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AULA_LACAN 1 alunos


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As três características do sintoma:
1- A “maneira” como o analisando fala sobre o sintoma. 
2- A “teoria” como o analisando formula seu mal-estar e descreve-o.
3- “o OUTRO”, quando o analisando descreve a teoria ou o sintoma ele conclama 
o psicanalista para participar do sintoma(destinatário). 
No sintoma conforme o quando acima
podemos perceber que para Lacan o
sintoma é divido entre o Signo, Significantes
(O inconsciente é estruturado como uma
linguagem), Saber inconsciente, Gozo (Não
existe relação sexual) sim satisfação e,
características do sintoma: A maneira de
exprimir meu sofrimento, A teoria sobre a
causa do meu sentimento, o analista faz
parte do meu sintoma
Signo 
• Universal 
• Mãe 
Significado
• Universal 
• Conceito de 
mãe
Significante 
• Individual 
• Sentido que a 
mãe tem para 
cada um.
“O ANALISTA FAZ PARTE DO SINTOMA” 
Lacan chama essa frase acima de: SUJEITO-SUPOSTO-SABER...
O Analisando “lembra” do analista quando passa por situações de
sofrimento, logo, o analista faz parte do sintoma vivido pelo analisando. ...
E, a isso chamamos transferência. (Freud).
Lacan nos oferece uma oportunidade de iniciarmos em nós mesmos
(Psicanalistas) um desejo de ouvir, se lermos com atenção e ouvirmos com
atenção Lacan, nós poderemos perceber que a psicanálise é feita quando
ouvimos com muita atenção nosso analisando, porém é um ouvir
observando cada detalhe do analisando, cada movimento, cada lapso,
procurando entender cada fala, cada história (metáfora), ou jeito de se
falar... Não podemos ficar ouvindo o analisando se nos identificarmos com
o que está sendo falado e, como veremos para Lacan o falar é muito mais
que simplesmente expressar sentenças pela boca. O falar que Lacan
descreve é como ele mesmo chama “A língua” – falaremos sobre isso mais
adiante...
Três modos de gozar segundo Lacan:
 O GOZO fálico: Corresponde à energia dissipada durante a descarga
parcial, tendo como efeito um alívio relativo, um alívio incompleto da
tensão do inconsciente. Freud diria que é o recalcamento. São as palavras
que chegarão ao exterior, como os acontecimentos inesperados, fantasias e
conjuntos das produções externas do inconsciente, dentre elas o sintoma.
 Mais-GOZAR/Objeto a: Corresponde ao GOZO que em contrapartida,
permanece retido no interior do sistema psíquico, e cuja saída é impedida
pelo falo. O Advérbio “mais” indica que a parcela de energia não
descarregada, o GOZO residual, é um excedente que aumenta
constantemente a intensidade da tensão interna. Estão ancorados nas
zonas erógenas e orificiais do corpo: Boca, ânus, vagina, canal peniano,
etc.
 O GOZO do outro: Fundamentalmente hipotético que corresponderia à
situação ideal em que a tensão fosse totalmente descarregada, sem o
entrave de nenhum limite. É o estado a felicidade total e absoluta. Por
exemplo para o neurótico obsessivo é a morte. Para o neurótico histérico é
como o oceano de loucura. E, para uma criança em fase edipiana, ele
assume a imagem mítica do incesto.
ALÍNGUA 
Lacan cria uma palavra “alíngua” para distinguir a língua e a linguagem,
para algo muito mais complexo, ou seja, “alíngua” significa para Lacan o
inconsciente estruturado na linguagem, isto é, relativo a fala da mãe, a
língua da pele e de tudo que é relativo ao corpo.
Alíngua é tudo que se manifesta dos efeitos do inconsciente. Cada pessoa
tem um “alíngua”, mesmo os que falam o mesmo idioma, etc.
Alíngua é uma língua de sentido, cheia de sentido.
Diferença entre língua e linguagem:
A língua é o dialeto que falamos na nossa terra natal.
Existe a língua que a mãe fala ou língua materna.
É aqui que o inconsciente se manifesta.
“ O inconsciente se estrutura como uma linguagem e se manifesta na
língua falada pela mãe. ”
Dois pontos são fundamentais para “alingua” ou seja, a
estrutura que significa para Lacan uma cadeia de elementos
distintos em sua realidade material, mas semelhantes em seu
pertencimento a um mesmo conjunto.
Os elementos da estrutura são os significantes que obedecem ao
dublo movimento de ligação:
1- Metonímia ou elos
2- Metáfora ou substituição.
Metonímia ou transnominação:
Figura de linguagem que consiste no emprego de
um termo por outro, dada a relação de semelhança
ou a possibilidade de associação entre eles.
Por exemplo, "Palácio do Planalto" é usado como
um metonímia (uma instância de metonímia) para
representar a presidência do Brasil, por ser
localizado lá o gabinete presidencial.
A metonímia é geralmente utilizada para a não
repetição de palavras em textos.
