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Caderno de Doutrina (13)

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SEMANA 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
Sumário 
META 1 .............................................................................................................................................................. 9 
DIREITO PENAL: CONCURSO DE PESSOAS E DE CRIMES .................................................................................... 9 
1. CONCURSO DE PESSOAS ................................................................................................................................ 9 
1.1. Conceito .................................................................................................................................................................. 9 
1.2 Requisitos ............................................................................................................................................................... 11 
1.3 Teorias Sobre Concurso de Pessoas ....................................................................................................................... 14 
1.4. Autoria ................................................................................................................................................................... 15 
1.5. Participação ........................................................................................................................................................... 23 
1.6. Concurso de Pessoas em crimes próprios e crimes de mão própria: .................................................................... 26 
1.7. Concurso de pessoas em crimes culposos ............................................................................................................. 27 
1.8 Concurso de pessoas em crimes omissivos ............................................................................................................ 28 
1.9 Cooperação dolosamente distinta ou participação em crime menos grave ou desvio subjetivo: ......................... 28 
1.10 Concurso de pessoas e crimes multitudinários .................................................................................................... 30 
1.11 Da (in)comunicabilidade das elementares e circunstâncias ................................................................................. 31 
2. CONCURSO DE CRIMES ................................................................................................................................ 31 
2.1 Espécies de Concurso de Crimes ............................................................................................................................ 32 
2.2 Sistemas de aplicação da pena ............................................................................................................................... 32 
2.3 Concurso Material .................................................................................................................................................. 32 
2.4 Concurso Formal (Ideal) ......................................................................................................................................... 34 
2.5 Crime Continuado .................................................................................................................................................. 39 
DIREITOS HUMANOS: INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS ......................................... 49 
1. INTRODUÇÃO E TEORIA GERAL ................................................................................................................... 49 
1.1 Conceito ................................................................................................................................................................. 49 
1.2 Direitos Humanos X Direitos do Homem X Direitos Fundamentais ....................................................................... 50 
2. FONTES DOS DIREITOS HUMANOS .............................................................................................................. 50 
3. FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ............................................................................................ 50 
3.1 Jusnaturalismo........................................................................................................................................................ 51 
3.2 Positivismo ............................................................................................................................................................. 51 
3.3 Jusinternacionalista ................................................................................................................................................ 52 
4. MARCOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS HUMANOS ................................................................................. 52 
5. INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS .................................... 57 
6. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS .............................................................................................. 58 
6.1 Historicidade .......................................................................................................................................................... 58 
6.2 Universalidade ........................................................................................................................................................ 58 
6.3 Limitabilidade ou Relatividade ............................................................................................................................... 59 
6.4 Irrenunciabilidade .................................................................................................................................................. 59 
6.5 Inalienabilidade ou Indisponibilidade .................................................................................................................... 59 
6.6 Imprescritibilidade.................................................................................................................................................. 59 
6.7 Vedação ao retrocesso ........................................................................................................................................... 60 
6.8 Essencialidade ........................................................................................................................................................ 61 
6.9 Inerência ou Essencialidade ................................................................................................................................... 61 
6.10 Interdependência ou Inter-relação ou Complementariedade ............................................................................. 61 
6.11 Inexauribilidade .................................................................................................................................................... 62 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
7. UNIVERSALISMO CULTURAL X RELATIVISMO CULTURAL (PIOVESAN, 2019) .............................................. 62 
8. DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS ....................................................................................................... 64 
8.1 Introdução .............................................................................................................................................................. 64 
8.2 1ª Dimensão (Liberdade) ........................................................................................................................................ 64 
8.3 2ª Dimensão (Igualdade) ........................................................................................................................................ 65 
8.4 3ª Dimensão (Fraternidade ou Solidariedade) .......................................................................................................65 
8.5 4ª Dimensão ........................................................................................................................................................... 66 
8.6 5ª Dimensão ........................................................................................................................................................... 66 
8.7 6ª Dimensão ........................................................................................................................................................... 66 
8.8 Quadro sinóptico – Segundo Paulo Bonavides ....................................................................................................... 66 
9. A TEORIA DOS QUATRO STATUS DE JELLINEK ............................................................................................. 67 
META 2 ............................................................................................................................................................ 69 
DIREITO ADMINISTRATIVO: ENTES DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................... 69 
1. PRINCÍPIOS INERENTES À ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (art. 6º, DL 200/67) ...................................... 71 
2. DESCENTRALIZAÇÃO X DESCONCENTRAÇÃO .............................................................................................. 71 
2.1 Espécies de Descentralização ................................................................................................................................. 73 
3. ÓRGÃOS PÚBLICOS ...................................................................................................................................... 75 
3.1 Teorias sobre a relação Estado x agentes .............................................................................................................. 78 
3.2 Criação e Extinção de Órgãos Públicos ................................................................................................................... 79 
3.3 Classificação dos Órgãos ........................................................................................................................................ 80 
4. DESCENTRALIZAÇÃO .................................................................................................................................... 82 
5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ......................................................................................................................... 82 
5.1. Características comuns .......................................................................................................................................... 83 
5.2 Entes da Administração Indireta ............................................................................................................................ 84 
5.2.1 Autarquias ........................................................................................................................................................ 84 
5.2.2 Agências Reguladoras ...................................................................................................................................... 93 
5.2.3 Agências Executivas ....................................................................................................................................... 100 
5.2.4 Fundações Públicas ................................................................................................................................... 101 
5.3 Empresas Estatais (Lei 13.303/2016) ................................................................................................................... 104 
6. ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR .............................................................................................................. 115 
6.1 Serviço Social Autônomo - Sistema “S” ................................................................................................................ 119 
6.2 Entidades ou Fundações de Apoio ....................................................................................................................... 121 
6.3 Organizações Sociais - OS (Lei 9637/98) ............................................................................................................... 122 
6.4 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (Lei 9790/99) ....................................................... 125 
6.5 Organizações da Sociedade Civil - OSC (Lei 13.019/14) ....................................................................................... 131 
META 3 .......................................................................................................................................................... 144 
DIREITO PROCESSUAL PENAL: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ....................................................................... 144 
1. MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS .............................................................................................. 146 
1.1 Autotutela ............................................................................................................................................................ 146 
1.2 Autocomposição ................................................................................................................................................... 147 
1.3 Jurisdição .............................................................................................................................................................. 147 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
2. COMPETÊNCIA ........................................................................................................................................... 149 
2.1 Critérios de fixação da competência .................................................................................................................... 149 
2.2 Competência Absoluta x Competência Relativa ................................................................................................... 150 
2.3 Regras de fixação de competência ....................................................................................................................... 152 
3. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO (JMU) E DOS ESTADOS (JME) ....................... 152 
4. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL ....................................................................................... 161 
4.1 Crimes Políticos .................................................................................................................................................... 162 
4.2 Infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da união ou de suas entidades 
autárquicas ou empresa pública ................................................................................................................................ 163 
4.3 Crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no país, o resultado tenha 
ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente .................................................................................... 172 
4.3.1 As causas relativas a Direitos Humanos a que se refere o § 5º deste artigo ............................................ 173 
4.4 Crimes contra a Organização do Trabalho .................................................................................................... 174 
