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14. No penúltimo parágrafo, Fritz Utzeri sugere que, assim que foi criticado 
pela professora, corrigiu o erro. Reescreva a frase que gerou o pesadelo 
do autor, construindo a concordância que, em geral, costuma ser utili-
zada nesse caso.
Explique o que, na frase, teria gerado a “distração” do autor.ff
 Leia a tira abaixo para responder à questão 15.
15. No segundo quadrinho da tira apresentada, há uma inadequação na 
concordância verbal. Identifique-a.
Explique, do ponto de vista gramatical, qual a inadequação cometida ff
na tira e corrija o enunciado.
RECRUTA ZERO Mort Walker
 Leia o texto abaixo para responder às questões 13 e 14.
Educação! Educação! (Parte 3)
Sonho com Dona Teteca, minha implacável professora de português. Ela aparece, 
brandindo um exemplar do JB com a segunda parte do artigo Educação! Educação!.
Passa-me um sabão danado. […]
— Seu analfabeto! Não foi isso que te ensinei! Não podes errar a concordância!
Assustado, leio um texto meu que o JB publicou no domingo passado: “Um dos 
romances que mais marcou minha adolescência…”
Sinto um frio na espinha e balbucio:
— Desculpe dona Teteca… Eu me distraí. […]
Conformado, pego uma resma de papel e começo a escrever, pensando: “Poxa, 
logo num texto sobre educação!”
Acordo, sobressaltado e ofegante. Perdão, leitores.
UTZERI, Fritz. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 27 jul. 2003.
 13. No texto transcrito, Fritz Utzeri relata o pesadelo que teve com sua pro-
fessora de português. Por que o autor sentiu um “calafrio na espinha” 
ao lembrar-se do que tinha escrito na coluna do jornal?
“Poxa, logo num texto sobre educação!”. Por que o autor faz essa decla-ff
ração, considerando o pesadelo que teve?
 
WALKER, Mort. 
Recruta Zero. 
O Estado de S. Paulo. 
São Paulo, 7 jan. 
2003.
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Usos da concordância
Angeli não é o único autor de histórias em quadrinhos que faz uso 
das relações de concordância para caracterizar variedades linguísticas 
específicas e, por meio delas, definir diferentes personagens. Sua tarefa 
será escolher algumas tiras de um outro autor de histórias em quadrinhos 
para explicar como o trabalho com as relações de concordância (nominal 
e/ou verbal) participa da caracterização do perfil das personagens criadas 
por esse autor.
No momento de apresentar a conclusão da sua análise, lembre-se 
de traçar o perfil dos falantes da variedade linguística apresentada nas 
tiras: idade, suposto grau de escolaridade, condição socioeconômica, 
região em que moram, etc.
Em alguns gêneros textuais, como história em quadrinhos e música po-
pular, observamos um uso intencional das relações de concordância para 
definir uma variedade linguística específica. Esse procedimento costuma 
ser parte da caracterização de personagens. Observe a tira abaixo.
Na tira, juntamente com os aspectos visuais (o 
casario, ao fundo, sugere as construções típicas 
de uma favela), a personagem é criada para carac-
terizar um jovem que vive na periferia dos centros 
urbanos.
Além do léxico característico dessa gíria, obser-
vamos, na fala do rapaz, que a flexão de número, 
no caso da concordância nominal, segue um prin-
cípio diferente daquele previsto pela gramática 
normativa e é feita apenas no determinante que 
introduz o sintagma nominal (artigos) ou um ad-
junto adnominal: us kara, pras cabeça, dus aliado, 
nas batida, nas ideia, das brava. O autor da tira 
parece trabalhar com uma imagem estereotipada 
de jovem que teria uma condição socioeconômica 
menos privilegiada e, provavelmente, é falante de 
uma variedade linguística desprestigiada.
Dois aspectos merecem atenção nesse pro-
cesso. O princípio de concordância utilizado é 
consistente, ou seja, ele é sistematicamente 
aplicado. Podemos dizer, portanto, que essa va-
riedade possui regras próprias de concordância 
nominal, que são conhecidas e compartilhadas 
por seus usuários.
O segundo aspecto importante é o fato de que o 
modo de falar é parte da identidade dos indivíduos. 
É por esse motivo que Angeli pode, por meio de um 
recurso linguístico, definir de modo mais imediato 
para seus leitores todo um grupo de jovens re-
presentado pela personagem da tira: aqueles que 
moram na periferia dos grandes centros urbanos.
Recurso semelhante é utilizado em textos nar-
rativos quando um autor deseja, por meio da repre-
sentação estilizada da fala, tornar mais verossímeis 
as personagens que constrói. Assim, quando deseja 
criar personagens que representem pessoas de 
melhor condição econômica e que têm acesso a 
uma cultura de prestígio, faz dessas personagens 
falantes de uma variedade de prestígio. Por outro 
lado, se o objetivo foi criar tipos populares ou que 
pertencem a determinados grupos, provavelmente 
adotará um procedimento semelhante ao de Angeli 
e fará uso da fala dessas personagens como mais 
um elemento de sua caracterização.
CHICLETE COM BANANA Angeli
 ANGELI. Chiclete com banana. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 nov. 2005.
Pratique
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 Leia com atenção o diálogo na tira abaixo para responder às questões 
de 1 a 3.
Regência nominal e verbal
 1. Na tira, Hagar conversa com um estranho em um bar. Qual é o assunto 
dessa conversa?
Se considerarmos como se comportam e o que dizem Hagar e o es-ff
tranho, como podem ser caracterizadas essas duas personagens? 
Explique.
 2. No terceiro quadrinho, o estranho afirma que Hagar cometeu um “erro 
de gramática”. Que erro foi esse?
Com base no que você aprendeu sobre orações subordinadas adje-ff
tivas e o uso de pronomes relativos, explique, sintaticamente, o que 
provocou o “erro” de Hagar.
 3. Considerando a conclusão da tira, como podem ser interpretados o com-
portamento e a última fala de Hagar em relação à correção gramatical 
feita pelo estranho?
HAGAR Chris Browne
 BROWNE, Chris. Hagar. Folha de S.Paulo. 
São Paulo, 10 set. 2000.
Quando corrige a fala de Hagar, na tira, o estranho destaca a necessi-
dade da presença de uma preposição — de — entre a expressão estar a fim 
e seu complemento. A construção utilizada por Hagar — “sempre consigo 
o que estou a fim” — é típica da oralidade, de um registro menos formal 
da língua. Nesse caso, não usar a preposição que deveria anteceder o 
pronome relativo não chega a constituir um “erro de gramática”, como 
afirma o estranho. 
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