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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. VISÃO GERAL DA INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS E ANÁLISE DE DADOS Natureza dos dados1. Geração de relatórios2. Diagramas e gráficos básicos e especializados3. Seleção adequada de gráficos e diagramas4. Sumário Sumário clicável 4 Voltar ao sum ário Nesse percurso de aprendizagem, Gráficos e diagramas, abordaremos a natureza dos dados que proporcionam a análise desses elementos, de forma que possamos extrair informações que auxiliam as tomadas de decisões orientadas para os resultados da organização. Será contemplado também a distinção dos tipos de gráficos e diagramas de acordo com a natureza dos dados. Será evidenciado também como são gerados os relatórios, isto é, de que modo eles são preparados e divulgados, atendendo a um padrão que ajude a compreendê-los por meio da gestão de negócios de uma organização, o que contemplará a escolha adequada de diagramas e gráficos adequados ao entendimento eficaz de relatórios gerenciais. A grande vantagem da geração de relatórios eficientes e eficazes, que comportam gráficos e diagramas bem elaborados, é a possibilidade de evitar riscos nas decisões gerenciais. Olá 5 Voltar ao sum ário Natureza dos dados1. Quando abordamos a natureza dos dados para o uso na gestão de negócios, trazemos a ideia de coleta de dados por meio de pesquisas planejadas, organizadas, implementadas e coordenadas com objetivos claramente definidos, para finalidades específicas. Temos assim três aplicações no âmbito da natureza de dados: quantitativa, qualitativa, e quantitativa e qualitativa. Para Freitas (2013, p. 69), “a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir opiniões e informações em números, para classificá- las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.)”. Freitas (2013, p. 70) fala ainda que “a pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”. A pesquisa quali-quantitativa “interpreta as informações quantitativas por meio de símbolos numéricos e os dados qualitativos mediante a observação, a interação participativa e a interpretação do discurso dos sujeitos (semântica)” (KNECHTEL, 2014, p. 106). No que tange à pesquisa quantitativa, observamos a importância do uso da estatística. O uso das ferramentas estatísticas, pelos setores da organização, no âmbito dos dados coletados, é peça fundamental nas tomadas de decisões dos gestores, que precisam tomar as decisões mais assertivas. Na pesquisa ou estudo qualitativo deve-se analisar dados simultaneamente à coleta de dados, uma vez que, sem análise contínua, os dados podem não focar o problema ou a pergunta elaborada previamente (TEIXEIRA, 2003). 6 Voltar ao sum ário Figura 1 – Pesquisa Quantitativa e Qualitativa. Fonte: Adaptado de Deakin Library (2021) por EAD Unifor. Por meio dos números é possível extrair informaçõesque reduzirão os riscos nas organizações., É por tal condição que a estatística é aplicada como ferramenta vital dentro da organização para a sobrevivência do negócio. Saber a natureza dos dados em uma pesquisa é fundamental para que, ao final, após a coleta, análise e interpretação dos dados, eles resultem em informações pertinentes para que os gestores da organização tomem as decisões acertadas. Entende-se que a análise de dados é uma etapa importante no empreendimento de investigações nas Ciências Sociais Aplicadas, com especial destaque para o campo dos estudos em Gestão e Organizações (TEIXEIRA, 2003). As informações somente existirão e servirão para a tomada de decisão dos gestores do negócio se houver cuidado na natureza dos dados, uma vez que eles são oriundos dos ambientes interno e externo. Existindo, portanto, no que tange aos dados, formas diferentes de coletá-los, organizá-los, analisá-los e interpretá-los, usando-se as pesquisas quantitativa e qualitativa. Ainda sobre as ferramentas de estatística usadas pelos diversos setores de uma organização na emissão de relatórios de gestão – após a coleta, organização, análise e interpretação de dados –, elas se tornam condição essencial nas tomadas de decisões estratégicas dos gestores, em face das necessidades que transcendem as análises qualitativas, em que as quantitativas remetem a decisões mais assertivas. Tais 7 Voltar ao sum ário demonstrações de meios e métodos estatísticos devem ser utilizadas para solucionar problemas, bem como para servirem de base de análises para encontrar a melhor escolha para os negócios da organização. (SANTOS et al., 2014) É importante que seja entendido que os números – com ênfase na estatística, transferidos para forma visual de um gráfico integrante de um relatório – superam desafios de entendimento de diversos públicos, com destaque para analistas e gestores da organização, e facilitam, eficazmente, a comunicação no ambiente de negócios. Em face das crescentes incertezas no âmbito das decisões, especialmente por estas tornarem-se complexas, fazem-se necessárias as coletas de dados por meio de metodologias consagradas. Podemos considerar que as organizações são geralmente complexas, ambíguas e repletas de paradoxos, o que obriga que elas aprendam a lidar com esta complexidade por meio dos gestores e lideranças, o que acaba gerando o benefício de conceber novas maneiras de organizar, mas também de equacionar e resolver os problemas organizacionais por meio de pesquisas que contemplem as várias abordagens, o que significa a existência de dados de natureza totalmente diferentes (TEIXEIRA, 2003). Salienta-se que todas as áreas de uma organização de negócio que, após pesquisas de dados, necessitam ser competitivas e buscar vantagem competitiva nos ambientes interno e externo, após análise e interpretação – traduzem estes dados em informações que, por meio dos gráficos, explicam as suas necessidades e resultados, como: as variações dos cenários econômicos; comportamento e tendências do mercado de atuação; posicionamento dos concorrentes; preços de vendas praticados no ambiente concorrencial; influências do macroambiente, por meio das forças econômica, política, legal, tecnológica, social e cultural; participação de mercado (market share); projeções e resultados de vendas; margem de contribuição das operações; produtividade; perdas nos processos produtivos; flutuações dos preços de matérias-primas e insumos; relação de custo e benefícios; performance da logística, entre tantas outras aplicações. A importância da coleta, análise e interpretação de dados na gestão de negócios deve ser entendida como a necessidade de um sistema de informação eficiente e eficaz, com recursos tecnológicos, físicos e humanos especializados. Ao analisar uma empresa em suas quatro principais áreas: finanças, produção, marketing e recursos humanos – constata-se que os métodos estatísticos influenciam diretamente ou indiretamente em cada uma das áreas. 