estratégia para traçar metas claras. Assim que define a meta, é definido o método que 
será utilizado; 
 Imobilismo no planejamento – Pensa e não executa. Necessário maior incentivo. Visar sempre 
em gastar menos e fazer mais (padronização). 
 
Deve sempre informar sobre o planejamento, além de preparar o pessoal que vai executar as tarefas 
definidas para que tudo seja realizado de forma padronizada – Essencial para atingir as metas. 
Há uma necessidade clara de sempre documentar os problemas durante os treinamentos, os 
processos, etc.; e as observações inesperadas (o que saiu do planejamento). 
Na etapa de verificar precisa: confrontar os resultados com o que foi planejado, coletar dados que visa 
buscar tendências de que o objetivo foi atingido ou não, e resumir o que foi aprendido dessas experiências. 
 
A checagem, assim como a supervisão no planejamento, ela não é punitiva, mas sim educativa. Se 
atentar aos erros frequentes. 
 
 
A partir do que foi verificado, nós vamos para a última etapa seria o AGIR. 
Pensem que a partir da segunda rodada, o plano obtido no final sempre terá como objetivo corrigir 
alguma coisa. Pois se o plano é cíclico, na primeira vez que ele foi planejado ele surgiu de algo novo. Daí em 
diante já não será ago novo, o PDCA virá a corrigir algo que já foi vivido, já foi errado, e se já foi aprendido 
deve ser mantido, e caso não, deve ser revisado. Mas será sempre um ciclo que analisa e realinalisa mesmo 
problema. 
Por exemplo, se vamos reduzir o problema “tamanho das filas na regulação”. Pois bem, esse problema 
em questão ficará rodando em vários ciclos de PDCA, no qual será sempre proposto novas estratégias para 
tentar solucioná-lo. Problema que seria resolvido propondo, por exemplo, “que a FMS contrate mais médicos 
especialistas naquela área” ou “que os médicos generalistas busquem resolver mais as queicas dos pacientes 
e encaminhem menos”. 
Portanto, ter em mente que o problema é sempre o mesmo, o que muda são as ações propostas em 
cada ciclo para resolução desse determinado problema! 
A gente não planeja para vários problemas, nos planejamos para um único problema. O que pode 
acontecer é esse problema haver várias causas, e assim, serão propostas soluções para cada uma dessas 
causas, mas o problema tema da PDCA será apenas um, e será mantido por todos os todos ciclos até que 
seja solucionado, aprendido e mantido. Exemplos de problemas: a fila que está grande, a falta de 
medicamentos, a fila que está em excesso na ubs, são os ar condicionados que estão defeituosos etc. 
O cilco do PDCA vai continuar se repertindo para o problema até que se encontre uma solução que 
seja eficaz e atinja a meta final proposta. Enquanto o problema não é solucionado o planejamento não deixa 
de existir. 
Segue as principais vantagens do PDCA: 
 
 
 
 
 
 
BRAINSTORMING (CHUVA DE IDEIAS) 
 
Ferramenta de qualidade mais utilizada na ponta, não é uma estratégia utilizadas tanto nos altos cargos 
de gestão. Por exemplo: bastante utilizada na atenção básica nas reuniões de produção em grupo. 
Se trata de uma técnica de grupo na qual haverá uma chuva de ideias sobre determinado problema, 
questão ou tema. Todo mundo tem oportunidade de contribuir e falar. 
É basicamente uma reunião em grupo na qual são levantadas muitas ideias. A partir dessas ideias é 
necessário haver uma síntese (conclusão da discussão), dessa forma é de suma importância existir um 
coordenador que coordena essa chuva de ideias, um secretariado para registro das mesmas e um gestor do 
tempo do brainstorming (se assemelha ao apg/marc). 
É necessário que a contribuição aconteça de forma voluntária. As próprias pessoas da comunidade 
podem participar, pois possuem opiniões importantíssimas para proposição de soluções para os problemas 
daquela comunidade no qual estão inseridas. (Pelo menos deveriam poder, a prática por vezes é diferente). 
Aqui é uma coisa mais descontraída, pode-se utilizar de textos, imagens, vídeos etc., pois são gatilhos 
para despertar reflexão sobre aquele determinado problema e iniciar a chuva de ideias. 
São grupos pequenos (5-15 pessoas), se a UBS é muito grande, podemos fazer pequenos subgrupos. 
Pois não funciona com muitas pessoas opinando ao mesmo tempo, e é necessário que ao do brainstorming 
se chegue a uma síntese, conclusão da problemática. Ou seja, o grupo precisa sair dali com metas traçadas, 
problemas identificados e como eles vão atingir aquele objetivo. 
É imprescindível que haja uma gestão do brainstorming, alguém para coordenar a chuva de ideias e 
que haja também um tempo pré-definido de fala para cada participante. 
Só existe brainstorming se houver pelo menos duas rodadas, significa dizer, por exemplo, se eu tenho 
uma hora pré-definida para o trabalho, eu devo dividir essa uma hora em pelo menos dois tempos de meia 
hora. Essa pausa é necessária para que os participantes reflitam sobre todas as 
sugestões/ideias/problemáticas referidas na primeira rodada, afim de analisar a viabilidade das mesmas e 
todos retornem para a segunda rodada e finalizem o traçado de metas. Geralmente esse tempo é curto. É 
basicamente uma maneira de “resfriar a cabeça” com o objetivo de surgir novas ideias.O coordenador deve incentivar a participação de todos os integrantes do grupo. Inclusive todos podem 
falar o que quiserem, não deve existir censura. 
Pode haver uma síntese no final de cada rodada, no qual deve ser revista ao final, ou não, pode haver 
a sintetização da discussão ao final de todas as rodadas. É facultativo. 
 