4.5 Crimes contra o Sistema Financeiro e a Ordem Econômico-Financeira ............................................................... 175 
4.6 Crimes cometidos a bordo de navios e aeronaves ............................................................................................... 176 
4.7 Crimes relativos à disputa sobre direitos indígenas ............................................................................................. 177 
5. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA ESTADUAL.................................................................................... 178 
6. COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (RATIONE PERSONAE/RATIONE FUNCIONAE) ............ 179 
6.1 Reflexos da nova decisão do STF acerca da investigação criminal ....................................................................... 187 
6.2 Crimes Dolosos Contra Vida X Foro por Prerrogativa de Função ......................................................................... 191 
6.3 Concurso de Agentes e Foro por Prerrogativa ..................................................................................................... 191 
7. COMPETÊNCIA TERRITORIAL ..................................................................................................................... 192 
7.1 Regras de competência específicas para algumas espécies de crimes: ............................................................... 193 
7.2 Competência territorial com base no domicílio do acusado: ............................................................................... 202 
7.3 Competência em Razão da Matéria ou Natureza da Infração .............................................................................. 203 
7.4 Competência por Distribuição .............................................................................................................................. 208 
7.5 Competência por Conexão ou Continência .......................................................................................................... 208 
7.6 Regras na determinação da competência ............................................................................................................ 210 
META 4 .......................................................................................................................................................... 217 
DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................. 217 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 218 
2. EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL ................................................................................................ 218 
3. AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL .................................................................................................... 221 
4. RESPONSABILIDADE OBJETIVA .................................................................................................................. 224 
4.1 Elementos da responsabilidade civil objetiva ...................................................................................................... 224 
4.2 Fundamentos da responsabilidade civil objetiva ................................................................................................. 227 
4.2.1. Teoria do Risco Administrativo ..................................................................................................................... 227 
4.2.2. Teoria do Risco Integral ................................................................................................................................ 227 
4.2.3. Teoria da Repartição dos Encargos Sociais ................................................................................................... 227 
4.2.4. Princípio Republicano ................................................................................................................................... 228 
5. RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO .......................................................................................................... 228 
6. RESPONSABILIDADE DO AGENTE ............................................................................................................... 236 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
7. DENUNCIAÇÃO À LIDE DO AGENTE PÚBLICO ............................................................................................ 239 
8. PRAZO PRESCRICIONAL ............................................................................................................................. 240 
8.1. Para a cobrança do particular em face do Estado ............................................................................................... 240 
8.2. Para a cobrança do Estado em face do particular ............................................................................................... 242 
9. RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS .......................................................................................... 243 
10. RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS ..................................................................................... 244 
11. RESPONSABILIDADE DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES ........................................................................ 245 
12. RESPONSABILIDADE POR ATOS DE MULTIDÕES (ATOS MULTITUDINÁRIOS) .......................................... 246 
13. RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS ....................................................................................... 246 
14. RESPONSABILIDADE DE AGENTES PÚBLICOS POR ATOS RELACIONADOS COM A PANDEMIA DA COVID-19
 ....................................................................................................................................................................... 248 
15. JURISPRUDÊNCIA ..................................................................................................................................... 248 
DIREITOS HUMANOS: INTERPRETAÇÃO, EFICÁCIA E DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO ................... 254 
1. INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS.............................................................................................. 254 
1.1 Aspectos gerais ..................................................................................................................................................... 254 
1.2 Métodos para interpretação dos direitos humanos ............................................................................................ 255 
1.3 Conflito entre Direitos Humanos .......................................................................................................................... 258 
2. DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO .................................................................................................. 262 
2.1 Fundamentos e Objetivos da República Federativa do Brasil .............................................................................. 262 
2.2 A Supremacia da Constituição e os Direitos Humanos ......................................................................................... 264 
2.3 A Incorporação dos Tratados Internacionais no Ordenamento Jurídico Brasileiro .............................................. 264 
3. EFICÁCIA DOS DIREITOS HUMANOS .......................................................................................................... 268 
META 5 .......................................................................................................................................................... 270 
MEDICINA LEGAL: DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS ...................................................................................... 270 
1. CONCEITO DE MEDICINA LEGAL ................................................................................................................ 270 
2. SUBDIVISÕES DA MEDICINA LEGAL ........................................................................................................... 272 
3. PERÍCIAS E PERITOS ................................................................................................................................... 273 
3.1. Perícia .................................................................................................................................................................. 273 
3.2. Peritos .................................................................................................................................................................279 
3.3. Crime de Falsa Perícia .......................................................................................................................................... 283 
4. INFORTUNÍSTICA ........................................................................................................................................ 284 
5. DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS ................................................................................................................ 289 
5.1. Relatórios (Laudos e Autos) ................................................................................................................................. 289 
5.2. Parecer Médico-Legal .......................................................................................................................................... 292 
5.3 Atestado ............................................................................................................................................................... 293 
5.3.1 Tipos de Atestados ......................................................................................................................................... 293 
5.3.2 Classificação quanto ao modo de fazer ou conteúdo, os atestados podem ser: ........................................... 294 
5.3.3 Atestado de óbito .......................................................................................................................................... 294 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
5.3.4 Notificação Compulsória ................................................................................................................................ 296 
5.4. Depoimentos Orais .............................................................................................................................................. 297 
5.5 Prontuários ........................................................................................................................................................... 298 
MEDICINA LEGAL: TANATOLOGIA ................................................................................................................. 299 
1. CONCEITO DE TANATOLOGIA E MORTE .................................................................................................... 299 
2. MODALIDADES DE MORTE ........................................................................................................................ 302 
2.1 Outros Tipos de Morte ......................................................................................................................................... 303 
2.1.1 Morte Violenta X Natural X Suspeita ............................................................................................................. 303 
2.1.2 Morte Súbita X Instantânea ........................................................................................................................... 304 
3. TANATOGNOSE – SINAIS DA MORTE ......................................................................................................... 305 
3.1 Fenômenos Cadavéricos ....................................................................................................................................... 305 
3.2 Fenômenos Abióticos, Avitais ou Vitais Negativos ............................................................................................... 307 
3.3 Fenômenos Abióticos Mediatos, De Certeza, Tardios ou Consecutivos .............................................................. 308 
3.4 TAFONOMIA (Fenômenos Transformativos) ........................................................................................................ 315 
3.4.1 Fenômenos Transformativos Destrutivos ...................................................................................................... 315 
3.4.2 Fenômenos Transformativos Conservadores ................................................................................................ 323 
4. CRONOTANATOGNOSE .............................................................................................................................. 326 
5. LESÕES VITAIS X LESÕES POST MORTEM .................................................................................................. 328 
6. EXUMAÇÃO E INUMAÇÃO ......................................................................................................................... 329 
6.1 Inumação .............................................................................................................................................................. 329 
6.2 Exumação ............................................................................................................................................................. 329 
7. PREMORIÊNCIA E COMORIÊNCIA .............................................................................................................. 330 
7.1 Premoriência ........................................................................................................................................................ 330 
7.2 Comoriência ......................................................................................................................................................... 331 
META 6 – REVISÃO SEMANAL ........................................................................................................................ 332 
DIREITO PENAL: CONCURSO DE PESSOAS E DE CRIMES ................................................................................ 332 
DIREITO ADMINISTRATIVO: ENTES DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................. 333 
DIREITO PROCESSUAL PENAL: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ....................................................................... 335 
DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................. 338 
DIREITOS HUMANOS: INTERPRETAÇÃO, EFICÁCIA E DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO ................... 340 
MEDICINA LEGAL: DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS ...................................................................................... 341 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA SEMANA 04 
META DIA ASSUNTO 
1 SEG 
DIREITO PENAL: Concurso de Pessoas e de Crimes 
DIREITOS HUMANOS: Introdução e Teoria Geral dos Direitos Humanos 
2 TER DIREITO ADMINISTRATIVO: Entes da Administração 
3 QUA DIREITO PROCESSUAL PENAL: Jurisdição e Competência 
4 QUI 
DIREITO ADMINISTRATIVO: Responsabilidade Civil do Estado 
DIREITOS HUMANOS: Interpretação, Eficácia e Direitos Humanos na 
Constituição 
5 SEX 
MEDICINA LEGAL: Documentos Médico Legais 
MEDICINA LEGAL: Tanatologia 
6 SÁB 
REVISÃO SEMANAL 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA (Anexo) 
 
