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CONFLITOS DE TRABALHO

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Conflitos trabalhistas: 
conceito, classificação 
e formas de composição
OTAVIO PINTO E SILVA
Faculdade de Direito - USP
Conflitos trabalhistas
Conflitos individuais 
Divergências de interesses entre o empregado e o empregador, acerca de condições de trabalho individuais do empregado
Envolvem a execução do contrato individual de trabalho (direitos e deveres de ambas as partes)
Controvérsia, dissídio individual, reclamação trabalhista
Conflitos individuais plúrimos
Conflitos trabalhistas
Conflitos coletivos 
Divergências de interesses entre os trabalhadores, coletivamente considerados, e os respectivos empregadores, acerca de condições de trabalho
Não é pelo critério quantitativo que se verifica um conflito coletivo, mas sim qualitativo
Sindicato como representante do grupo
Conflito pode envolver toda a categoria, apenas os empregados de uma empresa ou até um setor desta
Conflitos coletivos de trabalho
 Natureza econômica: visam a melhoria das condições de trabalho, com a criação de normas jurídicas que incidirão sobre os contratos individuais de trabalho (questões salariais e remuneratórias em geral)
Natureza jurídica: visam o cumprimento ou a interpretação de norma pré-existente
Formas de composição dos
 conflitos coletivos de trabalho
Autodefesa: solução direta pelos próprios litigantes, com a imposição da vontade de uma parte sobre a da outra
Autocomposição: solução também é direta, mas não pela imposição e sim pelo acordo
Heterocomposição: a solução é imposta por uma fonte suprapartes
Autocomposição
Negociação coletiva: acordo coletivo ou convenção coletiva
Conciliação extrajudicial
Mediação: mesa redonda da Superintendência Regional do Trabalho (CLT, art. 616, § 1º) ou Ministério Público do Trabalho (art. 83, XI, LC 75/93)
Heterocomposição
Arbitragem
CF, art. 114, § 1º: “Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros”
Litígios direitos patrimoniais disponíveis (Lei 9.307/96)
Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes
Heterocomposição
Jurisdição
CF, art. 114, § 2º: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente” 
Dissídio coletivo e “poder normativo” da Justiça do Trabalho (com tentativa de conciliação obrigatória)
A questão do “comum acordo”
Heterocomposição
Jurisdição
CF, art. 114, § 3º: “Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito” 
Lei de Greve: 7.788/89
FIM
otavio@siqueiracastro.com.br
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