DIAGRAMA DE ISHIKAWA OU (CAUSA E EFEITO) OU (ESPINHA DE 
PEIXE) 
 
Muito utilizado na área de saúde, pois esse diagrama tem como objetivo encontrar as causas dos 
problemas que existem. Vou buscar as causas existentes para que determinado problema esteja 
acontecendo. 
É bem fácil de identificar esse diagrama, pois finalizado aparenta uma espinha de peixe. 
 
O diagrama seleciona o problema e identifica as causas dele. A partir disso, vai utilizar-se de uma outra 
estratégia para planejar a ação para resolver o problema. Portanto, fica evidente que dentro dos nossos 
planejamentos não se utilizamos de uma única estratégia somente, as utilizamos em conjunto. O Diagrama 
de Ishikawa tem como objetivo enxergar apenas as causas daquele determinado problema, mas parar aí não 
é suficiente, precisamos resolvê-lo, e, dessa forma, precisamos fazer mão de outra estratégia. 
Assim como, sabe-se que no Ishikawa já partimos de um problema já definido. Caso necessitássemos 
ainda identificar o problema, também teríamos que fazer uso de uma outra estratégia. Qual seria? Poderíamos 
utilizar o brainstorming numa reunião de equipe, por exemplo. Ishikawa é para identificação das causas! 
Perceba a associações de estratégias utilizadas desde a identificação da problemática até a solução da 
mesma, por vezes é necessário. 
Dentro da área da saúde as estratégias mais comuns (e mais recomendadas no PlanejaSus por serem 
as mais simples de serem executadas por qualquer profissional em qualquer nível de assistência) são: 
 Brainstorming dentro da reunião de equipe da região local; 
 Ishikawa para identificar causas; 
 5W2H para planejar o que será realizado. 
O Diagrama de Ishikawa a lógica dele é: que somente através da identificação das principais causas, 
o problema poderá ser solucionado de forma permanente. 
É necessário identificar todas as possíveis causas e não somente o que é óbvio. A vezes só 
conseguimos solucionar o problema pensando nas causas que não são tão óbvias assim. 
Por isso, dentro do diagrama existem várias linhas de causas, nas quais denominamos de categorias 
e para cada categoria devemos determinar todas as possíveis causas, óbvias ou não. Mas todos precisam 
ser causas necessárias para que o problema esteja acontecendo. 
Na ponta do diagrama (cabeça da espinha de peixe), temos o nosso problema, como sempre o nosso 
único problema em questão. Para esse problema, vou buscar as possíveis causas, que são descritas nas 
linhas horizontais do diagrama. O planejamento deve ser realizado para cada causa identificada na espinha, 
ou seja, deve-se pensar numa ação resolutiva para cada causa. 
Basicamente, dentro da espinha de peixe precisamos buscar causas que estejam relacionadas com: 
Máquina (Equipamento), Meio-Ambiente, Método (Processo de Trabalho), Mão-de-Obra (Pessoas), Medidas 
e Materiais. 
 
 
Exemplos Diagrama de Ishikawa: 
 
 
Além disso, todas as causas citadas no Brainstorm precisam aparecer na montagem do diagrama da 
espinha de peixe. 
Exemplo que acontece no planejamento da FMS: Eles buscam os problemas e ouvem todas as áreas 
buscando problemas e após isso fazem o planejamento em grupos reduzidos, com alguns coordenadores e 
gerentes de determinadas áreas, tendo maior resolutividade do que juntando todos os profissionais e 
ocasionando uma perda de controle. 
As setas que apontam para a espinha de peixe são os ramos (mão de obra, método, materiais, meio 
ambiente), que são as grandes categorias de causas. Dentro de cada ramo, podem ter mais causas e 
problemas. 
 