8 Voltar ao sum ário Figura 2 - As principais áreas funcionais da organização. Fonte: Adaptado de Peci e Sobral (2008) por EAD Unifor. Compreende-se que muitos dados devem ter grau de precisão e confiabilidade, pois são importantes para a prestação de contas da organização – junto aos poderes do Estado, nos âmbitos federal, estadual e municipal -, pois a distorção destes dados da realidade das operações pode impactar a penalização da organização. Assim sendo, no ambiente interno, a natureza dos dados possui formas diferenciadas de coleta, análise e interpretação, considerando-se também o tempo de coleta e a apresentação de relatórios consolidados por período. Portanto, a eficiência e a eficácia tornam-se estratégicas, pois,assim, a tecnologia da informação bem implementada na organização pode se tornar um fator de boa performance organizacional. É importante, no âmbito do ambiente interno, o entendimento de dados e informações das atividades operacionais de uma organização, uma vez que elas devem ser avaliadas no contexto de decisões estratégicas, como a decisão de investimento, tendo a certeza na aplicação de recursos e possibilidades; a decisão de financiamento, quando se deve prever com objetividades a captação de recursos financeiros; e a decisão que contempla a alocação do resultado líquido da organização, incluída na área de financiamento por indicar uma alternativa de financiar suas atividades para a sustentabilidade do negócio. . Portanto, a captação de dados confiáveis, de forma contínua, para geração de informações darão base a tomadas de decisões eficazes. Quando falamos da natureza de dados do ambiente externo da organização, é importante ressaltar que ele é diferente com complexidades de metodologias nas obtenções deles. No ambiente concorrencial sabemos que uma concorrência se intensifica quando uma ou mais organizações de um dado setor identificam a oportunidade de melhorar sua posição ou estabelecem vantagem competitiva. Os dados coletados, analisados e interpretados devem gerar informações que ajudem, no tempo certo, os gestores nas decisões de se posicionarem de forma a terem posicionamento de marketing e vantagem competitiva. 9 Voltar ao sum ário IMPORTANTE O gestor pode utilizar critérios qualitativos e quantitativos para a obtenção de informações oriundas da coleta, análise e interpretação de dados que irão respaldar suas decisões. As fontes dos dados proporcionam as melhores análises de dados que colaboram com a organização para que se tenha domínio das informações estratégicas para seu negócio de forma eficiente e eficaz, desenvolvendo relatórios gerenciais importantes e úteis para as tomadas de decisões de gestão. A obtenção de dados e sua natureza são alcançadas por meio de atividade de pesquisa, feita com o objetivo de descobrir e construir novos conhecimentos, que servirão como informações base para a tomada de decisão de gestores. Em uma pesquisa se faz necessário projetar o caminho a ser seguido (TEIXEIRA, 2003). Os dados são obtidos nos ambientes interno e externo da organização, que interagem com tais ambientes por meio de comportamentos diferentes, mas complementam-se para dar o caráter holístico que toda organização necessita (CRUZ, 2019). Deve-se considerar que estudos da administração e da teoria organizacional, portanto no âmbito da gestão, têm-se caracterizado por meio de instrumentais analíticos calcados nos modelos mecânico e orgânico de organização, próprios do enfoque quantitativo, o que não permite ao pesquisador interpretar a realidade sob novas dimensões, cujos elementos são de natureza essencialmente qualitativa e pouco passíveis de mensuração. Portanto, contemplar a análise de dados como etapa do processo de investigação científica no campo da gestão torna-se relevante uma vez que a tentativa de identificar especificidades pode significar melhores condições para o desenvolvimento de novos estudos, com base num melhor e maior entendimento conceitual do processo, alinhado aos respectivos paradigmas; uma situação importante e existente no campo dos negócios (TEIXEIRA, 2003). A natureza dos dados a serem trabalhados em estatística, para estarem presentes em relatórios gerenciais por meio de tabelas e gráficos, origina as variáveis qualitativas e quantitativas. É importante considerar que são reduzidos os gestores de negócios que se sentem à vontade para tomar ou respaldar decisões de negócio que não sejam baseadas em informações confiáveis, oriundas de dados sólidos, que são coletados por pesquisas feitas com metodologia adequada. Quando os dados são confiáveis, organizados, analisados e interpretados por meio de modernos sistemas de informação, tornam-se de acesso rápido e fácil. Esses gestores podem acessar esses dados e analisá-los de acordo com suas necessidades. A resultante são informações úteis às tomadas de decisões. Os gestores podem aplicar sua experiência para usar essa informação para o negócio e gerar conhecimento (RAINER JR.; CEGIELSKI, 2015). Portanto, o executivo deve obter o 10 Voltar ao sum ário conhecimento necessário ao processo decisório a partir do dado transformado, o que lhe propicia um processo dinâmico ou um elemento de ação. Essa situação dinâmica permite ao gestor posicionar-se diante de um problema ou uma situação qualquer (OLIVEIRA, 2018). A resultante da natureza dos dados analisados e interpretados contempla o comporta- mento operacional, que foca a busca do lucro, por meio das operações de compra de ma- térias-primas e insumos e venda de seus produtos e serviços, com a amplitude de seus processos aumentando sua participação de mercado e busca da vantagem competitiva. Também é contemplado o comportamento estratégico, que procura resolver todos os problemas que possam afetar o futuro da organização, dando apoio às decisões sobre as estratégias cuidadosamente estudadas e criadas com bastante antecedência. Para tan- to, a organização deve ter um eficaz sistema de informação, baseado na coleta de dados nos ambientes interno e externo (CRUZ, 2019). 