Prévia do material em texto
IESC VII Letícia LimaDoença de Chagas – Manejo na APS Título EPIDEMIOLOGIA · OMS – 6 a 7 milhões de pessoas infectadas no mundo AGENTE ETIOLÓGICO · Trypanosoma cruzi · Protozoário flagelado da classe Mastigophora · Sangue dos vertebrados tripomastigosta · Tecido dos vertebrados amastigota (sem flagelo) VETORES · Mosquito barbeiro CICLO DE VIDA PERÍODO DE INCUBAÇÃO · Varia conforme a forma de transmissão · Vetorial 4 – 15 dias · Oral 3 – 22 dias · Transfusional 30 – 40 dias · Vertical durante a gestação, em qualquer período ou durante o parto · Acidental até 20 dias DOENÇA AGUDA · As manifestações clínicas são variáveis e inespecíficas, confundidas com infecções virais · Febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias, astenia, edema de face ou MMII, rash cutâneo · Manifestações digestivas são comuns na transmissão oral · Transmissão vetorial sinal de Romanã ou chagoma de inoculação · Miocardite difusa · Meningoencefalite rara mas tende a ser letal – imunodeprimidos, lactentes FASE CRÔNICA · Passada a fase aguda, aparente ou inaparente, se não for realizado o tratamento especifico, ocorre redução espontânea da parasitemia com tendência a evolução para as formas: · Indeterminada mais frequente, sorologia positiva sem clínica · Cardíaca principal causa de morte, assintomática, alterações no ECG, IC de diversos graus, arritmias, aneurismas, morte súbita · Digestiva alterações ao longo TGI, lesões dos plexos nervosos com consequentes alterações da motilidade e morfologia – megaesôfago e megacólon são as formas mais comuns · Formas associadas cardíaca e digestiva DIAGNÓSTICO NA FASE AGUDA · Identificação do parasito em sangue periférico · Exame de gota espessa em áreas onde existe a concomitância da Malária · Concentrado em tubo de micro-hematócrito · Momento ideal paciente afebril e dentro de 30 dias do início dos sintomas EXAMES COMPLEMENTARES NA FORMA AGUDA · Hemograma linfocitose com linfócitos atípicos · ECG alterações são comuns e costumam ser inespecíficas TRATAMENTO · Benzonidazol – 100mg e 12,5mg · Tratamento de primeira linha, menos efeitos colaterais, disponível no Brasil · Dose básica: 5mg/kg/dia em adultos e 8 – 10mg/kg/dia em crianças (máximo de 300mg/dia) · Nifurtimox – 120mg · Produzido na América Central, solicitado à OPAS · Dose básica: 8mg/kg/dia em adultos e 12mg/kg/dia em crianças · Os dois medicamentos tomados de 12/12 horas por 60 dias · Repouso, cuidados gerais, prevenção ou tratamento de IC, BZD se convulsões · Seguimento: · Seguimento semanal por 2 meses e após, anual · Exame clínico · Hemograma a cada 15 dias atenção a leucopenia que é um efeito do medicamento · ECG · Sorologia QUANDO REFERENCIAR · O referenciamento para os níveis secundário e terciário será necessário para elucidação diagnóstico e intervenções terapêuticas mais complexas · Casos de arritmias ventriculares e bloqueios de ramo ou atrioventriculares podem ser referenciados para cardiologista · Esofagopatia e colopatia iniciais podem ser referenciadas por especialista NOTIFICAÇÃO · Todos os casos agudos devem ser imediatamente notificados para investigação epidemiológica oportuna · Não devem ser notificados casos de reativação ou casos crônicos · Caso suspeito de DCA paciente com quadro febril prolongado (mais de 7 dias) e com uma das seguintes manifestações: · Edema de face ou membros, exantema, cardiopatia aguda, adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, hemorragia, icterícia, sinal de Romanã ou chagoma de inoculação · E que seja residente ou visitante de área de ocorrência de triatomídeos, ou que tenha recebido transfusão ou que tenha ingerido alimento suspeito de contaminação · Caso confirmado de DCA presença de T. cruzi circulante no sangue periférico ou paciente com sorologia positiva para IgM anti-T cruzi image1.png