FLUXOGRAMA 
 
Uma outra estratégia de planejamento é o FLUXOGRAMA, que auxilia a gestão de processos. 
Basicamente o fluxograma sistematiza como deve acontecer cada etapa do processo. 
Institui, descreve e analisa todos os processos em todas as etapas. 
 
Dentro do fluxograma existem regras: 
 Para indicar entrada e saída dentro de um fluxograma, é preciso usar esse tipo de figura em 
forma de elipse. (Exemplo: chegada de um paciente a UBS). 
 Para demonstrar uma etapa do processo, utilizamos um retângulo. (Exemplo: Encaminhamento 
para outro profissional especializado). 
 Já uma tomada de decisão, é indicada com um losango. (Exemplo: Uma pergunta que exige 
tomada de decisão, respostas. Decisões quanto a conduta). 
 As setas indicam a sequência em que acontece o processo, ou seja, o caminho. 
 
 
Exemplo Fluxograma: 
 
 
 
5W2H 
 
A última ferramenta apresentada será a 5W2H, uma das mais eficazes no planejamento. É fácil de ser 
utilizada e planeja ações e define a estratégia e o que acontecerá em cada momento. 
 
 
O objetivo geral da 5W2H é estabelecer de forma geral e abrangente as intenções, resultados 
esperados, orientando o seu desenvolvimento. 
O objetivo específico é estabelecer um conjunto de eventos e ações concretas que coletivamente 
contribuem para alcançar o objetivo geral. 
As metas devem estabelecer quantitativamente os efeitos esperados em um tempo determinado. 
Devem ser especificas, viáveis e mensuráveis. 
O
 
Os 5W significam: 
 O quê? 
 Quem? 
 Onde? 
 Por quê? 
 Quando? 
Os 2H significam: 
 Como? 
 Quanto custa? 
Ou seja, ao planejar soluções, é preciso responder as perguntas dessas questões disparadoras acima. 
No plano 5W2H, é necessário cumprir essas ações no tempo estipulado, se isso não acontecer, 
considera-se que o plano falhou. 
 
 
 
 
Acima temos o modelo do plano de ação 5W2H que será utilizado, nele estão todas as questões e 
cada linha inicial significa uma medida ou ação a ser desenvolvida. 
No modelo, todas as questões disparadoras precisam ser respondidas, especificando o que será 
executado em cada ação. 
Para o fácil acompanhamento dessas ações são usadas setas de cores diferentes, em taxonomias de 
legendas, que indicam o estágio de execução dessa ação. 
 Seta verde: ação em andamento 
 Seta azul: ação já realizada 
 Seta vermelha: a ser feito 
 
SMART 
 
A última estratégia, SMART, não é tão utilizada. 
Essa medida precisa ser específica, mensurável, atingível, relevante e ser concluída em um 
determinado tempo. Se nesse tempo a ação não funcionou, é preciso parar de esperar e mudar a ação na 
tentativa de resolutividade da causa do problema. 
 
Dentro de todos esses critérios para definições de metas, destaca-se que elas necessitam ser medidas 
realistas, de acordo com os recursos, verba disponível para o plano e dimensão da área, para que sejam 
passíveis de serem alcançadas. 
Observa-se que todas as medidas de planejamento necessitam de prazos. 
 
Acima, um exemplo de plano de ação 5W2H, simples de ser feito e programado. Identificando o 
problema e as causas, e promovendo ações para cada uma delas. Ações essas que devem ser especificadas 
e planejadas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ATIVIDADE IESC 
 
 
 
 
 