11 Voltar ao sum ário Geração de relatórios2. Os relatórios gerenciais são importantes, pois proporcionam segurança ao gestor nas tomadas de decisões, uma vez que diminuem os prejuízos futuros, aumentando a possibilidade de uma decisão acertada que esteja alinhada ao objetivo estratégico da organização. Um relatório gerencial de boa qualidade é estratégico para uma gestão comprometida com os resultados dos negócios, e, por meio dele, torna-se possível tomar decisões objetivas e eficazes (SOUZA et al., 2015). É preciso entender que um relatório é um importante documento gerado após a coleta, análise e interpretação de dados, já contemplando informações para o processo de decisão. O teor do relatório de gestão pode afetar as atividades da organização, isto é, sua performance para alcançar objetivos e metas, em um dado período de tempo, e podemos dizer que consta das atividades do negócio. Um relatório de gestão é um documento que afeta ou avalia a performance do negócio da organização, com foco nos resultados desejados. Possui, também, finalidades diferentes, tais como: • Registrar eventos estratégicos para os negócios, quer seja do ambiente interno, quer seja do ambiente externo; • Sugerir ou avaliar ações e estratégias em busca de soluções referentes aos processos da organização; • Referendar ou estabelecer recomendações sobre pesquisas e os estudos conduzidos pela organização; • Monitorar indicadores estratégicos definidos em planejamento organizacional; e • Fazer a avaliação estratégia dos negócios frente aos concorrentes. Conclui-se que as informações geradas e apresentadas por meio de relatórios são estratégias para as tomadas de decisões da organização. Portanto, são importantes para a comunicação em todos os níveis da estrutura organizacional. No âmbito da gestão, observa-se quando os gestores podem usar as informações certas no tempo correto. A competência para entender, digerir, analisar e filtrar informações é a chave para o sucesso do gestor (BALTZAN, 2016). Em função da importância e natureza estratégica do relatório para os negócios, independentemente do segmento de atuação e porte da organização, hoje existe a necessidade de gestores que tenham competências (conhecimento, habilidade e atitude) para analisar, interpretar e gerar relatórios, além de tomarem decisões assertivas no tempo adequado para as necessidades dos negócios. É importante ressaltar que a facilidade com que alguns dados são gerados – produzindo informações por meio de relatórios gerenciais – não implica que eles sejam importantes para as tomadas de decisões. 12 Voltar ao sum ário Figura 3 - Análisedo ambiente organizacional. Fonte: Adaptado de Sandra Elisabeth (2016) por EAD Unifor. A produção de relatórios gerenciais é uma das diversas competências gerenciais que uma organização deve ter para ser competitiva e obter alta performance nos negócios, pois abrange o todo da organização, uma vez que estes relatórios avaliam o desempenho de todas as áreas organizacionais. Portanto, relatórios são concebidos para que gestores tomem as melhores decisões, como também para propiciar uma dinâmica nos negócios, com base em informações assertivas, que sejam eficientes e eficazes, a fim de evitar que os erros comprometam os processos produtivos, a lucratividade, a competitividade e a participação de mercado. Na concepção de relatórios deve ser considerada também a utilização de gráficos, diagramas e outras formas visuais que são importantes para os gestores, pois elas ajudam nos resultados e em outras condições de um negócio, oriundas de números que enfatizam a estatística, a fim de superar os desafios de entendimento de diversos públicos e facilitar a comunicação no ambiente de negócios. Portanto, podemos afirmar que os números e gráficos são a linguagem dos gestores. 13 Voltar ao sum ário Figura 4 – Exemplos de gráficos na gestão empresarial. 1 .EVOLUÇÃO DAS RECEITAS 2 .EVOLUÇÃO DAS DESPESAS Fonte: Adaptado de Jornada do Gestor (2015) por EAD Unifor. Assim, a utilização de gráficos é importante para os gestores, pois estes elementos e outras formas visuais – como também os números oriundos da matemática financeira – contribuem eficazmente nas diversas demonstrações dos resultados de um negócio. Todas as áreas de uma organização de negócio usam os gráficos por meio de relatórios para explicarem as suas necessidades e resultados, como as variações dos cenários econômicos, o comportamento e tendências do mercado de atuação, o posicionamento dos concorrentes, entre outros. A organização tem a finalidade de gerar retorno financeiro das operações do negócio a partir dos investimentos nela feitos, o que a obriga a manter uma gestão pautada no controle das atividades desenvolvidas nos processos internos. Tal condição torna- se possível à medida que são elaborados relatórios de gestão que contenham dados e informações pormenorizadas acerca das diversas operações no âmbito do negócio. As informações são essenciais para que a gestão possa detectar eventuais falhas, verificar a produtividade, controlar os gastos e auferir a qualidade dos serviços ou produtos da organização no mercado de atuação (GONÇALVES, 2019). Quando abordamos relatórios gerenciais para apoio à decisão, temos que entender sua qualidade e periodicidade e que eles estão atrelados ao modelo administrativo utilizado que se relaciona diretamente com o sucesso ou fracasso de uma organização. A estrutura organizacional é feita por meio de processos, os quais estabelecem como serão realizadas as atividades na organização, ou como serão aplicados seus recursos humanos, financeiros, físicos e tecnológicos, a fim de alcançar o objetivo estratégico da 14 Voltar ao sum ário existência da organização. O processo é a forma sistemática de se realizar uma dada tarefa, que ocorre por meio de ciclos, com utilização diversa e, seja qual for o seu tipo, será necessário que haja planejamento. Portanto, para viabilizar esse planejamento do processo, todas as organizações têm atividades consideradas básicas: atividades de marketing, contabilísticas, gestão de recursos humanos, logística e operações (FOLLETTO, 2018). Em se tratando de decisões tomadas por meio de informações contidas em relatórios, a partir da alta gestão, este processo deve ser feito até o menor nível decisório da organização, em obediência às definições e objetivos dados pelas hierarquias maiores em sua sequência lógica. O gestor deverá considerar as necessidades externas (governo, legislação, auditorias, entre outras) e as necessidades operacionais dos responsáveis pelos subsistemas envolvidos. As informações terminam por convergir, direta ou indiretamente, parcial ou integralmente, para o processo de gestão gerencial, em qualquer etapa. Os relatórios gerenciais incluem relatórios programados, relatório indicador de pontos críticos, relatórios sob solicitação e relatórios de exceção. Podemos concluir que os relatórios gerenciais são produzidos e fornecidos de acordo com a necessidade dos gestores, os quais podem ser diários, semanais ou mensais e informar dados das áreas financeiras, contábeis, administrativas e estratégicas, em especial, do ambiente externo da organização (SOUZA et al., 2015 apud STAIR, 1998). Os relatórios são importantes, pois