Prévia do material em texto
Aliment� Energétic� FONTES ENERGÉTICAS Possuem menos de 20% de proteína bruta e menos de 18% de fibra bruta Ex: milho, sorgo, trigo, raízes, tubérculos, grãos, cereais, gorduras e sebos Milho (Zea mays) • Principal fonte de energia para animais domésticos (até 70% em aves e suínos) • Baixo nível de PB 8-13% • Zeína - endosperma (41-52%) • Gluteína - gérmen (17-28%) • Deficiente: lisina e triptofano • 3/4 do grão é constituído de amido (ENN) • Baixos níveis de Ca (0,02% na MS) • Níveis médios de P (0,25%) • Excelente fonte de caroteno Vantagens 1) Elevado conteúdo energético (EE: 3,67 a 4,8%) 2) Alta digestibilidade da energia e da proteína 3)Excelente fonte de caroteno (dentre as principais fontes energéticas é a que mais tem pigmentos na sua composição) 4) Boa fonte de vitamina A 5) Boa fonte de ácido linoleico Desvantagens 1) Baixo teor de PB 2) Pobre em vitaminas hidrossolúveis, cálcio e microminerais 3) Pobre em lisina e triptofano 1) GRÃO DE MILHO • Grão é o produto como é colhido no campo, podendo ser de várias cores (branco, vermelho, amarelo) • Quirera é o grão de milho quebrado grosseiramente • Fubá é o grão de milho moído, é mais digestível que o grão inteiro e a quirera Processamento do grão de milho Moagem • Ruptura física – matriz proteica Laminação a seco / vapor • Grãos quebrados – rolos compressores/estrutura física Floculação • Linha de vapor 30 – 40 minutos (90 – 105 oC) gelatinização acentuada Gelatinização • Aumento de temperatura em presença de água – forma gel viscoso • Grânulos expostos à umidade e temperaturas elevadas • 60 oC – ruptura pontes de H – desarranjo amilose – (grânulos de amido mais susceptíveis a digestão enzimática) • Processo irreversível 2) FARELO DE GERMEN DE MILHO • Consiste no gérmen, tegumentos e pequenas partículas amiláceas resultantes do processamento industrial do milho integral para a obtenção da farinha de milho para consumo humano. • PB 7 a 9% • EE 9% • FB até 6 % • Tipos de farelo de gérmen de milho • Integral: resultante do processamento de milho integral, empregado no preparo da farinha de milho para consumo humano. • Desengordurado: é o produto obtido do gérmen de milho após a extração de óleo por solvente. 3) FARELO DE GLÚTEN 21 (REFINASIL) • É a parte fibrosa do grão de milho que fica após a extração da maior parte do amido, gérmen e do glúten pelo processo empregado na produção do amido e xarope de glicose. Excelente fonte de proteína (não degradada no rúmen) e de energia - não apresenta boa palatabilidade. • Utilizado para vacas leiteiras ou novilhas • PB 21% • EE 2% • FB 9% 4) FARELO DE GLÚTEN 60 (PROTENOSE) • Subproduto da fabricação da Maizena • É o produto obtido após a remoção da maior parte do amido, gérmen e porções fibrosas. • PB 60% • EE 1% • FB 3% 5) GÉRMEN DESENGORDURADO • É o produto obtido através do processo industrial para remoção do óleo contido no gérmen do milho integral • PB 10% • EE 0,5% • FB 8% 6) MILHO EXTRUSADO • É o produto obtido do processo de extrusão (vapor e pressão) do milho degerminado com objetivo de gelatinar o amido • PB 7% • EE 0,5% • FB 3% SORGO • Ricos em energia (EE 3,6%) • Amido é o principal glicídio (65 a 5% grãos) • A porcentagem de PB é bastante variável, de 8 a 12% SORGO × MILHO • Semelhante ao milho na composição bromatológica e valor nutritivo (90 a 95% da energia do milho) • Pobre em gordura e energia metabolizável • Níveis de vitaminas do complexo B semelhantes • Tende a apresentar maior PB • Menor digestibilidade • É mais barato • O grão de sorgo é recomendado para vacas leiteiras e suínos, substituindo até 100% do milho, devendo ser fornecido de forma triturada. • No caso das aves, recomenda-se substituir até 50% do milho da ração, e adicionar pigmento para coloração da carcaça e gema de ovo Desvantagens • TANINO altera a palatabilidade dos alimentos • Até 0,5% baixo • 0,6 a 1,2% intermediário • Maior que 1,2% elevado e não recomendado para o consumo dos animais • Falta de PIGMENTOS • Quando do fornecimento para aves deve-se suplementar com pigmentos sintéticos 1) Limitante em lisina, treonina e metionina. 2) Grão é muito pequeno e a casca é dura e indigestível. 