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AV2 - HISTORIA DA PSICO - ESTACIO

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A Psicologia evolui então com o seguimento destas teorias:
· “”Wundt”” – O objeto da psicologia experimental é o comportamento observável, a fim de testar modelos e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir
· Edward Bradford Titchener - O estruturalismo tem como fundamento o estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica.
· Watson – Behaviorismo, que admite que o comportamento passível de ser estudado é o comportamento diretamente observável; 
· Freud – Psicanálise, que procura conhecer o significado mais profundo das perturbações psicológicas, que coexistem no consciente, pré-consciente e inconsciente; 
· Kölher – Gestaltismo, que admite que a percepção e o pensamento são uma totalidade antes de serem compreendidos pelas suas partes constituintes; 
Introspecção
· A Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência dos mesmos. Dentre os possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagens mentais (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, táteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de idéias). 
· Etapas da introspecção controlada:
1. Apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de observadores treinados; 
2. Os sujeitos descrevem as suas emoções recorrendo a termos predefinidos;
3. Os dados eram depois relacionados e interpretados por uma equipe de psicólogos.
Sensação
· A sensação é um processo fisiológico de ligação do organismo com o meio, através dos órgãos sensoriais, e consiste na transmissão de um influxo nervoso desde o órgão sensorial até aos centros de decodificação. Realiza-se pela ação de um estímulo específico sobre um receptor que é apropriado para receber.
Percepção
· Percepção é o fenômeno de reconhecimento de qual o estímulo produziu em nós uma sensação específica. É a interpretação da sensação como sinal de um objeto exterior. 
Consciência
· Consciência é o estado de estar plenamente ciente dos acontecimentos ou fatos, como esses definem o mundo lógico, ser consciente ou ter consciência é estar no mundo, estar nele e participar de sua construção histórica. Consciência é definida em oposição à inconsciência. A consciência contém aquilo que pode ser objeto do pensamento
::PSICOLOGIA EXPERIMENTAL::
· O objeto da psicologia experimental é o comportamento observável, a fim de testar modelos e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir.
· Baseada no Positivismo. Os testes às teorias e modelos são experimentais, isto é, implicam a manipulação de variáveis ditas independentes e o registro rigoroso e a medição precisa do que acontece às variáveis dependentes. 
· Na psicologia experimental os conceitos são rigorosamente definidos, sendo as definições do tipo operacional. Do mesmo modo, os termos (ou nomes) usados para designar os conceitos são universais. A maioria dos estudos experimentais em psicologia ocorre em ambiente laboratorial, apesar de também poderem ser feitas experiências em ambiente natural, como pretexto para testar modelos desenvolvidos e testados em laboratório ou para gerar ideias que serão testadas nas condições de rigor dos laboratórios. A psicologia experimental pode recorrer tanto a sujeitos humanos como a outros animais. 
· Este método é caracterizado por uma aplicação limitada e redutora a certas áreas da investigação, tais como fisiologia, aprendizagem, memória, percepção e psicologia social.
Estruturalismo
· O Estruturalismo é uma modalidade de pensar e um método de análise praticado nas ciências do século XX, especialmente nas áreas das humanidades. Metodologicamente, analisa sistemas em grande escala examinando as relações e as funções dos elementos que constituem tais sistemas, que são inúmeros, variando das línguas humanas e das práticas culturais aos contos folclóricos e aos textos literários.
· O estruturalismo tratava de (a) identificar a estrutura da consciência, primeiro identificando seus elementos, depois (b) descobrindo como eles se agrupam e organizam e, então, (c) determinando as causas dessa organização específica dos elementos: por que esta organização? Por que nenhuma outra organização?
· A primeira tarefa, segundo Tichener, é a análise; a segunda é a síntese. Essas duas atividades produzem uma ciência puramente descritiva. Mas a ciência quer mais do que apenas descrever; ela quer ser capaz de responder “por quê?”
· Assim, a tarefa final da ciência da psicologia seria fazer conexões entre os elementos da consciência e suas condições fisiológicas subjacentes. Essa era a psicologia estrutural; esta seria a psicologia científica, de acordo com Tichener.
