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TRAB DIR PROC TRAB - Dissídio Coletivo

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16
FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES – FAECA
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE ARIQUEMES – IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES – FAAr
DISSÍDIO COLETIVO
ANNA MARIA DE ARAÚJO CIUFA
BRUNO HENRIQUE SILVA DO NASCIMENTO
CICERA PEREIRA DA SILVA
EDINECIO BISCOLA MARTINS
LEILIANE ALVES DE AGUILAR
SELMA DE CASTRO ALBUQUERQUE
ARIQUEMES
2020
ANNA MARIA DE ARAÚJO CIUFA
BRUNO HENRIQUE SILVA DO NASCIMENTO
CICERA PEREIRA DA SILVA
EDINECIO BISCOLA MARTINS
LEILIANE ALVES DE AGUILAR
SELMA DE CASTRO ALBUQUERQUE
DISSÍDIO COLETIVO
Artigo apresentado como requisito avaliativo para obtenção de nota parcial na disciplina de Direito Processual do Trabalho do 7º Período de Direito nas Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr.
Docente: Juliana Maia Ratti.
ARIQUEMES
2020
RESUMO
O direito processual do trabalho é um instrumento garantidor dos direitos laborais e divide os litígios da sua natureza em dois aspectos, são eles: dissídios individuais e dissídios coletivos. O dissídio coletivo consiste na discussão entre direitos e garantias trabalhistas pertencentes às entidades e categorias de classe representativas, comuns a todos os representados, e necessita da intervenção do Estado para que seja realizada a solução justa ao caso concreto.
O presente trabalho, nessa perspectiva, pretende abordar os principais temas sobre o assunto e os principais entendimentos jurisprudenciais correlacionados ao tema, a saber: Dissídio Coletivo, conceitos e definições doutrinárias; Conflitos coletivos; Distinção com o dissídio individual; Classificação dos dissídios coletivos; Forma e natureza da sentença no dissídio coletivo; Processo no dissídio coletivo; Competência Originária do dissídio coletivo; Extensão, revisão e cumprimento.
PALAVRAS-CHAVE: Direito; processo; trabalho; dissídio.
ABSTRACT
Procedural labor law is an instrument that guarantees labor rights and divides disputes of its nature into two aspects, they are: individual and collective agreements. The collective bargaining agreement consists of the discussion between labor rights and guarantees belonging to representative entities and class categories, common to all those represented, and requires the intervention of the State in order to achieve a fair solution to the specific case.
This work, in this perspective, intends to address the main themes on the subject and the main jurisprudential understandings related to the theme, namely: Collective Bargaining, doctrinal concepts and definitions; Collective conflicts; Distinction with individual agreement; Classification of collective bargaining agreements; Form and nature of the sentence in the collective bargaining agreement; Collective bargaining process; Competence Originating in the collective bargaining agreement; Extension, review and fulfillment.
KEY-WORDS: Right; process; job; agreement.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
1.	DISSÍDIO COLETIVO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES DOUTRINÁRIAS	7
2.1	FORMAS DE RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS COLETIVOS	7
2.1.1	Auto-composição	7
2.1.2	Auto-defesa	8
2.1.3	Hetero-Composição	8
3	DISTINÇÃO ENTRE CONFLITOS COLETIVOS E DISSÍDIO INDIVIDUAL	8
4	CLASSIFICAÇÃO DOS DISSIDIOS COLETIVOS	8
4.1	DISSÍDIOS COLETIVOS DE NATUREZA ECONÔMICA/INTERESSE	9
4.2	DISSÍDIOS DE NATUREZA JURÍDICA/DIREITO	9
5.	FORMA E NATUREZA DA SENTENÇA NO DISSÍDIO COLETIVO	9
6.	PROCESSO NO DISSÍDIO COLETIVO	11
7.	COMPETENCIA ORIGINARIA DO DISSIDIO COLETIVO	12
8.	EXTENSÃO	12
9.	REVISÃO	13
10.	AÇÃO DE CUMPRIMENTO	14
CONCLUSÃO	16
REFERÊNCIAS	17
INTRODUÇÃO
Dissídio significa, basicamente, conflito de interesses. No Direito de Trabalho, ele acontece quando empregado e empregador discordam de algum aspecto da relação laboral e buscam a Justiça do Trabalho para solucionar a questão. O processo do trabalho divide o dissidio em individual e coletivo.
Os dissídios de natureza coletiva necessitam da intervenção do Estado para que seja realizada a solução justa ao caso concreto, quando a negociação coletiva entre empregados e empregadores não conseguem entrar em acordo sobre um determinado tema e normalmente têm como partes as entidades de classe (sindicatos, federações e confederações), que representam os empregados, e as empresas (ou seus sindicatos), que negociam regras relativas ao trabalhador representado pela entidade.