Regulação em Saúde
Data: 06/11; Profº Kayo
- Dentro do SUS a gente tem várias formas de regular o sistema. Esse processo de regulação acontece em
todas as atividades assistenciais. É um sistema baseado todo na complexidade. Quem é da área das ciências
humanas já deve ter ouvido falar em Edgar Morin, que é um pesquisador que trabalha a complexidade dos
sistemas, onde ele percebe, por exemplo, que nem tudo é simples, nem tudo é complicado, mas as coisas
são complexas. E dentro da saúde basta olhar para um caso de um paciente com hipertensão (não é simples,
não é complicado, mas é complexo de se entender). E tem várias coisas que estão interligadas, caóticas,
imprevisíveis, mas tudo é adaptativo. Dentro do setor saúde a gente percebe claramente que há caos, há
coisas interligadas e que o setor saúde não é uma coisa fora da sociedade,ele envolve vários outros setores,
e é nesse caos que a gente precisa se adaptar, é nesse caos que a gente precisa se colocar dentro do
processo, porque o sistema de saúde público do Brasil é caótico;
- Nós temos que, para fazer regulação, entender que há uma necessidade nos processos de saúde de
vincular tudo isso ao território, ao cuidado. Há ainda uma necessidade de avaliar custos e tecnologias, que é
onde a auditoria entra junto com a regulação;
- E aí nós precisamos entender algumas perguntas básicas, por exemplo “Que mecanismos regulatórios do
ponto de vista da aposta pública do Estado Brasileiro precisam reconhecer a complexidade dos sistemas de
saúde e sua potência em determinar melhores condições de vida e saúde ao povo Brasileiro e como avançar?
Como não retroceder?”. É entender que dentro desse caso precisamos avançar, não podemos retroceder. A
Regulação faz justamente isso, a gente busca formas de avançar dentro desse processo. Mais uma vez eu
vou citar as linhas de cuidado que a gente tem na Atenção Básica e isso é uma forma de regulação. O SAMU
tem um dos exemplos mais fortes do sistema de regulação, ele tem o próprio centro regulador, que é
quando a pessoa liga para o SAMU e o SAMU que vai dizer para aonde aquela ambulância vai levar aquela
pessoa. A Atenção Básica é outro centro regulador, é a APS que vai ditar para onde aquela pessoa vai. Então,
esses centros de regulação são necessários para apontar avanços e não retroceder.
- Ainda nesse sentindo, a regulação no Brasil foi necessária justamente porque a desigualdade faz mal à
saúde. Brasileiros pobres, por exemplo, levariam nove gerações para atingir renda média. Em países mais
desiguais, os resultados são piores em áreas como saúde pública, educação, obesidade e mobilidade social.
Por que foi necessário criar sistemas de regulação? Porque nem todos têm acesso à saúde de qualidade. Se
a gente não criasse sistemas de regulação, nem linhas de cuidados e centros reguladores, a gente não
conseguiria controlar quem realmente iria chegar lá na ponta nos altos níveis de complexidade, que seria
quem estava precisando;
- Basta imaginar que quem queria uma consulta com endócrino, tinha uma fila imensa no HGV para se
consultar, não tinha regulação. E chegava lá, quem tava na fila primeiro que marcava sua consulta. Com a
regulação, isso não existe mais, dentro dos moldes do que acontece nos protocolos. Ainda tem as pessoas
que dão uma ajuda, mas pelos protocolos isso não deveria acontecer.
- Além disso, a regulação foi necessária, porque existem o que chamamos de ODS, que são muito
importantes dentro dos serviços de saúde e o principal deles para gente é o ODS 3, que visa assegurar a
cobertura universal de saúde. Dentro desse objetivo de desenvolvimento sustentável, que é o 3º, a gente
precisa garantir cobertura universal, todo mundo precisa ter acesso ao que precisa, então pra isso acontecer
eu precisei criar sistemas que regulam esse acesso. É onde tem a regulação em saúde, é uma forma de
regular esse acesso, então vou garantir uma consulta com um neurocirurgião para quem precisa de uma
consulta com o neurocirurgião, então regula esse processo.
- A Regulação em Saúde parte de dois princípios básicos. O primeiro deles é que a gestão envolve
financiamento, planejamento, regulação e avaliação, ou seja, faz parte da gestão eu regular o sistema.
Quem faz as regulações em saúde são os gestores, as linhas de cuidado são formas de regulação, e quem é
o gestor na linha de cuidado naquele momento? É o profissional médico que está naquela linha, ou seja,
quem segue aquela linha de cuidado é gestor daquele processo. Se eu estou na Atenção Básica com um
paciente hipertenso e eu tenho que seguir aquele processo, naquele momento eu estou sendo gestor
daquele caso, que é justamente quando chamamos de Clínica Do Cuidado. Então, eu estou sendo gestor
daquela clínica naquele momento. Por isso que a atividade de regulação é gestão;
- E a regulação envolve regulamentação, que são leis e protocolos, mediação e fiscalização. Então, quando
vou fazer regulação tenho que verificar regulamentação, o que diz o protocolo, o que deve ser feito. Por
exemplo: o protocolo diz que todo paciente diabético deve ir para o endócrino, tem determinadas pessoas
que vão e outras não vão pelo SUS. Então, não vou mandar todo mundo, somente quem está dentro do
protocolo e isso é feito na forma de mediação. Tem sempre um centro regulador mediando, no caso das
linhas básicas de cuidado é a Atenção Básica, é o profissional que está na ponta, no caso das urgências é o
profissional que está central de regulação do SAMU;
- Além disso, há uma necessidade de se entender que dentro do estado brasileiro, a regulação é feita pelo
próprio estado brasileiro, só quem regula e só quem pode ditar regras no sistema de saúde brasileiro é o
próprio sistema de saúde brasileiro, o Ministério da Saúde. Então, existem correntes diferentes sobre isso,
onde alguns dizem que poderia ser melhor abrir uma regulação privativa, que poderia melhorar, alguns
dizem que o Estado poderia ser mais neoliberal, liberar um pouco mais essas correntes econômicas e