	
BEHAVIORISMO
Revolução Behaviorista
· “Parece que chegou a hora em que a psicologia precisa descartar toda a referência à consciência, em que ela já não sinta mais necessidade de iludir-se pensando que está tornando os estados mentais seu objeto de observação”. (John Watson, em palestra na Universidade de Colúmbia, 1913).
· Ele estava desiludido com o foco continuado nos estados mentais, que seriam muito vagos para estudo científico, e perturbado com a confiança sem limites no método da introspecção. 
John Watson e a Fundação do Behaviorismo
· Não é possível afirmar a data precisa de criação do Comportamentalismo, porém, pode-se dizer que surgiu a partir de um protesto contra o Funcionalismo e o Estruturalismo em 1913, a partir de uma palestra proferida por John B. Watson, PhD pela Universidade de Chicago, e da publicação de seu artigo intitulado "A Psicologia como um comportamentista a vê", onde apresenta os fundamentos da sua teoria. 
· “A psicologia, tal como vista pelos behavioristas, é um ramo puramente experimental e objetivo das ciências naturais. Sua meta teórica é prever e controlar o comportamento”.
John B. Watson – breve biografia
· John Broadus Watson nasceu em Greenville, Carolina do Sul, em 1878; e morreu em Nova Iorque, em 1958. É considerado o fundador do comportamentismo ou comportamentalismo ou simplesmente behaviorismo.
· Para Watson, a  psicologia não devia ter em conta nenhum tipo de preocupações introspectivas, filosóficas ou motivacionais, mas apenas e simplesmente os comportamentos objetivos, concretos e observáveis.
· Em 1920, o psicólogo John Watson, pai do behaviorismo, costumava usar bebês em seus experimentos. Ele queria testar a idéia da origem do medo: se era inato ou aprendido como uma resposta condicionada. 
Influência(Início) da Psicologia Comparada
· A psicologia comparada ou psicologia animal é um subcampo da psicologia animal. Porém, a psicologia comparada limita-se à comparação de resultados obtidos em laboratório, diferentemente da etologia, que estuda os animais de espécies diferentes, observando-os no seu meio ambiente natural ou habitat.
· Os psicólogos comparativos estudam o comportamento de animais não-humanos a fim de generalizar seus achados para o comportamento humano.
· A psicologia só é possível se existir alguma ligação entre eles, ou seja, que compartilhem algum ancestral comum.
· Em meados do século XIX, Darwin demonstrou as ligações morfológicas e comportamentais entre os humanos e o resto do reino animal.
· Darwin estava interessado no comportamento animal, mas também especulava sobre a relação entre o comportamento animal e o comportamento humano.
a) George John Romanes , biólogo inglês, discípulo de Darwin, desenvolveu a introspecção por analogia (os processos mentais em animais mais evoluídos deviam ser mais próximos dos humanos do que os dos insetos).
b) C. Lloyd Morgan, também um biólogo inglês, realizou experimentos com animais em seus habitats, manipulando objetos para ver como os animais reagiam a essas mudanças.
c) Edward L. Thorndike, aluno de Cattell, testou a habilidade dos gatos para escaparem das 15 caixas-problemaque ele construíra. Ele descobriu que as respostas que os levavam a escapar eram gradualmente aprendidas. A partir dessas observações, criou a Lei do Efeito (precursora da lei do reforço). 
Lei do Efeito (Thorndike)
“Toda ação que produz satisfação em uma determinada situação torna-se associada a essa situação, de tal maneira que, quando a situação se repete, a ação também tem maior probabilidade de se repetir do que antes”.
S → R 
Ivan Petrovich Pavlov foi um fisiólogo russo premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1904, por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais. No entanto, entrou para a história por sua pesquisa em um campo que se apresentou a ele quase que por acaso: o papel do condicionamento na psicologia do comportamento (reflexo condicionado).
Na década de 1920, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo, a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo, o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). 
· As primeiras experiências com os cachorros eram simples. Segurava um pedaço de pão e mostrava ao cachorro antes de dá-lo para comer. Com o tempo, o cachorro passou a salivar assim que via o pedaço de pão. A salivação era uma resposta quando a comida era colocada em sua boca, uma reação natural de reflexo do sistema digestivo do animal, e não envolvia aprendizagem. Pavlov designou esse reflexo de reflexo inato ou não condicionado.