Metáfora:
Figura de linguagem em que há o emprego de uma
palavra ou uma expressão, em um sentido que não é
muito comum, em uma relação de semelhança entre
dois termos. Metáfora é um termo que no latim, "meta"
significa “algo” e “phora” significa "sem sentido". Esta
palavra foi trazida do grego onde metaphorá significa
"mudança" e "transposição".
Exemplos de metáforas Eu estou sempre dando murro
em ponta de faca. Eu carrego o mundo nos meus
ombros. Os jogadores já estão preparados e estão no
gramado que é um lindo tapete verde
Metáfora 
• Substituição de um
significante por outro (relação
de similitude).
• Ex: Fogo /paixão
• Ex: “O homem atirou-se
como um lobo”.
• Processo criador de sentido.
• Condensação (Freud).
Metonímia 
• Substituição de um
significante por outro (termos
próximos, relação de
contiguidade).
• Ex: Fogo/calor.
• Ex: psicanálise/Divã.
• Ex: “Aproximou-se do fogo/
Aproximou-se do calor”.
• Não há criação de sentido. Os
termos não são modificados
em seu sentido.
• Deslocamento (Freud).
“OBJETO” e Objeto “a”
A teoria psicanalítica (lacaniana) dá conta de um sujeito que se
constitui a partir de uma falta. Algo se perde para que o nascimento
do sujeito do inconsciente venha à tona.
A partir dessa concepção concluímos que o sujeito, objeto da
psicanálise, é furado, barrado; possui uma perda na sua origem. Uma
perda fundamental. Todavia, a própria psicanálise procura descrever
esse “nada” que ficou no lugar do objeto perdido, esse vazio.
A esse vazio, Lacan denomina Objeto a. O conceito de objeto a trata
daquilo que o próprio Lacan toma por uma construção sua. Lacan
considera ter construído e inventado o objeto a.
Esse símbolo “a” não representa a primeira letra do alfabeto, mas a
primeira letra da palavra “outro” [autre]. Na teoria lacaniana, existe o
outro com “a” minúsculo e o Outro com “A” maiúsculo. Este, o
Outro maiúsculo, é uma das imagens antropomórficas do poder de
sobre determinação da cadeia significante. Já o outro minúsculo, com
que a letra a qualifica nosso objeto.
Falta do Objeto 
A falta do objeto pode se manifestar de três formas: 
Frustração: É um dano imaginário, porem o objeto é totalmente
real . O pênis constitui o protótipo do objeto, é sob a forma de
frustração que a menina vive sua falta.A criança vive a ausência de
pênis na mãe como ausência.
Privação: é falta do real. Lacan designa esta falta de objeto como
um buraco no real. Contudo, o objeto de privação é um objeto
simbólico.
Castração: É simbólico, na medida que ela remete à interdição do
incesto, que é a referência simbólica. A falta significativa pela
castração é, antes de mais nada, como formula Lacan, uma dívida
simbólica. Mas, na castração, o objeto faltante é radicalmente
imaginário, e em nenhum momento pode ser o objeto rel.
Assim, se retomarmos as três respostas possíveis à pergunta
“Quem é o outro?”, diremos: o outro amado é a imagem que
amo de mim mesmo. O outro amado é um corpo que prolonga o
meu. O outro amado é um traço repetitivo com o qual me
identifico. Mas, em nenhuma dessas três respostas – a primeira,
imaginária (o outro como imagem), a segunda, fantasística (o
outro como corpo), e a terceira, simbólica (o outro como traço
que condensa uma história) –, em nenhuma dessas três respostas
revela-se a essência do outro amado.
Não sabemos, afinal, quem é o outro eleito. Ora, é justamente aí
que aparece o objetoa, no lugar de uma não-resposta. Todavia,
veremos que, das três abordagens possíveis para definir o outro,
imaginária, fantasística e simbólica
outro 
(mãe)
Estádio do 
espelho 
(imaginário)
Ser o falo
Identificação 
com o desejo 
do outro
Dilema (ser ou 
não ser o falo)
Pai 
(metáfora 
paterna)
Simbólico 
(castração)
Ilusão de 
“ser” o falo 
para o “ter” o 
falo.
Pai 
(objeto 
fálico 
possível)
https://amenteemaravilhosa.com.br/falar-sobre-sentimentos-com-outros/
Técnica Lacaiana: 
A transferência; como uma troca palavras e gestos e atos falhos
O Sujeito Suposto Saber; o analista como base de atuação das descobertas
Palavra plena impactante que pode levar a resposta ou um questionamento maior,
interrupção da sessão sem tempo determinado.
O Sujeito Suposto Saber: 
•O Analista sabe tudo o que o paciente ignora.
• " O analista pode, equivocadamente, assumir este papel e " encher" o paciente com
seus conhecimentos, em lugar de deixá-lo revelar sua verdade pela palavra." "
Quando um indivíduo se dirige a outro, colocando no lugar do Sujeito Suposto
Saber, a transferência está bem fundamentada." " Freud disse ao sujeito que onde
estava o sonho, era onde era ele mesmo."