financeiras. Há um grupo que é a favor da autorregulação, do próprio estado se regular, há grupos a favor
do estado mínimo e outros pensam que é melhorar focalizar as políticas de saúde. Dentro do Ministério de
Saúde, as políticas são focalizadas, que é o que segue atualmente, ou seja, cada linha de cuidado, cada
processo de regulação é focada em determinada situação, tanto é que tem o caderno da Atenção Básica do
diabetes, da hipertensão, do pré-natal de baixo risco, então são focalizadas nas políticas criadas no Brasil.
Essas outras correntes não funcionam, mas tem várias pessoas que defendem. O que temos de adoção são
políticas focalizadas.
- Dentro desse processo, além de tudo que a gente já disse do porquê é importante regular, é importante
ainda regular a saúde, porque os recursos são muito direcionados e insuficientes. Tem poucos recursos.
Então eu posso ter 12 endocrinologistas para uma população imensa de 100 mil habitantes, não é possível
todo mundo ser atendido por eles, o recurso é insuficiente, então eu preciso regular, dizer quem vai precisar;
- Há uma dependência grande de recursos federais, muitos municípios não conseguem se sustentar
sozinhos, então precisam de recursos federais, por isso que foi preciso o Ministério da saúde regular a
assistência de quem deve chegar na alta complexidade, que esse é um dos grandes focos da regulação.
Quem vai chegar, por exemplo, no HGV, HU, HUT, então preciso regular para dizer quem vai chegar lá;
- Há uma retração de gasto federal, ou seja, o gasto federal, apesar de ser a maior dependência, há uma
redução clara desses gastos federais em saúde. Além disso, há uma lógica de capital de mercado, há uma
proporção do PIB do Brasil que é inferior a de outro países, ou seja, no Brasil nós investimos muito menos
em saúde do que outros países;
- Ainda, os gastos com ações e serviços de saúde, o capital estrangeiro. Nesse último caso, há um controle
do investimento do capital estrangeiro no setor de saúde no Brasil. Em outros países, esse capital pode
entrar à vontade, já aqui não é tão liberado, há um controle estabelecido em nossa legislação para entrada
de capital estrangeiro, na lei 80 (não consegui entender o número da lei) que foi atualizada em 2021, mas
continua a mesma coisa, pode entrar, mas existem vários critérios, não pode entrar em tudo.
- Emendas impositivas para barrar grandes gastos, agravamento da crise política e econômica, a
desvinculação das receitas, ou seja, a receita do setor saúde é desvinculada dos gastos com outros setores.
Outrossim, há um congelamento orçamentário das políticas sociais de ajuste fiscal e outro grande problema
é que no Brasil o repasse é fundo a fundo, sai do governo federal direto para o municipal. Então, às vezes,
esse repasse não ver realmente as proporções dos estados e de como eles se organizam. Por exemplo, basta
ver que Teresina é um grande centro, e recebeverba por ela, mas não atende só os moradores da cidade,
atende também Altos, Demerval Lobão, Timom, Nazária, União, e várias outras cidades que são limítrofes,
por isso esse repasse de fundos não acontece tão bem assim.
- Dentro desse manual, com a lei 1559, de 2008, ele diz quais são as formas de regulação em saúde no SUS.
Nós temos 3 formas de regular o SUS, a primeira forma é regular o próprio sistema, a segunda é regular o
serviço e a terceira é regular o acesso. O que estaria vinculada à regulação do sistema é a vigilância em
saúde, o controle social, a regionalização, a avaliação e a incorporação de tecnologias, ou seja, as políticas
interssetoriais, e as políticas de vigilância em saúde são todas da regulação de sistemas, ou seja, quando a
vigilância epidemiológica cria uma norma, ou lança um boletim epidemiológico, ela faz regulação com o
sistema. Então isso é uma forma de regular o sistema de saúde, da mesma forma, como a CONITEC que é
- Dentro das normas, existia um manual
de um curso básico de regulação,
controle, avaliação e auditoria no SUS,
publicado em 2011, e a segunda imagem
é a versão atualizada, e esse manual ele
dita como é que o SUS vai ser regulado,
auditado e controlado os seus serviços.
quem avalia incorporação de tecnologias, quando ela vai avaliar se determinado aparelho vai ou não ser
usado no SUS, isso que é regulação do sistema, então vai entrar alguma coisa no SUS;
- A regulação sobre o serviço é quando acontece, por exemplo, na Atenção Básica, a UBS fazer
cadastramento, assim cadastrar, credenciar, contratar profissionais, contratar empresas terceirizadas, as
formas de pagamento, acordos de programação, as formas de supervisão do serviço, a própria auditoria, a
avaliação e os sistemas de informação, o SINAM, SIM, o SIA, todas são formas de regulação sobre os serviços.
Ou seja, estou regulando o serviço, preciso cadastrar pessoas e preciso ter esse cadastro para ter pessoas
pra atender a população, então estou regulando aquele serviço especificamente, daquela UBS;
- E eu tenho a regulação do acesso, ou seja, pra quem vai acessar a tecnologia, consultas básicas,
especializadas, exames e internações eletivas e de urgências, pré e inter-hospitalar, protocolos, gestão
clínica, classificação de riscos, fila de espera, judicialização, são todas formas de regulação de acesso, de
quem vai ter acesso ao serviço. Então eu vou dizer quem vai ter acesso ao endocrinologista, à uma
ressonância magnética, o SUS segue uma linha de quem precisa, isso é regulação por acesso. Por exemplo,
solicito o SAMU para determinados sintomas, ele vai regular o meu acesso para um hospital de bairro, ou ao
hospital geral, porque se eu mandar para hospitais de bairro eu vou perder tempo, diferente de um
paciente que está tendo um infarto, por exemplo, que o hospital de bairro tem estrutura para amparar, um
politraumatizado não vai fazer nada lá, só perder tempo antes de ser regulamentado para um local
apropriado. Isso quando eu regulo acesso a consultas, exames, serviços de especialista, eu estou regulando