Nesses casos, é possível ingressar com uma ação trabalhista para buscar a solução do conflito, cabendo à Justiça do Trabalho regulamentar a questão.
1. DISSÍDIO COLETIVO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES DOUTRINÁRIAS
Muitos doutrinadores descrevem o dissídio coletivo de diferentes maneiras. Vale salientar os seguintes conceitos/definições:
“O dissídio coletivo de trabalho é o meio de solução jurisdicional do conflito coletivo do trabalho. O conflito coletivo de trabalho tem como objeto o interesse coletivo, isto é, comum a todos os integrantes do grupo, e, como sujeitos, um numero indeterminado de trabalhadores, representados pela entidade sindical profissional, e um ou vários empregadores, representados ou não pela entidade sindical” (Gustavo Felipe Barbosa Garcia).
“Os conflitos coletivos de trabalho surgem a partir do momento em que se verifica a presença de pretensão resistida entre os interesses, cujos titulares são grupos de empregados e empregadores” (José Cairo Jr.).
“O conflito coletivo trabalhista, também denominado conflito de grupo ou de categorias, tem por objeto não somente o descumprimento de normas positivadas já existentes (conflito jurídico ou de natureza declaratória), mas também a criação de novas normas de regulamentação da relação de trabalho (conflitos de natureza econômica)” (Mauro Schiavi).
Sendo assim, apesar de haver diferenças nas formas de conceituação e definição, é possível perceber que o dissídio coletivo nada mais é do que o “processo” instaurado quando houver “conflitos” e não ocorrer auto-composição/negociação.
2.1 FORMAS DE RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS COLETIVOS TRABALHISTAS
Existem diversas formas de resolução de conflitos coletivos trabalhistas: A auto-composição, a auto-defesa, e a hetero composição que pode ser extrajudicial ou judicial.
2.1.1 Auto-composição
É a forma de resolver o conflito de maneira amigavelmente, onde há renuncias de uma das partes em favor da outra, podendo ocorrer dentro ou não do judiciário, sua maior vantagem é a celeridade processual. 
Exemplos: Acordo coletivo de trabalho e Convenção coletiva de trabalho.
2.1.2 Auto-defesa
É o exercício das próprias razões onde as partes falam por si só, através da força, defendendo o seu ponto de vista com reivindicações. 
Exemplo: Greve lockout.
2.1.3 Hetero-Composição
É a solução do conflito dada por uma terceira pessoa. Segundo a doutrina existe duas formas: a extrajudicial e a judicial.
Formas extrajudiciais de solução de conflitos:
a) Conciliação: as partes chegam sozinhas em uma solução para conflito, onde um terceiro apenas indica os pontos de vista das partes.
b) Mediação: quando utiliza se de um terceiro, que não faça parte do litigio, para facilitar e mediar o conflito. Este terceiro é imparcial, apenas ajuda a chegar em um consenso final, mais não decide nada.
c) Arbitragem: as partes elegem um terceiro para a solução do conflito, que pode ser técnico, perito ou leigo. A decisão por ele formulada deverá ser cumprida pelas partes e não pode ser recorrida.
E judicialmente temos a decisão judicial que ocorre quando o Estado “substitui” a vontade das partes e decide, através de uma sentença proferida por um juiz.
3 DISTINÇÃO ENTRE CONFLITOS COLETIVOS E DISSÍDIO INDIVIDUAL
Existe diferença entre conflitos coletivos e conflitos individuais, essa distinção é feita através dos sujeitos, os interesses e as causas. No conflito coletivo o sujeito é o sindicato que representa um grupo de trabalhadores com interesses comuns fazendo a defesa desse grupo em geral. Já no conflito individual os empregados são representados individualmente em defesa de um interesse isolado e material em uma causa especifica interesses esses que não se comunicam.
4CLASSIFICAÇÃO DOS DISSIDIOS COLETIVOS
Os dissídios coletivos estão divididos em Dissídios Coletivos de natureza econômica ou de interesse e Dissídio coletivo de natureza jurídica ou de direito, abaixo relacionados: 
4.1 DISSÍDIOS COLETIVOS DE NATUREZA ECONÔMICA OU DE INTERESSE
São aqueles em que os empregados reivindicam melhores condições de trabalho, principalmente no que diz respeito à melhora de seus salários, dissídios esses com o objetivo de criar ou alterar normas jurídicas, criando, modificando ou extinguindo uma situação de trabalho.