 
ATENÇÃO 
 
Gostou do nosso material? 
 
Lembre de postar nas suas redes sociais e marcar o @dedicacaodelta. 
 
Conte sempre conosco. 
 
Equipe DD 
 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Caso possua alguma dúvida jurídica sobre o conteúdo disponibilizado no curso, pedimos que utilize a sua 
área do aluno. Há um campo específico para enviar dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
9 
 
META 1 
 
DIREITO PENAL: CONCURSO DE PESSOAS E DE CRIMES 
 
TODOS OS ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA 
CÓDIGO PENAL: 
⦁ Art. 29 ao 31 
⦁ Art. 69 a 72 
 
ARTIGOS MAIS IMPORTANTES – NÃO DEIXE DE LER! 
CÓDIGO PENAL: 
⦁ Art. 29 (muito importante!) 
⦁ Art. 69, caput 
⦁ Art. 70, caput 
⦁ Art. 71, caput e §único (muito importante!) 
 
SÚMULAS RELACIONADAS AO TEMA 
Súmula 659 STJ – A fração de aumento em razão da prática de crime continuado deve ser fixada de acordo 
com o número de delitos cometidos, aplicando-se 1/6 pela prática de duas infrações, 1/5 para três, 1/4para quatro, 1/3 para cinco, 1/2 para seis e 2/3 para sete ou mais infrações. 
Súmula 711-STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
Súmula 497-STF: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na 
sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. 
 
1. CONCURSO DE PESSOAS 
 
1.1. Conceito 
 
O concurso de pessoas consiste na reunião de mais de um agente, em que todos concorrem com 
unidade de propósitos e de modo relevante para a prática da conduta típica. É o cometimento da mesma 
infração penal por duas ou mais pessoas, que serão chamadas de coautor/ autor ou partícipe (art. 29, CP). 
Essas pessoas devem atuar de forma relevante para o resultado e possuir identidade de propósito. 
 
● Crimes unissubjetivos ou de concurso eventual: São os delitos que podem ser praticados apenas por 
um sujeito ou por vários. O concurso de pessoas é eventual, ou seja, pode ou não ocorrer. 
● Crimes plurissubjetivos ou de concurso necessário: São delitos nos quais o concurso de pessoas é 
elementar do tipo: o tipo penal exige a pluralidade de agentes (plurissubjetivos). Ex.: Rixa, associação 
criminosa. 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO RIO GRANDE DO SUL – TURMA 5 
 
SEMANA 04/21 
10 
 
 
☞ Excepcionalmente, admite-se participação em delitos plurissubjetivos. Ex.: sujeito 
empresta casa para quadrilha se reunir, sem participar da associação, pode ser 
considerado partícipe do crime. 
☞ Obs.: Luiz Regis Prado (2018, p.320), tratando dos crimes que só podem ser praticados 
com a participação de várias pessoas, denomina de “participação necessária 
imprópria” (NOMENCLATURA JÁ COBRADA EM PROVA DA BANCA CESPE) as 
hipóteses de “delitos de encontro ou de convergência”. 
 
Espécies de crimes plurissubjetivos: Os crimes concurso necessário se dividem em: delitos de 
condutas paralelas, convergentes ou contrapostas: 
- De condutas paralelas: as condutas auxiliam-se mutuamente, visando a produção de um resultado 
comum. Todos os agentes se unem em prol de um objetivo idêntico, no sentido de concentrar esforços para 
a realização do crime. As condutas voltam-se para a consecução do mesmo fim, no caso, a prática de crimes. 
ex: associação criminosa. 
- De condutas convergentes: as condutas tendem a encontrar-se, e desse encontro surge o resultado. 
Não se voltam, portanto, para a frente, para o futuro, na busca da consecução do resultado delituoso, mas, 
ao contrário, uma se dirige a outra, e desse encontro resulta o delito. Ex: Bigamia. em que há um agente que 
viola o dever matrimonial de fidelidade e o outro que com ele coopera 
- De condutas contrapostas: as condutas são praticadas umas contra as outras. Os agentes são, ao 
mesmo tempo, autores e vítimas. Ex: crime de rixa. 
 
Caiu na prova Delegado-BA (2022) (prova anulada) 
Crimes coletivos ou de convergência são aqueles: 
a) Que têm como elementar o concurso de várias pessoas para um fim único 
b) Que exigem o concurso de duas pessoas mesmo que uma não seja culpável 
c) Que podem ser eventualmente cometidos por uma só pessoa, mas que, normalmente, são praticados por 
um coletivo de agentes. 
d) Que podem gerar autoria e participação conjuntamente 
e) Que podem ser eventualmente coletivos, razão pela qual são também denominados de crimes qualificados 
pelo concurso de pessoas. 
GABARITO DD: LETRA A. Como na explicação dada acima, os crimes plurissubjetivos, de concurso 
necessário, têm como elementar pluralidade de pessoas. 
 
Caiu na prova Delegado/Cespe: João e Pedro, maiores e capazes, livres e conscientemente, aceitaram 
convite de Ana, também maior e capaz, para juntos assaltarem loja do comércio local. Em data e hora 
combinadas, no período noturno e após o fechamento, João e Pedro arrombaram a porta dos fundos de uma 
loja de decoração, na qual entraram e ficaram vigiando enquanto Ana subtraía objetos valiosos, que seriam 
divididos igualmente entre os três. Alertada pela vizinhança, a polícia chegou ao local durante o assalto, 
prendeu os três e os encaminhou para a delegacia de polícia local. Na situação descrita, está presente a 
 
 
 
 
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hipótese de participação necessária imprópria. (Item incorreto). Participação necessária imprópria: se dá 
nos crimes plurissubjetivos ou de concurso necessário (há participação necessária de outra pessoa, que 
também é sujeito ativo e será punida). Ex.: associação criminosa. 
 
● Crimes acidentalmente coletivos (ou eventualmente plurissubjetivos)podem ser praticados 
por uma só pessoa, mas, quando praticados em pluralidade de agentes, geram uma 
modalidade mais grave do delito (qualificadora ou causa de aumento, ex: roubo majorado). 
 
Para o nosso estudo aqui, vai interessar o primeiro tipo: o de concurso eventual. Nos demais, a regra 
aplicada será a do próprio tipo penal. 
 
ATENÇÃO! Caso a cooperação ocorra depois da consumação, pode haver delito autônomo. Logo, não 
será caso de responsabilização do sujeito pelo crime consumado anteriormente, caso não tenha havido 
acordo prévio. Ex: Imagine que um sujeito encomende a outro que subtraia uma obra de arte para colocar 
em sua residência, especificando o artigo. O segundo indivíduo subtrai e o outro paga pelo serviço, ficando 
com a res furtiva, ou seja, o objeto do furto. Nesse caso, temos concurso de pessoas, em virtude do acordo 
prévio entre os agentes. 
Por outro lado, se José subtrai uma obra de arte e depois busca um comprador, eventual compra da 
coisa furtada pelo sujeito, que só ficou sabendo do delito após o oferecimento do produto por José, não 
configura o concurso de pessoas. Comprando o aparelho furtado, o sujeito responderá pelo crime de 
receptação, crime autônomo, e não pelo furto praticado anteriormente. 
 
1.2 Requisitos 
 
 
 
1. PLURALIDADE DE AGENTES CULPÁVEIS: 
 
Conduta principal: autor ou coautores. 
Conduta acessória: partícipe. 
Ex.: dois coautores; um autor e dois partícipes etc. 
o Parte da doutrina entende que, para o concurso de pessoas disciplinado nos arts. 29/31, todos 
devem ser culpáveis, pois, caso contrário, faltando culpabilidade, não será caracterizado 
concurso de pessoas, mas sim autoria mediata. 
 
 
 
 
 
 
C
o
n
cu
rs
o
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e
 
p
e
ss
o
as
 
 Pluralidade de agentes culpáveis 
 Relevância causal da conduta 
 Vínculo subjetivo entre os agentes 
 Unidade de infração 
 Existência de fato punível 
 
 
 
 
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☞ Obs.1: Vale lembrar que a autoria mediata não é espécie de concurso de agentes. 
☞ Obs.2: Cuidado, pois nem sempre a participação de um menor será hipótese de autoria 
mediata! Só haverá autoria mediata caso o agente se valha do menor como instrumento 
para a prática de crime. Se o menor possuir, de alguma forma, domínio sobre a ação 
criminosa, haverá concurso de agentes. Ex.: Um maior e um menor (de 17 anos) roubam 
um ônibus. Nesse caso, o menor não está sendo utilizado como mero instrumento apto a 
caracterizar autoria mediata. Veja a jurisprudência pertinente: 
 
Roubo circunstanciado pelo concurso de pessoas e participação de inimputável 
Se um maior de idade pratica o roubo juntamente com um inimputável, esse roubo 
será majorado pelo concurso de pessoas (art. 157, § 2º do CP). A participação do 
menor de idade pode ser considerada com o objetivo de caracterizar concurso de 
pessoas para fins de aplicação da causa de aumento de pena no crime de roubo. 
STF. 1ª Turma. HC 110425/ES, rel. Min. Dias Toffoli, 5/6/2012. STJ. 6ª Turma. HC 
150849/DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/08/2011. 
 
o Para os crimes de concurso necessário ou os acidentalmente coletivos, basta que um dos 
agentesseja culpável para que fiquem caracterizados ou possa ser reconhecida eventual 
qualificadora ou causa de aumento (ex.: adolescente entra na contagem da quantidade 
necessária para caracterizar associação criminosa, para incidir a qualificadora do roubo etc.). 
 
2. RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS PARA A PRODUÇÃO DO RESULTADO 
A conduta deve, efetivamente, contribuir para a execução do crime. Caso contrário, não haverá 
concurso de agentes. 
Vejamos um exemplo: João empresta arma de fogo para Rodrigo matar Bianca. O empréstimo da 
arma de fogo configura, em tese, um auxílio material, fazendo com que João seja partícipe do homicídio 
praticado por Rodrigo. No entanto, se mesmo tendo emprestado a arma de fogo, Rodrigo optar por praticar 
o homicídio com uma faca, então João não será partícipe do crime, em razão da ausência de relevância 
causal de sua conduta (pois o ato de emprestar a arma de fogo em nada contribuiu para o crime). 
💣 A doutrina chama isso de participação inócua! 
 
Lembre-se que nosso Ordenamento Jurídico adota a Teoria da Equivalência dos Antecedentes 
Causais (que utiliza o método de eliminação hipotética), de modo que não será possível punir uma conduta 
que seja irrelevante para o nexo de causalidade. (O direito penal não se ocupa de condutas inócuas/ 
inofensivas). 
Nesse sentido, para a doutrina amplamente majoritária, uma conduta relevante é qualquer 
contribuição, seja física, moral, direta, indireta, omissiva, comissiva, para a execução do crime! 
 
 
 
 
 
https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/459a4ddcb586f24efd9395aa7662bc7c?categoria=11&subcategoria=106&assunto=262
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ATENÇÃO: Em regra, a contribuição para o crime deve ocorrer ANTES ou DURANTE a consumação. 
Se praticada depois, poderá configurar crime autônomo. Excepcionalmente, a contribuição pode ser prestada 
depois da consumação do crime, desde que tenha havido ajuste prévio. 
 
3. VÍNCULO SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES (LIAME PSICOLÓGICO): 
 É o nexo psicológico entre os agentes no sentido de que todos colaboram para o mesmo resultado. 
Ou seja: todos os concorrentes devem perseguir o mesmo crime! 
 Portanto, não basta que as condutas sejam objetivamente relevantes, é necessário que os agentes 
saibam que exercem uma colaboração em prol do fim em comum. 
● Aqui surge o chamado princípio da convergência, também conhecido como vontades 
homogêneas ou homogeneidade de elementos subjetivos. E é justamente em razão da 
necessidade dessa homogeneidade que a doutrina majoritária entende que não é possível 
haver participação culposa em crime doloso, e nem participação dolosa em crime culposo! 
 A ausência do liame subjetivo afasta o reconhecimento do concurso de pessoas, podendo ensejar, a 
depender do caso concreto, uma autoria colateral. 
 
✔ Obs.1: Não se exige liame subjetivo bilateral para caracterização do concurso de agentes. 
Ou seja, não é necessário que haja reciprocidade no liame subjetivo. Ex.: empregada 
doméstica, com raiva de seu patrão, deixa a porta da cozinha aberta para que o furtador (que 
todos sabem que há no prédio), furte os bens. Nesse caso, mesmo que o furtador não saiba 
da colaboração da empregada, há concurso de agentes, pois a vontade de ambos está 
direcionada ao mesmo resultado. A empregada, então, será partícipe do furto. 
✔ Obs.2: Vínculo subjetivo não se confunde com o ajuste ou ajuste prévio! Dessa forma, para 
configurar concurso de agentes, é desnecessária a prévia combinação, bastando que 
concorrente tenha consciência e vontade de aderir ao crime de terceiro. Ex.: pessoa 
caminhando no condomínio e vê o agente furtando pertences de dentro de um carro, e 
resolve furtar junto. Nesse caso, há concurso de pessoas, ainda que o liame subjetivo tenha 
ocorrido durante a execução do crime. 
✔ Obs.3: Nesse sentido, Masson aduz que o partícipe precisa aderir à vontade do autor, não 
sendo necessário que o autor saiba da sua colaboração 
 
CUIDADO COM PEGADINHA DE NOMENCLATURA! 
● Ajuste prévio é sinônimo de pactum celleris – dispensável para caracterizar o concurso de pessoas. 
● Liame subjetivo é sinônimo de ciência malefici ou ciência celleris - indispensável para caracterizar o 
concurso de pessoas. 
 
Caiu em prova Delegado SC/2024! Caio, 18 anos, Tício, 20 anos e Mévio, 22 anos, integram uma torcida 
organizada de uma agremiação futebolística. No dia de uma partida de seu clube, encontram um torcedor 
do time rival sozinho, saindo do trem a uma curta distância. Mévio então olhou para Caio e Tício e fez gestos 
com as mãos denotando que os três perseguissem e agredissem o torcedor rival. Ao efetivamente 
 
 
 
 
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alcançarem a vítima, o lesionaram com socos e pontapés. Pelo exposto, é correto afirmar que Caio, Tício e 
Mévio devem responder por crime de lesão corporal em concurso de pessoas. (item correto). 
4. UNIDADE DE INFRAÇÃO PENAL: 
 Todos que concorrem para um determinado crime responderão por ele, vez que, em regra, foi 
adotada a teoria monista mitigada, que admite exceções pluralistas (veremos logo à frente). (Art. 29 do CP: 
quem de qualquer modo concorre para “O CRIME”). 
 Mas atenção, embora haja unidade de crimes, não há unidade de penas. A pena de cada um será 
fixada de acordo com sua culpabilidade, seguindo individualmente os critérios da dosimetria. 
 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas, na medida de sua culpabilidade 
 
5. EXISTÊNCIA DE FATO PUNÍVEL: 
 O concurso de pessoas depende da punibilidade de um crime, a qual requer, em seu limite mínimo, 
o início da execução. Tal circunstância constitui o princípio da exterioridade. 
 
 Obs.: Art. 31 do CP: O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição 
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
1.3 Teorias Sobre Concurso de Pessoas 
 
● Teoria monista, igualitária ou unitária (ADOTADA NO CP DE FORMA MITIGADA): Todos os 
concorrentes praticam condutas concorrentes para a realização de um fato único, e assim 
responderão pelo mesmo crime, ou seja, pelo mesmo fato criminoso. Assim, há apenas 1 crime para 
autores e partícipes. 
 
● Teoria dualista: Se configura um crime para os executores que praticam a conduta do núcleo do tipo 
(autores) e o outro para os que, sem realizarem o núcleo do tipo, concorrem para a sua realização 
(partícipes). 
 
● Teoria pluralista (ou teoria da cumplicidade do crime distinto): Os agentes praticam condutas 
concorrendo para a realização de um fato, mas haverá um crime para cada agente. Ou seja: por essa 
teoria, haverá tantos crimes quantos forem os concorrentes. Ex.: 10 pessoas praticaram o crime de 
roubo, logo haverá 10 crimes autônomos de roubo. 
 
 
 
 
 
 
 Teorias 
 Monista 
 REGRA 
 Pluralista 
 
CASOS 
EXCEPCIONAIS 
 
 
 
 
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Excepcionalmente, o Código Penal abre espaço para a teoria pluralista. Exemplos: Aborto provocado 
por terceiro com o consentimento da gestante (ao terceiro executor imputa-se o crime do art. 126); 
Bigamia; Corrupção passiva e ativa; falso testemunho ou falsa perícia. 
 