são estratégicos para as organizações. Estas, por sua vez, são formadas por duas ou mais pessoas que se norteiam por um objetivo ou um conjunto de objetivos em comum, trabalhando juntas para alcançá-los e proporcionar um substancial avanço no mundo contemporâneo, tornando-se impossível imaginar um mundo sem elas (FOLLETTO, 2018). É importante abordar que, com a ajuda da tecnologia da informação, tornou-se possível gerar relatórios que agregam valor à organização na condução de seu negócio, ocasionando benefícios para os gestores. Uma vez que é de grande relevância ter ações bem planejadas e bem executadas de forma que as informações disponibilizadas nos relatórios gerenciais sejam corretas a fim de gerar confiança para quem irá interpretá-las (GONÇALVES, 2019). É cada vez mais recorrente a intervenção da informática na gestão dos negócios, fazendo que ela seja eficiente e eficaz nas suas decisões e se adapte à nova tendência da tecnologia nos processos e rotinas organizacionais, principalmente no que diz respeito às rotinas de trabalho, nas quais a aplicação da tecnologia de informação está sendo fundamental na busca de informações úteis para a tomada de decisão, traduzidas em relatórios gerenciais. (LISBÔA; MACHADO, 2007). Os gestores estão submetidos a investimentos em sistemas que controlam e gerenciam as atividades que exercem, destacando-se as atividades de apoio às decisões. Deve ser considerado que as dificuldades de adaptação das pequenas organizações são um verdadeiro desafio para os gestores, principalmente aqueles que são alheios aos avanços tecnológicos (GONÇALVES, 2019). O período de 1980 até os dias atuais foi caracterizado por uma grande evolução do poder computacional, sendo que a quantidade de dados necessários para a sobrevivência do negócio aumentou exponencialmente. No campo da gestão, aumentou a necessidade de 15 Voltar ao sum ário extrair informações estratégicas, que podem agregar valor ao negócio da organização. Com exemplo, temos a previsão de vendas, que é o estimado pela organização vender para seu público consumidor em determinado período, por determinado valor e a previsão de dada margem de contribuição ao lucro da organização. Temos então que, no processo do planejamento corporativo, a contribuição da previsão de vendas faz-se necessária, sendo reconhecida como prática gerencial essencial. A procura para tornar eficiente os processos de previsão de demanda tornou-se estratégica, devido ao impacto do planejamento na cadeia de suprimentos, fornecimento futuro e estratégias de vendas (FOLLETTO, 2018). Tudo se interliga, o que demonstra as necessidades de relatórios que possam apoiar as decisões gerenciais para o sucesso do negócio. Organizações competitivas são aquelas que agregam “inteligência” à medida que ganham sustentação na sua vantagem competitiva, considerando-se “tal inteligência” como o aspecto central para competir no ambiente concorrencial em que atuam. No contexto da inteligência de negócios, os processos de coleta de informações obtêm as primeiras fontes de informação dentro da organização. As segundas fontes de informações incluem o ambiente externo e obtêm-se as necessidades do consumidor, como hábitos de compra e consumo; processo de decisão do cliente; pressões competitivas do ambiente concorrencial;condições industriais relevantes; aspectos econômicos, legais, e tecnológicos; e tendências socioculturais. Cada sistema de inteligência de negócios estabelece objetivo e meta específicos atrelados ao objetivo estratégico da organização, sua visão e missão, com atenção ao longo ou curto prazo. Dessa forma, os objetivos estratégicos são os resultados que a organização pretende atingir num determinado tempo. Deles resultam os indicadores e metas, por um lado, e as iniciativas estratégicas e os planos de ações, por outro. Figura 5 - Objetivos estratégicos. Fonte: Adaptado de Annibal (2016) por EAD Unifor. Na organização, a existência de diferentes usuários com demandas diversas, necessidades e preferências é um problema recorrente, assim exige-se a definição pelo fornecimento de um conjunto de informações por meio de relatórios gerenciais, de forma que ocorra a utilidade para a gama de usuários envolvidas nas análises e decisões por meio de informações relatadas. Desse modo, os relatórios podem se tornar um problema para a gestão empresarial, pois eles podem não atender a todas as especificações de todos os usuários dos diversos departamentos, setores e áreas da organização, tendo em vista a necessidade específica de uma informação para uma tomada de decisão. Assim sendo, para sua concepção, são necessários os índices para análise e a coleta de 16 Voltar ao sum ário dados e clarificar as tendências demonstradas, tais como os crescimentos dos ganhos, redução de custos e despesas, entre outras necessidades da gestão. É fundamental destacar os pontos que podem ser melhorados e os resultados obtidos versus os resultados planejados. Dentre tantos outros, cabe destacar alguns tipos de relatórios gerenciais, como: • Relatórios de informação contábil gerencial: são baseados em dados coletados de informações financeiras. • Previsão de vendas: constitui um sistema em que o plano de vendas determina a demanda para alocação dos recursos necessários. • Relatório gerencial de custos: um instrumento mais poderoso para avaliação gerencial, sendo que o relatório de custos deve ser confiável, atual e útil para informar sobre a situação real da empresa (SOUZA et al., 2015 apud SANTOS, 1998). Os relatórios são importantes para suprir a necessidade dos gestores de todos os segmentos da organização. Assim temos que, dentre as várias funcionalidades dos relatórios, pode-se destacar a sua contribuição para a diminuição dos custos da organização, sejam eles na produção ou em outros processos do negócio, pois é capaz de demonstrar a eficiência e a ineficiência de cada departamento, setor ou área do negócio (SOUZA et al., 2015). 