4.2 DISSÍDIOS DE NATUREZA JURÍDICA OU DE DIREITO 
Está relacionado com uma norma que já existente, é quando a justiça trabalhista julga os efeitos provocados por eventuais descumprimentos da sentença prolatada ou aqueles que visem apenas o esclarecimento de tais sentenças. 
Caso seja descumprida a normativa coletiva estabelecida, a junta de conciliação e julgamento será a responsável pelo julgamento e nos casos de requisição de esclarecimentos, o próprio Tribunal Regional do Trabalho - TRT irá apreciar a questão, a depender das proporções do conflito em questão.
5. FORMA E NATUREZA DA SENTENÇA NO DISSÍDIO COLETIVO
Sentença normativa é a decisão dada pelos Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs e ou do Tribunal Superior do Trabalho – TST, no julgamento de dissídios coletivos, conforme artigo 114, “caput” e seu parágrafo segundo da Constituição Federal.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I -  as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II -  as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III -  as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV -  os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V -  os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI -  as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII -  as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII -  a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX -  outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
 A sentença normativa tem o formato de sentença, porém com conteúdo de norma jurídica, ela substitui um acordo ou convenção não celebrada, porém, o mesmo conteúdo que eles teriam, nesse caso, o Poder Judiciário faz as vezes do legislador, por exercer o poder normativo, que cria leis.
A sentença normativa poderá sofrer uma extensão, desde que implique em novas condições de trabalho, se efeito se propagará também aos demais trabalhadores da mesma categoria profissional, desde que inseridos na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho em que foi julgado o dissídio coletivo.
Art. 868 da CLT: Em caso de dissídio coletivo, que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa que forem da mesma profissão dos dissidentes.
Nessa hipótese deverá o Tribunal fixar uma data que a sentença começará a produzir efeitos e com prazo não superior a 4 anos. Ocorre que tal decisão, vai além do alcance da empresa e a solicitação deverá partir do próprio Tribunal, do MPT, do sindicato ou da empresa. 
Nessa situação em questão é preciso ter a anuência de ¾ das empresas ou seu sindicato e ¾ dos empregados ou seu sindicato, devendo haver a manifestação dos interessados num prazo determinado pelo Tribunal, que varia entre 30 e 60 dias, antes de o Tribunal decidir sobre a extensão, em caso de concretização da decisão, o Tribunal marcará a data em que a extensão da vigência. 
Art. 869 da CLT: A decisão sobre novas condições de trabalho poderá também ser estendida a todos os empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal:
a) por solicitação de 1 ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato destes;
b) por solicitação de 1 ou mais sindicatos de empregados;
c)  por ofício, pelo Tribunal que houver proferido a decisão;
d) por solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho.
É sabido que a sentença normativa poderá ser revista, podendo ocorrer após decorrido 1 ano de vigência, e em caso de modificação das circunstâncias desde que tenham se tornado injustas ou inaplicáveis. 
A revisão poderá ser promovida pelo próprio Tribunal que deu a decisão, sendo ele mesmo que dará a decisão no caso da revisão, mas, somente após ser ouvida a Procuradoria da Justiça do Trabalho” e ainda poderá ser promovida a revisão pelo Ministério Público do Trabalho, pelas associações sindicais e pelas empresas.
Caso a iniciativa da revisão venha a ocorrer por parte do Tribunal ou pelo MPT, as associações sindicais e os empregadores interessados serão ouvidos no prazo de 30 dias, caso uma das partes interessadas promova essa revisão, as outras partes serão ouvidas também pelo mesmo prazo. 
6. PROCESSO NO DISSÍDIO COLETIVO
O Procedimento do dissídio coletivo acontece antes do processo, se dá através da mediação e conciliação, ou seja, é uma análise pré- processual que são efetivadas em duas etapas, na primeira verifica-se os elementos processuais para a identificação de possíveis vícios que impeçam a continuidade do processo e na segunda, são analisados os elementos que compõe o conflito, tais como: partes envolvidas, divergências, pretensões da categoria e proposta da empresa.
Após essa análise o presidente do Tribunal Superior do Trabalho – TST decidirá se aceita ou não de forma prévia, o dissídio coletivo ou o procedimento de mediação e conciliação pré-processual e nessa análise que também, são explicadas as partes o cronograma de reuniões de trabalho e de negociação, para um incentivo ao diálogo entres os envolvidos.