· Pavlov provou, por meio desse experimento, que os cães desenvolvem comportamentos em resposta a estímulos ambientes, podendo tais comportamentos serem explicados sem que se precise entender o que se passa no plano mental ou psicológico. 
· Por meio desses experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nas suas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico(é um processo que descreve a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binômio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos.
· Essas conclusões deram material ao Behaviorismo (teoria proposta por Watson) para afirmar que o ser humano aprende essencialmente através da imitação, observação e reprodução dos comportamentos dos outros, e que nossas ações são meras respostas ao ambiente externo.
Neobehaviorismo
· Pesquisas focadas na aprendizagem e na motivação, discussão do papel do reforço na aprendizagem, e os animais são objetos de estudo preferidos.
· Os teóricos de maior destaque são: Edward Chace Tolman, Clark Leonard Hull, e Burrhus Frederic Skinner. 
O behaviorismo cognitivista de Tolman
· Para Edward Chace Tolman, o comportamento é proposital (direcionado para algum objetivo). “Comportamento como comportamento, ou seja, como molar, é proposital e é cognitivo [...], no entanto, deve-se enfatizar que propósitos e conhecimentos, que são imediatos e imanentes, no comportamento são totalmente objetivos quanto à definição”. O propósito do comportamento é determinado pelo conhecimento.
· Ele proclamava uma psicologia que reconhecesse a existência das variáveis intervenientes – processos do organismo que intervinham entre o estímulo e a resposta. Cognições eram intervenientes e elas eram cientificamente respeitáveis, desde que pudessem ser ligadas a referentes observáveis.
· Para Tolman, a aprendizagem não podia ser observada, mas poderia ser inferida medindo-se seu desempenho. 
· Mapas cognitivos – representações espaciais de seus mundo.
· Desempenho era comportamento; aprendizagem, um estado interno.
O behaviorismo hipotético-dedutivo de Hull
· Clark Leonard Hull resgata o pensamento de Thorndike, gerando uma teoria behaviorista quantitativa, ou seja, com as leis primárias do comportamento “expressáveis quantitativamente por meio de um número moderado de equações comuns”.
· Diferentemente de Tolman, reforço era um conceito-chave no sistema de Hull. Ele afirmava que sem reforço a aprendizagem não ocorreria.
· Para Hull, o reforço era a chave para a associação entre um estímulo particular e a resposta (força do hábito). 
· A força do hábito crescia como resultado direto do número de reforços experimentados. A força do hábito era, em essência, uma medida da força da conexão S-R, ou seja, a força da aprendizagem. 
O behaviorismo radical de Skinner
· Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do indivíduo.
· A base do trabalho de Skinner refere-se a compreensão do comportamento humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo).
· O trabalho de Skinner é o complemento, e o coroamento de uma escola psicológica. Skinner adotava práticas experimentais derivadas de física e outras ciências.
Condicionamento Operante
· A principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de Comportamento Operante que descreve um tipo de relação entre as respostas dos organismos e o ambiente. Diferente da relação descrita no comportamento respondente onde um estímulo elicia/gera uma resposta, o comportamento operante descreve uma relação onde uma resposta que gera uma consequência tem a sua probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante modificada pelo efeito desta consequência sobre a interação. 
· Consequências que têm valor de sobrevivência para os organismos têm as respostas que as geraram reforçadas, aumentando a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante, ao passo que consequências que trazem prejuízos aos organismos têm as respostas que as geraram punidas, reduzindo a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante. 
· Nesse sentido, o behaviorismo radical vai entender o comportamento do ser humano e dos outros organismos como uma interação entre estímulos do ambiente e respostas do organismo, sendo determinado por três tipos de seleção, a saber: filogenética, ontogenética e cultural. 
· O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética se refere aos repertórios compartilhados por uma mesma espécie, o qual é determinado pela história evolutiva da mesma. 
· O segundo nível de seleção, a seleção ontogenética se refere ao repertório particular de cada indivíduo ou organismo, o qual é determinado por sua história de vida ou histórico de reforçamento. 