17 Voltar ao sum ário Diagramas e gráficos básicos e especializados3. A utilização de gráficos é de fundamental importância para os gestores nas tomadas de decisões, sendo de uso diário, por exemplo, pelos gestores financeiros, pois os gráficos e outras formas visuais – como também os números oriundos da matemática financeira – contribuem de forma eficiente e eficaz nas demonstrações financeiras e resultados de um negócio. Os números, transferidos para forma visual de um gráfico, com ênfase na estatística, superam desafios de entendimento de diversos públicos, como também facilitam a comunicação no ambiente de negócios. No âmbito da gestão dos negócios, é fundamental o uso dos diagramas, gráficos e números, com especial destaque aos relatórios gerenciais, entre outras abrangências no escopo, por exemplo, da administração do capital de giro; nas demonstrações e explicações do ciclo econômico, financeiro e operacional; para demonstração do regime de caixa e competência; no controle do saldo de caixa; no âmbito da administração do contas a receber e pagar; na análise de crédito e cobrança; na esfera dos controles internos; no boletim de caixa; para as ações da reciprocidade bancária; na conciliação bancária; nas aplicações financeiras; no âmbito dos empréstimos, financiamentos e leasing; para o fluxo de caixa; e, na análise sobre necessidades de caixa, nos custos dos processos produtivos. Portanto, os diagramas, gráficos e números são instrumentos que sintetizam os cálculos e a estatística feita, e são de fácil entendimento para os diversos públicos, sejam eles internos (várias áreas do negócio da organização) ou externos (instituições financeiras, fornecedores e clientes). É interessante saber que um diagrama é uma representação visual estruturada, que apresenta informações de forma esquematizada e simplificada relacionada ao negócio da organização, podendo ser relativo aos ambientes interno ou externo e que aparece numericamente e na forma de tabela (OLIVEIRA, 2018). No que tange às ferramentas de estatística usadas pelos diversos setores de uma organização, torna-se condição essencial na elaboração de relatórios gerenciais, em face das necessidades que transcendem as análises qualitativas, em que as quantitativas remetem a decisões mais assertivas. Tais demonstrações de meios e métodos estatísticos devem ser utilizadas para solucionar problemas e como base de análises para encontrar a melhor escolha (SANTOS; et al., 2014). Santos et al. (2014 apud VIEIRA 2013) contemplam que, por meio dos números, consegue- se obter informações a fim de reduzir os riscos nas organizações e, por tal contexto, dentro da organização, a estatística é aplicada como ferramenta vital à sobrevivência do negócio. Na análise de uma organização – por meio das suas quatro principais áreas: finanças, produção, marketing e recursos humanos – constata-se que os métodos estatísticos influenciam direta ou indiretamente cada um destes elementos, por meio também de diagramas e gráficos. 18 Voltar ao sum ário A estatística permite entender o crescimento do negócio de uma organização. Conclui- se, portanto, que a estatística permite – por meio de seus conceitos e de suas fórmulas, a criação de indicadores de decisão para o negócio da organização e solução de problemas que se apresentam. É importante frisar que a estatística faz parte da área de estudo da pesquisa operacional que proporciona condições para que sejam identificados problemas por meio de seus sintomas e, por tal condição, equacionar soluções para as melhores decisões de gestão. Assim, a organização necessita ser ágil e capaz de adaptar-se ao ambiente concorrencial e às forças do ambiente geral, com destaque para a força econômica (TURBAN e VOLONINO, 2013). Torna-se possível o uso abrangente da estatística em todos os departamentos, setores e áreas da organização, durante a elaboração de relatórios gerenciais, como também de diagramas e gráficos, de forma que se tenha, ao final, tomadas de decisões gerenciais assertivas. Em tal contexto, haverá demonstrações de meios e métodos estatísticos que podem ser utilizados para solucionar problemas, além de abordar o uso dos relatórios como base de análises para encontrar a melhor escolha (SANTOS; LEMES; PORTUGAL JÚNIOR; SILVA; ALVES, 2014). Por meio da estatística, temos os princípios e a metodologia para coleta, organização, apresentação, resumo, análise e interpretação de dados. Tal conhecimento torna-se parte fundamental de diversas áreas, principalmente da área de pesquisas científicas. Assim torna-se possível aumentar o lucro das organizações, aumentar a qualidade dos processos ou produtos, minimizar custos, tomar decisões estratégicas para os negócios e aumentar a análise crítica. A informação é o dado avaliado e analisado que auxilia os gestores nas tomadas de decisões e deve ser devidamente registrada, classificada, organizada, correlacionada e interpretada, sempre em dado contexto de negócios (OLIVEIRA, 2018). No que se refere à pesquisa e análise de dados e ao uso da estatística, para compreender os métodos, é preciso conhecer certos conceitos utilizados na área que são necessários para a interpretação dos resultados. Dentro das análises, encontram-se, por exemplo, os seguintes conceitos: • População:conjuntos de todos os itens ou elementos; • Parâmetro: característica que descreve a população; • Amostra: uma parte da população que será analisada; • Variável: característica da população que será analisada; • Dado: valor coletado no estudo; • Estimador: característica numérica estabelecida na amostra; e • Observação: descrição. Por meio dos conceitos, pode-se notar que estes se inter-relacionam, porém é preciso entender suas diferenças. Como se torna muito trabalhoso e com um custo muito alto pesquisar a população toda, faz-se um estudo preliminar desta a fim de encontrar os parâmetros e então buscar a amostra que tem confiabilidade no seu resultado, sendo menos trabalhoso e com menor custo (Santos et al., 2014 apud WEBSTER, 2006). No sentido de ressaltar a importância da estatística na construção de relatórios de gestão, em que se aplicam diagramas e gráficos, podemos afirmar que, em uma organização, é possível utilizar do método de distribuição de frequências para analisar cada recurso 19 Voltar ao sum ário de acordo com sua quantidade e classe. Outra análise que se pode fazer é por meio de índices. São instrumentos de decisão que mostram o comportamento geral das variáveis ao longo do tempo e permitem que se façam comparações significativas. Temos também a média, que é outro dado estatístico que garante à organização uma situação real do quanto ela se situa em relação ao ambiente concorrencial. A variância e o desvio padrão visam medir o distanciamento de seus dados ou observações em relação à média. Por meio destas análises, a organização pode identificar quando seus parâmetros estão se deslocando do eixo (SANTOS et al., 2014). Na produção, a estatística colabora junto aos sistemas e processos implantados na organização na obtenção de materiais, controle de estoque, compras, entre outras atividades dos processos produtivos.Cabe a estatística, portanto, interpretar dados para análises de resultados e com isso minimizar os riscos dentro da organização, com ênfase no financeiro. A gestão deve providenciar softwares que facilitam a utilização das ferramentas estatísticas e, assim, ampliar a qualificação de recursos humanos, tendo competência de analisar os dados (SANTOS et al., 