No campo do estudo da autoria, cumpre citar que se denomina de autoria por convicção a situação 
do sujeito ativo que pratica o delito por motivo de convicção religiosa. A autoria de consciência, por outro 
lado, seria a do sujeito ativo que age por entender que é dever de sua consciência, um dever moral. 
 
APROFUNDANDO PARA PROVA DISCURSIVAS: 
O que é teoria da cumplicidade do crime distinto? 
A teoria da cumplicidade do crime distinto é apenas uma das nomenclaturas da teoria pluralista, que explica 
como deve ocorrer a puniçãono concurso de pessoas. Para ela, os agentes em concurso devem responder 
por diferentes crimes, de acordo com os atos praticados. Foi acolhida, de forma excepcional, pelo Código 
Penal nos crimes de aborto com o consentimento da gestante (a gestante responde por um crime e o terceiro, 
por outro), de corrupção ativa e passiva e de bigamia, por exemplo. Lembrando, apenas, que a regra, no 
Código Penal, é a punição de todos os agentes em concurso pelo mesmo crime (teoria unitária ou monista), 
conforme o art.29. 
 
1.4. Autoria 
 
a) Conceito de autor 
Na doutrina, há algumas teorias que buscam diferenciar autor e partícipe. Vejamos: 
TEORIAS SOBRE A AUTORIA: 
● Subjetiva ou unitária: Para essa teoria, autor é aquele que concorre de alguma forma para o fato. 
— NÃO distingue autor e partícipe. 
— Adota um conceito extensivo de autor. 
— Falhas dessa teoria: Por não diferenciar autor e partícipe, a Teoria Subjetiva não resolve os 
delitos de mão própria e nem os casos que envolvem assassino de aluguel. 
 
● Extensiva: Todos os que dão causa ao resultado são autores, ou seja, não distingue autor de 
partícipe, mas a lei distingue os graus de responsabilidade. 
 Obs.: Parte da doutrina afirma que a teoria extensiva é aquela em que não é possível 
distinguir objetivamente o autor e o partícipe, de modo que essa distinção deve ser feita de forma 
subjetiva, ou seja, de acordo com o animus do agente. Portanto, para essa doutrina, autor é aquele 
que quer praticar o fato como próprio, enquanto partícipe é aquele que quer o fato como alheio. 
 
● Teorias Objetiva ou Dualista (conceito restritivo de autor): Fazem diferenciação de autor e partícipe. 
Parte da premissa de que nem todo aquele que causa o resultado é autor do delito, pode ser 
subdividida em: 
 
 
 
 
 
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o Teoria objetivo-formal: (ADOTADA PELO CP) 
▪ Autor: é aquele que realiza todos ou alguns elementos do ato, que pratica o núcleo 
do verbo. (ação nuclear típica) 
▪ Partícipe: Contribui de forma acessória para o crime sem realizar os elementos do 
tipo. 
▪ Coautores: conjuntamente realizam o núcleo do tipo – Princípio da imputação 
recíproca das distintas condutas. 
— Crítica: A teoria objetiva-formal não responde a autoria mediata, pois o 
autor mediato não pratica o verbo, mas sim se utiliza de outra pessoa como 
instrumento. 
 
o Teoria objetivo-material: Autor é quem contribui de forma mais relevante para a ocorrência 
do resultado, logo, a diferença entre autor e partícipe reside na contribuição para o resultado 
criminoso. 
▪ Autor: Contribui com a conduta mais importante; 
▪ Partícipe: aquele que menor contribui na causação do resultado. 
 
● Teoria do domínio do fato: Trata-se de uma teoria objetiva-subjetiva, pois mistura um pouco as 
teorias anteriores. 
 
TEORIA DOMÍNIO DO FATO: CONCEPÇÃO DE WELZEL X DOMÍNIO DO FATO: TEORIA DE ROXIN: 
- Na visão de Welzel, o autor possui o domínio final do fato, com a vontade final de realização (dolo do tipo), 
decidindo sobre a forma de execução, seu início, sua cessação e as condições de realização. É quem tem o 
poder de decisão final sobre o fato. Assim, partindo da doutrina de Hans Welzel: autor é aquele que possui 
controle finalístico sobre a ação delituosa, enquanto o partícipe colabora para sua produção do resultado 
ou para a prática delitiva, sem domínio sobre a ação, ou seja, sem controle sobre o início ou a cessação da 
atividade ilícita. 
- Na visão de Roxin, o autor é a figura central do acontecimento da ação, ou seja, da conduta criminosa. 
Partícipe é aquele que colabora dolosamente para o alcance do resultado, sem exercer o domínio sobre a 
ação. O autor é a figura central da conduta típica, aquele que possui domínio sobre a execução dos atos 
executórios e até mesmo sobre a consumação. (aprofundaremos a seguir). 
 
● Para Roxin, o conceito de autor não deve se restringir somente àqueles que praticam o verbo núcleo 
do tipo penal, uma vez que, muitas vezes, o indivíduo que não pratica o verbo núcleo tem mais 
culpabilidade do que aqueles que realizam, sobretudo em casos de autoria mediata. E, muitas 
vezes, o crime é praticado por indivíduos que dividem as tarefas que são tão essenciais para a 
realização do tipo que, se um deles decidisse não colaborar, o crime não se realizaria. 
 Assim, para a Teoria do Domínio do fato, autor é aquele que possui poder de decisão sobre 
a realização do tipo, o que pode ocorrer em 3 contextos: 
💣 A Teoria do Domínio do fato já foi aplicada pelo STF 
 
 
 
 
 
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(1) Domínio da ação (AUTOR IMEDIATO): É aquele que possui domínio sobre a própria ação. O 
autor realiza pessoalmente os elementos do tipo. Ex: É o assassino que, de forma livre e 
consciente, está com a arma de fogo e dispara contra seu inimigo, matando-o. 
(2) Domínio da vontade (AUTOR MEDIATO): É autor aquele que domina a vontade de um 
terceiro que é utilizado como instrumento. O domínio da vontade se dá por erro, coação 
ou aparatos organizados de poder: 
 
O domínio da vontade se subdivide em: 
2.1 - Por instrumento = figura do autor mediato, utiliza-se normalmente de um inimputável para 
prática delituosa (erro/coação). 
2.2 - Domínio da organização – aparatos organizados de poder – o conhecido "AUTOR DE 
ESCRITÓRIO" Possibilidade de domínio da vontade sobre executores que agem com culpabilidade e são 
igualmente responsáveis. Ou seja, um autor por trás de outro autor. Autoria de escritório trata-se de uma 
autoria mediata especial ou particular. Sua peculiaridade reside em que são autores tanto o que determina 
quanto o determinado. O determinador é autor mediato de escritório, e o determinado é autor imediato (ou 
direto), pois realiza um injusto culpável. 
 
ERRO: Imagine que o médico diga a enfermeira para aplicar uma injeção com veneno no seu inimigo, 
mas diz que é um medicamento de que ele precisa (erro provocado por terceiro). O médico é autor, por ter 
o domínio da vontade no caso. O autor é o “homem de trás”, em autoria mediata. 
COAÇÃO: Autor é também quem coage o executor, que age sem culpabilidade. Pode-se pensar no 
sujeito que aponta uma arma de fogo para a esposa de um gerente de banco e manda ele subtrair valores 
de outra conta e repasse a uma conta específica de terceiro (coação moral irresistível). O agente se vale de 
uma pessoa sem culpabilidade como executora, agindo, assim, com domínio de vontade, respondendo como 
autor. 
APARATOS ORGANIZADOS DE PODER: Possibilidade de domínio de vontade sobre os executores que 
agem com culpabilidade e são igualmente responsáveis. Ou seja, um autor por trás do outro autor. Os 
aparatos organizados de poder seriam estruturas verticalizadas, ou seja, hierárquicas, que atuam de forma 
apartada da ordem jurídica, ou seja, à margem do Direito. Os executores são fungíveis, o que torna o homem 
de trás, autor do que os executores fazem por ordem dele, ainda que os executores também sejam autores 
(não agem por erro nem coação). 
 