· E o terceiro nível de seleção, a seleção cultural se refere ao repertório compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura, sendo este de maior importância para compreender o comportamento humano e de outros animais que apresentam algum tipo de comportamento social.
O behaviorismo fortaleceu o papel dos processos fisiológicos nas explicações psicológicas, expandiu os métodos psicológicos, e tornou mais evidentes as ligações entre o comportamento animal e o comportamento humano.
Psicanálise
Freud, nascido no ano de 1856, em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do século XX), trabalhou na elaboração da psicanálise.
· Em 1885, ao trabalhar no Hospital Salpêtrière, na França, com Jean-Martin Charcot, fez uso da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de paciente mediante o uso da hipnose, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. 
· Freud sagrou-se por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, por meio do diálogo entre o paciente e opsicanalista. Ele acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. Ele abandonou o uso de hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como fontes dos desejos do inconsciente. 
TEORIA DA MENTE NORMAL
· Freud empregou a palavra “aparelho” para caracterizar uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções específicas para cada uma delas, que estão interligadas entre si, ocupando certo lugar na mente. 
· Na década de 20, Freud criou designações para as instâncias do aparelho psíquico:
1. Id: estaria presente desde o nascimento e “contém tudo que é herdado”; é a parte mais primitiva da mente e mais acessível; Id opera em nível incosciente; é a sede das tendências instintivas que se orientam pela libido (princípio do prazer).
2. Ego: Ajuda o Id a satisfazer suas necessidades; instância psíquica referente ao contato com a realidade e com a noção de um “eu”; opera em nível consciente e incosciente.
3. Superego: Pode fazer oposição direta ao id, tentando obstruir seus desejos; consiste na interiorização das normas e proibições culturais da sociedade em que a pessoa vive - a moral dessa sociedade. A criança, geralmente, tem o primeiro contato com essa moral através da família.
4. Suas funções requerem três fatores separados: os desejos do id, a situação corrente do ego e o código moral do superego.
Métodos psicanalíticos
· Hipnose: estado transitório de modificação da consciência idêntico ao do sono, provocado por sugestão e concentração num objeto e no qual o indivíduo hipnotizado obedece a certas ordens do hipnotizador. Sob a influência de Charcot, que utilizava este método para tratar a histeria, Freud criou a psicanálise ao descobrir que sob o efeito da hipnose, os seus pacientes manifestavam atividades do inconsciente. No entanto, Freud acabou por abandonar a hipnose como método terapêutico, passando a usar o método das associações livres.
· Método catártico - método psicoterapêutico criado por Breuer, que pretende obter uma catarse. O tratamento consiste na evocação e até no reviver de acontecimentos traumáticos ligados aos problemas emocionais do indivíduo, o que permite uma descarga controlada desses problemas. 
· Associação livre: é o método psicanalítico que consiste em pedir ao paciente para contar tudo o que lhe ocorre sem se preocupar com a aparente coerência do seu discurso. A interpretação será feita pelo psicanalista, que "descobrirá" o nexo do discurso do paciente, levando-o, mais tarde, a tomar consciência das associações que fez.
· Interpretação dos sonhos: O conteúdo do sonho é composto por elementos do inconsciente, restos diurnos, memórias da infância e situações cotidianas da vida. Durante o sonho, o ego “adormece” e não reprime os conteúdos inconscientes. Para que um sonho seja interpretado, é necessário que não se tente entendê-lo de uma só vez, na sua totalidade, pois devido a ser formado no inconsciente, só existem fragmentos da realidade. O terapeuta ajuda a “juntar” essas partes. 
MECANISMOS DE DEFESA PSICOLÓGICOS
· Deslocamento - ocorre quando uma emoção associada a uma idéia que é para nós inaceitável transfere-se para outra, aceitável. Por exemplo: quero matar meu chefe. Não posso. Afinal, dizem que os presídios não são bons lugares para se morar. Que faço? Grito com meu marido!!
· Sublimação - ocorre quando a energia é descarregada em ações socialmente aceitáveis. Ex: quero ter filhos e não posso. Então, crio gatos!
· Regressão – Refere-se a uma volta psicológica à infância, quando as responsabilidades não eram tão pesadas, nem as exigências tão grandes. 