Logo em seguida, com a estratégia de conciliação ou de mediação construída, começa a etapa de apresentação de alternativas, tendo como inciativa das partes das suas propostas. Em caso de frustração dessa primeira etapa de negociações é que o vice-presidente formulará uma proposta. Todo esse processo conta com a ajuda de juízes auxiliares e da equipe da Vice-Presidência
7. COMPETENCIA ORIGINARIA DO DISSIDIO COLETIVO
De acordo com no artigo 2º da Lei 7.701/88 a competência para o julgamento do dissídio coletivo  é do TST, “Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa, originariamente, conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais”.
O propósito a ser alcançado com o julgamento do dissídio coletivo pelo TST, é de sistematizar a condução do procedimento, como também, para servir de orientação para os 24 TRTs lidarem com os processos envolvendo as categorias coletivas nos estados. “O objetivo da mediação pré-processual é resolver o conflito antes que ele se instaure, sem esperar que a categoria entre em greve ou a empresa ajuíze dissídio coletivo. “Essa é a grande vantagem”.Portando, a medida não é de cumprimento obrigatório pelos TRTs, mas uma sugestão de procedimento que tem dado certo no TST, antes de protocolar a ação de conflitos entre os patrões e empregados, de grandes categorias.
No entanto, de acordo com o artigo 42, inciso III, do Regimento Interno do TST, é do vice-presidente a competência para conduzir a conciliação em dissídios coletivos originários, que envolvem categorias organizadas em nível nacional.
8. EXTENSÃO
Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho, e no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, pode o tribunal competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa eu forem da mesma profissão (art. 868 da CLT).
A extensão da sentença normativa é aplicável apenas ao dissídio de natureza econômica, que tenha como parte somente uma parcela dos empregados da empresa. Nessa hipótese, o tribunal de oficio, pode estender as condições de trabalho estabelecidas na sentença os demais empregados da mesma profissão, com fundamento no principio da igualdade. 
A extensão pode ocorrer: a) por solicitação de um ou mais pregadores, ou de qualquer sindicato destes; b) por solicitação de um ou mais sindicatos de empregados; c) de oficio, pelo tribunal que houver proferido aa decisão; d) por solicitação do Ministério Publico do Trabalho.
Para que a decisão possa ser estabelecida, é preciso que 3/4 dos empregadores e 3/4 dos empregados, ou respectivos sindicatos, concordem com a extensão da decisão (art. 870 da CLT). O tribunal competente deve marcar prazo, não inferior a 30 nem superior a 60 dias, a fim de que se manifestem os interessados. Ouvidos os interessados e o Ministério Publico do Trabalho, o processo deve ser submetido ao julgamento do tribunal. 
Sempre que o tribunal estender a decisão, definirá data em que a extensão deva entrar em vigor (art. 871 da CLT). 
É possível a revisão da sentença normativa com fundamento na modificação das circunstancias que servem de fundamento a decisão (art. 873 da CLT).
9. REVISÃO
O dissídio coletivo de revisão é uma nova ação, com causa de pedir e pedidos distintos daqueles do dissídio anterior, com base em novos fatos, posteriores a decisão que se revisa, de forma semelhante a previsão do art. 505, inciso I, do CPC. A sentença que decide relação jurídica continuativa pode ser revista se sobrevier modificação no estado de fato ou de direito. 
Nos termos do art. 873 da CLT, decorrido mais de um ano de sua vigência, caberá revisão das decisões de fixem condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstancias que as ditaram, de modo que tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. 
A revisão pode ser promovida por iniciativa do tribunal prolator, do Ministério Publico do Trabalho, das organizações sindicais ou de empregador ou empregadores interessados no cumprimento da decisão (art. 874 da CLT).
Quando a revisão for promovida por iniciativa do tribunal prolator ou Ministério Publico do Trabalho, as associações sindicais e o empregador ou empregadores interessados devem ser ouvidos no prazo de 30 dias. Quando promovida por umas das partes interessadas, serão as outras ouvidas também por igual prazo (art. 874, parágrafo único da CLT). 
A revisão deve ser julgada pelo tribunal que tiver proferido a decisão, depois de ouvido o Ministério Público do Trabalho (art. 875 da CLT).
Se a revisão for requerida pelas entidades sindicais ou pelos empregadores, entende-se que o ‘’comum acordo’’ não é exigido no dissídio coletivo de revisão, pois ele não é disciplinado pelo art. 114, § 2° DA Constituição Federal DE 1988, que retrata apenas do dissídio coletivo de natureza econômica original. 
Após a manifestação de MPT, o tribunal julga o pedido de revisão, proferindo, se for o caso, nova sentença normativa. 
10. AÇÃO DE CUMPRIMENTO
Proferida a sentença normativa, esta deve ser observada pelos empregadores abrangidos e representados pelas entidades sindicais que participavam do dissídio coletivo.