(3) Domínio funcional do fato (AUTOR FUNCIONAL/COAUTOR): O termo funcional refere-se a 
divisão de funções entre coautores. Em havendo divisão de tarefas, autor é aquele que 
prepara/pratica ato relevante na execução. Temos, aqui, a hipótese de coautoria. Ex.: 
Indivíduo ameaça vítimas, enquanto seu comparsa saqueia o caixa da loja. Ambos agem 
como autores, ou seja, coautores, possuindo ambos o domínio funcional do fato. Há 
imputação recíproca em relação ao roubo. 
 
Para a Teoria do Domínio do Fato: 
 
 
 
 
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▪ É AUTOR: 
- Aquele que, possuindo todo domínio da conduta típica, pratica diretamente 
o fato (autor direto ou executor); 
- Aquele que, mesmo não praticando diretamente o fato,possui atividade 
indispensável no plano global; 
- Controla finalísticamente o fato, ou seja, quem decide sua forma de 
execução, seu início, cessação e demais condições. 
- Aquele que se vale de um terceiro para executar um fato: AUTORIA 
MEDIATA. 
 
▪ É PARTÍCIPE: Quem concorre para o crime sem ter o domínio do fato, a exemplo da 
instigação e auxílio. 
 
INFO 748 STJ - Para a caracterização do delito de associação criminosa inserido em contexto societário, é 
imprescindível que a denúncia contenha a descrição da predisposição comum de meios para a prática de 
uma série indeterminada de delitos e uma contínua vinculação entre os associados com essa finalidade, 
não bastando a menção da posição/cargo ocupado pela pessoa física na empresa. É insuficiente e 
equivocado afirmar que um indivíduo é autor porque detém o domínio do fato se, no plano intermediário 
ligado aos fatos, não há nenhuma circunstância que estabeleça o nexo entre sua conduta e o resultado lesivo 
(comprovação da existência de plano delituoso comum ou contribuição relevante para a ocorrência do fato 
criminoso). 
INFO 880 STF - A teoria do domínio do fato não permite que a mera posição de um agente na escala 
hierárquica sirva para demonstrar ou reforçar o dolo da conduta. Do mesmo modo, também não permite a 
condenação de um agente com base em conjecturas. Assim, não é porque houve irregularidade em uma 
licitação estadual que o Governador tenha que ser condenado criminalmente por isso. 
 
CESPE: A teoria do domínio do fato NÃO se aplica aos delitos omissivos, sejam próprios ou impróprios, e deve 
ser substituída pelo critério da infringência do dever de agir. 
 
Já caiu em prova e foi considerada CORRETA a seguintes afirmativa: A teoria do domínio do fato objetiva 
oferecer critérios para a diferenciação entre autor e partícipe, sem a pretensão de fixar parâmetros sobre a 
existência, ou não, de responsabilidade penal 
 
Já caiu em prova e foi considerada INCORRETA a seguinte afirmativa: A teoria do domínio do fato, pensada 
por Roxin, tem a função de diferenciar autor de partícipe, sendo utilizada como elemento de imputação de 
responsabilidade penal. 
 
Já caiu em prova e foi considerada INCORRETA a seguinte afirmativa: O critério de imputação denominado 
“domínio do fato” é utilizado para atribuir responsabilidade ao autor intelectual que utiliza um inimputável 
 
 
 
 
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como instrumento para a realização da conduta, mas não é utilizável para a definição do autor direto que 
realiza pessoalmente a conduta. 
* ATENÇÃO: De acordo com o STJ e com a doutrina, a teoria do domínio do fato não deve ser utilizada como 
elemento de imputação de responsabilidade, mas apenas distinguir entre autores e partícipes 
 
* ATENÇÃO: A teoria do domínio do fato possui aceitação doutrinária e jurisprudencial, tendo sido adotada 
no julgamento do Mensalão (AP 470) e Lava-jato. No entanto, o STF também utiliza a teoria objetivo-formal 
em relação à criminalidade comum, assim, conclui-se que as duas teorias convivem pacificamente. 
 
a. Autoria imediata: O próprio agente executa o fato, ou seja, realiza pessoalmente os elementos do tipo 
penal, sem a necessidade de se servir de outra pessoa para a execução. Ocorre ainda quando o agente 
utiliza um animal ou instrumento na realização do crime. 
 
b. Autoria mediata: É aquele que utiliza uma pessoa, que atua sem dolo ou de forma não culpável, como 
instrumento para a execução do fato. 
✔ O autor mediato domina a vontade alheia para cometer o delito. 
✔ Só cabe em crimes dolosos! A autoria mediata é incompatível com crimes culposos! 
✔ A doutrina admite coautoria ou participação na autoria mediata. 
✔ Hipóteses de autoria mediata: 
· Inimputabilidade do executor; 
· Coação moral irresistível; 
· Obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal; 
· Erro de proibição inevitável; 
· Erro de tipo provocado por terceiro; 
· Ação justificada do executor; 
· Autoria de escritório ou aparatos organizados de poder. 
 
💣 Na autoria mediata, NÃO há concurso de pessoas, pois falta o vínculo subjetivo. O 
autor imediato é um mero instrumento. 
 
b.1. Autoria mediata e crime próprio: doutrina majoritária entende ser possível, desde que o autor 
mediato preencha as qualidades do tipo. Ex.: Só poderá haver o crime de peculato por autoria mediata se 
o “homem de trás” ostentar a qualidade de funcionário público. 
 
b.2. Autoria mediata e crime de mão própria: doutrina majoritária entende que é incompatível, pelo fato 
de a conduta ser infungível. No entanto, o STF já admitiu no falso testemunho, em relação à conduta do 
advogado que instrui a testemunha a mentir. 
 
APROFUNDANDO PARA PROVAS DISCURSIVAS... 
O que se entende por autoria de determinação? 
 
 
 
 
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Trata-se de tese defendida por Zaffaroni e Pierangeli, que consistiria em uma terceira forma de concorrência 
para a ação típica, ao lado da autoria e participação, criada para preencher a lacuna doutrinária que se 
formou diante da inadmissibilidade de autoria mediata nos crimes de mão própria, bem como nos crimes 
próprios quando o autor mediato não preenche todos os elementos necessários para a realização da figura 
típica. Dá-se o exemplo de um hipnólogo que hipnotiza uma testemunha para que ela minta no seu relato 
[lembrando que o crime de falso testemunho é crime de mão própria que inadmite o instituto da autoria 
mediata]. Para evitar impunidade, Zaffaroni e Pierangeli desenvolveram a teoria da autoria por 
determinação. Mesmo não podendo ser considerado tecnicamente autor, o agente responde pela 
determinação ao exercer, sobre o fato, domínio equiparado à autoria. 
 
b.3. Autoria de escritório ou aparatos organizados de poder: Ocorre quando, dentro de uma “máquina 
de poder”, o agente ordena que outrem execute determinada conduta. Em razão da fungibilidade dos 
membros, o executor pode ser substituído a qualquer momento por outro integrante da organização. 
 
Requisitos para configurar a autoria de escritório: 
1) Poder de Mando: dentro da organização criminosa. 
2) O aparato organizado de poder deve ser desvinculado do Ordenamento Jurídico (Para 
Roxin, trata-se de requisito essencial). 
3) Fungibilidade o executor: o executor pode ser substituído por outro integrante da 
organização criminosa. 
4) Alta disposição do executor para cumprir a ordem: o executor da ordem está sujeito à 
inúmeras influências que o tornam mais disposto ao fato que outros delinquentes, razão pela 
qual, contribuem com domínio do fato pelo homem de trás. 
 
c. Autoria por convicção: Ocorre quando o agente tem conhecimento da norma penal, mas decide 
transgredi-la por questões de consciência política, religiosa, filosófica, ou de qualquer outra natureza. 
Ex.: quando a mãe de criança de tenra idade, por motivos religiosos, impede a transfusão de sangue que 
seria capaz de salvar seu filho (enseja a responsabilidade pelo crime de homicídio, em face da omissão 
penalmente relevante – ar. 13, §2º, “a”). 
 
d. Autoria colateral ou parelha: Ocorre na hipótese em que duas ou mais pessoas, desconhecendo a 
intenção da outra, praticam determinada conduta visando ao mesmo resultado. 
 
💣 A banca CESPE já cobrou autoria colateral como sinônimo de 
autoria imprópria! 
 