· Repressão – O indivíduo afasta da consciência um evento, idéia ou sentimento provocador de ansiedade, impedindo, assim, uma solução possível para o problema. Ex: Doenças psicossomáticas.
Segundo Freud, o recalcamento (repressão dos conteúdos dolorosos) pode manifestar-se no processo terapêutico apoiado por dois processos: 
· Resistência: o paciente se recusa a revelar ou até mesmo a pensar sobre algum conteúdo muito traumático ou embaraçoso;
· Transferência: ocorre quando o paciente transfere sentimentos (amor, desejo, raiva, etc) do objeto original (mãe, pai, cônjuge, etc) para o terapeuta. 
Fases do desenvolvimento DA PERSONALIDADE
Para Freud, o desenvolvimento da personalidade é decorrente do desenvolvimento de fases psicossexuais:
1- Fase oral (0 a 1 ano, mais ou menos); 2- Fase anal (2 a 3 anos, mais ou menos);
3- Fase fálica (4 a 8 anos, mais ou menos);4- Fase de latência (9 a 12 anos, mais ou menos);
5- Fase genital (Fase de maturação psicossexual ou puberdade) 
COMPLEXO DE ÉDIPO
· Segundo Freud, surge durante a fase fálica, que no menino, se caracteriza por grande atração pela mãe e sentimentos ambivalentes em relação ao pai (identifica-se com este, que se torna o seu ideal, mas por outro lado, considera-o um rival). Desaparece, na maioria dos casos, quando surge o complexo de castração, consequência do medo de punição do “incesto”.
· É a fase onde ocorre, então, a angústia de castração, nos meninos; e a inveja do pênis, nas meninas.
· A adequada resolução dessa fase seria, para Freud, definidora da identidade sexual do ser-humano.
NEOFREUDIANOS
· Freud teve vários alunos e seguidores, ao longo de sua vida. Muitos mantiveram seus ensinamentos intactos, reproduzindo os métodos por ele ensinados. Entretanto, muitos seguiram por caminhos diferentes, indo além, e criando suas próprias teorias. Para Freud, quando um de seus alunos não seguia fielmente sua teoria, era por ele considerado um “traidor”, e rompia com ele.
· Os dissidentes que mais se destacaram, foram: 
1. Alfred Adler (1870-1937) - criou a Psicologia Individual, e a teoria do Complexo de Inferioridade, e dizia que os motivos sociais, e não os biológicos ou sexuais é que determinavam o comportamento.
2. Carl Gustav Jung (1875-1961) – criou a Psicologia Analítica, onde dividia o inconsciente em 2 partes: o inconsciente pessoal, e o inconsciente coletivo. Criou o conceito de self, e os de introversão e extroversão.
3. Karen Horney (1885-1952) – questionou a concepção de Freud sobre a mulher, redefinindo homens e mulheres no contexto da psicanálise. Afirmou que o homem tinha inveja do útero.
· Outros neofreudianos de destaque, são: Melanie Klein, Erik Erikson, Wilhelm Reich, Lacan, Erich Fromm, Anna Freud. 
GESTALT
· A Gestalt é holística: “O todo é diferente da soma das partes”. 
· A Gestalt é fenomenológica: estuda a experiência enquanto esta ocorre, em unidades significativas.
· Segundo Max Wertheimer (1880-1943), psicólogo alemão e fundador da Gestalt, “a fórmula fundamental da teoria da Gestalt pode ser expressa assim: 
Existem as totalidades, cujo comportamento não é determinado pelo comportamento de seus elementos individuais, mas nas quais os processos parciais são eles mesmos determinados pela natureza intrínseca do todo. A esperança da teoria da Gestalt é determinar a natureza dessas totalidades”.
· Wertheimer, junto com Kurt Kofka (1886-1941) e Wolfgang Köhler (1887-1967), foram o triunvirato da Gestalt, e construíram um sistema de psicologia na Alemanha que seria dominante nos anos 30, substituindo o behaviorismo e a psicologia experimental de Wundt.
· A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à filosofia, e iniciou seus estudos pela percepção e sensação do movimento (o estímulo físico é percebido pelo homem de forma diferente que ele tem na realidade). 