acesso às ações de serviço. quando eu estou fazendo cadastramento, contratando pessoas, eu to regulando
o próprio serviço, e quando eu faço uma vigilância em saúde para eu dizer, por exemplo, que há em area tal
uma epidemia de dengue e em área tal uma epidemia de malária, eu estou regulando o próprio sistema,
vou precisar mandar novos serviços para aquela região.
- Dentro desse processo é só entender que essa estrutura é dividida em formas de controle. Dentro desses
processos há controle maior ou menor, o controle que é feito na auditoria de sistemas ele é bem maior e é
um controle interno de avaliação e de auditoria e ele é totalmente feito internamente aqui no Brasil pelo
SUS. Mas eu tenho órgãos externos ao serviços de saúde que podem fazer isso, por exemplo, os órgãos
estatais de controle, o Ministério Público, conselhos de classe, Ministério do Trabalho, eles fazem o controle
externo, por exemplo, quando o CRM diz que é pra interditar determinados setores que não tem
profissional médico suficientes para não sobrecarregar os profissionais, então isso é um controle externo, é
um órgão externo.;
- E ainda tem o controle social que é feito por via dos conselhos de saúde, ta na lei 8142/90, tudo que é feito
pelo Estado, Município ou Governo Federal. Então todos esses serviços que estão aqui são controlados
internamente pelo próprio serviço de auditoria controle e avaliação do SUS, são controlados de forma
externa pelos tribunais de contas, conselhos de classe, Ministério Público e do Trabalho e ainda são
controlados pela comunidade, por via de participação social, que é o controle por meio do conselho. Então
quem controla os serviços de forma social do hospital universitário é o Conselho Federal de Saúde que é
vinculado à uma esfera federal, o HUT é esfera municipal.
- Na regulação dos sistemas, nós temos essas grandes áreas. Nós temos vigilância em saúde, regulação da
saúde suplementar, controle sobre sistemas de saúde (via conselhos) e nós temos a forma básica dos
sistemas de informação. Para gente regular os sistemas eu preciso, além de ter vigilância, eu preciso ter os
sistemas de informação para eu poder fazer a regulação do meu sistema de saúde.
- Aqui é uma forma de estruturação para a gente entender que dentro da formação do processo
estruturacional da regulação, a gente tem as redes de atenção. A criação das redes de atenção à saúde
foram necessárias devido a necessidade de regular o sistema, porque se eu tenho a atenção primaria como
eixo operador e ordenador, ela precisa coordenar e ordenar por algum lugar, se eu não criasse as redes de
saúde eu não saberia para onde encaminhar esse profissional e esse paciente. Então a Atenção Primária
possui como eixo ordenador e coordenador do cuidado, mas ela tem sistemas básicos para direcionar ela,
podendo usar os sistemas de informação em saúde para direcionar o paciente, pode usar os sistemas de
assistência farmacêutica, sistemas de apoio diagnostico para saber onde tem os exames que o paciente
precisa. Todo mundo que vai entrar na regulação do Brasil precisa ter cartão do SUS (com o CPF já vincula
com o número do cartão do SUS), são utilizados prontuários únicos que tem todas as informações desde a
atenção primária, vai passar pelo centro de regulação e precisa ter sistema de transporte sanitário, ou seja,
precisa transportar o paciente para ele chegar onde deve ser atendido.
- E dentro da Atenção Básica eu tenho as linhas de cuidado, ou seja, na atenção básica a porta que você
regula o paciente é pelo fluxo assistencial, são as linhas de cuidado, e passam por referencia e contra-
referencia mediante o protocolo estabelecido. Quando a gente pega a linha de cuidado dos pacientes
crônicos a gente vai começar a ver o que o paciente precisa, vou precisar encaminhar ele para tal
profissional especializado. Então a linha de cuidado é o que direciona os profissionais que o paciente precisa
de um encaminhamento e os serviços que ele precisa ter acesso, são justamente as linhas de cuidado que
fazem o fluxo de regulação do acesso, porque se não tiver seguindo essa linha de cuidado o seu pedido de
exame vai ser recusado via regulação, ou ele vai pro final da fila, porque ele não vai ter prioridade, é um
protocolo. E como eu disse pra vocês o centro regulador que funciona de forma mais correta é o SAMU.
- O principal centro regulador do Brasil é o SAMU. O SAMU é uma central em que se tem uma regulação de
acesso a diversos serviços daquela região, ele garante serviço para todo mundo que entra da forma mais
eficiente atualmente, ele precisa garantir que aquela pessoa tenha acesso. É o sistema que funciona da
forma mais eficiente atualmente. Isso acontece, porque eles tem coordenação, conseguem administrar os
sistemas de informação, e possuem sistema de videofonia, ou seja, conseguem atender mediante chamadas.
- E para encerrar temos que entender que a natureza da demanda por serviços de saúde tente a ser
irregular e imprevisível, a ofertaé capaz de induzir a demanda por mais serviços, existe assimetria de
informações entre o médico e o paciente (o nível de informação entre essas pessoas não é o mesmo). E a
lógica da oferta de serviços de saúde prevalece sobre a necessidade dos cidadãos que muitas vezes não
procuram os serviços pelas barreiras de acessibilidades existentes. Ou seja, o problema da necessidade de
regulação é que em decorrência do paciente não saber das suas necessidades foi necessário a criação da
regulação, e é ai que entra o conhecimento do profissional medico, no Brasil, só quem regula é médico (é
quem dita a linha de cuidado). Na Atenção Básica só tem a atenção pré-natal de baixo risco que o médico e
o enfermeiro podem fazer a regulação, e ainda sim precisa do profissional médico para ir para pré-natal de
alto risco. Então vocês precisam conhecer todas as linhas de cuidado das áreas que vocês se especializam,
porque pode gerar gastos.
AUDITORIA EM SAÚDE 
IESC VIII - Data: 06/11 
Por: Andressa 
 