✔ NÃO há um concurso de pessoa pela ausência do vínculo subjetivo. 
✔ Cada um responde por sua conduta: CRIMES AUTÔNOMOS. 
 
 
 
 
 
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Ex: Atiradores na rodovia sem saber da conduta do outro, ficando provado que só os projéteis emanados da 
arma de um deles atingiu a vítima, levando-a a óbito, só ele deve responder por homicídio consumado. O 
outro, cuja tentativa foi incruenta no caso, deve responderapenas pela tentativa de homicídio. 
 
d.1. Autoria incerta - Surge no campo da autoria colateral, quando não se sabe qual dos autores causou o 
resultado. Ex: A e B, um desconhecendo a conduta do outro, atiram ao mesmo tempo em C para matá-lo, 
vindo este a óbito e não sendo possível identificar qual foi o disparo fatal. Há aplicação do in dubio pro reo: 
ambos respondem por tentativa. 
 
DICA DD! Ainda no bojo da autoria incerta, caso um dos agentes pratique crime impossível, ambos devem se 
beneficiar pela atipicidade da conduta! Ex.: Diego, casado com Ana, é amante de Vitória há anos. Ambas 
decidem matá-lo colocando veneno em sua comida. Elas agem sem saber uma da outra e, 
consequentemente, sem liame subjetivo. Diego vem a óbito o laudo conclui pela existência de duas 
substâncias em seu organismo: talco e veneno de rato. Ocorre que não é possível saber quem ministrou talco 
(cuja aplicação ensejaria crime impossível por absoluta impropriedade do objetivo, conduzindo, assim, à 
atipicidade do delito). Por esse motivo, tanto Ana quanto Vitória devem ser beneficiadas pelo crime 
impossível, em razão da aplicação do in dubio pro reo. 
 
d.2. Autoria Complementar - Quando duas pessoas concorrem para o mesmo fato sem ter ciência disso, e 
o resultado é efeito da soma das duas condutas. 
 
e. Autoria Ignorada: Quando se desconhece o autor do crime. Instituto de direito processual penal. 
Consequência: arquivamento do inquérito policial. 
 
f. Autoria intelectual: É aquele que planeja a ação delituosa para ser executada por outras pessoas (DICA: 
Lembrar do “Professor” do seriado La casa de papel). 
 ATENÇÃO: Embora haja entendimento em sentido contrário (Rogério Greco), a doutrina majoritária 
e especializada entende que o autor intelectual somente poderá ser responsabilizado se tiver o domínio 
do acontecer típico. 
 
CESPE - Aquele que planeja toda a ação criminosa é considerado autor intelectual do delito, ainda que não 
detenha o controle sobre a consumação do crime. (Item incorreto) 
 
g. Coautoria 
 A coautoria ocorre quando dois ou mais indivíduos, com liame subjetivo, praticam a conduta típica. 
Como diz Welzel: coautoria é autoria com uma divisão de trabalho entre os agentes. Nesse sentido, coautor 
é aquele que “possui a tarefa” de praticar ato relevante na execução do plano delitivo global. Ou seja: cada 
coautor realiza uma parte essencial do plano. 
 Fala-se, portanto, que a coautoria exige 2 requisitos: 
(1) Requisito objetivo – divisão de tarefas 
 
 
 
 
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(2) Requisito subjetivo – existência de liame subjetivo 
 
“A coautoria consiste assim em uma ‘divisão de trabalho’, que é o que chega a fazer 
possível o fato, ou lhe facilita, ou reduz notavelmente o seu risco; sua 
particularidade consiste em que o domínio do fato unitário é comum a várias 
pessoas. Cada coautor complementa com a sua parte no fato a dos demais e na 
totalidade do delito; por isso também responde pelo todo” (PACELLI, 2017, p. 428). 
 
O liame subjetivo entre os agentes não precisa ser prévio, podendo ocorrer durante 
a prática dos atos executórios, desde que antes da consumação do delito. Não se 
exige, ainda, bilateralidade que um tenha aderido à conduta criminosa do outro. 
Essa questão é controversa na doutrina, porém, o entendimento majoritário é o 
dito acima. 
 
Na visão de domínio do fato de Claus Roxin, coautoria é uma hipótese de domínio 
funcional do fato, em que o termo funcional se refere a divisão de tarefas pelos 
agentes, de modo a se formar um domínio conjunto do fato. A função de cada um 
dos agentes deve ser determinante para a consumação do delito. Cada um dos 
agentes deve responder pela prática do crime, na medida de sua culpabilidade, nos 
termos do que dispõe o artigo 29 CP. 
 
g.1. Espécies de coautoria: 
● Parcial ou funcional: os autores praticam atos diversos que, somados, levam à produção do 
resultado. 
● Direta ou material: os autores praticam atos idênticos que, somados, levam à produção do resultado. 
 
● O que é coautoria sucessiva? 
R: Na coautoria sucessiva, o coautor ingressa na atividade delitiva quando ela já está em andamento, 
passando a deter parte essencial do plano. Explica-se: em regra, os vários autores começam juntos a 
empreitada criminosa, mas pode ser que alguém (ou um grupo) adira voluntária e subjetivamente à conduta 
criminosa em andamento. 
Para haver coautoria sucessiva, é necessário que já tenha se iniciado o iter criminis, mas ainda não 
tenha se consumado. Ou seja: segundo a doutrina majoritária, a consumação do crime é o marco temporal 
para que haja a coautoria sucessiva. 
Ressalta-se que só haverá coautoria sucessiva se os autores – que já deram início à ação delitiva, 
souberem que o agente contribuiu para o curso causal. 
 
APROFUNDANDO PARA PROVAS DISCURSIVAS: 
Qual será a responsabilidade penal daquele que aderiu à conduta de outrem? Irá responder por toda a 
ação delitiva ou apenas pelos atos posteriores à sua adesão? 
 
 
 
 
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R.: Embora haja doutrina minoritária no sentido de que o coautor sucessivo deve ser responsabilizado por 
toda a ação delituosa, prevalece na doutrina que ele somente será responsabilizado pelos atos posteriores à 
sua adesão. Excepcionalmente, contudo, poderá ser responsabilizado por atos anteriores desde que tenha 
conhecimento destes, e desde que o fato anterior não constitua crime mais grave. 
 
1.5. Participação 
 
Consiste em atribuir na conduta criminosa do autor ou coautores, praticando atos que não se 
amoldam diretamente à figura típica e que não tenham o domínio final do fato. Assim, o partícipe não realiza 
diretamente a figura típica, mas concorre induzindo, instigando ou auxiliando o autor. 
A participação reclama dois requisitos: 
(1) O propósito de colaborar para a conduta do agente principal (autor); 
(2) A colaboração efetiva, por meio de um comportamento acessório que concorra para a conduta 
principal. 
 
O Código Penal adota a TEORIA DA ACESSORIEDADE LIMITADA OU MÉDIA, pela qual o partícipe 
será punido se o autor praticar um fato típico e ilícito, independentemente da culpa e punibilidade do agente. 
Ex.: Rogério induz Luciana a matar Alan em legítima defesa. Nesse caso, Rogério não será punido, 
pois Luciana agiu em legítima defesa (sua conduta é típica, porém lícita). Situação diversa seria se Rogério, 
querendo matar Alan, cria uma situação para que Alan agrida Luciana e ele possa instigar Luciana a matar 
Alan. Então, se o agente (suposto partícipe) cria uma situação discriminante para atingir o resultado 
criminoso (objetivando não ser punido), nesta hipótese, ele será um autor mediato, sendo os demais 
participantes seus instrumentos. 
Ex.: Daniel (maior) empresta arma de fogo para Rodrigo (menor que conta com 16 anos) roubar um 
ônibus. Nesse caso, Daniel será partícipe do ato infracional praticado por Rodrigo, podendo ser punido, em 
razão da Teoria da Acessoriedade Limitada – a qual exige que o fato seja típico e ilícito (ainda que não 
culpável, em razão da inimputabilidade de Rodrigo). 
 