· Wertheimer fez uma nova interpretação do fenômeno phi, a partir de um experimento usando um estroboscópio, onde viu o desenho de uma linha vertical, e de uma linha horizontal, formarem um ângulo reto, quando alternadas rapidamente.
· Segundo a Gestalt, entre o S (estímulo) e a R (resposta), há o processo de percepção, ou seja, o indivíduo pode conscientizar-se do que está provocando o estímulo, e interferir no processo de resposta. Consideram-se as condições que alteram a percepção do S. 
· A percepção humana tende a buscara boa-forma, de modo a compreender a totalidade do fenômeno. Nesse momento, dá-se o insight, que é a compreensão imediata do fenômeno (quando entendemos o raciocínio, “cai à ficha”). 
Percepção (Mais aprofundado)
· Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade, e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós. Cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria. 
· É a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção, um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. 
Percepção ambígua
· As percepções são normais, se realmente correspondem àquilo que o observando vê, ouve e sente. Contudo, podem ser deficientes, se houver ilusões dos sentidos ou mesmo alucinações. 
· Esta ambiguidade da percepção é explorada em tecnologias humanas como a camuflagem, mas também no mimetismo apresentado em diversas espécies animais e vegetais, como algumas borboletas que apresentam desenhos que se assemelham a olhos de pássaros, que assustam os predadores potenciais. 
Princípios da percepção
· O fenômeno da percepção é norteado pela busca dos seguintes princípios:
· A tendência à estruturação ou princípio do fechamento - tendemos a organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes;
· A segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num fundo preto).
· A pregnância das formas ou boa forma - qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;
· A constância perceptiva - se traduz na estabilidade da percepção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança).
Efeito Zeigarnik
· Bluma Zeigarnik (1900-1988), que era aluno de Kurt Kewin (psicólogo gestaltista, criador da teoria do Campo Psicológico), em 1927, fez uma experiência onde constatou que a tensão psicológica gerava uma motivação que fazia as pessoas se lembrarem mais dos problemas não resolvidos (ou dos que geraram mais dificuldade para serem resolvidos), do que aqueles que já foram resolvidos (ou foram resolvidos com facilidade). 
GESTALT: principais conceitos
· Percepção: entre o S e a R, há o processo de percepção. Considera-se as condições que alteram a percepção do S; 
· Insight: fenômeno que diz respeito a uma compreensão imediata da situação, comportamento ou contexto (tomar consciência do fenômeno, “cair a ficha”); 
· Isomorfismo: a parte sempre está relacionada ao todo; tendência à restauração do equilíbrio da forma;
· Força de campo psicológico: tendência de “juntar” os elementos, procurando a boa-forma. 
· Boa-forma: interpretação do conteúdo percebido. A tendência da nossa percepção em buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo. 
· Figura-fundo: quanto maior a boa forma, mais clara será a separação entre figura e fundo. Ex: taça, velha e moça. 
PSICOLOGIA COGNITIVA
· A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas. Pode-se definir cognição como a capacidade para armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais. 
· A psicologia cognitiva é um dos mais recentes ramos da investigação em psicologia, tendo se desenvolvido como uma área separada desde os fins dos anos 1950 e princípios dos anos 1960. 
· O termo começou a ser usado com a publicação do livro Cognitive Psychology de Ulrich Neisser, em 1967. No entanto, a abordagem cognitiva foi divulgada por Donald Broadbent no seu livro Perception and Communication, em 1958. Desde então, o paradigma dominante na área foi o do processamento de informação, modelo defendido por Broadbent. 
· Para Broadbent, os processos mentais são comparáveis a um software a ser executado num computador, que neste caso seria o cérebro. As teorias do processamento de informação têm como base noções como: entrada; representação; computação ou processamento; e saídas.
· A psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.
· Como teoria do comportamento humano, a psicologia cognitiva surgiu como uma alternativa. A fisiologia não alcançava os níveis superiores do comportamento, e o behaviorismo não colocava sob foco de sua análise os processos cognitivos, visto que estes eram apenas um comportamento dentre vários. 
Grandes Áreas de Investigação em Psicologia Cognitiva
· Memória
· Pensamento
· Aprendizagem
· Linguagem
· Percepção
· Motivação
· Emoção

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