2014). Quando abordamos sobre diagramas na área de gestão, um em especial é referência: o Diagrama de Ishikawa. Para WILLIANS (1995 apud BAZONI et al., 2015),, o diagrama de causa-efeito, também chamado Diagrama de Ishikawa ou de espinha de peixe, é aplicado em qualidade, sendo uma ferramenta simples. Criado por Kaoru Ishikawa, em 1943, este diagrama possui aplicações em ambientes industriais para verificar a dispersão na qualidade dos produtos e processos. O diagrama permite a identificação e análise das potenciais causas de variação do processo ou da ocorrência de um fenômeno, e como essas causas interagem entre si, bem como é utilizado na análise de problemas organizacionais. Para os autores, citando Ishikawa (1993), é a partir da análise de processo que se pode identificar a relação entre os fatores de causa no processo e os efeitos como qualidade, custo, produtividade, ente outros fatores. É por meio do controle de processo que se pode detectar os fatores de causa que impedem o funcionamento suave dos processos. Assim, procura-se a tecnologia que possa efetuar o controle preventivo. Temos, assim, que qualidade, custo e produtividade são os resultados deste controle de processo. Por meio do diagrama, apresentam-se as causas de um problema em forma de espinha de peixe: as 4 M’s (método, mão de obra, materiais e máquinas). Com o uso do diagrama de causa e efeito, é possível determinar as causas dos problemas para atacá- los da melhor forma possível. 20 Voltar ao sum ário Figura 6 - Diagrama de Ishikawa. Fonte: Adaptado de Na Prática (2022) por EAD Unifor. Para WERKEMA (1995 apud BAZONI et al., 2015), as etapas para a execução do Diagrama de Ishikawa são as seguintes: 1) Definir o problema a ser estudado e o que se deseja obter; 2) Estudar e conhecer o processo envolvido por meio de observação, documentação e troca de ideias com pessoas envolvidas; 3) Contemplar reunião com as pessoas envolvidas no processo e discutir o problema. É importante incentivar todos a exporem suas ideias, fazer um brainstorming; 4) Após coletar todas as informações, organizá-las em: causas principais, secundárias, terciárias, eliminando informações sem importância; 5) Conceber o diagrama e conferir com todos a representação da situação atual; 6) Marcar aquilo que é mais importante para obter o objetivo que se pretende alcançar. Torna-se importante contemplar os ensinamentos de Ishikawa (1993 apud BAZONI et al., 2015), pois devemos considerar a gestão da qualidade de duas formas: 1) Pequena qualidade: aquela que se limita às características dos produtos e dos serviços que são consideradas importantes apenas aos consumidores. 2) Grande qualidade: envolve a satisfação de várias pessoas envolvidas na vida de uma organização. Contudo, a pequena qualidade, ao longo do tempo, tende a tornar-se uma consequência da grande qualidade. Os diagramas e o gráfico são importantes para apresentações, pois sabemos que o cérebro reconhece com facilidade os diagramas, gráficos e os desenhos, o que torna esse tipo de apresentação nos relatórios de gestão uma forma fácil de compreensão, considerando-se todos os públicos envolvidos em uma apresentação, independentemente no nível de formação. Os diagramas são frequentemente usados como instrumento de auxílio a estudo, uma vez que a absorção de conteúdos ocorre de maneira fácil, por meio de esquemas e representações gráficas. Os gráficos são representações visuais de um conjunto de dados coletados, organizados, 21 Voltar ao sum ário analisados e interpretados para que possam ajudar na tomada de decisão no âmbito da gestão de um negócio. As construções deles dependem do que se deseja representar dos dados, do público que terá acesso à compreensão, do que se deseja explicar ou entender, do segmento de atuação e porte da organização e da expertise de quem irá desenvolvê- los. Podem ser básicos, isto é, essencial para a demonstração, portanto simples; como também especializado, isto é, exclusivo ou personalizado. Eles se prestam de forma eficiente e eficaz a identificar padrões e resultados desejados, podendo ser aplicados de diversas forma e diferentes áreas dos conhecimentos, departamentos, setores e áreas da organização. Por exemplo, em corretoras que operam no mercado de ações e finanças, é feita a análise técnica, conhecida como análise gráfica, que é a utilização de gráficos para determinar o momento de entrada e saída de um ativo. Os gráficos refletem, portanto, a expectativa de todos os agentes que estão atuando no mercado (CLEAR, 2021). 22 Voltar ao sum ário Seleção adequada de gráficos e diagramas4. Estudos contemplam que os gráficos, diagramas e outras forma visuais em relatórios gerenciais são importantes recursos visuais para a resolução de problemas do cotidiano nas organizações e instituições de ensino, de forma que gestores, públicos de interesse e estudantes tenham clareza para interpretar gráficos e outras formas visuais, isto é, competência de extrair sentido dos dados. Assim como construí-los exige a seleção de dados analisados e interpretados, de descritores, de escalas e do tipo de representação mais adequado. O que leva a organização a ter recursos humanos com expertise para tal, enfatizando em complementação a competência para a seleção adequada de gráficos, diagramas e outras formas visuais, que integrarão um relatório de gestão. Leinhardt et al. (1990 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001) abordam que procura- se investigar quais são as ações e os significados associados aos gráficos e funções, pois constatou-se que a maioria das ações relacionadas a gráficos e funções podem ser classificadas em interpretação e construção, mas essas não são categorias mutualmente exclusivas.Os autores argumentam que a grande maioria dos estudos investigam questões de interpretação. Eles analisaram interpretação e construção a partir de duas dimensões: local para global e quantitativa para qualitativa. Sabemos que existem inúmeros tipos de gráficos. Entendê-los e selecionar o ideal, quanto à sua forma, em um relatório gerencial, é essencial para que o público-alvo que necessita conhecer as informações constantes nestes elementos imagéticos, ou seja,propicia que se possa alcançar a leitura corretamente. Os gráficos e diagramas facilitam a visualização dos dados. Assim, é importante fazer a seleção adequada para que a interpretação destes dados seja feita de forma apropriada para o público de interesse, logo se faz necessário saber qual o tipo de gráfico é indicado para cada situação no contexto dos relatórios de gestão. Em um mundo globalizado a amplitude do avanço tecnológico impacta no crescimento notável dos negócios. Com a expansão do mercado de consumo, a consequência