Outras teorias da acessoriedade: 
● Teoria da Acessoriedade Mínima - A punição do partícipe depende apenas de fato típico praticado 
por autor principal. Então, a conduta principal deve ser típica. 
● Teoria da Acessoriedade Máxima - Para se punir o partícipe, a conduta principal deve ser típica, ilícita 
e culpável. 
● Teoria da Hiperacessoriedade - Para se punir o partícipe, a conduta principal deve ser típica, ilícita, 
culpável e punível. 
 
A participação só adquire relevância para o Direito Penal a partir do momento em que o autor pratica 
um crime, pelo menos tentado. Art. 31, CP, in verbis: “o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário,não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado”. 
 
 
 
 
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☞ É chamado pela doutrina de participação impunível – já que não se pune a participação se o crime 
sequer chega a ser tentado. 
☞ Adota-se, nesse caso, o princípio da executoriedade da participação. 
 
Modalidades de participação: 
a) Participação moral 
● Induzimento: é fazer surgir na mente do autor a vontade criminosa (só pode haver induzimento 
durante os atos preparatórios). 
● Instigação: é reforçar na mente do autor a vontade criminosa pré-existente. (Pode haver instigação 
tanto nos atos preparatórios quanto durante os atos executórios. Ex.: Pessoa instiga o agente de 
modo a impedir a desistência voluntária). 
 
Tanto a instigação como o induzimento devem se direcionar a pessoa certa. Caso venham ser dirigida 
ao público, pode vir a configurar crime de incitação ao crime, previsto no art. 286 do CP. Importante lembrar 
que a participação moral seja eficaz ou eficiente. Essa influência deve ser causadora da decisão delitiva do 
autor ou reforçá-la, deve ser decisiva. Exige-se a chamada causalidade psíquica. 
 Conforme doutrina majoritária, não existirá instigação ou induzimento se o autor já havia 
resolvido cometer o crime anteriormente, o crime que aconteceria de qualquer modo, se denomina de 
omnimodo facturus. 
 
b) Participação material 
● Auxílio: é concorrer materialmente para o crime, sem executá-lo. 
☞ Pode haver auxílio tanto durante os atos preparatórios como durante os atos executórios. 
☞ O auxílio prestado após a consumação do delito configurará participação, caso haja prévio 
ajuste entre os indivíduos. Caso esse auxílio não seja antecipadamente ajustado, poderá 
configurar o crime autônomo de favorecimento pessoal (art. 348, CP). 
 
Prevalece só ser possível a participação dolosa em crime doloso. O partícipe deve aderir de forma 
consciente e voluntária à conduta do autor. Roxin faz uma observação a partir do princípio da confiança: 
não se pode responsabilizar o agente por crimes dolosos de outros. Quem entrega uma faca a um assassino 
de forma culposa, sem dolo de homicídio, não pode ser responsabilizado como partícipe. 
 
 
 Participação 
 Moral 
 Instigação 
 Induzimento 
 Material 
 Auxílio 
 
 
 
 
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⇒ O que é participação em cadeia? 
R: Ocorre quando alguém induz outrem a induzir, instigar ou auxiliar terceira pessoa a praticar um 
crime. Exemplo: “A” convence “B” a convencer “C” a matar “D”. Nesse ínterim, “A” e “B” participação em 
cadeia; “C” é o autor imediato do crime. 
 
⇒ O que é participação sucessiva? 
R: O mesmo agente é instigado, induzido ou auxiliado por duas ou mais pessoas, sem que estas 
conheçam a participação uma da outra. Exemplo: “A” induzido por “B” (sem o conhecimento de C) e “C” (sem 
conhecimento de B) a matar “D”. 
 
⇒ O que é o “executor de reserva”? 
R: O sujeito acompanha, presencialmente, a execução da conduta típica e fica à disposição para 
intervir caso seja necessário. Caso intervenha, será considerado coautor, caso apenas permaneça à 
disposição, será considerado partícipe (e isso não será considerada como participação de menor 
importância). 
 
Por fim, se a participação for de menor importância, a pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3 para o 
partícipe. 
∘ Não existe coautoria de menor importância. A minorante só tem aplicação para o partícipe; 
∘ Trata-se de direito subjetivo do réu; 
∘ O critério a ser adotado para saber se a participação é ou não de menor importância reside na 
fungibilidade da contribuição. Ou seja: se for uma contribuição que “qualquer pessoa” possa 
fazer, será participação de menor importância. 
 
 
Caiu em prova Delegado SP/2023! Em matéria de concurso de pessoas, como regra geral, a participação de 
menor importância possibilita ao juiz diminuir a pena do acusado. (item correto). 
 
⇨ O seria a conivência ou participação negativa? Também chamado de crime silente ou concurso 
absolutamente negativo ocorre quando o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante 
a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo. A conivência não se insere no nexo 
causal, como forma de participação, não sendo punida, salvo se constituir crime autônomo. Assim, a 
tão só ciência de que outrem está para cometer ou comete um crime, sem a existência do dever 
jurídico de agir (art.13§2 CP), não configura a participação por omissão, pois não há relevância causal 
entre a omissão do sujeito e a conduta criminosa. 
 
APROFUNDANDO PARA PROVAS DISCURSIVAS: 
Na omissão, é possível a participação em qualquer de suas formas? Deve-se, de início, diferenciar a 
participação em crime omissivo, da participação por omissão em crime comissivo. No primeiro caso, a 
participação se dá por meio de atuação positiva que permite ao autor descumprir a norma que delineia o 
crime omissivo. É o caso do agente que induz o médico a não efetuar a notificação compulsória da doença 
 
 
 
 
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de que é portador. Já a participação por omissão em crime comissivo ocorre nas situações em que o partícipe, 
obrigado a agir, abstém-se da prática de um ato, permitindo a ação delituosa pelo autor. Trata-se, por 
exemplo, da hipótese em que o vigilante não tranca a porta de entrada do estabelecimento para que um 
comparsa alcance seu interior e subtraia os bens que guarnecem o local. Ressalta Mirabete que não há 
“participação por omissão, todavia, quando não concorra o dever jurídico de impedir o crime. A simples 
conivência não é punível. Também não participa do crime aquele que, não tendo o dever jurídico de agir, não 
comunica o fato à polícia para que possa esta impedi-lo.” (Manual de Direito Penal, vol. I, p. 233). 
Não é possível, entretanto, a participação por omissão em crime omissivo por meio da instigação. Isto porque 
não se imagina a relevância causal de um ato de instigação que possa ocorrer por abstenção. Por fim, resta 
a questão da participação em crime omissivo impróprio. A discussão tem relevância nas hipóteses em que o 
sujeito que se omite não tem o dever jurídico de evitar o resultado, pois, caso esteja inserido nesta categoria, 
será tratado como autor, não como titular de conduta acessória. A nosso ver, nada impede que terceiro 
desobrigado do dever de agir para evitar o resultado instigue ou induza o garante a também não fazê-lo. 
Neste caso, não poderia o terceiro responder como autor do crime, pois sua conduta foi claramente 
acessória, apenas cooperando para a decisão de abstenção por parte do garante. Neste sentido, ensina 
Bitencourt: “Este [o garante] é autor do crime ocorrido, do qual tinha o domínio do fato e o dever jurídico de 
impedir sua ocorrência; aquele, o instigador, que não estava obrigado ao comando legal e não dispunha do 
domínio da ação final, contribuiu decisivamente para a sua concretização. Não pode ficar impune, mas 
tampouco cometeu ilícito autônomo. A tipicidade de sua conduta só pode ser encontrada através da norma 
integradora, na condição de partícipe.” (Tratado de Direito Penal, vol. 1, p. 393/394). disponível: 
meusitejuridico. 
 
STJ-HC 240.455-RJ: A participação do menor pode ser considerada para configurar 
crime de associação para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena 
como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei 11.343/06. 
 
1.6. Concurso de Pessoas em crimes próprios e crimes de mão própria: 
 
Vamos relembrar? 
CRIME COMUM CRIME PRÓPRIO CRIME DE MÃO PRÓPRIA 
O tipo penal não exige 
qualidade ou condição 
especial do agente. 
O tipo penal exige 
qualidade ou condição 
especial do agente 
O tipo penal também exige qualidade ou 
condição especial do agente.

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