 
 
 
Auditoria a gente vai ver que, inicialmente, se trata de uma atividade contínua e permanente. 
 
Dentro do serviço de saúde ela acontece de forma ininterrupta, diariamente, por exemplo, quando 
vocês mesmo estão atendendo dentro dos consultórios. O que acontece é que a gente tem um sistema de 
auditoria chamadas auditorias externas, que é quando outras empresas fazem esse papel de auditoria. 
Esse tipo de auditoria interna é importante pois promove um processo de tomada de decisões definindo 
ações no sentido de um futuro desejado para a Instituição. 
Tentem ver a auditoria como uma forma de controle e regulamentação do sistema, para verificar se 
aquele sistema está funcionando como deveria funcionar e a partir disso, delimitar ações para que funcione 
como desejado. 
Prof perguntou se tem algum aluno na área de rentabilidade, pois ele disse que inicialmente os 
primeiros auditores na área da saúde foram médicos, mas antigamente, não era uma área que dava dinheiro 
então foram contratando outras pessoas para fazerem a auditoria em saúde. Atualmente, a auditoria é 
composta por multiprofissionais. 
Essa auditoria basicamente é analisar à luz das boas práticas de assistência à saúde e do contato que 
esta gera ao paciente, médico, hospital, aferindo sua execução e conferindo seus valores de custos. 
O que a auditoria pretende fazer é justamente dar uma relação custo/benefício satisfatória. Ela fiscaliza 
se tudo que dizem que iriam fazer foi feito, vão ditar contas, que é uma forma de auditoria, mas existem outras 
formas, como as de processo e execução, que é o que fazem nos hospitais para entregarem o selo de 
acreditação. Por exemplo, se seguir todo o processo assistencial determinado pelo Ministério da Saúde então 
recebe o selo. 
 
 
Auditoria em saúde é caracterizada como uma atividade em constante estruturação. 
Ela visa nova visão e novos princípios operacionais buscando uma garantia de atendimento de 
qualidade com custos compatíveis, se encaixando nisso, por exemplo, o princípio básico da Eficiência, fazer 
o máximo com o menor custo possível. 
É a análise crítica e sistemática da assistência prestado, comparando-a com padrões de excelência. 
Atualmente, vê custos crescentes e recursos limitados. Dentro do setor público tudo é mais caro e 
geralmente não tem recurso suficiente, mas a auditoria funciona da mesma forma no setor público e privado. 
 