Em razão dessa peculiaridade, a sentença normativa descumprida não é objeto de ação de execução propriamente, mas sim da ação de cumprimento.
A ação de cumprimento á origem a processo de conhecimento, tendo natureza de ação condenatória, de competência das Varas do Trabalho.
O art. 872 da CLT prevê que celebrado o acordo, ou proferida a decisão no dissídio coletivo, deve-se seguir com o seu cumprimento.
Na atualidade, não se exige o transito em julgado para a produção de efeitos da sentença normativa, nem para ajuizamento da ação de cumprimento. O recurso em dissídio coletivo, em regra, não tem efeito suspensivo, salvo se este for deferido pelo Presidente do TST (art. 14 da Lei de 10.192/2001).
Desse modo, é dispensável o transito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento (Súmula 246 do TST).
Além dos empregados, os sindicados das categorias profissionais abrangidos pela sentença normativa tem legitimidade para propor a ação de cumprimento, como substituto processual, por se tratar de ajuizamento de demanda em nome próprio, mas em defesa de direito alheio. 
Tendo em vista o art. 8°, inciso III, da Constituição Federal de 1988, o sindicato pode ajuizar a ação de cumprimento, como substituto processual, em defesa dos direitos de todos os integrantes da categoria, e não apensas dos associados. Além disso, todas as condições de trabalho estabelecidas na sentença normativa podem ser objeto da ação de cumprimento, e não apenas o pagamento do salário. 
A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimento estende-se também à observância de acordo ou de convenção coletivos (Súmula 286 do TST).
O prazo de prescrição em relação a ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu transito em julgado (Súmula 350 de TST).
Se o pedido da ação de cumprimento dor acolhido à sentença condenatória, com titulo judicial, pode ser executada. 
A coisa julgada produzida na ação de cumprimento é atípica, pois depende de condição resolutiva, ou seja, da não modificação da decisão normativa pelo TST, com a consequente extinção do processo, sem julgamento do mérito, deve-se extinguir a execução em andamento. Uma vez que a norma sobre a qual se apoiava o titulo exequendo deixou de existir no mundo jurídico. 
CONCLUSÃO
Portanto o dissídio é uma forma de solução de conflitos coletivos de trabalho e por meio dele, o Poder Judiciário resolve o conflito entre os empregadores e os representantes de categoria dos empregados.
Existindo como instrumento para conferir à Justiça do Trabalho a responsabilidade de solucionar um conflito ao criar normas e condições de trabalho que regularão a relação trabalhista entre as partes. As novas normas devem respeitar as disposições mínimas da lei que protegem o trabalho e as condições convencionadas anteriormente. A partir da sentença normativa do dissídio será criada uma norma jurídica eficaz para relação entre empregadores e empregados.
REFERÊNCIAS
BRITO, Cristina Maciel de Alencastro. O judiciário brasileiro e as novas resoluções nos conflitos trabalhistas. [S. l.], 20 set. 2018. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/287755/o-judiciario-brasileiro-e-as-novas-resolucoes-nos-conflitos-trabalhistas. Acesso em: 9 jun. 2020.
BRIZOLLA, Carolina. Conflitos coletivos de trabalho. [S. l.], 16 set. 2015. Disponível em: https://carolinabrizolla.jusbrasil.com.br/artigos/232886269/conflitos-coletivos-de-trabalho#:~:text=Conceito%3A%20Conflito%20coletivo%20de%20trabalho,acerca%20de%20condi%C3%A7%C3%B5es%20de%20trabalho. Acesso em: 9 jun. 2020. 
CRUZ, Carlos Henrique. Dissídio Coletivo: tudo o que você precisa saber em 9 perguntas. [S. l.], 29 jun. 2016. Disponível em: https://chcadvocacia.adv.br/blog/dissidio-coletivo/. Acesso em: 7 jun. 2020.
GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. MANUAL DE PROCESSO DO TRABALHO. 6. ed. rev. atual. e aum. Salvador: JusPodivm, 2020.
JUNIOR, JoséCairo. CURSO DE DIREITO DO TRABALHO. 14. ed. rev. atual. e aum. Salvador: JusPodivm, 2018.
SCHIAVI, Mauro. MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. 15. ed. São Paulo: LTr, 2018.
TRILHANTE, Curso de Direito Online. DISSÍDIOS COLETIVO. Disponível em: https://www.trilhante.com.br/curso/dissidios-coletivos-e-procedimentos-especiais/aula/dissidios-coletivos-1. Acesso em: 7 jun. 2020.

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