é o aumento da oferta de produtos e serviços, tornando o ambiente concorrencial cada vez mais competitivo. A consequência é a busca contínua da qualidade, a fim de aperfeiçoar os recursos: humanos, físicos, financeiros e tecnológicos da organização, de forma a suprir as necessidades e expectativas do consumidor. Vergnaud (1985 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001) observam que os exercícios que permitem passar de uma representação por meio de gráficos para uma tabela e vice- versa são importantes pedagogicamente, tanto para a atividade classificatória como para outras atividades lógico-matemáticas. Batanero et al. (1992 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001)apontam a estatística que vem se desenvolvendo nos últimos anos devido a sua importância na formação geral do cidadão. Ela, desde seu começo, se apresentou como uma ciência interdisciplinar, e grande parte de seu progresso se dá pela possibilidade de resolver problemas em campos diversos. O uso abrangente da estatística em todos os departamentos, setores e áreas 23 Voltar ao sum ário da organizaçãoé relevante para a elaboração de relatórios gerenciais em que constam diagramas e gráficos, de forma que se tenha, ao final, tomadas de decisões gerenciais assertivas (SANTOS et al., 2014). Gráficos e diagramas facilitam a visualização de dados, tornando-os mais claros e informativos e facilitando a tomada de decisão pelos gestores. Entretanto devemos considerar que a interpretação desses dados seja feita de forma apropriada, assim a seleção adequada de gráficos e diagramas obriga o conhecimento de qual tipo é indicado para cada situação. Carraher, Schliemann e Nemirovsky (1995 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001) por meio de seus estudos, contemplam que as pessoas usam o referencial de seu dia a dia para dar sentido à representação gráfica, ou seja, elas se ancoram no cotidiano para interpretarem gráficos e diagramas. Goldenbeg (1988 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001), Clement (1985 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001) e Ferreira (1997 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001), dentre outros, são enfáticos ao afirmarem que a interpretação de gráfico contempla um conhecimento do sistema gráfico, sendo que um dos fatores que dificultam a interpretação destes elementos deve-se ao fato do sistema de representação não ser tão trivial. Os gráficos envolvem obrigatoriamente interpretação e construção e é importante ter em mente que interpretar é ter a habilidade de ler gráficos ou partes deles, como também buscar sentido neles (MEVARECH; KRAMARSKY, 1997 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001). Existem níveis de processamento de informações relacionados à interpretação de gráficos, que é a extração de dados, em que se consegue ver inclinação ou tendência de parte do gráfico e compreende a estrutura dos dados. Construir gráficos é o ato de gerar algo novo por meio de um processo de seleção de variáveis, eixos, escalas, identificação de unidades e inserção dos pontos. As interpretações pontuais ou globais, na construção de um gráfico, consideram quais dados são representados: pontuais ou variacionais (WAINER, 1992 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001). No sistema de representação do gráfico de forma pontual, o gráfico serve exclusivamente para a localização de pontos. Por natureza, um gráfico representa inter-relações entre variáveis, mas nem sempre se consegue considerar simultaneamente mais de um fator, mas também é importante compreender que numa série de eventos não basta representar apenas a situação final construindo um gráfico com apenas um ponto (MONK, 1992 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001). . Na seleção de gráficos, diagramas e outras formas visuais de apresentação, algumas questões devem ser norteadores da decisão: • O que se pretende mostrar no contexto do relatório de gestão? • Quais são as variáveis, itens ou categorias que serão demonstradas? • Quantas variáveis, itens ou categoria serão demonstradas? 24 Voltar ao sum ário A informação que será demonstrada deve ser entendida pelo público-alvo que terá acesso ao relatório. Em resumo, deverá ocorrer amplo entendimento do gráfico, diagrama ou outras formas de apresentação de dados. As informações que serão transmitidas deverão ser suficientes para o objetivo do relatório, pois o excesso de informações acabam prejudicando o entendimento. Também deve-se ter atenção na construção para que não fique “poluído”, o que dificultará seu entendimento. Assim, deve ser considerada a função do gráfico, sua intenção de ser apresentado, o número de variáveis com a intenção e o objetivo de informar, mas principalmente de possibilitar que ocorra a interpretação do público-alvo. Uma organização possui áreas diferentes para a condução de um negócio: Recursos Humanos; Finanças; Produção e Marketing, com linguagens e entendimentos diferenciados, a despeito de terem objetivo estratégico único. Além disso, as apresentações podem ser feitas para níveis diferenciados da estrutura orgânica; como também devem ser consideradas as formações de nível superior (graduação e pós-graduação), nível técnico e básico dos recursos humanos dos envolvidos nas apresentações de um dado relatório. DICA Gráficos de pizza servem para mostrar um número estático e como as categorias representam parte de um todo. Ele deve representar seus valores em percentuais e a soma total de todas as categorias precisa ser igual a 100%. Na seleção de gráficos e outras formas visuais de apresentação, devem ser consideradas algumas questões: • Algumas são mais propicias para comparação de valores; • Algumas servem para apresentação de componente de um todo; • Algumas é demonstrar a frequência com que determinados dados ocorrem; • Algumas servem para analisar tendência de dados; e • Algumas para entender a relação entre conjunto de dados. A seleção de gráficos e outras formas visuais de apresentação não podem comprometer os dados coletados em um contexto de uso de metodologia de pesquisa. Os atos de coletar, compilar, classificar e, finalmente, analisar informações de diferentes fontes e níveis e em formatos variados, de forma eficiente e eficaz, e de exibir diferentes granularidades propicia conhecimento em tempo real da performance da organização (BALTZAN, 2016). A representação de dados, por meio de gráficos de barra, em sua construção, exige dos envolvidos competências matemáticas para a sua leitura e construção: 25 Voltar ao sum ário • Localizar pontos extremos (máximo e mínimo); • Localizar variações (crescimento, decrescimento e estabilidade); • Classificar as variações em