 
 
Para fazer a auditoria usa as mesmas Ferramentas de Qualidade que vimos anteriormente, todas elas 
são possíveis de utilizar e cabe ao auditor escolher para detectar os problemas. 
O tipo mais usado pelos auditores é o Checklist, pois basicamente querem saber se foi realizado com 
excelência e se economizou. 
Os objetivos básicos da auditoria são: 
 Criar e implantar normas que permitem o contínuo aperfeiçoamento do sistema, ou seja, são 
normas que são criadas e a auditoria deve fiscalizar se estão sendo seguidas; 
 Diminuir custos, sem redução na qualidade do atendimento. Eles fazem visitas de vários dias 
para fiscalizar o que é realmente necessário em cada procedimento; 
 Determinar parâmetros nos setores de contas médicas e hospitalares, ou seja, têm serviços de 
auditoria que determinam a grande maioria com seus parâmetros de investimento, tanto no setor 
médico como dentro da atenção básica. 
 
As funções da auditoria se dividem em: 
 
 
• Avaliar controles da empresa, o auditor ele avalia como a empresa está controlando. A empresa 
tem determinados indicadores para alcançar, sendo assim, o auditor que diz se a empresa 
alcançou ou não esse controle; 
• Conferir padrões metodológicos, ou seja, serviços de auditoria determinam como as coisas vão 
funcionar, quais os métodos que vão ser utilizados; 
• Verificar o seguimento de normas contábeis, onde vão verificar se as pessoas da empresa 
estão todas com os processos trabalhistas em dia; 
• Conferir a transparência dos dados e a segurança, ou seja, todo auditor ao final do serviço 
deve assinar um relatório garantindo que foi ele que fez o serviço. (Não deve identificar com 
nomes as pessoas nos relatórios). 
 
OBJETIVOSAUDITORIA-
cian norma e liscalizar se tai sendo
seguida
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O histórico da auditoria no Brasil é algo bem antigo, na área da saúde a gente tem em 1952 a Lei Alípio 
Correia Neto que dizia que os hospitais filantrópicos devem arquivar a documentação das histórias clínicas as 
completas de todos os pacientes. 
O arquivamento de prontuário de pacientes faz parte do setor de auditoria pois tudo que é feito com o 
paciente precisa ser auditado, ou seja, controlado. 
Outros autores apontam que essa necessidade de auditoria ocorreu quando houve o incremento do 
capital estrangeiro, exigindo o controle das contas médicas, que é outra forma de auditoria. 
 
Quando o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) foi criado, ele visou controlar e avaliar a 
assistência médica de uma forma que o governo pudesse controlar essas contas médicas, de forma supletivo. 
Em 1976, a auditoria passa a ser realizada pelos supervisores do INPS, não sendo realizada em hospitais. 
Com a mudança para o INAMPS, foi criada a Coordenação de Controle e Avaliação nos capitais e o serviço 
de Medicina Social nos municípios. 
Além disso, a auditoria deixou de ser feita em hospitais e passou a ser feita por uma coordenação nas 
capitais e nos outros municípios esse Serviço de Medicina Social era quem controlava os gastos. Esse Serviço 
de Medicina Social era vinculado ao INAMPS e não à estrutura de serviço coletiva, ou seja, continuava sendo 
vinculado ao um sistema previdenciário, à quem tinha como pagar. Com o crescimento das empresas, as 
seguradoras veem no mercado uma oportunidade e começam, na década de 1980, a ingressar no seguro 
saúde. As três primeiras seguradoras foram: Sul América, Itaú (somente hospital vinculado) e Bradesco 
Saúde. Depois o Itaú se transforma em sua própria seguradora. Com a criação dessas empresas, surgiram 
os primeiros sistemas de auditorias propriamente ditos, auditorias de serviços privados, os seguros de saúde. 
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O cargo de médico auditor passou a existir em 1983, e somente os médicos poderiam ser auditores, 
outros profissionais da saúde não poderiam (somente os médicos “fiscalizando” os outros médicos). A partir 
daí, as auditorias começaram a ser realizadas nos hospitais, com os auditores médicos. 
Hoje em dia os profissionais não precisam ser médicos para serem auditores, precisa ser especialista 
em auditoria apenas. 
Na constituição de 1988, fica claro que a auditoria é uma tividade de interesse do Poder Público, logo 
depois foi criada a Lei 8.8080/90, que prevê o Sistema Nacional de Auditoria (SNA), para acompanhamento, 
controle e avaliação das ações e serviços de saúde. Hoje em dia, ainda é o mesmo nome – SNA. 
 
 
Em 1993, é criada a Lei 8.689, que cria o SNA, mas somente em 1995 foi reguamentada 
definitivamente. Caracterizando que somente esse sistema poderia fazer auditoria das 3 esferas públicas

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