3) Não contém pigmentos (caroteno e xantofila). 4) Grande perda, quando da moagem, em decorrência da grande quantidade de pó. 5) Produção de compostos fenólicos: tanino. Palatabilidade: adstringente, amargo. Digestibilidade: complexa com proteína (aminoácidos nas fezes). Coloração: escura. Vantagens agronômicas: resistência e proteção. TRIGO X MILHO • Maior % de PB (9 a 12%) • Energia 10% inferior • Peso específico alterado (trigo geado ou triguilho), energia é reduzida (15-20% inferior) • Níveis de ácido glutâmico superior e menor de biotina • Maior quantidade de fósforo • Menor quantidade de gordura (mais ou menos metade) • Níveis de energia metabolizável semelhantes (farelo apresenta um pouco menos) • Quantidades de minerais semelhantes • Não tem pigmentos • Palatabilidade semelhante Triguilho • Triguilho é composto por grãos quebrados e pequenos • Sementes de outras plantas e outras impurezas que são obtidas após a limpeza do trigo • PB mais elevada que o grão, entre 13 e 14% • Pode vir contaminado com sementes de plantas tóxicas, o que limita sua utilização ARROZ X MILHO • Principais produtos: farelo de arroz com e sem casca • Mais duro, deve ser sempre moído • Maior quantidade de fibra • Menor quantidade de PB (6,5%) • QUASE NÃO TEM CAROTENO • Pode substituir até 30% do milho para aves e suínos • Vacas (30%), bezerros (20%) • Gordura altamente insaturada (rancificação) MELAÇO DE CANA DE AÇÚCAR • Altamente energético (presença de sacarose glicose). • Elevada palatabilidade. • Pequena quantidade de PB (até 3%). • Proteína de baixa qualidade, podendo causar muita fermentação em ruminantes e diarreia em bezerros • Deficiente em fósforo e rico em nitrito e K. • Rico em Ca, Mg, niacina, colina, biotina riboflavina. • Alta digestibilidade. • Não apresenta vitaminas A e D. • Possui propriedades aglutinantes (peletização). • Muito usado com ureia ou aspergido sobre forragem de baixa qualidade. • Deve-se limitar a quantidade na ração • Vacas em lactação: 2,5 a 3kg • Acima de 30% reduz % de gordura e sólidos do leite. • Para evitar acidose, recomenda-se adaptar os animais. • Grandes quantidades reduz a digestibilidade dos alimentos fibrosos • Bezerros: 7% da ração. • Cuidados para evitar fermentação POLPA CÍTRICA • Obtido por meio do tratamento de resíduos sólidos e líquidos remanescentes da extração do suco Cascas, sementes e bagaço de laranjas • Umidade de aproximadamente 82%. • Peletizado - 12% de umidade • Utilização > restringir-se a no máximo 30% da MS/animal/dia • Necessita de adaptação • Absorve a umidade - transportado e armazenado em locais secos • Recomenda-se não armazenar por mais de 2 meses (uso deve ser suspenso - alteração de cor) • Presença de dioxina (queima do calcário para reduzir acidez da polpa) CASCA DE SOJA • Subproduto da extração do óleo de soja • Deve ser tostada para destruir metabólitos antinutricionais • Cada 100 Kg de soja - 8 Kg de casca • Elevado nível de fibra • Nível médio de proteína bruta • Pode chegar a 80% do valor energético do milho • Alta palatabilidade • Pobre em cálcio, vitamina D e caroteno. • Pode substituir 20 - 30% do concentrado energético - Reduz o custo da ração • UTILIZAÇÃO: • Ruminantes: em rações que não necessitam de um alto teor de energia. • Não ruminantes: é restrita devido ao alto teor de Fibra. • Atividade ureática será maior, quanto maior for a presença de grãos de soja na casca. • Como é um ingrediente de alta fibra, a sua maior utilização tem referência com o farelo de trigo, podendo ter como base de preço 75% do preço do mesmo. GORDURAS E SEBOS • SEBO DE BOVINO • BANHA DE SUÍNO • ÓLEO DE FRANGO • ÓLEO DEGOMADO (NÃO REFINADO) • LECITINA DE SOJA • São normalmente triglicerídeos • Não Tem proteína Vantagens • Permitem energia das rações • Fonte de ácidos graxos essenciais • Melhora absorção de substâncias lipossolúveis • Diminui a velocidade dotrânsito digestivo • Melhora a palatabilidade (até certo ponto) • Melhora a ingestão (até certo ponto) • Facilidade da produção de pellets Desvantagens • Em geral é mais cara • Elevadas quantidades trazem prejuízo à qualidade da ração • Gorduras insaturadas podem diminuir a digestibilidade em ruminantes • Podem causar rancificação (oxidação)