cresci- mento, decrescimento e estabilida- de; • Quantificar as variações de cresci- mento, decrescimento e estabilida- de; • Localizar a maior ou menor variação (crescimento e decrescimento); • Quantificar a maior ou menor varia- ção (crescimento e decrescimento); • Localizar uma categoria a partir do valor da frequência (eixo x); • Localizar o valor da frequência deuma categoria (eixo y); • Extrapolar o gráfico; • Avaliar médias; e • Compor grupos – união. Uma vez que existem vários tipos de considerações que são necessárias de serem realizadas para que possamos investigar a compreensão da representação de dados em gráficos de barra (JANVIER, 1978 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001). DICA Gráficos de dispersão servem para mostrar a relação entre duas variáveis, ou revelar as tendências da distribuição. Devem ser usados quando você tem muitos pontos de dados diferentes e deseja realçar as semelhanças nos conjuntos de dados. O planejamento dos gráficos de controle consiste na seleção das variáveis de decisão: número de elementos da amostra, frequência amostral ou intervalos interamostral e número de desvios padrões que separam os limites de controle da linha central do gráfico ou número de aceitação da amostra, que devem ser implementados no processo de controle, em sua grande maioria, com base em critérios estatísticos ou empíricos. Atualmente tem sido observado o aspecto econômico no planejamento de procedimentos de monitoramento e controle de processos cuja característica de qualidade não pode ser expressa adequadamente por uma medida e cujo processo de produção é afetado por uma causa especial única (TURNES; IMAÑA, 2000). O planejamento econômico de gráficos apresenta algumas fragilidades, as quais cabem destacar: • O planejamento econômico de gráficos de controle pode levar a um número excessivo de falsos alarmes, que decorrem de valores muito altos do risco do produtor gerados pelos modelos econômicos; ou de situações em que o custo do alarme falso é muito baixo em relação ao custo associado ao tempo em que o processo está fora de controle; • O planejamento econômico de gráficos de controle não detecta rapidamente os desvios esperados do processo; 26 Voltar ao sum ário • O planejamento econômico de gráficos de controle não é eficaz na detecção de pequenos desvios não esperados do valor alvo da característica de qualidade (WOODDALL, 1986 apud TURNES; IMAÑA, 2000). IMPORTANTE É importante lembrar que os dados só são valiosos se você souber visualizá-los e contextualizá-los por meio de gráficos selecionados adequadamente. No que tange à representação de um gráfico, são necessários os questionamentos: Representar o que? Para que? O problema que contempla a representação envolve três níveis: referente, significante e significado. O referente é o mundo real, o significado é o nível no qual os invariantes são organizados e o significante consiste nos diferentes sistemas simbólicos. Ícones e símbolos envolvem significante. Deve ser considerado que a matemática não é meramente uma linguagem, os símbolos são apenas a parte visível. Em tal contexto, é importante perguntar quais aspectos do significado são representados por quais aspectos do significante? Gráficos são bons significantes para continuidade, máximas e mínimas. Fórmulas são melhores para cálculos. Entende-se, assim, que o gráfico ajuda os usuários a desenvolver novos sensos, salientar fatores e planejar ações. O problema, então, é da adequação entre significante e o nível de representação de significado do mundo real. O sistema simbólico pode ser ou não um amplificador conceitual (VERGNAUD, 1987 apud LISBÔA; CITIRANA; ROAZZI, 2001). 27 Voltar ao sum ário REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre. A dinâmica das decisões financeiras. Caderno de Estudos, São Paulo, FIPECAFI, v.16, p.9 25, julho/dezembro 1997. Disponível em: https://www.scielo. br/pdf/cest/n16/n16a01.pdf. Acesso em: 25/08/2021. BALTZAN, Paige. Tecnologia orientada para gestão. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580555493. (DIGITAL) (Cód.:6516). BAZONI Anderson Acácio F.; ZENI, André; FRANÇA, Rafael T.; TORRICELLI, Telma Aline; DAOLIO, Raquel Pinton Geraldino. Implantação do diagrama de Ishikawa em uma empresa do segmento de tintas e materiais para construção, para solucionar problemas de estocagem e recebimento. Gestão em Foco, Edição nº: 07/Ano: 2015. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/ sites/10001/2018/06/20implant_diagrama.pdf. 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Quezado V. Vale Diretoria de Planejamento Marcelo Nogueira Magalhães Diretoria de Tecnologia José Eurico de Vasconcelos Filho Diretoria do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão Danielle Batista Coimbra Diretoria do Centro de Ciências da Saúde Lia Maria Brasil de Souza Barroso Diretoria do Centro de Ciências Jurídicas Katherinne de Macêdo Maciel Mihaliuc Diretoria do Centro de Ciências Tecnológicas Jackson Sávio de Vasconcelos Silva AUTOR MIGUEL ARANTES NORMANHA FILHO Mestre em Administração, área de concentração: Administração em Serviços, UNIBERO (SP). Mestre em Gerontologia, área de concentração: Gerontologia Social, PUC - SP. Pós-graduado (lato sensu) em Administração de Marketing pelo Centro de Estudos Álvares Penteado – CEAP (SP) e, Formação de Docentes para o Ensino Superior pela UNINOVE (SP). Bacharel em Administração, Uni Santa Rita – SP. RESPONSABILIDADE TÉCNICA COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Coordenação Geral Andrea Chagas Alves de Almeida Supervisão de Equipe Multidisciplinar Francisco Weslley Lima Analista Educacional - Pedagógico Lara Meneses Saldanha Nepomuceno Analista Educacional - Mídias Emanoel Alves Cavalcante Projeto Instrucional Ana Lucia Do Nascimento Maria Mirislene Vasconcelos Revisão Gramatical Janaína de Mesquita Bezerra José Ferreira Silva Bastos Identidade Visual / Arte Francisco Cristiano Lopes de Sousa Paulo Renato Mendes Almeida Editoração / Diagramação Emanoel Alves Cavalcante Rafael Oliveira de Souza Rebeka Melo Peres Régis da Silva Pereira Produção de Áudio e Vídeo José Moreira de Sousa Pedro Henrique de Moura Mendes Programação / Implementação Renan Alves Diniz Thais Rozas Teixeira _Hlk80875735 _Hlk80883826 _GoBack _Hlk80883888 _Hlk80804250 _Hlk81647103 _heading=h.idyhpf4lanst _Hlk81647163 _Hlk81214504 _Hlk81214552 _Hlk81403826 _Hlk81493200 _Hlk81323271 _Hlk81404826 _Hlk81384184 _Hlk81384568 _Hlk81490422 _Hlk81647522 _Hlk81560926 _Hlk81560622 _heading=h.px2hzn7u10g7 _heading=h.mbfg03cnvbdr _Hlk81321178 _heading=h.uyxnsjv18owy _Hlk80025590 _heading=h.nuhh2r6sufl _Hlk43824366 _heading=h.qqkd0irqkpzf
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